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VOLUME 1
Impacto ambiental. PNMA. SISNAMA.
Licenciamento Ambiental. Responsabilidade
Ambiental
VOLUME 1
ISBN-13: 9781520890548
SOBRE O AUTOR
Américo Luís Martins da Silva (1955-) nasceu no Rio de
Janeiro, Brasil. É Procurador Federal; Professor de Direito
Econômico, de Direito Empresarial, Direito Imobiliário, Direito Civil e
Planejamento Tributário da Escola de Pós-Graduação em Economia
- EPGE da Fundação Getúlio Vargas - FGV; Professor da Fundação
Getúlio Vargas – FGV; Professor de Direito Societário da Escola da
Magistratura do Rio de Janeiro - EMERJ; Professor de Direito
Tributário do Curso de Pós-Graduação em Direito Tributário da
Universidade Cândido Mendes – UCAM; Professor de Direito
Comercial do Curso de Graduação em Direito da Universidade
Estácio de Sá. É Especialista em Direito Empresarial, pelo Centro
de Ensino Unificado de Brasília - CEUB. É pós-graduado em Direito
Civil pela Escola Superior da Magistratura do Distrito Federal. É
Mestre em Direito Empresarial, pela Universidade Gama Filho - UGF
do Rio de Janeiro. É autor das seguintes obras jurídicas: 1) AS
AÇÕES DAS SOCIEDADES E OS TÍTULOS DE CRÉDITO [2ª
edição]; 2) A ORDEM CONSTITUCIONAL ECONÔMICA [3ª edição];
3) A PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS LUCROS, NOS
RESULTADOS E NA GESTÃO DA EMPRESA [2ª edição]; 4)
DIREITO DE FAMÍLIA E COSTUMES ALTERNATIVOS: ESTUDO
JURÍDICO, ANTROPOLÓGICO E SOCIAL DA FAMÍLIA (2
VOLUMES) [3ª edição]; 5) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E
EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA: PRECATÓRIO-REQUISITÓRIO E REQUISIÇÃO DE
PEQUENO VALOR (RPV) [5ª edição]; 6) DIREITO DAS LOCAÇÕES
IMOBILIÁRIAS [4ª edição]; 7) O DANO MORAL E SUA
REPARAÇÃO CIVIL [5ª edição]; 8) INTRODUÇÃO AO DIREITO
EMPRESARIAL [3ª edição]; 9) A EXECUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA DA
FAZENDA PÚBLICA [4ª edição]; 10) INTRODUÇÃO AO DIREITO
ECONÔMICO [2ª edição]; 11) REGISTRO PÚBLICO DA ATIVIDADE
EMPRESARIAL (2 volumes) [2ª edição]; 12) CONTRATOS
EMPRESARIAIS (2 volumes) [3ª edição]; 13) DIREITO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS (3 volumes) [2ª edição];
14) SOCIEDADES EMPRESARIAIS (2 volumes) [2ª edição]; 15)
DIREITO AERONÁUTICO E DO ESPAÇO EXTERIOR (4 volumes)
[2ª edição]; 16) DIREITO DOS MERCADOS FINANCEIROS (3
VOLUMES) [2ª edição]; 17) DIREITO DA CONCORRÊNCIA
EMPRESARIAL; 18) CONDOMÍNIO: DOUTRINA E
JURISPRUDÊNCIA; 19) DIREITO DA PROTEÇÃO E DEFESA DO
CONSUMIDOR; e 20) DIREITO AQUAVIÁRIO E DA NAVEGAÇÃO
MARÍTIMA (3 VOLUMES). É também autor das seguintes obras não
jurídicas: 1) O VOO-SOLO E OUTROS CONTOS [categoria:
contos]; 2) UMA ODISSÉIA PELOS MARES ORIENTAIS [categoria:
romance]; 3) O RESGATE DE ALLAJI [categoria: romance]; 4) A
SAGA DE BARTOLOMEU BRASILEIRO [categoria: romance]; 5)
BARTOLOMEU BRASILEIRO, O BUCANEIRO [categoria: romance];
6) O IMIGRANTE PORTUGUÊS [categoria: romance]; 7)
DESCONHECIDO CAVALEIRO DA ORDEM DE CRISTO [categoria:
romance]; 8) UM CONTINENTE LONGE DEMAIS [categoria:
romance]; 9) UMA PASSAGEM PARA A ESPERANÇA [categoria:
romance]; 10) A ÉPOCA DE BUENO MACHADO, DANÇARINO E
CABARETIER [categoria: crônica]; 11) POESIAS REUNIDAS DE
UM POETA EVENTUAL [categoria: poesias]; 12) OS MAIS
FAMOSOS ATORES DE HOLLYWOOD - DE 1940 A 1960 -
VOLUME 1 [categoria: biografia]; 13) OS MAIS FAMOSOS ATORES
DE HOLLYWOOD - DE 1940 A 1960 - VOLUME 2 [categoria:
biografia]; e 14) AS MAIS FAMOSAS ATRIZES DE HOLLYWOOD -
DE 1940 A 1960 - VOLUME 1 [categoria: biografia].
Visite os sites:
http://www.americoluismartinsdasilva.com.br (site pessoal)
http://www.amazon.com/author/americo.silva (pagina de autor
de livros na amazon.com)
DEDICATÓRIA
1.2.4 E
1.3 ÉTICA AMBIENTAL
1.4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
1.4.1 V
1.4.2 C
1.4.3. D
1.5. RECURSOS NATURAIS
1.5.1 A
1.5.2 A Á
1.5.2.1 Conceito de água
1.5.2.2 Águas territoriais
1.5.2.3 Águas interiores superficiais
1.5.2.4 Águas interiores subterrâneas
1.5.2.5 Águas públicas, comuns e particulares
1.5.2.6 Sistema de classificação das águas
1.5.2.7 Condições e padrões de qualidade das águas
1.5.2.7.1 Introdução
1.5.2.7.2. Condições e padrões de qualidade das águas doces
1.5.2.7.3 Condições e padrões de qualidade das águas salinas
1.5.2.7.4 Condições e padrões de qualidade das águas salobras
1.5.2.8 Condições e padrões de lançamento de efluentes
1.5.2.8.1 Regras gerais sobre as condições e padrões de
lançamento de efluentes
1.5.2.8.2 Enumeração das condições e padrões de lançamento de
efluentes
1.5.2.8.3 Das condições e padrões de para Efluentes de Sistemas
de Tratamento de Esgotos Sanitários
1.5.2.8.4 Diretrizes para gestão de efluentes
1.5.3 O
1.5.4 O
1.5.5 O
1.5.6 O
1.5.7 O
1.5.7.1 Organismos produtores e organismos consumidores
1.5.7.2 A classificação taxonômica
1.5.7.3. População de organismos
1.5.7.4 A fauna
1.5.7.5. A flora
CAPÍTULO 2 – NOÇÕES GERAIS DE IMPACTO AMBIENTAL
2.1 IMPACTO AMBIENTAL
2.1.1 C
2.1.2 E
2.1.3 I
2.2 A POLUIÇÃO AMBIENTAL
2.2.1 C
2.2.2 T
2.2.2.1 Poluição da água
2.2.2.2 Poluição do ar ou poluição atmosférica
2.2.2.2.1 Noções de poluição atmosférica
2.2.2.2.2 Espécies de poluição atmosférica
2.2.2.2.3 Consequências da poluição atmosférica
2.2.2.2.4 O aerossol e a camada de ozônio
2.2.2.2.5 Aquecimento global e efeito estufa
2.2.2.3 Poluição do solo
2.2.2.4 Poluição térmica
2.2.2.5 Poluição transfronteira
2.2.2.6 Poluição visual
2.2.2.7 Poluição sonora ou acústica
2.2.2.8 Poluição radioativa
2.2.3 O ,
2.29.7 A ,
S G A – SGA
2.29.8 E S G
A – SGA
2.29.9 C
CAPÍTULO 3 – O DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS
3.1 CONCEITO DE DIREITO ECOLÓGICO, DE DIREITO
AMBIENTAL E DE DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS
3.1.1 D
3.1.2 D
3.1.3 D
3.1.4 D
3.2 O DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS COMO DIREITO ECONÔMICO
3.3 O DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS COMO DIREITO HUMANO
3.4 AUTONOMIA E METODOLOGIA DO DIREITO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
3.5 OBJETO E OBJETIVO DO DIREITO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS
3.6 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS
3.6.1 P
3.6.2 P
3.6.3 P
3.6.4 P
3.6.5 P
3.6.6 P
3.6.7 P E !I .
3.6.8 P -
3.6.9 P
3.6.10 P
3.6.11 P
3.7 FONTES DO DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS
3.8 ESPÉCIES DE FONTES DO DIREITO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS
3.9 RELAÇÕES DO DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
3.10 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA AMBIENTAL
3.10.1 C U F
3.10.2 C U F
E D F
3.10.3 C
3.11 DIREITO AMBIENTAL COMPARADO
3.12 EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS AMBIENTAIS E SUA
CODIFICAÇÃO
3.12.1 M
XXI
3.12.2 I
3.12.3 A
CAPÍTULO 4 – O DIREITO CONSTITUCIONAL DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
4.1 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
ANTES DA CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824
4.2 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824
4.3 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891
4.4 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1934
4.5 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1937
4.6 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1946
4.7 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1967 E NA EMENDA
CONSTITUCIONAL N° 1, DE 1969
4.8 DIREITO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CAPÍTULO 5 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
5.1 CONCEITO DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
5.2 OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
5.3 PRINCÍPIOS LEGAIS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE
5.4 MEIOS DE FORMULAÇÃO DAS DIRETRIZES DA POLÍTICA
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
5.5 ATRIBUIÇÕES NA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DO
MEIO AMBIENTE
5.6 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE
CAPÍTULO 6 - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –
SISNAMA
6.1 CONCEITO DE SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –
SISNAMA
6.2 ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO SISNAMA
6.3 ÓRGÃOS E ENTIDADES QUE INTEGRAM O SISTEMA
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA
6.4 O CONSELHO DE GOVERNO COMO ÓRGÃO SUPERIOR
6.5 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA
COMO ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO
6.5.1 C C N
M A – CONAMA
6.5.2 C C N M A –
CONAMA
6.5.3 D C E R
6.5.4 D C T G T
CONAMA
6.6 O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE COMO ÓRGÃO
CENTRAL
6.6.1 G M M A – MMA
6.6.2 S -E M M A –
MMA
6.6.3 S P ,O
A M M A – MMA
6.6.4 D G E M
M A – MMA
6.6.5 D A A A
M M A – MMA
6.6.6 D E M A
M M A – MMA
6.6.7 D F D
S M M A – MMA
6.6.8 D P C
D M M A – MMA
6.6.9 D A C N M
A M M A – MMA
6.6.10 A A I M
M A – MMA
6.6.11 C J M M A –
MMA
6.6.12 S M C Q
A M M A – MMA
6.6.13 D M C M
M A – MMA
6.6.14 D L A A
M M A – MMA
6.6.15 D Q A I
M M A – MMA
6.6.16 S B F M
M A – MMA
6.6.17 S R H A U –
SRHAU M M A – MMA
6.6.18 S E D R
S M M A – MMA
6.6.19 S A I C
A M M A – MMA
6.6.20 S F B – SFB
6.6.21 I P J B R
J – JBRJ
6.6.22 P N E A P
N E A – PRONEA
6.6.23 A 21
6.6.24 F N M A – FNMA
6.6.25 C N R H
6.6.26 A N Á – ANA
6.7 O INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA COMO ÓRGÃO
EXECUTOR
6.7.1 C I B M A
R N R – IBAMA
6.7.2 E I B
M A R N – IBAMA
6.8 O INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE – INSTITUTO CHICO MENDES COMO ÓRGÃO
EXECUTOR
6.9 ÓRGÃOS SETORIAS DO SISNAMA
6.10 ÓRGÃOS SECCIONAIS DO SISNAMA
6.11 ÓRGÃOS LOCAIS DO SISNAMA
CAPÍTULO 7 – LICENCIAMENTO E ZONEAMENTO AMBIENTAL
7.1 O PODER DE POLÍCIA DO ESTADO
7.1.1 N
7.1.2 P
7.1.3 R
7.1.4 O
7.1.5 E
7.1.6 A
7.1.7 M
7.1.8 P
7.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
7.2.1 C
7.2.2 C
7.2.3 L
7.2.4 E
7.2.5 L P – LP
7.2.6 L I – LI
7.2.7 L O – LO
7.2.8 L
7.3 ZONEAMENTO
7.3.1 N
7.3.2 N
7.3.3 Z
7.3.4 Z -
7.3.5 Z
7.3.6 Z
7.3.7 Z
CAPÍTULO 8 – RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
8.1 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
8.1.1 D
8.1.2 N
8.2 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL
8.3 RESPONSABILIDADE PENAL AMBIENTAL
8.4 RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
8.5 DO DANO AMBIENTAL
8.5.1 D
8.5.2 N
8.5.3 D
8.6 REPARAÇÃO DO DANO AMBIENTAL
8.6.1 C
8.6.2 R
8.7 A AÇÃO CIVIL PÚBLICA
8.7.1 A L ° 7.347, 24.07.1985
8.7.2 A L A C P
8.7.3 D
8.7.4 D
8.7.5 D
8.7.6 D
8.7.7 D
8.7.8 D
8.7.9 D
8.7.10 A
8.7.11 A
8.7.12 D
8.7.13 E
8.7.14 D
8.7.15 D -
8.7.16 D
8.7.17 D C P C
BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
ÀC M C M S , pelo auxílio na
pesquisa para a elaboração desta obra
“Os búfalos estão diminuindo depressa. Os cervos,
que eram muitos há alguns anos antes, agora são
poucos. O que é o homem sem os animais? Se
todos os animais se fossem, o homem morreria de
uma grande solidão de espírito, pois o que quer que
ocorra aos animais breve vai acontecer também ao
homem. Existe uma ligação em tudo. O que vier a
acontecer com a terra recairá sobre os filhos da
terra. Não foi o homem que fez o tecido da vida. Ele
é simplesmente um de seus fios. O que quer que
faça ao tecido estará fazendo a si mesmo”.
1.2 BIODIVERSIDADE
1.2.1 Conceito de biodiversidade
1.4 DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Para que possamos entender o que é desenvolvimento
sustentável, é importante antes sabermos o que constitui
desenvolvimento econômico (economic development, em inglês;
dévellopement économique, em francês; ou desarrollo económico,
em espanhol). Desenvolvimento econômico deve ser entendido
como o processo que se traduz pelo incremento da produção de
bens por uma economia, acompanhado de transformações
estruturais, inovações tecnológicas e empresariais, e modernização
em geral da mesma economia.[91] Segundo WILHEIM. Jorge e K.
DEAK, desenvolvimento econômico somente pode existir quando
são levadas em conta 3 (três) variáveis: a) crescimento da
economia, a fim de gerar riquezas e oportunidades; b) melhoria na
distribuição da renda, diminuindo a atual iniquidade; c) melhoria da
qualidade de vida, representada, entre outros fatores, por um melhor
ambiente (preservado, conservado, recuperado e melhorado).[92]
Na verdade, até bem recentemente, o desenvolvimento
econômico era tudo que importava. A modernização,
industrialização e ocidentalização nos moldes adotados nos Estados
Unidos era a chave para o desenvolvimento econômico ideal. Um
país era tão desenvolvido quanto mais se parecesse com os
Estados Unidos. O simples crescimento econômico era o único
objetivo importante. Todavia, o crescimento econômico puro e
simples somente era e é conseguido à custa da destruição
selvagem dos recursos naturais e da degradação impiedosa do
meio ambiente. Frente a este dilema, surgiu, então, a famosa
pergunta: – “Como combinar o crescimento econômico com a
conservação do meio ambiente e dos recursos naturais?” Ao
responder esta indagação, emergiu a idéia de um progresso
econômico fundado em uma maior interação entre o homem e a
natureza, o qual recebeu a designação internacional de
“desenvolvimento sustentável”.
No entanto, a expressão “desenvolvimento sustentável” já é
utilizada a bastante tempo. Em 1929, ALBERT HOWARD e
GABRIELLE LOUISE CAROLINE HOWARD publicaram o livro The
Development of Indian Agriculture, no qual abordam os aspectos
sobre nutrição dos vegetais e uso de energia, que viria a ser a
grande ênfase de outro de seus livros, O testamento agrícola,
publicado em 1940, que veio a se constituir numa referência
importante para a formação do pensamento sobre a
sustentabilidade. Neste último livro, ALBERT HOWARD e
GABRIELLE LOUISE CAROLINE HOWARD propõem algumas
práticas que considera importante para o desenvolvimento
sustentável, expressão esta que ele usou muito em sua obra.[93] Daí
para frente, algumas vezes os autores faziam referência a esta
expressão. Em 1987, a Comissão Brundtland, na obra “Nosso
Futuro Comum”, adotou conceito de desenvolvimento sustentável no
sentido de ser aquele que gera recursos “hoje” (garantindo as
necessidades das gerações presentes), sem comprometer o direito
que as gerações de “amanhã” têm de usufruir esses mesmos
recursos. Todavia, ela ganhou muita importância internacional,
somente a partir da década de 90.
Assim é que, na Conferência de Agricultura e Meio
Ambiente, promovida pela Food and Agriculture Organization – FAO
(Organização de Alimentação e Agricultura), entre 15 e 19.04.1991,
destacou-se que aquela organização internacional adotava, desde
1988, a seguinte definição de desenvolvimento sustentável: “é o
manejo e conservação da base dos recursos naturais e a orientação
da alteração tecnológica e institucional, de tal maneira que se
assegure a contínua satisfação das necessidades humanas para as
gerações presentes e futuras. Este desenvolvimento viável (nos
setores agrícolas, florestal e pesqueiro) conserva a terra, a água e
os recursos genéticos vegetais e animais, não degrada o meio
ambiente e é tecnicamente apropriado, economicamente viável e
socialmente aceitável”. Vale lembrar que, na Conferência de
Agricultura e Meio Ambiente de 1991, o ponto principal dos debates
foi a relação entre as necessidades humanas e o uso dos recursos
agrícolas para satisfazê-las, já que a produção de alimentos é o
principal destino dos recursos naturais renováveis. Aliás,
acrescenta-se que, segundo os técnicos da Food and Agriculture
Organization – FAO e consultores da referida Conferência, 4
(quatro) são os critérios e objetivos essenciais que servem como
pontos de referência na avaliação da sustentabilidade da agricultura:
a) atender às necessidades nutricionais básicas das gerações atuais
e futuras, tanto qualitativamente quanto quantitativamente; b)
oferecer mão-de-obra duradoura, ingressos suficientes e condições
decentes de vida e trabalho a todos quanto estão implicados na
produção agrícola; c) manter e, tanto quanto possível, fomentar a
capacidade produtiva geral da base dos recursos naturais em geral
e a capacidade regenerativa dos recursos renováveis, sem perturbar
os ciclos ecológicos básicos, nem os equilíbrios naturais, nem
destruir as características socioculturais das comunidades rurais,
nem provocar a contaminação do meio ambiente; e d) reduzir a
vulnerabilidade do setor agrícola ante os fatores naturais e
socioeconômicos adversos e outros riscos, e aumentar a auto-
suficiência.
No mesmo sentido, a definição adotada pela WORLD
COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT
(Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento),
expressa que desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que
atende às necessidades do presente, sem comprometer a
capacidade de as futuras gerações atenderem às suas próprias
necessidades. Em outras palavras, desenvolvimento sustentável é o
processo de transformação no qual a exploração dos recursos, as
diretrizes de investimento, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e as mudanças institucionais sejam consistentes com as
necessidades atuais e futuras.[94]
Segundo ANTÔNIO EVALDO COMUNE, a idéia de
desenvolvimento sustentado também está relacionada à de riqueza
constante, no sentido de que cada geração deve deixar para a
próxima, pelo menos, o mesmo nível de riqueza, considerada como
a disponibilidade de recursos naturais, de meio ambiente e de ativos
produtivos. Desse modo, toda vez que o desenvolvimento estiver
baseado na utilização de um recurso natural ou na degradação do
meio ambiente, a sociedade deverá utilizar parte do resultado dessa
operação na reconstrução do ambiente e na formação de estoques
de ativos produtivos.[95]
Com efeito, não podemos perder de vista que a manutenção
da integridade dos ecossistemas é imprescindível para a existência
de vida no planeta. A utilização das águas internas e externas deve
ser realizada de maneira a não torná-la imprestável não apenas
para a permanência dos seres vivos que tem seu hábitat nessa
espécie de meio como para a absorção daqueles que delas
dependem para o seu sustento; o uso da terra deve se dar de
maneira planejada e controlada a fim de que não ocorram anomalias
irrecuperáveis (desertificação, infertilidade, erosão etc). Assim
sendo os ecossistemas naturais devem ser preservados e, se
modificados, usados de maneira “sustentável”, ou seja, dentro de
um modelo de produção, cuja exploração dos recursos naturais
permita a manutenção da integridade dos ecossistemas.
Assim, o denominado ecodesenvolvimento (ecodevelopment,
no inglês; écodéveloppement, no francês; ou ecodesarrollo, no
espanhol) se define como um processo criativo de transformação do
meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes,
concebidas em função das potencialidades deste meio, impedindo o
desperdício inconsiderado dos recursos, e cuidando para que estes
sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os
membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e
dos contextos culturais.
Inclusive, lembramos que o termo “ecodesenvolvimento” foi
adotado pela primeira vez por JUAN PAPADAKIS, quando publicou
em grego o seu livro Ecologia agrícola, que viria a ser conhecido do
mundo científico, a partir da sua publicação em francês, em 1938,
no qual explica que o cultivo deveria ser baseado nas respostas das
culturas ao ambiente, ou seja, deveria ser considerado um
“ecodesenvolvimento”.[96]
No entanto, algum tempo depois, mais exatamente em 1983,
IGNACY SACHS ampliaria os limites desse conceito, quando
publicou o artigo Ecodesarrolar, no periódico Ceres, da Food and
Agriculture Organization – FAO (Organização de Alimentação e
Agricultura), divulgando ao mundo o seu próprio conceito do termo
“ecodesenvolvimento”, o qual viria a se transformar, mais tarde, em
“desenvolvimento sustentável”, tal como ele é entendido hoje em
dia. Neste artigo, IGNACY SACHS formulou os princípios básicos do
“ecodesenvolvimento”, que são os seguintes: a) a satisfação das
necessidades básicas; b) a solidariedade com as gerações futuras;
c) a participação da população envolvida; d) a preservação dos
recursos naturais e do meio ambiente em geral; e) a elaboração de
um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito
a outras culturas; e f) programas de educação. Posteriormente, em
1980, IGNACY SACHS publicou a obra Ecodesenvolvimento:
crescer sem destruir, que passou a ser considerada
internacionalmente como o marco referencial de uma “alternativa de
desenvolvimento econômico”, uma vez que relaciona de forma
definitiva a necessidade do desenvolvimento contemplar a questão
ambiental, não apenas como “um estilo tecnológico, mas
subtendendo também, uma diferente modalidade de organização
social e um novo sistema de educação”.[97] Segundo IGNACY
SACHS, as estratégias do ecodesenvolvimento serão múltiplas e só
poderão ser concebidas a partir de um espaço endógeno das
populações consideradas. Promover o ecodesenvolvimento é, em
sua essência, ajudar as populações envolvidas a se organizar, a se
educar, para que elas repensem seus problemas, identifiquem as
suas necessidades e os recursos potenciais para conceber e
realizar um futuro digno de ser vivido, conforme os postulados de
justiça social e prudência ecológica.[98]
Encontramos em divulgação da Secretaria de Asentamientos
Humanos y Obras Públicas do México – SAHOP, comentário no
sentido de que o ecodesenvolvimento está mais ligado a um estilo
ou modelo para o desenvolvimento de cada ecossistema, que, além
dos aspectos gerais, considera de maneira particular os dados
ecológicos e culturais do próprio ecossistema para otimizar seu
aproveitamento, evitando a degradação do meio ambiente e as
ações degradadoras. É, pois, uma técnica de planejamento que
busca articular dois objetivos: por um lado, o objetivo do
desenvolvimento, a melhoria da qualidade de vida por meio do
incremento da produtividade; por outro, o objetivo de manter em
equilíbrio o ecossistema onde se realizam essas atividades.[99]
Já o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente – PNUMA, MAURICE FREDERICK STRONG,
primeiro ambientalista a utilizar a palavra “ecodesenvolvimento”,
sustenta que tal palavra significa uma forma de desenvolvimento
econômico e social, em cujo planejamento se deve considerar a
variável meio ambiente.[100] R. E. MUNN, a seu turno, menciona que
é uma forma de desenvolvimento planejado que otimiza o uso dos
recursos disponíveis num lugar, dentro das restrições ambientais
locais.[101]
1.5.1 A atmosfera
1.5.2 As Águas
1.5.2.7.1 Introdução
Tabela X
Usos e aplicações dos 12 (doze) Poluentes Orgânicos Persistentes
– POP
cobertos pela Convenção de Estocolmo .
Substância Aplicação
Produzido como pesticida para controlo de insetos do
Aldrina
solo.
Rodenticída e inseticida usado nas culturas de
Endrina
algodão arroz e milho.
Dieldrina Inseticida usado na fruta, solo e sementes.
Inseticida usado no controlo de fogos, formigas e em
Clordano
várias culturas.
Usado como inseticida no combate, aos mosquitos
DDT que transmitem a malária e a febre amarela, e no
combate aos piolhos do tifo.
Heptacloro Utilizado como inseticida de contacto contra insetos
do solo e formigas.
Fungicida. Aparece também como subproduto na
Hexaclorobenzeno
indústria química.
Inseticida e retardante de chamas em plástico,
Mirex
borrachas e componentes elétricos.
Inseticida acarícidio, especialmente utilizado contra
Toxafeno
larvas e algodão.
Policlorobifenilos Usado em condensadores, transformadores, em
(PCB) líquidos refrigeradores.
Subproduto da combustão, especialmente de
Dioxina plásticos; da manufaturação de produtos com cloro e
de processos resultantes da produção de papel.
Furanos Subprodutos relacionado com dioxinas.
TABELA XII
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS/ATIVIDADES
PORTE POTENCIAL POLUIDOR - PP
Insignificante Baixo Médio Alto
Mínimo Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe
3
Pequeno Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe
4
Médio Classe 2 Classe 2 Classe 4 Classe
5
Grande Classe 2 Classe 3 Classe 5 Classe
6
Excepcional Classe 3 Classe 4 Classe 6 Classe
6
Os empreendimentos ou atividades, por sua vez, são
classificados por grupos, conforme a “Tabela XIII” abaixo.
TABELA XIII
CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE ATIVIDADES
00 Extração de minerais
02 Agricultura, extração de vegetais e silvicultura
03 Pecuária e criação de outros animais
10 Produtos de minerais não metálicos
11 Metalúrgica
12 Mecânica
13 Material elétrico e de comunicações
14 Material de transporte
15 Madeira
16 Mobiliário
17 Papel e papelão
18 Borracha
19 Couros, peles e produtos similares
20 Química
21 Produtos farmacêuticos e veterinários
22 Perfumaria, sabões e velas
23 Produtos de matérias plásticas
24 Têxtil
25 Vestuário, calçados e artefatos de tecidos
26 Produtos alimentares
27 Bebidas
28 Fumo
29 Editorial e gráfica
30 Diversos
31 Unidades auxiliares de apoio industrial e serviços de
natureza industrial
33 Construção civil
34 Álcool e açúcar
35 Serviços industriais de utilidade pública
47 Transporte rodoviário, hidroviário e especial
51 Serviços de alojamento, alimentação, pessoais e de
higiene pessoal e saúde
1.5.3 Os estuários
1.5.5 O solo
1.5.6 O subsolo
1.5.7 Os organismos
Como vimos, a biosfera é o conjunto de todos os
ecossistemas do planeta. A biosfera é o conjunto de seres vivos
existentes na superfície terrestre. Abrange a parte sólida, a parte
líquida e a atmosfera, onde é possível haver vida. A biosfera é, em
suma, um sistema único formado pela atmosfera, a crosta terrestre,
a água e mais todas as formas de vida possíveis.[242]
Daí dizer-se que integram a biosfera os seguintes elementos:
1) a atmosfera; 2) a crosta terrestre (solo e subsolo); 3) a água; e 4)
os seres vivos ou organismos (animais e vegetais).
Quanto aos organismos, eles são basicamente a unidade da
vida. Esclarece SUELI AMÁLIA DE ANDRADE que todas as células
estão envolvidas externamente por uma membrana ou parede e
contêm o material genético e outras estruturas necessárias para
realização das funções vitais. Os organismos podem consistir de
uma única célula, ou podem conter bilhões de células. As células
podem se diferenciar e formar grupos com formas e funções
semelhantes, chamados tecidos. Grupos de tecidos que juntos
desempenham uma determinada função formam órgãos. Grupos de
órgãos formam sistemas ou aparelhos. O conjunto de sistemas e
aparelhos constitui o organismo. Qualquer forma de vida é um
organismo. No curso de suas vidas, os organismos transformam
energia e processam materiais de diversas maneiras, à medida que
eles metabolizam, crescem e se reproduzem. Agindo dessa forma,
eles modificam as condições do ambiente e a quantidade de
recursos disponíveis aos outros organismos; contribuem para os
fluxos de energia e para a reciclagem de elementos no mundo
natural.[243]
Portanto, segundo ANTÔNIO CARLOS MACHADO DA
ROSA e LUIZ SÉRGIO PHILIPPI, de uma forma simplificada, um
organismo mantém-se vivo quando consegue atender a três
condições básicas: 1) o aporte de nutrientes (entrada do sistema); 2)
o processamento dos nutrientes (sistema); 3) a destinação de seus
dejetos (saída do sistema).[244]
1.5.7.4 A fauna
1.5.7.5. A flora
2.5 O GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS
Vivemos em tempos preocupantes quanto à geração de
grande volume de resíduos indesejáveis, que mais cedo ou mais
tarde, de uma forma ou de outra, vai degradar a natureza. Hoje em
dia não mais se duvida que o colapso do saneamento ambiental no
Brasil chegou a níveis insuportáveis. A falta de água potável e de
esgotamento sanitário já é responsável por algo em torno de 80%
(oitenta por cento) das doenças e 65% (sessenta e cinco por cento)
das internações hospitalares em nosso país. Além disso, 90%
(noventa por cento) dos esgotos domésticos e industriais são
despejados sem qualquer tratamento nos mananciais de água. Os
chamados “lixões” a céu aberto,[387] muitos deles situados às
margens de rios e lagoas, são outro foco de problemas. Portanto,
temas como o “tratamento de resíduos indesejáveis” e a “disposição
final de resíduos urbanos” ganham maior destaque, a cada dia que
passa, entre cientistas, pesquisadores e ambientalistas, mas,
infelizmente, ainda é negligenciado pelo Poder Público.
O gerenciamento desses resíduos indesejáveis diz respeito
ao conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas
de coleta,[388] transporte, transbordo,[389] tratamento [390] e destinação
final ambientalmente adequada dos resíduos indesejáveis de um
modo geral (inclui a reutilização,[391] a reciclagem,[392] a
compostagem,[393] a recuperação e o aproveitamento energético ou
outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, do Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária – SNVS e do Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária – SUASA, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos) e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (distribuição
ordenada de rejeitos em aterros,[394] observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos), de acordo com plano de gestão integrada de resíduos
indesejáveis ou com plano de gerenciamento de resíduos
indesejáveis.
2.5 O TRATAMENTO DOS RESÍDUOS
2.5.1. Os resíduos indesejáveis
2.5.5 Ecopontos
2.8 EROSÃO
Dente os problemas ambientais globais da atualidade, a
erosão é o fenômeno mais geral. A erosão (erosion, em inglês;
érosion, em francês; erosión, em espanhol) é definida por ANTÔNIO
CARLOS MACHADO DA ROSA e LUIZ SÉRGIO PHILIPPI como o
processo que afeta o ingresso de nutrientes em um determinado
ecossistema, pois retira do ambiente os elementos que seriam
essenciais ao processo de realimentação do sistema.[439] Em outras
palavras, é o processo de desagregação do solo e transporte dos
sedimentos pela ação mecânica da água dos rios (erosão fluvial), da
água da chuva (erosão pluvial), dos ventos (erosão eólica), do
degelo (erosão glacial), das ondas e correntes do mar (erosão
marinha). O processo natural de erosão pode se acelerar, direta ou
indiretamente, pela ação humana. A remoção da cobertura vegetal e
a destruição da flora pelo efeito da emissão de poluentes em altas
concentrações na atmosfera são exemplos de fatores que provocam
erosão ou aceleram o processo erosivo natural.
Para o THE WORLD BANK (Banco Mundial), erosão é o
desprendimento da superfície do solo pelo vento, ou pela água,
ocorre naturalmente por força do clima ou do escoamento
superficial, mas é, muitas vezes, intensificado pelas práticas
humanas de retirada da vegetação.[440] Já o DEPARTAMENTO
NACIONAL DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA – DNAEE
menciona que erosão constitui, basicamente, o desgaste do solo por
água corrente, geleiras, ventos e vagas.[441] Ainda, na opinião de
ANTÔNIO TEIXEIRA GUERRA, trata-se da destruição das
saliências ou reentrâncias do relevo, tendendo a um nivelamento ou
colmatagem,[442] no caso de litorais, baías, enseadas e depressões.
[443]
2.9 DESMATAMENTO
Desflorestamento ou desmatamento (deforestation, em
inglês; déforestation ou déboisement, em francês; deforestación,
tala, despale, em italiano) é a destruição, corte e abate
indiscriminado de matas e florestas, para comercialização de
madeira, utilização dos terrenos para agricultura, pecuária,
urbanização, qualquer obra de engenharia ou atividade econômica.
Em outras palavras, são derrubadas de grandes quantidades de
árvores, sem a reposição devida, e que provocam desfolhamento e
intemperismo.[449]
ANTÔNIO CARLOS MACHADO DA ROSA e LUIZ SÉRGIO
PHILIPPI chamam a nossa atenção para o fato de a extensão do
significado do termo “desmatamento” nem sempre ser claramente
compreendida. Mesmo dentro do estrito conceito de eliminação de
“matas”, ainda há pouca compreensão das relações entre as
diferentes vegetações que a compõem. Assim, as práticas agrícolas
de cultivo “sombreado”, nas quais são preservadas algumas das
espécies de árvores de porte mais alto, mesmo associadas às
monoculturas, como por exemplo: de café ou de cacau, têm sido
indicadas como formas de preservação da Mata Atlântica. Todavia,
este é um conceito equivocado, pois passa a imagem de que o
desmatamento é apenas a destruição de árvores de grande porte,
não informando sobre o significado dos estratos diferentes de
populações vegetais, sobre a composição destas e de populações
de animais, no estabelecimento do equilíbrio biológico daquele
ecossistema. Uma das alterações mais significativas, mas
pouquíssimo considerada, é a das populações de insetos. Apenas
considerando a população de polinizadores, verifica-se que, mesmo
na prática de cultivo sombreado, eles são eliminados em uma
quantidade considerável. Os espécimes vegetais remanescentes da
mata original são condenados a um processo de “senecência”, pela
redução significativa da sua possibilidade de reprodução.[450]
Tanto quanto a erosão, o desmatamento é um fenômeno que
muito influencia o ingresso de nutrientes em um ecossistema, de um
modo geral. O desmatamento é um fenômeno que se transforma em
problema ambiental, na medida em que ele altera as composições
originais, tanto de populações vegetais quanto de animais, em um
determinado meio ambiente. Dessa forma, ele modifica o ingresso
de nutrientes nesse sistema. A importância da presença da
vegetação original é atribuída: 1) ao fato de que ela é resultado de
um processo evolutivo longo e lento, em que a co-evolução entre
plantas, animais e ambiente, acabou gerando o próprio ambiente; 2)
à possibilidade de ocorrência de diferentes formas e momentos de
captação, assimilação e radiação da energia solar; influenciando
significativamente a constituição do clima local e regional; 3) à
possibilidade de ocorrência de diferentes formas, momentos e
volumes de trocas gasosas, que influenciam significativamente a
constituição do clima regional e global; 4) contribuem ainda para
manter o suprimento permanente de água doce, protegendo o solo,
as margens dos rios e lagos de problemas causados pelas
flutuações do nível de água dos rios. Também reduzem o volume de
sedimentos nos rios, impedindo o entupimento de reservatórios,
sistemas de irrigação, canais e portos, bem como a asfixia dos
recifes de coral por sedimentação; 5) a destruição das zonas
arborizadas nas margens de rios (mata ciliar) aumenta o perigo de
consequências indesejáveis das inundações, fato que acontece em
todo o mundo, além da redução do volume de chuvas nas regiões
desmatadas. Quando o desmatamento atinge as vertentes, contribui
significativamente para que as regiões se transformem em áridas ou
até mesmo desérticas.[451]
2.10 DESERTIFICAÇÃO
2.11 A ECODEMOGRAFIA DO
SUBDESENVOLVIMENTO
A palavra demografia, de origem grega (demos = população;
graphein = registrar), foi usada pela primeira vez em 1855, por
ACHILLE GUILLARD, em sua obra Eléments de Statistique
Humaine ou Demographie Comparée, e se refere, portanto, ao
estudo das populações. Na acepção estatística, população é um
conjunto de elementos que possuem uma característica comum.
Assim, o conjunto dos números que expressam os pesos de recém-
nascidos ou o conjunto de cafezais de uma área são exemplos de
população. Entretanto, sob o ponto de vista demográfico, este
conceito se refere a conjunto de seres humanos. PHILLIP MORRIS
HAUSER define demografia como o estudo do tamanho, da
distribuição territorial e da composição de uma população, bem
como de suas mudanças e dos componentes dessas mudanças.[457]
Os dados utilizados para seu estudo são obtidos por meio
dos censos (conjunto de dados estatísticos dos habitantes de uma
cidade, província, estado, nação etc., com todas as suas
características), das estatísticas vitais, dos registros de morbidade,
de migrações ou por investigações específicas. Para o estudo das
populações do passado, próximo ou longínquo, sobre as quais só se
têm informações estatísticas insuficientes, recorre-se à análise de
documentos do antigo registro civil ou de registros paroquiais e
mesmo à análise das chamadas “listas nominativas”, que
documentam os mais antigos recenseamentos de que se tem
notícia. O setor da demografia que se dedica a esse tipo de
reconstrução das tendências populacionais do passado é a
demografia histórica. Já a análise demográfica refere-se ao estudo
dos componentes das mudanças populacionais, como natalidade,
mortalidade, migração e ao estudo da composição populacional
numa abordagem tal que a relacione com esses componentes. A
necessidade de estimativas de dados inexistentes e a proposição de
medidas que possibilitem a aferição das mudanças seculares levam
à elaboração de modelos matemáticos e taxas específicas com
certo requinte; com o desenvolvimento do estudo de populações
estáveis, surgem técnicas especiais de projeções populacionais e
cálculos de vida média, permitindo, desta forma, uma definição do
campo de estudo da análise demográfica. Quanto aos estudos
populacionais, eles compreendem não só os componentes das
mudanças (dinâmica) populacionais, mas também as relações
existentes entre esses e fatores de ordem social, psicológica,
econômica, política, sociológica, cultural, geográfica e ambiental.
Estudos populacionais envolvem, portanto, um aspecto
interdisciplinar. De maneira que a demografia pode ser concebida,
no sentido estrito, como análise demográfica e, no sentido amplo,
como estudos populacionais.[458]
O crescimento de uma população é determinado pela soma
dos nascimentos mais a imigração; e sua diminuição, pelas mortes e
emigrações. Portanto, são 3 (três) os componentes básicos da
dinâmica das populações: a) a mortalidade (que diz respeito ao
número de mortes e suas causas); b) a fecundidade (é o resultado
de duas variáveis: a fecundidade e a exposição à possibilidade de
conceber; a fertilidade é o potencial que a mulher tem para conceber
e os nascimentos dependem da fecundidade, que é determinada por
várias atitudes frente ao tamanho da família, a outras normas e,
também, do número de mulheres expostas ao risco de conceber); c)
as migrações (é o movimento de pessoas de um local para outro
com o fim de aí residir; as migrações tornam menores as
populações dos países de origem e aumentam a do país de destino;
dentre os três componentes da dinâmica, este é o que menos se
conhece e o mais variável de país para país, não só
numericamente, mas também em sua importância).[459]
O crescimento populacional e o processo de urbanização
certamente estão associados à redução dos padrões de qualidade
de vida e a uma elevação dos índices de pobreza. Todavia, nem
sempre isto foi visto dessa maneira. Nos trabalhos econômicos de
KARL MARX encontram-se pontos de vista bastantes diferentes em
relação ao problema populacional. KARL MARX não elaborou
exatamente uma doutrina demográfica, mas inseriu em sua teoria
econômica o problema da população como um aspecto dentre os
que caracterizam determinada maneira de organização da atividade
produtiva. A miséria não é interpretada como resultado da pressão
populacional sobre os bens e recursos de subsistência disponíveis,
mas sim como produto da ordem social existente. Para KARL MARX
não existe uma lei universal de população aplicável a todas as
sociedades; cada sociedade, caracterizada por determinado tipo de
organização dos processos de produção e de relações entre os
indivíduos que nela participam (modo de produção), tem sua própria
lei de população. A partir disso, KARL MARX interpretou o “excesso
de população” como uma consequência do modo capitalista de
produção e, ao mesmo tempo, como condição de seu
desenvolvimento. Esse excesso relativo de população constitui o
que KARL MARX chamou de “exército industrial de reserva”, isto é,
um contingente de mão-de-obra desempregada que tem por função
fazer com que os salários da população empregada possam ser
mantidos em níveis baixos.[460]
Todavia, a partir do século XX, alguns autores (denominados
“neo-malthusianos”), preocupados com as dificuldades econômicas
com as quais se defrontavam os países não desenvolvidos da
América, da Ásia e da África, trouxeram à baila a discussão do
problema do excesso de população. Dentro da idéia de
“superpopulação” está implícita a idéia de um desequilíbrio entre o
crescimento da população e: a) a área na qual se localiza; b) o
crescimento dos meios de subsistência disponíveis; e c) os meios
ou capital para serem investidos.
Assim, hoje vem predominando o pensamento no sentido de
que o crescimento populacional, na maior parte das vezes, dá
origem a um aumento desordenado da população, transformando os
excedentes demográficos em fatores de desequilíbrio e crise social
e ambiental.
Os neo-malthusianos apresentam como solução o controle
da natalidade por meio da utilização, em massa, de meios
anticoncepcionais eficientes. Tal controle produziria uma diminuição
no ritmo de crescimento da população, com 3 (três) vantagens: a)
aumento da proporção capital/homem; b) redução da população
dependente, isto é, que não trabalha; e c) possibilidade de gozo do
bem-estar propiciado por áreas com baixa densidade de população.
Ao contrário de THOMAS ROBERT MALTHUS, que no final
do século XVIII, publicou sua conhecida obra Ensaio sobre o
Princípio de População (com a qual procurou advertir os homens de
seu tempo sobre as consequências de um rápido crescimento
populacional), os neo-malthusianos contemporâneos passaram a
colocar no controle da fecundidade a solução para o problema
populacional, uma vez que, com a universalização de técnicas
sanitárias, a mortalidade atingiu níveis extremamente baixos na
maior parte do globo terrestre.[461]
No entanto, na opinião de JOÃO ANTÔNIO PAULA, o
enfoque demográfico da questão ambiental não se esgota
simplesmente na necessidade de controlar o crescimento
populacional. O problema, segundo ele, é bem mais amplo, uma vez
que os modos de produção e reprodução social se articulam e
interagem dentro de uma mesma estrutura ecodemográfica. Há,
pois, uma estreita relação entre o meio físico e biológico e a
estrutura populacional, e entre esta e o sistema de estratificação
social e a superestrutura político-ideológica. Os aspectos estruturais
da população, como sexo, faixa etária, taxa de crescimento,
distribuição espacial e densidade, influenciam e condicionam os
modelos produtivos e a conformação do substrato econômico, e
vice-versa, de maneira que a relação entre população e meio
ambiente é um processo dinâmico: os fenômenos populacionais
afetam o ambiente e os fatores ambientais afetam os critérios
demográficos, podendo-se apontar claramente a interação existente
entre aspectos como nutrição e fecundidade, degradação ambiental
e migração, ou mesmo entre impactos ambientais e transição
epidemiológica (relativo a doenças epidêmicas, que tem caráter de
epidemia) de doenças infecciosas para doenças degenerativas,
próprias da modernidade.[462]
É pacífico que 1/5 (um quinto) da população mundial está em
condições econômicas de absoluta miserabilidade. Segundo
LEONARDO BOFF, dessa multidão de excluídos, 841 milhões de
pessoas vivem permanentemente com fome; 150 milhões de
crianças são subnutridas; 60 milhões de pessoas morrem de
inanição e de doenças dela derivadas todos os anos, dos quais 20
milhões são crianças, dentre as quais 15 milhões morrem até o
quinto dia de vida. Isto tende a se agravar em virtude de os
expressivos impactos e pressões de demanda sobre os recursos
ambientais provocarem uma significativa redução da capacidade de
o meio ambiente atender às necessidades desse exército de
miseráveis.[463] Portanto, nas palavras de RICARDO CARNEIRO, de
todos os seres vivos existentes no planeta Terra, o mais ameaçado
de morte é o ser humano extremamente pobre. Segundo ele, as
chances do homem em estado de miserabilidade são muito
menores que as de algumas espécies de animais ameaçadas de
extinção. Alijados do processo econômico e dos valores da
cidadania, sem direito à educação, à saúde, à moradia, ao
saneamento básico, à água potável e a uma dieta calórica
minimamente adequada, resta aos pobres e miseráveis do mundo
servirem-se das sobras das parcelas mais favorecidas da
população, alimentando-se dos restos lançados diariamente nos
depósitos de lixo das grandes cidades. Daí, concluímos que, em
virtude da não disponibilidade de alimentos, recursos minerais ou
fontes energéticas suficientes para que todos, os povos não podem
desfrutar dos elevados padrões de renda e consumo das
sociedades industriais afluentes. Isso sem falar da capacidade do
planeta em absorver os incalculáveis custos ambientais que
certamente surgiriam.[464] Para R. KERRY TURNER, DAVID
PEARCE e IAN BATEMAN, isto importa reconhecer a existência de
uma estreita ligação que une o crescimento populacional, o
crescimento econômico, a disponibilidade de recursos naturais e a
capacidade de os ecossistemas receberem resíduos e rejeitos.[465]
Dúvida não resta, segundo ELMAR ALTVATER, que as atividades
econômicas destinadas à satisfação das necessidades das
populações crescentes transformam o meio ambiente, e o ambiente
alterado constitui uma restrição extrema ao desenvolvimento
econômico e social futuro.[466]
A importância dos reflexos do crescimento demográfico e da
pobreza sobre as questões ligadas ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável ficou evidenciada durante a
Conferência do Rio de Janeiro (ECO-92). Assim é que o Princípio 8
da Declaração final dispõe expressamente que “para atingir o
desenvolvimento sustentável e a mais alta qualidade de vida para
todos, os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis
de produção e consumo e promover políticas demográficas
adequadas”.
2.12 A EXTINÇÃO DA FAUNA
Outra grave questão ambiental dos últimos séculos refere-se
ao fato de o grande número de espécies de animais estar tendendo
a se reduzir drasticamente, já que a exploração desordenada tem
levado a fauna a um processo de extinção de espécies intenso, seja
pelo avanço da fronteira agrícola, seja pela caça esportiva, de
subsistência ou com fins econômicos, como a venda de peles e
animais vivos. Este processo vem crescendo nas últimas duas
décadas à medida que a população cresce e os índices de pobreza
aumentam. No Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA é responsável pela
publicação da “lista oficial de animais ameaçados de extinção”, que
é elaborada em conjunto com comitês e grupos de trabalho de
cientistas especializados em cada grupo animal. Estes comitês e
grupos de trabalho produziram também planos de manejo para 2
(duas) espécies brasileiras ameaçadas de extinção: a jaguatirica
(Leopardus pardalis) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
Portanto, o apoio às ações de proteção e manejo de espécies
ameaçadas de extinção é muito importante. Inclusive, é significativo
ficar registrado que o Brasil possui 208 (duzentos e oito) espécies
na “Lista Oficial de Animais Ameaçados de Extinção” e 10 (dez)
novas espécies serão adicionadas em breve.
Com efeito, através da Portaria nº 1.522, de 19.12.1.989 e da
Portaria nº 45-N, de 27.04.1.992, o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA tornou
pública a referida “Lista Nacional de Animais Ameaçados de
Extinção”, ou seja, lista oficial de espécies da fauna brasileira
ameaçada de extinção. Posteriormente esta lista foi retificada pela
Instrução Normativa/MMA n° 3, de 27.05.2003.
A “Lista Nacional da Fauna Ameaçada de Extinção”,
segundo os órgãos governamentais (Anexo I da Instrução
Normativa/MMA n° 3, de 27.05.2003), é a seguinte: 1) Anfíbios: 1.1)
Amphibia: 1.1.1) Anura: 1.1.1.1) Bufonidae: 1.1.1.1.1)
Melanophryniscus dorsalis (Mertens, 1933); Nome popular:
Flamenguinho, sapinho-de-barriga-vermelha – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC); 1.1.1.1.2) Melanophryniscus
macrogranulosus (Braun, 1973); Nome popular: sapinho-narigudo-
de-barriga-vermelha – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: RS); 1.1.1.2) Hylidae: 1.1.1.2.1) Hyla cymbalum
(Bokermann, 1963); Nome popular: Perereca – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP; 1.1.1.2.2) Hyla
izecksohni (Jim & Caramaschi, 1979); Nome popular: Perereca –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP; 1.1.1.2.3)
Hylomantis granulosa (Cruz, 1988); Nome popular: Perereca-verde
– Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: PE; 1.1.1.2.4)
Phrynomedusa fimbriata (Miranda-Ribeiro, 1923); Nome popular:
Perereca – Categoria de ameaça: Extinta – UF: SP; 1.1.1.2.5)
Phyllomedusa ayeaye (B. Lutz, 1966); Nome popular: Perereca-de-
folhagem-com-perna-reticulada – Categoria de ameaça:
Criticamente – UF: MG; 1.1.1.2.6) Scinax alcatraz (B. Lutz, 1973);
Nome popular: perereca -Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: SP; 1.1.1.3) Leptodactylidae: 1.1.1.3.1) Adelophryne
baturitensis (Hoogmoed, Borges & Cascon, 1994); Nome popular:
rãzinha – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: CE; 1.1.1.3.2)
Adelophryne maranguapensis (Hoogmoed, Borges & Cascon, 1994);
Nome popular: rãzinha – Categoria de ameaça: Em perigo – UF:
CE; 1.1.1.3.3) Holoaden bradei (B. Lutz, 1958); Nome popular:
sapinho – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: MG,
RJ; 1.1.1.3.4) Odontophrynus moratoi (Jim & Caramaschi, 1980);
Nome popular: sapinho – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: SP; 1.1.1.3.5) Paratelmatobius lutzii (Lutz & Carvalho,
1958); Nome popular: rãzinha – Categoria de ameaça: Criticamente
em perigo – UF: MG; 1.1.1.3.6) Physalaemus soaresi (Izecksohn,
1965); Nome popular: rãzinha – Categoria de ameaça: Em perigo –
UF: RJ; 1.1.1.3.7) Thoropa lutz (Cochran, 1938); Nome popular:
rãzinha – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES, MG, RJ;
1.1.1.3.8) Thoropa petropolitana (Wandolleck, 1907); Nome popular:
rãzinha – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: ES, RJ; 2) Aves:
2.1) Aves: 2.1.1) Anseriformes: 2.1.1.1) Anatidae: 2.1.1.1.1) Mergus
octosetaceus (Vieillot, 1817); Nome popular: Pato-mergulhão –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA, GO, MG,
PR, RJ, SC, SP, TO; 2.1.2) Apodiformes: 2.1.2.1) Trochilidae:
2.1.2.1.1) Glaucis dohrnii (Bourcier & Mulsant, 1852); Nome popular:
Balança-rabo-canela – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA,
ES; 2.1.2.1.2) Phaethornis margarettae (Ruschi, 1972); Nome
popular: Besourão-de-bico-grande – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: BA, ES, PE; 2.1.2.1.3) Phaethornis ochraceiventris
camargoi (Grantsau, 1988); Nome popular: Besourão-de-bico-
grande – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE; 2.1.2.1.4)
Popelaria langsdorffi langsdorffi (Temminck, 1821); Nome popular:
Rabo-de-espinho – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES,
RJ; 2.1.2.1.5) Thalurania watertonii (Bourcier, 1847); Nome popular:
Beija-flor-das-costas-violetas – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: AL, BA, PE, SE; 2.1.3) Caprimulgiformes: 2.1.3.1)
Caprimulgidae: 2.1.3.1.1) Caprimulgus candican (Pelzeln, 1867);
Nome popular: Bacurau-de-rabo-branco – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: ES, MT, SP; 2.1.4) Charadriiformes: 2.1.4.1) Laridae:
2.1.4.1.1) Larus atlanticus (Olrog, 1958); Nome popular: Gaivota-de-
rabo-preto – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS; 2.1.4.1.2)
Thalasseus maximus (Boddaert, 1783); Nome popular: Trinta-réis-
real – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, AM, AP, BA, CE,
ES, MA, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP; 2.1.4.2)
Scolopacidae: 2.1.4.2.1) Numenius borealis (Forster, 1772); Nome
popular: Maçarico-esquimó – Categoria de ameaça: Extinta – UF:
AM, MT, SP; 2.1.5) Ciconiiformes: 2.1.5.1) Ardeidae: 2.1.5.1.1)
Tigrisoma fasciatum (Such, 1825); Nome popular: Socó-jararaca –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: GO, MT, PR, RS, SC, SP;
2.1.6) Columbiformes: 2.1.6.1) Columbidae: 2.1.6.1.1) Claravis
godefrida (Temminck, 1811); Nome popular: Pararu – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA, ES, MG, PR, RJ, SC,
SP; 2.1.6.1.2) Columbina cyanopis (Pelzeln, 1870); Nome popular:
Rolinha-do-planalto – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo
– UF: GO, MS, MT, SP; 2.1.7) Coraciiformes: 2.1.7.1) Momotidae:
2.1.7.1.1) Momotus momota marcgraviana (Pinto & Camargo, 1961);
Nome popular: Udu-de-coroa-azul-do-nordeste – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: AL, PB, PE; 2.1.7.2) Picidae: 2.1.7.2.1)
Celeus torquatus tinnunculus (Wagler, 1829); Nome popular: Pica-
pau-de-coleira-do-sudeste – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
BA, ES, MG; 2.1.7.2.2) Dryocopus galeatus (Temminck, 1822);
Nome popular: Pica-pau-de-cara-amarela – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: PR, RS, SC, SP; 2.1.7.2.3) Piculus chrysochloros
polyzonus (Valenciennes, 1826); Nome popular: Pica-pau-dourado-
escuro-do-sudeste – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES,
RJ; 2.1.7.2.4) Picumnus exilis pernambucensis (Zimmer, 1947);
Nome popular: Pica-pau-anão-dourado – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AL, PB, PE; 2.1.7.2.5) Picumnus limae (Snethlage,
1924); Nome popular: Pica-pau-anão-da-caatinga – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: CE; 2.1.7.3) Ramphastidae: 2.1.7.3.1)
Pteroglossus bitorquatus bitorquatus (Vigors, 1826); Nome popular:
Araçari-de-pescoço-vermelho – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: MA, PA; 2.1.8) Cuculiformes: 2.1.8.1) Cuculidae: Neomorphus
geoffroyi dulcis (Snethlage, 1927); Nome popular: Jacu-estalo –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: ES, MG, RJ;
2.1.9) Falconiformes: 2.1.9.1) Accipitridae: 2.1.9.1.1) Circus cinereus
(Vieillot, 1816); Nome popular: Gavião-cinza – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC; 2.1.9.2) Acciptridae: 2.1.9.2.1)
Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817); Nome popular: Águia-
cinzenta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, DF, GO, MA,
MG, MT, PA, PR, RJ, RS, SC, SP, TO; 2.1.9.2.2) Leucopternis
lacernulata (Temminck, 1827); Nome popular: Gavião-pombo-
pequeno – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, MG, PB,
PR, SC, SP; 2.1.10) Galliformes: 2.1.10.1) racidae: 2.1.10.1.1) Crax
blumenbachii (Spix, 1825); Nome popular: Mutum-do-sudeste –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA, ES, MG, RJ; 2.1.10.1.2)
Crax fasciolata pinima (Pelzeln, 1870); Nome popular: Mutum-de-
penacho – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MA, PA;
2.1.10.1.3) Mitu mitu (Linnaeus, 1766); Nome popular: Mutum-de-
Alagoas – Categoria de ameaça: Extinta na natureza – UF: AL, PE;
2.1.10.1.4) Penelope jacucaca (Spix, 1825); Nome popular:
Jacucaca -Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, MG, PB,
PE, PI; 2.1.10.1.5) Penelope ochrogaster (Pelzeln, 1870); Nome
popular: Jacu-de-barriga-vermelha – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: MG, MT, TO; 2.1.10.1.6) Penelope superciliaris
alagoensis (Nardelli, 1993); Nome popular: Jacu-de-Alagoas –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PB, PE; 2.1.10.1.7)
Pipile jacutinga (Spix, 1825); Nome popular: Jacutinga – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: BA , PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.10.2)
Phasianidae: 2.1.10.2.1) Odontophorus capueira plumbeicollis (Cory,
1915); Nome popular: Uru-do-nordeste – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: AL, CE, PB, PE; 2.1.11) Gruiformes: 2.1.11.1)
Psophiidae: 2.1.11.1.1) Psophia viridis obscura (Pelzeln, 1857);
Nome popular: Jacamim-de-costas-verdes – Categoria de ameaça:
Em perigo – UF: MA, PA; 2.1.11.2) Rallidae: 2.1.11.2.1) Porzana
spiloptera (Durnford, 1877); Nome popular: Sanã-cinza – Categoria
de ameaça: Vulnerável – UF: RS; 2.1.12) Passeriformes: 2.1.12.1)
Conopophagidae: 2.1.12.1.1) Conopophaga lineata cearae (Cory,
1916); Nome popular: Cuspidor-do-nordeste – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, CE, PB, PE; 2.1.12.1.2)
Conopophaga melanops nigrifrons (Pinto, 1954); Nome popular:
Chupa-dente-de-máscara – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
AL, PA, PB; 2.1.12.2) Cotingidae: 2.1.12.2.1) Calyptura cristata
(Vieillot, 1818); Nome popular: Tietê-de-coroa, anambé-mirim –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ; 2.1.12.2.2)
Carpornis melanocephalus (Wied, 1820); Nome popular: Cochó,
sabiá-pimenta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, ES,
PR, RJ; 2.1.12.2.3) Cotinga maculata (Statius Muller, 1776); Nome
popular: Crejoá, cotinga-crejoá – Categoria de ameaça: Em perigo –
UF: BA, ES, MG, RJ; 2.1.12.2.4) Iodopleura pipra leucopygia
(Salvin, 1885); Nome popular: Anambezinho, anambé-de-crista –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PB, PE; 2.1.12.2.5)
Procnias averano averano (Hermann, 1783); Nome popular:
Araponga-de-barbela – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL,
BA, CE, MA, PB, PE, PI, TO; 2.1.12.2.6) Tijuca condita (Snow,
1980); Nome popular: Saudade-de-asa-cinza – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RJ; 2.1.12.2.7) Xipholena atropurpurea
(Wied, 1820); Nome popular: Anambé-de-asa-branca – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: AL, BA, ES, PB, PE, RJ, SE; 2.1.12.3)
Dendrocolaptidae: 2.1.12.3.1) Dendrexetastes rufigula paraensis
(Lorenz, 1895); Nome popular: Arapaçu-canela-de-Belém –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: PA; 2.1.12.3.2) Dendrocincla
fuliginosa taunayi (Pinto, 1939); Nome popular: Arapaçu-pardo-do-
nordeste – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE;
2.1.12.3.3) Dendrocincla fuliginosa trumai (Sick, 1950); Nome
popular: Arapaçu-pardo-do-xingu – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: MT; 2.1.12.3.4) Dendrocincla merula badia
(Zimmer, 1934); Nome popular: Arapaçu-da-taoca-maranhense –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MA, PA; 2.1.12.3.5)
Dendrocolaptes certhia medius (Todd, 1920); Nome popular:
Arapaçu-barrado-do-nordeste – Categoria de ameaça: Em perigo –
UF: AL, MA, PA, PE; 2.1.12.3.6) Drymornis bridgesii (Eyton, 1849);
Nome popular: Arapaçu-platino – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: RS; 2.1.12.3.7) Lepidocolaptes wagleri
(Spix, 1824); Nome popular: Arapaçu-escamado-de-Wagler –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, MG, PI; 2.1.12.3.8)
Xiphocolaptes falcirostris (Spix, 1824); Nome popular: Arapaçu-do-
nordeste – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, CE, MA,
MG, PB, PE, PI; 2.1.12.3.9) Xiphorhynchus fuscus atlanticus (Cory,
1916); Nome popular: Arapaçu-de-garganta-amarela-do-nordeste –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, CE, PB, PE; 2.1.12.4)
Emberizidae: 2.1.12.4.1) Caryothraustes canadensis frontalis
(Hellmayr, 1905); Nome popular: Furriel-do-nordeste – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: AL, CE, PE; 2.1.12.4.2) Coryphaspiza
melanotis (Temminck, 1822); Nome popular: Tico-tico-do-campo –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: DF, GO, MG, MS, MT, PA,
PR, SP; 2.1.12.4.3) Curaeus forbesi (Sclater, 1886); Nome popular:
Anumará – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, MG, PE;
2.1.12.4.4) Gubernatrix cristata (Vieillot, 1817); Nome popular:
Cardeal-amarelo – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo –
UF: RS; 2.1.12.4.5) Oryzoborus maximiliani (Cabanis, 1851); Nome
popular: Bicudo, bicudo-verdadeiro – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: AL, AM, BA, DF, ES, GO, MG, MT, PA,
RJ, RO, SP; 2.1.12.4.6) Sporophila cinnamomea (Lafresnaye, 1839);
Nome popular: Caboclinho-de-chapéu-cinzento – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: GO, MG, MS, PR, RS, SP; 2.1.12.4.7)
Sporophila falcirostris (Temminck, 1820); Nome popular: Cigarra-
verdadeira – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG,
PR, RJ, SP; 2.1.12.4.8) Sporophila frontalis (Verreaux, 1869); Nome
popular: Pixoxó, chanchão – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.12.4.9) Sporophila melanogaster
(Pelzeln, 1870); Nome popular: Caboclinho-de-barriga-preta –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO, MG, PR, RS, SC, SP;
2.1.12.4.10) Sporophila nigrorufa (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837);
Nome popular: Caboclinho-do-sertão – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: MS, MT; 2.1.12.4.11) Sporophila palustris (Barrows,
1883); Nome popular: Caboclinho-de-papo-branco – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: BA, GO, MG, MS, MT, RS, SP;
2.1.12.4.12) Tangara cyanocephala cearensis (Cory, 1916); Nome
popular: Soldadinho – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: CE;
2.1.12.4.13) Tangara cyanocephala corallina (Berlepsch, 1903);
Nome popular: Saíra-de-lenço, soldadinho – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AL, PE; 2.1.12.4.14) Tangara fastuosa (Lesson,
1831); Nome popular: Pintor-verdadeiro – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AL, PB, PE, RN; 2.1.12.4.15) Xanthopsar flavus
(Gmelin, 1788); Nome popular: Veste-amarela – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC; 2.1.12.5) Formicariidae:
2.1.12.5.1) Grallaria varia intercedens (Berlepsch & Leverkuhn,
1890); Nome popular: Tovacuçu-malhado – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA, ES, PE; 2.1.12.6) Fringillidae: 2.1.12.6.1)
Carduelis yarrellii (Audubon, 1839); Nome popular: Pintassilgo-
baiano – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, CE, PB,
PE, PI; 2.1.12.7) Furnariidae: 2.1.12.7.1) Acrobatornis fonsecai
(Pacheco, Whitney & Gonzaga, 1996); Nome popular: Acrobata –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA; 2.1.12.7.2) Asthenes
baeri (Berlepsch, 1906); Nome popular: Lenheiro -Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RS; 2.1.12.7.3) Automolus
leucophthalmus lammi (Zimmer, 1947); Nome popular: Barranqueiro-
do-nordeste – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PB, PE;
2.1.12.7.4) Coryphistera alaudina (Burmeister, 1850); Nome popular:
Corredor-crestudo – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo –
UF: RS; 2.1.12.7.5) Geobates poecilopterus (Wied, 1830); Nome
popular: Andarilho, bate-bunda – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: BA, DF, GO, MG, MS, MT, SP; 2.1.12.7.6) Leptasthenura
platensis (Reichenbach, 1853); Nome popular: Rabudinho –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RS; 2.1.12.7.7)
Limnoctites rectirostris (Gould, 1839); Nome popular: Junqueiro-de-
bico-reto – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC;
2.1.12.7.8) Philydor novaesi (Teixeira & Gonzaga, 1983); Nome
popular: Limpa-folha-do-nordeste – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: AL; 2.1.12.7.9) Pseudoseisura
lophotes (Reichenbach, 1853); Nome popular: Coperete – Categoria
de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RS; 2.1.12.7.10)
Sclerurus caudacutus caligineus (Pinto, 1954); Nome popular: Vira-
folha-pardo-do-nordeste – Categoria de ameaça; Em perigo – UF:
AL; 2.1.12.7.11) Sclerurus caudacutus umbretta (Lichtenstein,
1823); Nome popular: Vira-folha-pardo-do-sudeste – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: BA, ES; 2.1.12.7.12) Sclerurus scansor
cearensi (Snethlage, 1924); Nome popular: Vira-folhas-cearense –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, CE, PE; 2.1.12.7.13)
Synallaxis cinérea (Wied, 1831); Nome popular: João-baiano –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, MG; 2.1.12.7.14)
Synallaxis infuscata (Pinto, 1950); Nome popular: Tatac – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE; 2.1.12.7.15) Synallaxis simoni
(Hellmayr, 1907); Nome popular: João-do-Araguaia – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: GO, MT, TO; 2.1.12.7.16) Thripophaga
macroura (Wied, 1821); Nome popular: Rabo-amarelo – Categoria
de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG, RJ; 2.1.12.7.17) Xenops
minutus alagoanus (Pinto, 1954); Nome popular: Bico-virado-liso –
Categoria de ameaça; Vulnerável – UF: AL, PB, PE; 2.1.12.8)
Motacillidae: 2.1.12.8.1) Anthus nattereri (Sclater, 1878); Nome
popular: Caminheiro-grande – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: MG, PR, RS, SC, SP; 2.1.12.9) Muscicapidae: 2.1.12.9.1)
Cichlopsis leucogenys leucogenys (Cabanis, 1851); Nome popular:
Sabiá-castanho – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA, ES;
2.1.12.10) Pipridae: 2.1.12.10.1) Antilophia bokermanni (Coelho &
Silva, 1998); Nome popular: Soldadinho-do-araripe, lavadeira-da-
mata – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: CE;
2.1.12.10.2) Piprites pileatus (Temminck, 1822); Nome popular:
Caneleirinho-de-chapéu-preto, caneleirinho-de-boné-preto –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG, PR, RJ, RS, SC, SP;
2.1.12.10.3) Schiffornis turdinus intermedius (Pinto, 1954); Nome
popular: Flautim-marrom – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
AL, PB, PE; 2.1.12.11) Rhinocryptidae: 2.1.12.11.1) Merulaxis
stresemanni (Sick, 1960); Nome popular: Entufado-baiano,
bigodudo-baiano – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo –
UF: BA; 2.1.12.11.2) Scytalopus iraiensis (Bornschein, Reinert &
Pichorim, 1998); Nome popular: Macuquinho-do-brejo – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: PR, RS; 2.1.12.12) Thamnophilidae:
2.1.12.12.1) Biatas nigropectus (Lafresnaye, 1850); Nome popular:
Papo-branco – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG, PR, RJ,
SC, SP; 2.1.12.12.2: Cercomacra ferdinandi (Snethlage, 1928);
Nome popular: Chororó-tocantinense – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: TO; 2.1.12.12.3) Cercomacra laeta sabinoi (Pinto,
1939); Nome popular: Chororó-didi – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AL, PE; 2.1.12.12.4) Formicivora erythronotos
(Hartlaub, 1852); Nome popular: Formigueiro-de-cabeça-negra,
papa-formigas-de-cabeça-negra – Categoria de ameaça: Em perigo
– UF: RJ; 2.1.12.12.5) Formicivora littoralis (Gonzaga & Pacheco,
1990); Nome popular: Formigueiro-do-litoral, com-com (Cabo Frio) –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ;
2.1.12.12.6) Herpsilochmus pectoralis (Sclater, 1857); Nome
popular: Chorozinho-de-papo-preto – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA, MA, RN, SE; 2.1.12.12.7) Herpsilochmus
pileatus (Lichtenstein, 1823); Nome popular: Chorozinho-da-Bahia
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA; 2.1.12.12.8) Myrmeciza
ruficauda (Wied, 1831); Nome popular: Formigueiro-de-cauda-ruiva
– Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, BA, ES, MG, PB, PE;
2.1.12.12.9) Myrmotherula minor (Salvadori, 1864); Nome popular:
Choquinha-pequena – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA,
ES, MG, RJ, SC, SP; 2.1.12.12.10) Myrmotherula snowi (Teixeira &
Gonzaga, 1985); Nome popular: Choquinha-de-Alagoas – Categoria
de ameaça: Criticamente em perigo – UF: AL, PE; 2.1.12.12.11)
Myrmotherula urosticta (Sclater, 1857); Nome popular: Choquinha-
de-rabo-cintado – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES,
MG, RJ; 2.1.12.12.12) Phlegopsis nigromaculata paraensis
(Hellmayr, 1904); Nome popular: Mãe-de-taoca-pintada – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: MA, PA; 2.1.12.12.13) Pyriglena atra
(Swainson, 1825); Nome popular: Olho-de-fogo-rendado, papa-
taoca-da-bahia – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA, SE;
2.1.12.12.14) Pyriglena leuconota pernambucensis (Zimmer, 1931);
Nome popular: Papa-taoca – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: AL, PE; 2.1.12.12.15) Rhopornis ardesiaca (Wied, 1831); Nome
popular: Gravatazeiro – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA,
MG; 2.1.12.12.16) Stymphalornis acutirostris (Bornschein, Reinert &
Teixeira, 1995); Nome popular: Bicudinho-do-brejo – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: PR, SC; 2.1.12.12.17) Terenura sicki
(Teixeira & Gonzaga, 1983); Nome popular: Zidedê-do-nordeste –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE; 2.1.12.12.18)
Thamnophilus aethiops distans (Pinto, 1954); Nome popular: Choca-
lisa-do-nordeste – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE;
2.1.12.12.19) Thamnophilus caerulescens cearensis (Cory, 1919);
Nome popular: Choca-da-mata-de-Baturité – Categoria de ameaça:
Em perigo – UF: CE; 2.1.12.12.20) Thamnophilus caerulescens
pernambucensis (Naumburg, 1937); Nome popular: Choca-da-mata-
do-nordeste – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, PE;
2.1.12.13) Thraupidae: 2.1.12.13.1) Nemosia rourei (Cabanis, 1870);
Nome popular: Saíra-apunhalada – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: ES; 2.1.12.14) Tyrannidae:
2.1.12.14.1) Alectrurus tricolor (Vieillot, 1816); Nome popular: Galito
– Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: DF, ES, GO, MG, MS, PR,
SP; 2.1.12.14.2) Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818); Nome
popular: Maria-do-campo, papa-moscas-do-campo – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PR, SP,
TO; 2.1.12.14.3) Elaenia ridleyana (Sharpe, 1888); Nome popular:
Cocoruta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: PE; 2.1.12.14.4)
Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953); Nome popular: Maria-
catarinense – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF:
PR, SC; 2.1.12.14.5) Hemitriccus mirandae (Snethlage, 1925);
Nome popular: Maria-do-nordeste – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: AL, CE, PB, PE; 2.1.12.14.6) Phylloscartes beckeri
Gonzaga & Pacheco, 1995); Nome popular: Borboletinha-baiano –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA; 2.1.12.14.7)
Phylloscartes ceciliae (Teixeira, 1987); Nome popular: Cara-pintada
– Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, PE; 2.1.12.14.8)
Phylloscartes kronei (Willis & Oniki, 1992); Nome popular: Maria-da-
restinga – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: PR, RS, SC, SP;
2.1.12.14.9) Phylloscartes roquettei (Snethlage, 1928); Nome
popular: Cara-dourada – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: MG; 2.1.12.14.10) Platyrinchus mystaceus niveigularis
(Pinto, 1954); Nome popular: Patinho-do-nordeste – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: AL, PB, PE; 2.1.12.14.11) Polystictus
pectoralis pectoralis (Vieillot, 1817); Nome popular: Tricolino-canela,
papa-moscas-canela – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO,
MS, MT, PR, RS, SP; 2.1.12.15) Vireonidae: 2.1.12.15.1) Vireo
gracilirostris (Sharpe, 1890); Nome popular: Juruviara-de-noronha –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: PE; 2.1.13) Pelecaniformes:
2.1.13.1) Fregatidae: 2.1.13.1.1) Fregata ariel (Gray, 1845); Nome
popular: Tesourão-pequeno – Categoria de ameaça: Criticamente
em perigo – UF: ES; 2.1.13.1.2) Fregata minor (Gmelin, 1789);
Nome popular: Tesourão-grande – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: ES; 2.1.13.2) Phaethontidae:
2.1.13.2.1) Phaethon aethereus (Linnaeus, 1758); Nome popular:
Rabo-de-palha – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, PE;
2.1.13.2.2) Phaethon lepturus (Daudin, 1802); Nome popular: Rabo-
de-palha-de-bico-laranja – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
BA, PE; 3>2.1.14) Procellariiformes: 2.1.14.1) Diomedeidae:
2.1.14.1.1) Diomedea dabbenena (Mathews, 1929); Nome popular:
Albatroz-de-Tristão, albatroz-de-Gough – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: RS, SC, SP; 2.1.14.1.2) Diomedea epomophora
(Lesson, 1825); Nome popular: Albatroz-real, albatroz-real-
meridional – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RJ, RS, SC;
2.1.14.1.3) Diomedea exulans (Linnaeus, 1758); Nome popular:
Albatroz-viajeiro, albatroz-errante – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: RJ, RS, SC, SP; 2.1.14.1.4) Diomedea sanfordi
(Murphy, 1917); Nome popular: Albatroz-real-setentrional –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: RS, SC; 2.1.14.1.5)
Thalassarche chlororhynchos (Gmelin, 1789); Nome popular:
Albatroz-de-nariz-amarelo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
RJ, RS, SC, SP; 2.1.14.1.6) Thalassarche melanophris (Temminck,
1828); Nome popular: Albatroz-de-sobrancelha – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.14.2)
Procellariidae: 2.1.14.2.1) Procellaria aequinoctialis (Linnaeus,
1758); Nome popular: Pardela-preta, pretinha, patinha – Categoria
de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, PR, RJ, RS, SC, SP;
2.1.14.2.2) Procellaria conspicillata (Gould, 1844); Nome popular:
Pardela-de-óculos – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA, ES,
RJ, RS, SC, SP; 2.1.14.2.3) Pterodroma arminjoniana (Giglioli &
Salvatori, 1869); Nome popular: Pardela-da-Trindade – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF; 2.1.14.2.4) Pterodroma incerta (Schlegel,
1863); Nome popular: Fura-buxo-de-capuz – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.14.2.5) Puffinus
lherminieri (Lesson, 1839); Nome popular: Pardela-de-asa-larga –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: ES, PE; 2.1.15)
Psittaciformes: 2.1.15.1) Psittacidae: 2.1.15.1.1) Amazona
brasiliensis (Linnaeus, 1766); Nome popular: Papagaio-da-cara-
roxa; chauá – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: PR, SC, SP;
2.1.15.1.2) Amazona pretrei (Temminck, 1830); Nome popular:
Papagaio-charão – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC;
2.1.15.1.3) Amazona rhodocorytha (Salvadori, 1890); Nome popular:
Chauá – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL, BA, ES, MG,
RJ, SP; 2.1.15.1.4) Amazona vinacea (Kuhl, 1820); Nome popular:
Papagaio-de-peito-roxo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
BA, ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.15.1.5) Anodorhynchus
glaucus (Vieillot, 1816); Nome popular: Arara-azul-pequena –
Categoria de ameaça: Extinta – UF: MS, PR, RS, SC; 2.1.15.1.6)
Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790); Nome popular: Arara-
azul-grande – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AP, BA, GO,
MA, MG, MS, MT, PA, PI, SP, TO; 2.1.15.1.7) Anodorhynchus leari
(Bonaparte, 1856); Nome popular: Arara-azul-de-lear – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA; 2.1.15.1.8) Cyanopsitta
spixii (Wagler, 1832); Nome popular: Ararinha-azul – Categoria de
ameaça: Extinta na natureza – UF: BA, MA, PE, PI, TO; 2.1.15.1.9.)
Guaruba guarouba (Gmelin, 1788); Nome popular: Ararajuba –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AM, MA, PA; 2.1.15.1.10)
Pyrrhura anaca (Gmelin, 1788); Nome popular: Cara-suja –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: AL, CE, PE;
2.1.15.1.11) Pyrrhura cruentata (Wied, 1820); Nome popular: Fura-
mato – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG, RJ;
2.1.15.1.12) Pyrrhura lepida coerulescens (Neumann, 1927); Nome
popular: Tiriba-pérola – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MA;
2.1.15.1.13) Pyrrhura lepida lepida (Wagler, 1832); Nome popular:
Tiriba-pérola – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MA, PA;
2.1.15.1.14) Pyrrhura leucotis (Kuhl, 1820); Nome popular: Tiriba-de-
orelha-branca – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES,
MG, RJ; 2.1.15.1.15) Pyrrhura pfrimeri (Miranda-Ribeiro, 1920);
Nome popular: Tiriba-de-orelha-branca – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: GO, TO; 2.1.15.1.16) Touit melanonota (Wied,
1820); Nome popular: Apuim-de-cauda-vermelha – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, RJ, SP; 2.1.16) Tinamiformes:
2.1.16.1) Tinamidae: 2.1.16.1.1) Crypturellus noctivagus noctivagus
(Wied, 1820); Nome popular: Jaó – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA, ES, MG, PR, RJ, RS, SC, SP; 2.1.16.1.2)
Nothura minor (Spix, 1825); Nome popular: Codorna, Codorna-
buraqueira – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: DF, GO, MG,
MS, MT, SP; 2.1.16.1.3) Taoniscus nanus (Temminck, 1815); Nome
popular: Inhambú-carapé – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
DF, GO, MG, PR, SP, TO; 3. Invertebrados Aquáticos: 3.1)
Anthozoa: 3.1.1) Actiniaria: 3.1.1.1) Actiniidae: 3.1.1.1.1) Condylactis
gigantea (Weiland, 1860); Nome popular: Anêmona-do-mar – UF:
RJ, SP; 3.1.2) Ceriantharial: 3.1.2.1) Ceriantharidae: 3.1.2.1.1)
Cerianthomorphe brasiliensis Carlgreen (1931); Nome popular: – ;
UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP; 3.1.2.1.2) Cerianthus
brasiliensis Melo-Leitão (1919); Nome popular: –; UF: AL, BA, CE,
ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP; 3.1.3) Gorgonacea: 3.1.3.1)
Gorgoniidae: 3.1.3.1.1) Phillogorgia dilatata (Esper, 1806); Nome
popular: Orelha-de-elefante – UF: PE, RJ, SP; 3.2) Asteroidea:
3.2.1) Forcipulatida: 3.2.1.1) Asterinidae: 3.2.1.1.1) Coscinasterias
tenuispina (Lamarck, 1816); Nome popular: Estrela-do-mar – UF:
AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 3.2.2) Paxillosida: 3.2.2.1)
Astropectinidae: 3.2.2.1.1) Astropecten braziliensis (Muller &
Troschel, 1842); Nome popular: Estrela-do-mar – UF: PR, RJ, RS,
SC, SP; 3.2.2.1.2) Astropecten cingulatus (Sladen, 1889); Nome
popular: Estrela-do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE;
3.2.2.1.3) Astropecten marginatus (Gray, 1840); Nome popular:
Estrela-do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP;
3.2.2.2) Luidiidae: 3.2.2.2.1) Luidia clathrata (Say, 1825); Nome
popular: Estrela-do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE;
3.2.2.2.2) Luidia ludwigi scotti (Bell, 1917); Nome popular: Estrela-
do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 3.2.2.2.3) Luidia
senegalensis (Lamarck, 1816); Nome popular: Estrela-do-mar – UF:
AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 3.2.3) Spinulosida: 3.2.3.1)
Echinasteridae: 3.2.3.1.1) Echinaster (Othilia) brasiliensis (Muller &
Troschel, 1842); Nome popular: Estrela-do-mar – UF: PR, RJ, SC,
SP; 3.2.3.1.2) Echinaster (Othilia) echinophorus (Lamarck, 1816);
Nome popular: Estrela-do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ,
RN, SE; 3.2.3.1.3) Echinaster (Othilia) guyanensis (Clark, 1987);
Nome popular: Estrela-do-mar – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RN,
SE; 3.2.4) Valvatida: 3.2.4.1) Asterinidae: 3.2.4.1.1) Asterina
stellifera (Möbius, 1859); Nome popular: Estrela-do-mar – UF: PR,
RJ, RS, SC, SP; 3.2.4.2) Ophiodiasteridae: 3.2.4.2.1) Linckia
guildingii (Gray, 1840); Nome popular: Estrela-do-mar – UF: RJ;
3.2.4.2.2) Narcissia trigonaria (Sladen, 1889); Nome popular:
Estrela-do-mar – UF: BA, RJ; 3.2.4.3) Oreasteridae: 3.2.4.3.1)
Oreaster reticulatus (Linnaeus, 1758); Nome popular: Estrela-do-mar
– UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP; 3.3)
Bivalvia: 3.3.1) Unionoida: 3.3.1.1) Hyriidae: 3.3.1.1.1) Castalia
undosa (Martens, 1827); Nome popular: Concha-borboleta – UF:
MG, SP; 3.3.1.1.2) Diplodon caipira (Ihering, 1893); Nome popular:
Marisco-de-água-doce – UF: SP; 3.3.1.1.3) Diplodon dunkerianus
(Lea, 1856); Nome popular: Marisco-de-água-doce – UF: RJ;
3.3.1.1.4) Diplodon expansus (Kuster, 1856); Nome popular: –; UF:
PR, RJ, RS, SC, SP; 3.3.1.1.5) Diplodon fontainianus (Orbigny,
1835); Nome popular: –; UF: ES, RJ, SP, PR; 3.3.1.1.6) Diplodon
greeffeanus (Ihering, 1893); Nome popular: Marisco-de-água-doce –
UF: SP; 3.3.1.1.7) Diplodon iheringi (Simpson, 1900); Nome popular:
Marisco-barrigudinho – UF: RS; 3.3.1.1.8) Diplodon koseritzi
(Clessin, 1888); Nome popular: Marisco-do-junco – UF: RS;
3.3.1.1.9) Diplodon martensi (Ihering, 1893); Nome popular:
Marisco-de-água-doce – UF: PR, RS, SC, SP; 3.3.1.1.10) Diplodon
pfeifferi (Dunker, 1848); Nome popular: Marisco-de-água-doce – UF:
RJ; 3.3.1.1.11) Diplodon rotundus (Wagner, 1827); Nome popular:
Concha-disco – UF: BA, MG, SP; 3.3.1.2) Mycetopodidae:
3.3.1.2.1) Anodontites elongates (Swainson, 1823); Nome popular:
Marisco-pantaneiro – UF: AC, AM, MS, MT, PA, RJ; 3.3.1.2.2)
Anodontites ensiformis (Spix, 1827); Nome popular: Estilete – UF:
AC, AM, MS, MT, PA, RO, RS; 3.3.1.2.3) Anodontites ferrarisii
(Orbigny, 1835); Nome popular: Redondo-rajado – UF: RS;
3.3.1.2.4) Anodontites iheringi (Clessin, 1882); Nome popular:
Alongado-rajado – UF: RS; 3.3.1.2.5) Anodontites soleniformes
(Orbigny, 1835); Nome popular: Marisco-de-água-doce – UF: AM,
BA, GO, MG, PA, SP; 3.3.1.2.6) Anodontites tenebricosus (Lea,
1834); Nome popular: Marisco-rim – UF: PR, RS, SC, SP; 3.3.1.2.7)
Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819); Nome popular: Prato,
saboneteira – UF: AC, AL, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT,
PA, PB, PE, PI, PR, RR, RS, SE, SC, SP, TO; 3.3.1.2.8) Anodontites
trapezeus pix (1827); Nome popular: Marisco-de-água-doce – UF:
MG, SP; 3.3.1.2.9) Bartlettia stefanensis (Maicand, 1856); Nome
popular: Ostra-de-rio – UF: MS, MT; 3.3.1.2.10) Fossula fossiculifera
(Grbigny, 1835); Nome popular: Fóssula – UF: BA, MS, MT, PR, RS,
SP; 3.3.1.2.11) Leila blainvilliana (Lea, 1834); Nome popular: Leila –
UF: RS; 3.3.1.2.12) Leila esula (Grbigny, 1835); Nome popular: Leila
– UF: AM, GO, MT, PA, TO; 3.3.1.2.13) Monocondylaea
paraguayana (Orbigny, 1835); Nome popular: Cofrinho – UF: MS,
MT, PR, RS, SP; 3.3.1.2.14) Mycetopoda legumen (Martens, 1888);
Nome popular: Faquinha-arredondada – UF: RS; 3.3.1.2.15)
Mycetopoda siliquosa (Spix, 1827); Nome popular: Faquinha-
truncada – UF: AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS,
MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SE, SC, SP, TO; 3.4)
Demospongiae: 3.4.1) Hadromerida: 3.4.1.1) Potamolepidae:
3.4.1.1.1) Oncosclera jewelli (Volkmer, 1963); Nome popular: Feltro-
d’água – UF: RS; 3.4.1.1.2) Uruguaya corallioides (Bowerbank,
1863); Nome popular: –; UF: SP, PR, SC, RS; 3.4.1.1.3)
Sterrastrolepis brasiliensis Volkmer-Ribeiro & De Rosa-Barbosa,
1978); Nome popular: –; UF: GO, PR; 3.4.2) Haplosclerida: 3.4.2.1)
Spongillidae: 3.4.2.1.1) Anheteromeyenia ornata (Bonetto & Ezcurra
de Drago, 1970); Nome popular: Geléia-de-água – UF: AM, RS;
3.4.2.1.2) Corvoheteromeyenia australis (Bonetto & Ezcurra de
Drago, 1966); Nome popular: –; UF: RS; 3.4.2.1.3)
Corvoheteromeyenia heterosclera (Ezcurra de Drago, 1974); Nome
popular: –; UF: MA, RS; 3.4.2.1.4) Corvospongilla volkmeri (De
Rosa-Barbosa, 1988); Nome popular: –; UF: PB; 3.4.2.1.5)
Heteromeyenia insignis (Weltner, 1895); Nome popular: –; UF: RS;
3.4.2.1.6) Houssayella iguazuensis (Bonetto & Ezcurra de Drago,
1966); Nome popular: –; UF: SC, RS; 3.4.2.1.7) Racekiela sheilae
(Volkmer-Ribeiro, De Rosa-Barbosa & Tavares, 1988); Nome
popular: –; UF: RS; 3.4.3) Poecilosclerida: 3.4.3.1) Metaniidae:
3.4.3.1.1) Metania kiliani (Volkmer-Ribeiro & Costa, 1992); Nome
popular: –; UF: AM; 3.5) Echinoidea: 3.5.1.) Cassiduloida: 3.5.1.1)
Cassidulidae: 3.5.1.1.1) Cassidulus mitis (Krau, 1954); Nome
popular: Ouriço-do-mar-irregular – UF: RJ; 3.5.2) Cidaroida: 3.5.2.1)
Cidaridae: 3.5.2.1.1) Eucidaris tribuloides (Lamarck, 1816); Nome
popular: Ouriço-satélite – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE,
SP; 3.5.3) Echinoida: 3.5.3.1) Echinidae: 3.5.3.1.1) Paracentrotus
gaimardi (Blainville, 1825); Nome popular: Ouriço-do-mar – UF: ES,
PR, RJ, SC, SP; 3.6) Enteropneusta: 3.6.1.1) Spengelidae:
3.6.1.1.1) Willeya loya (Petersen, 1965); Nome popular: –; UF: SP;
3.7) Gastropoda: 3.7.1) Mesogastropoda: 3.7.1.1) Hydrobiidae:
3.7.1.1.1) Potamolithus troglobius (Simone & Miracchiolli, 1994);
Nome popular: –; UF: SP; 3.7.1.2) Naticidae: 3.7.1.2.1) Natica micra
(Haas, 1953); Nome popular: Búzio – UF: RJ; 3.7.1.3) Strombidae:
3.7.1.3.1) Strombus goliath (Schoter, 1805); Nome popular: Búzio-
de-chapéu – UF: BA, CE, ES, PB, RN; 3.7.1.4) Vermetidae:
3.7.1.4.1) Petaloconchus myrakeenae (Absalão & Rios, 1987);
Nome popular: –; UF: RJ; 3.8) Holothuroidea: 3.8.1) Apodida:
3.8.1.1) Synaptidae: 3.8.1.1.1) Synaptula secreta (Ancona-Lopez,
1957); Nome popular: Pepino-do-mar – UF: SP; 3.8.2)
Aspidochirotida: 3.8.2.1.) Stichopodidae: 3.8.2.1.1) Isostichopus
badionotus (Selenka, 1867); Nome popular: Pepino-do-mar,
holotúria – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ, RN, SE, SC, SP;
3.9) Hydrozoa: 3.9.1) Capitata: 3.9.1.1) Milleporidae: 3.9.1.1.1)
Millepora alcicornis (Linnaeus, 1758); Nome popular: Coral-de-fogo
– UF: RJ, SP; 3.10) Malacostraca: 3.10.1) Amphipoda; 3.10.1.1)
Hyalellidae: 3.10.1.1.1) Hyalella caeca (Pereira, 1989); Nome
popular: –; UF: SP; 3.10.2) Decapoda: 3.10.2.1) Aeglidae:
3.10.2.1.1) Aegla cavernicola (Turkay, 1972); Nome popular: –; UF:
SP; 3.10.2.1.2) Aegla leptochela (Bond-Buckup & Buckup, 1994);
Nome popular: –; UF: SP; 3.10.2.1.3) Aegla microphtalma (Bond-
Buckup & Buckup, 1994); Nome popular: –; UF: SP; 3.10.2.2.)
Atyidae: 3.10.2.2.1) Atya gabonensis (Giebel, 1875); Nome popular:
Coruca – UF: AL, PI, SE; 3.10.2.2.2) Atya scabra (Leach, 1815);
Nome popular: Coruca – UF: PE, RJ, SC, AL, BA, ES, SP, CE, PR,
SE; 3.10.2.3) Gecarcinidae: 3.10.2.3.1)_ Gecarcinus lagostoma
(Milne-Edwards, 1835); Nome popular: Caranguejo-ladrão – UF: F.
Noronha, Rocas, Trindade; 3.10.2.4) Grapsidae: 3.10.2.4.1) Percnon
gibbesi (Milne-Edwards, 1853); Nome popular: –; UF: 0PE; 3.10.2.5)
Palaemonidae: 3.10.2.5.1) Macrobrachium carcinus (Linnaeus,
1758); Nome popular: Pitú, Lagosta-de-água-doce, Lagosta-de-São-
Fidelis – UF: PE, RJ,SC, AL, BA, ES, PA, PI, RS, SP, CE, SE;
3.10.2.6) Porcellanidae: 3.10.2.6.1) Minyocerus angustus (Dana,
1852); Nome popular: –; UF: AL, BA, CD, ES, MA, PA, PB, PE, PI,
PR, RJ, RN, SE, SP, SC; 3.11) Polychaeta: 3.11.1) Amphinomida:
3.11.1.1) Amphinomidae: 3.11.1.1.1) Eurythoe complanata (Pallas,
1766); Nome popular: Verme-de-fogo – UF: BA, PR, RJ, SP; 3.11.2)
Eunicida: 3.11.2.1) Eunicidae: 3.11.2.1.1) Eunice sebastiani (Nonato,
1965); Nome popular: –; UF: SP; 3.11.2.2. Onuphidae:
<t5>3.11.2.2.1. Diopatra cuprea (Bosc, 1802); Nome popular: –; UF:
PE, RJ, SC, SP; 4. Invertebrados Terrestres: 4.1. Arachnida: 4.1.1.
Amblypygi: 4.1.1.1. Charinidae: 4.1.1.1.1. Charinus troglobius
(Baptista & Giupponi, 2003); Nome popular: Aranha-chicote –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA: 4.1.2.
Araneae: 4.1.2.1. Araneidae: 4.1.2.1.1. Taczanowskia trilobata
(Simon, 1895); Nome popular: Aranha – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: PA; 4.1.2.2. Corinnidae: 4.1.2.2.1. Ianduba caxixe
(Bonaldo, 1997); Nome popular: Aranha – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA; 4.1.2.2.2. Ianduba patua (Bonaldo, 1997);
Nome popular: Aranha -Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA;
4.1.2.2.3. Ianduba paubrasil (Bonaldo, 1997); Nome popular: Aranha
– Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA; 4.1.2.3.
Ctenidae: 4.1.2.3.1. Phoneutria bahiensis (Simó & Brescovit, 2001);
Nome popular: Aranha-armadeira – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA; 4.1.2.4. Eresidae: 4.1.2.4.1. Stegodyphus
manaus (Kraus & Kraus, 1992); Nome popular: não tem – Categoria
de ameaça: Vulnerável – UF: AM; 4.1.2.5. Symphytognathidae:
4.1.2.5.1. Anapistula guyri (Rheims & Brescovit, 2003); Nome
popular: Aranha-de-solo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
GO; 4.1.3. Opiliones: 4.1.3.1. Gonyleptidae: 4.1.3.1.1. Giupponia
chagasi (Pérez & Kury, 2002); Nome popular: Opilião – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA; 4.1.3.1.2. Iandumoema
uai (Pinto-da-Rocha, 1996); Nome popular: Opilião – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: MG; 4.1.3.1.3.
Pachylospeleus strinatii (Silhavy, 1974); Nome popular: Opilião –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: SP; 4.1.3.2. Minuidae:
4.1.3.2.1. Spaeleoleptes spaeleusa (H. Soares, 1966); Nome
popular: Opilião – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG; 4.1.4.
Pseudoscorpiones: 4.1.4.1. Chernetidae: 4.1.4.1.1. Maxchernes
iporangae (Mahnert & Andrade, 1998); Nome popular:
Pseudoescorpião – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: SP;
4.1.4.2. Chthoniidae: 4.1.4.2.1. Pseudochthonius strinatii (Beier,
1969); Nome popular: Pseudoescorpião – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: SP; 4.2. Diplopoda: 4.2.1. Polydesmida: 4.2.1.1.
Chelodesmidae: 4.2.1.1.1. Leodesmus yporangae (Schubart, 1946);
Nome popular: Gongolo, piolho-de-cobra – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: SP; 4.2.1.2. Cryptodesmidae: 4.2.1.2.1.
Peridontodesmella alba (Schubart, 1957); Nome popular: Gongolo,
Piolho-de-cobra – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: SP;
4.2.1.3. Pyrgodesmidae: 4.2.1.3.1. Yporangiella stygius (Schubart,
1946); Nome popular: Piolho-de-cobra – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: SP; 4.2.1.4. Rhinocrichidae: 4.2.1.4.1. Rhinocricus
padbergi (Verhoeff, 1938); Nome popular: Gongolo-gigante –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RJ; 4.3. Gastropoda: 4.3.1.
Stylommatophora: 4.3.1.1. Bulimulidae: 4.3.1.1.1. Tomigerus
(Biotocus) turbinatus (Pfeiffer, 1845); Nome popular: Caracol –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA; 4.3.1.1.2. Tomigerus
(Digerus) gibberulus (Burroco, 1815); Nome popular: Caracol –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, PE; 4.3.1.2.
Megalobulimidae: 4.3.1.2.1. Megalobulimus cardosoi (Morretes,
1952); Nome popular: Aruá-do-mato – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: AL, PE; 4.3.1.2.2. Megalobulimus grandis (Martens,
1885); Nome popular: Aruá-do-mato; aruá-gigante; caracol-gigante –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: SP; 4.3.1.2.3.
Megalobulimus lopesi (Leme, 1989); Nome popular: Caracol-
gigante-da-Boracéia – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: SP;
4.3.1.2.4. Megalobulimus parafragilior (Leme & Indrusiak, 1990);
Nome popular: Caracol-gigante – Categoria de ameaça: Em perigo –
UF: SP; 4.3.1.2.5. Megalobulimus proclivis (Martens, 1888); Nome
popular: Aruá-alongado – Categoria de ameaça: Em perigo – UF:
RS; 4.3.1.3. Streptaxidae: 4.3.1.3.1. Rectartemon depressus
(Heynemann, 1868); Nome popular: Caracol – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RS; 4.3.1.4. Strophocheilidae: 4.3.1.4.1.
Gonyostomus henseli (Martens, 1868); Nome popular: Caracol –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS; 4.3.1.4.2. Gonyostomus
insularis (Leme, 1974); Nome popular: Caracol-da-ilha – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: SP; 4.3.1.4.3. Mirinaba curytibana
(Morretes, 1952); Nome popular: Caracol – Categoria. de ameaça:
Em perigo – UF: PR; 4.4. Insecta: 4.4.1. Collembola: 4.4.1.1.
Arrhopalitidae: 4.4.1.1.1. Arrhopalites amorimi (Palacius-Vargas &
Zeppelini, 1995); Nome popular: Colembolo – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: SP; 4.4.1.1.2. Arrhopalites gnaspinius (Palacius-
Vargas & Zeppelini, 1995); Nome popular: Colembolo – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: SP; 4.4.1.1.3. Arrhopalites lawrencei
(Palacius-Vargas & Zeppelini, 1995); Nome popular: Colembolo –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: DF, SP; 4.4.1.1.4.
Arrhopalites papaveroi (Zeppelini & Palacius-Vargas, 1999); Nome
popular: Colembolo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MS;
4.4.1.1.5. Arrhopalites wallacei (Palacius-Vargas & Zeppelini, 1995);
Nome popular: Colembolo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
SP. 4.4.1.2. Paronellidae: 4.4.1.2.1. Trogolaphysa aelleni (Yosii,
1988); Nome popular: Colembolo – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: SP; 4.4.1.2.2. Trogolaphysa hauseri (Yosii, 1989);
Nome popular: Colembolo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF :
SP; 4.4.2. Coleoptera: 4.4.2.1. Carabidae: 4.4.2.1.1. Coarazuphium
bezerra (Gnaspini, Vanin & Godoy, 1998); Nome popular: Besouro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO; 4.4.2.1.2.
Coarazuphium cessaima (Gnaspini, Vanin & Godoy, 1998); Nome
popular: Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA;
4.4.2.1.3. Coarazuphium pains (Alvares & Ferreira, 2002); Nome
popular: Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG;
4.4.2.1.4. Coarazuphium tessai (Godoy & Vanin, 1990); Nome
popular: Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA;
4.4.2.1.5. Schizogenius ocellatus (Whitehead, 1972); Nome popular:
Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: SP; 4.4.2.2.
Cerambycidae: 4.4.2.2.1. Hypocephalus armatus (Desmarest, 1832);
Nome popular: Iaiá-de-cintura, Carocha – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA, MG; 4.4.2.2.2. Plaumanniella novateutoniae
(Fisher, 1938); Nome popular: Besouro – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: RS, SC; 4.4.2.3. Chrysomelidae: 4.4.2.3.1.
Doryphora reticulata (Fabricius 1787); Nome popular: Besouro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC; 4.4.2.3.2.
Ensiforma caerulea (Jacoby, 1876); Nome popular: Besouro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC, SP; 4.4.2.3.3.
Schematiza aneurica (Bechyné, 1956); Nome popular: Besouro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS, SC, SP; 4.4.2.4.
Dynastidae; 4.4.2.4.1. Agacephala margaridae (Alvarenga, 1958);
Nome popular: Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
PA; 4.4.2.4.2. Dynastes hercules paschoali (Grossi & Arnaud, 1991);
Nome popular: Besouro – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
BA, ES; 4.4.2.4.3. Megasoma actaeon janus (Felsche, 1906); Nome
popular: Besouro-de-chifre – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
MS, SP; 4.4.2.4.4. Megasoma gyas gyas (Herbst, 1785); Nome
popular: Besouro-de-chifre – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
BA, ES, MG, RJ, SP; 4.4.2.4.5. Megasoma gyas rumbucheri
(Fischer, 1968); Nome popular: Besouro-de-chifre – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA, CE, MG, PB, PE; 4.4.2.5.
Scarabaeidae: 4.4.2.5.1. Dichotomius schiffleri (Vaz de Mello,
Louzada & Gavino, 2001); Nome popular: Besouro-rola-bosta –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: ES; 4.4.3.
Ephemeroptera: 4.4.3.1. Leptophlebiidae: 4.4.3.1.1.
Perissophlebiodes flinti (Savage, 1982); Nome popular: Siriruia –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: RJ; 4.4.4. Hymenoptera:
4.4.4.1. Apidae: 4.4.4.1.1. Exomalopsis (Phanomalopsis)
atlantica (Silveira, 1996); Nome popular: Abelha – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP; 4.4.4.1.2. Melipona
capixaba (Moure & Camargo, 1995); Nome popular: Uruçu-negra,
pé-de-pau – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES; 4.4.4.1.3.
Xylocopa (Diaxylocopa) truxali Hurd & Moure, 1963); Nome popular:
Abelha – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO, MG; 4.4.4.2.
Formicidae: 4.4.4.2.1. Acromyrmex diasi (Gonçalves, 1983); Nome
popular: Formiga, Quemquém – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: DF, SP; 4.4.4.2.2. Atta robusta (Borgmeier, 1939); Nome
popular: Saúva-preta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES,
RJ; 4.4.4.2.3. Dinoponera lucida (Emery, 1901); Nome popular:
Formiga -Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES; 4.4.4.2.4.
Simopelta minima (Brandão, 1989); Nome popular: Formiga -
Categoria de ameaça: Extinta – UF: BA; 4.4.5. Lepidóptera: 4.4.5.1.
Hesperiidae: 4.4.5.1.1. Cyclopyge roscius iphimedia (Plötz, 1886);
Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
MG, RJ, SP; 4.4.5.1.2. Drephalys miersi (Mielke, 1968); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: PR,
SC; 4.4.5.1.3. Drephalys mourei (Mielke, 1968); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ,
SC; 4.4.5.1.4. Ochropyge ruficauda (Hayward, 1932); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: PR, SC;
4.4.5.1.5. Parelbella polyzona (Latreille, 1824); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES, RJ, SC;
4.4.5.1.6. Pseudocroniades machaon seabrai (Mielke, 1995); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo
– UF: RJ; 4.4.5.1.7. Turmada camposa (Plötz, 1886); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: RJ; 4.4.5.1.8.
Zonia zonia diabo (Mielke & Casagrande, 1998); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO, SP;
4.4.5.2. Lycaenidae: 4.4.5.2.1. Arawacus aethesa
(Hewitson, 1867); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: ES, MG; 4.4.5.2.2. Magnastigma julia (Nicolay,
1977); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo
– UF: DF, MG; 4.4.5.3. Nymphalidae: 4.4.5.3.1. Actinote quadra
(Schaus, 1902); Nome popular: Borboleta, Borboleta-palha –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG, RJ, SP; 4.4.5.3.2.
Actinote zikani (D’Almeida, 1951); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP; 4.4.5.3.3.
Caenoptychia boulleti (Le Cerf, 1919); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: ES, RJ, RS, SP; 4.4.5.3.4.
Callicore hydarnis (Godart, 1824); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG, RJ, SP; 4.4.5.3.5.
Dasyophthalma delanira (Hewitson, 1862); Nome popular: Borboleta
– Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ; 4.4.5.3.6.
Dasyophthalma geraensis (Rebel, 1922); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG, RJ, SP; 4.4.5.3.7.
Dasyophthalma vertebralis (Butler, 1869); Nome popular: Borboleta
– Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: ES, MG;
4.4.5.3.8. Doxocopa zalmunna (Butler, 1869); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ,
SP; 4.4.5.3.9. Episcada vítrea (D’Almeida & Mielke, 1967); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RJ;
4.4.5.3.10. Eresia erysice erysice (Geyer, 1832); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA;
4.4.5.3.11. Grasseia menelaus eberti (Weber, 1963); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: PB, PE;
4.4.5.3.12. Heliconius nattereri (C. Felder & R. Felder, 1865); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA,
ES, MG; 4.4.5.3.13. Hyalyris fiammetta (Hewitson, 1852); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo
– UF: ES, MG, RJ; 4.4.5.3.14. Melinaea mnasias thera (C. Felder &
R. Felder, 1865); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: BA, RJ, SP; 4.4.5.3.15. Napeogenes
cyrianassa xanthone (Bates, 1862); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG, RJ; 4.4.5.3.16.
Narope guilhermei (Casagrande, 1989); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RS, SC;
4.4.5.3.17. Orobrassolis ornamentalis (Stichel, 1906); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF:
MG, PR, SP; 4.4.5.3.18. Paititia neglecta (Lamas, 1979); Nome
popular: Borboleta -Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AC;
4.4.5.3.19. Pampasatyrus gyrtone (Berg, 1877); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: RJ, SP;
<t5a>4.4.5.3.20. Pessonia epistrophus nikolajewna (Weber,
1951); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Em perigo
– UF: AL, PB; 4.4.5.3.21. Polygrapha suprema (Schaus, 1920);
Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
MG, RJ, SP; 4.4.5.3.22. Pseudocercyonis glaucope boenninghausi
(Foetterle, 1902); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Em perigo – UF: MG, RJ, SP; 4.4.5.3.23. Scada karschina delicata
(Talbot, 1932); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: PE; 4.4.5.3.24. Tithorea harmonia
caissara (Zikán, 1941); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: ES, MG, RJ, SP; 4.4.5.4. Papilionidae:
4.4.5.4.1. Eurytides iphitas (Hubner, 1821); Nome popular: Borboleta
- Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: ES, RJ;
4.4.5.4.2. Heraclides himeros baia (Rothschild & Jordan, 1906);
Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: BA, GO; 4.4.5.4.3. Heraclides himeros himeros
(Hopffer, 1865); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Em perigo – UF: ES, MG, RJ; 4.4.5.4.4. Mimoides lysithous
harrisianus (Swainson, 1822); Nome popular: Borboleta – Categoria
de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ; 4.4.5.4.5. Parides
ascanius (Cramer, 1775); Nome popular: Borboleta -Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: RJ; 4.4.5.4.6. Parides bunichus
chamissonia (Eschscholtz, 1821); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: SC; 4.4.5.4.7. Parides
burchellanus (Westwood, 1872); Nome popular: Borboleta –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: DF, GO, MG, SP; 4.4.5.4.8.
Parides lysander mattogrossensis (Talbot, 1928); Nome popular:
Borboleta – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MT, RO;
4.4.5.4.9. Parides panthonus castilhoi (D’ Almeida, 1967); Nome
popular: Borboleta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo
– UF: SP; 4.4.5.5. Pieridae: 4.4.5.5.1. Charonias theano theano
(Boisduval, 1836); Nome popular: Borboleta – Categoria de ameaça:
Em perigo – UF: MG, PR, SC, SP; 4.4.5.5.2. Hesperocharis emeris
emeris (Boisduval, 1836); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: PR, RJ, SP; 4.4.5.5.3. Moschoneura
methymna (Godart, 1819); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, RJ, SC; 4.4.5.5.4. Perrhybris
flava (Oberthur, 1896); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA, ES; 4.4.5.6.
Pyralidae: 4.4.5.6.1. Parapoynx restingalis (Da Silva & Nessimian,
1990); Nome popular: Mariposa – Categoria de ameaça: Vulnerável
– UF: BA, RJ; 4.4.5.7. Riodinidae: 4.4.5.7.1. Eucorna
sanarita (Schaus, 1902); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: RJ, SP; 4.4.5.7.2. Euselasia eberti
(Callaghan, 1999); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP; 4.4.5.7.3. Nirodia
belphegor (Westwood, 1851); Nome popular: Borboleta – Categoria
de ameaça: Criticamente em perigo – UF: MG; 4.4.5.7.4. Panara
ovifera (Seitz, 1916); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ; 4.4.5.7.5. Petrocerus
catiena (Hewitson, 1875); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: ES, RJ; 4.4.5.7.6. Xenandra heliodes
dibapha (Stichel, 1909); Nome popular: Borboleta – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: RJ, SC, SP; 4.4.5.8. Saturniidae:
4.4.5.8.1. Dirphia monticola (Zerny, 1923); Nome popular: Mariposa
– Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: RJ; 4.5.
Oligochaeta: 4.5.1. Haplotaxida: 4.5.1.1. Glossoscolecidae:
4.5.1.1.1. Fimoscolex sporadochaetus (Michaelsen, 1918); Nome
popular: Minhoca-branca – Categoria de ameaça: Extinta – UF: MG;
4.5.1.1.2. Rhinodrilus alatus (Righi, 1971); Nome popular:
Minhocuçu – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG; 4.5.1.1.3.
Rhinodrilus fafner (Michaelsen, 1918); Nome popular: Minhocuçu,
Minhoca-gigante – Categoria de ameaça: Extinta – UF: MG; 4.6.
Onychophora: 4.6.1. Euonychophora: 4.6.1.1. Peripatidae: 4.6.1.1.1.
Peripatus acacioi (Marcus & Marcus, 1955); Nome popular:
Onicóforo – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG; 5.
Mamíferos: 5.1. Mammalia: 5.1.1. Artiodactyla: 5.1.1.1. Cervidae:
5.1.1.1.1. Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815); Nome popular:
Cervo-do-pantanal – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: GO,
MG, MS, MT, PR, RO, RS, SP, TO; 5.1.1.1.2. Mazama nana (Hensel,
1872); Nome popular: Veado-bororó-do-sul – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: PR, RS, SC, SP; 5.1.2. Carnivora: 5.1.2.1.
Canidae: 5.1.2.1.1. Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815); Nome
popular: Lobo-guará – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA,
DF, GO, MA, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC, SP, TO; 5.1.2.1.2.
Speothos venaticus (Lund, 1842); Nome popular: Cachorro-vinagre
– Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AC, AM, AP, BA, DF, GO,
MA, MS, MT, PA, PR, RO, RR, SC, SP, TO; 5.1.2.2. Felidae:
5.1.2.2.1. Leopardus pardalis mitis (Cuvier, 1820); Nome popular:
Jaguatirica – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, CE,
DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SP,
TO; 5.1.2.2.2. Leopardus tigrinus (Schreber, 1775); Nome popular:
Gato-do-mato – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, AM, AP,
BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN,
RR, RS, SE, SC, SP, TO; 5.1.2.2.3. Leopardus wiedii (Schinz, 1821);
Nome popular: Gato-maracajá – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: AC, AM, AP, BA, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ,
RO, RR, RS, SC, SP, TO; 5.1.2.2.4. Oncifelis colocolo (Molina,
1810); Nome popular: Gato-palheiro – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: BA, DF, GO, MG, MS, MT, PI, RS, SP, TO;
5.1.2.2.5. Panthera onca (Linnaeus, 1758); Nome popular: Onça-
pintada – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AC, AM, AP, BA,
ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SP, TO;
5.1.2.2.6. Puma concolor capricornensis (Nelson & Goldman, 1929);
Nome popular: Onça-parda, suçuarana, puma, onça-vermelha, leão-
baio – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES, MG, MS, PR, RJ,
RS, SC, SP; 5.1.2.2.7. Puma concolor greeni (Nelson & Goldman,
1931); Nome popular: Onça-vermelha, suçuarana, onça-parda,
puma – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA, CE, MA,
PB, PE, PI, RN, SE; 5.1.2.3. Mustelidae: 5.1.2.3.1. Pteronura
brasiliensis (Gmelin, 1788); Nome popular: Ariranha – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: AC, AM, AP, DF, GO, MA, MS, MT, PA,
PR, RJ, RO, RR, SP, TO; 5.1.3. Cetácea: 5.1.3.1. Balaenidae:
5.1.3.1.1. Eubalaena australis (Desmoulins, 1822); Nome popular:
Baleia-franca-do-sul, baleia-franca, baleia-franca-austral – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: BA, PR, RS, SC; 5.1.3.2.
Balenopteridae: 5.1.3.2.1. Balaenoptera borealis (Lesson, 1828);
Nome popular: Baleia-sei, espadarte – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: PB, RJ; 5.1.3.2.2. Balaenoptera musculus
(Linnaeus, 1758); Nome popular: Baleia-azul – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: PB, RJ, RS; 5.1.3.2.3.
Balaenoptera physalus (Linnaeus, 1758); Nome popular: Baleia-fin –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF; 5.1.3.2.4. Megaptera
novaeangliae (Borowski, 1781); Nome popular: Baleia-jubarte,
jubarte – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, PR, RJ,
RS, SC, SP; 5.1.3.3. Physeteridae: 5.1.3.3.1. Physeter
macrocephalus (Linnaeus, 1758); Nome popular: Cachalote –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, CE, PA; 5.1.3.4.
Pontoporidae: 5.1.3.4.1. Pontoporia blainvillei (Gervais & d’Orbigny,
1844); Nome popular: Toninha, cachimbo, boto-amarelo, franciscana
– Categoria de ameaça: Em perigo – UF: ES, PR, RJ, RS, SC, SP;
5.1.4. Chiroptera: 5.1.4.1. Phyllostomidae: 5.1.4.1.1. Lonchophylla
bokermanni – (Sazima, Vizotto & Taddei, 1978); Nome popular:
Morcego – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG, RJ;
5.1.4.1.2. Lonchophylla dekeyseri (Taddei, Vizotto & Sazima, 1983);
Nome popular: Morcego – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
DF, GO, MG, PI; 5.1.4.1.3. Platyrrhinus recifinus (Thomas, 1901);
Nome popular: Morcego – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
CE, ES, MG, PE, SP; 5.1.4.2. Vespertilionidae: 5.1.4.2.1. Lasiurus
ebenus (Fazzolari Corrêa, 1994); Nome popular: Morcego –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: SP; 5.1.4.2.2. Myotis ruber
(E. Geoffroy, 1806); Nome popular: Morcego – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: PR, RJ, SC, SP; 5.1.5. Didelphimorphia:
5.1.5.1. Didelphidae: 5.1.5.1.1. Caluromysiops irrupta (Sanborn,
1951); Nome popular: Cuíca-de-colete – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: RO; 5.1.6. Primates: 5.1.6.1. Atelidae:
5.1.6.1.1. Alouatta belzebul ululata (Elliot, 1912); Nome popular:
Guariba-de-mãos-ruivas – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: MA; 5.1.6.1.2. Alouatta guariba guariba (Humboldt,
1812); Nome popular: Bugio, barbado – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: BA, MG; 5.1.6.1.3. Ateles belzebuth
(É. Geoffroy, 1806); Nome popular: Coatá, macaco-aranha –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AM; 5.1.6.1.4. Ateles
marginatus (É. Geoffroy, 1809); Nome popular: Coatá – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: PA; 5.1.6.1.5. Brachyteles arachnoides (É.
Geoffroy, 1806); Nome popular: Muriqui, mono-carvoeiro – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: PR, RJ, SP; 5.1.6.1.6. Brachyteles
hypoxanthus (Kuhl, 1820); Nome popular: Muriqui – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA, ES, MG; 5.1.6.2.
Callitrichidae: 5.1.6.2.1. Callithrix aurita (É. Geoffroy in Humboldt,
1812); Nome popular: Sagui-da-serra-escuro – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF : MG, RJ, SP; 5.1.6.2.2. Callithrix flaviceps
(Thomas, 1903); Nome popular: Sagui-da-serra – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: ES, MG; 5.1.6.2.3. Leontopithecus
caissara (Lorini & Persson, 1990); Nome popular: Mico-leão-de-
cara-preta – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF:
PR, SP; 5.1.6.2.4. Leontopithecus chrysomelas (Kuhl, 1820); Nome
popular: Mico-leão-de-cara-dourada – Categoria de ameaça: Em
perigo – UF: BA, MG; 5.1.6.2.5. Leontopithecus chrysopygus (Mikan,
1823); Nome popular: Mico-leão-preto – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: SP; 5.1.6.2.6. Leontopithecus rosalia
(Linnaeus, 1766); Nome popular: Mico-leão-dourado – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF : RJ; 5.1.6.2.7. Saguinus bicolor (Spix,
1823); Nome popular: Sagui-de-duas-cores – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: AM; 5.1.6.3. Cebidae: 5.1.6.3.1.
Cebus kaapori (Queiroz, 1982); Nome popular: Macaco-caiarara –
Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF : MA, PA;
5.1.6.3.2. Cebus robustus (Kuhl, 1820); Nome popular: Macaco-
prego -Categoria de ameaça: Vulnerável – UF : BA, ES, MG;
5.1.6.3.3. Cebus xanthosternos (Wied-Neuwied, 1826); Nome
popular: Macaco-prego-de-peito-amarelo – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: BA, MG, SE; 5.1.6.3.4. Saimiri
vanzolinii (Ayres, 1985); Nome popular: Macaco-de-cheiro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF : AM; 5.1.6.4. Pitheciidae:
5.1.6.4.1. Cacajao calvus calvus (I. Geoffroy, 1847); Nome
popular: Uacari-branco – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
AM; 5.1.6.4.2. Cacajao calvus novaesi (Hershkovitz, 1987); Nome
popular: Uacari-de-Novaes – Categoria de ameaça: Vulnerável –
UF: AM; 5.1.6.4.3. Cacajao calvus rubicundus (I. Geoffroy & Deville,
1848); Nome popular: Uacari-vermelho – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AM; 5.1.6.4.4. Callicebus barbarabrownae
(Hershkovitz, 1990); Nome popular: Guigó – Categoria de ameaça:
Criticamente em perigo – UF: BA, SE; 5.1.6.4.5. Callicebus coimbrai
(Kobayashi & Langguth, 1999); Nome popular: Guigó-de-Coimbra-
Filho – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: SE;
5.1.6.4.6. Callicebus melanochir (Wied-Neuwied, 1820); Nome
popular: Sauá, guigó – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA,
ES, MG; 5.1.6.4.7. Callicebus personatus (É. Geoffroy, 1812); Nome
popular: Sauá, guigó – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: ES,
MG; 5.1.6.4.8. Chiropotes satanas (Hoffmannsegg, 1807); Nome
popular: Cuxiú-preto – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MA,
PA; <t5>5.1.6.4.9. Chiropotes utahicki (Hershkovitz, 1985);
Nome popular: Cuxiú – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MT,
PA; 5.1.7. Rodentia: 5.1.7.1. Echimyidae: 5.1.7.1.1. Callistomys
pictus (Pictet, 1841); Nome popular: Rato-do-cacau – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA; 5.1.7.1.2. Carterodon sulcidens
(Lund, 1841); Nome popular: Rato-de-espinho – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: MS, MG, DF; 5.1.7.1.3.
Phyllomys brasiliensis (Lund, 1840); Nome popular: Rato-da-árvore
– Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG; 5.1.7.1.4. Phyllomys
thomasi (Ihering, 1897); Nome popular: Rato-da-árvore – Categoria
de ameaça: Em perigo – UF: SP; 5.1.7.1.5. Phyllomys unicolor
(Wagner, 1842); Nome popular: Rato-da-árvore – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: BA; 5.1.7.2. Erethizontidae:
5.1.7.2.1. Chaetomys subspinosus (Olfers, 1818); Nome popular:
Ouriço-preto – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG,
RJ, SE; 5.1.7.3. Muridae: 5.1.7.3.1. Juscelinomys candango
(Moojen, 1965); Nome popular: Rato-candango – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: DF; 5.1.7.3.2. Kunsia fronto
(Winge, 1887); Nome popular: Rato-do-mato – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: MG, DF; 5.1.7.3.3.
Phaenomys ferrugineus (Thomas, 1894); Nome popular: Rato-do-
mato-ferrugíneo – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RJ, SP;
5.1.7.3.4. Rhagomys rufescens (Thomas, 1886); Nome popular:
Rato-do-mato-vermelho – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
RJ, SP; 5.1.7.3.5. Wilfredomys oenax (Thomas, 1928); Nome
popular: Rato-do-mato – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: PR, RS, SC; 5.1.7.4. Octodontidae: 5.1.7.4.1.
Ctenomys flamarioni (Travi, 1981); Nome popular: Tuco-tuco –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS; 5.1.8. Sirenia: 5.1.8.1.
Trichechidae: 5.1.8.1.1. Trichechus inunguis (Natterer, 1883); Nome
popular: Peixe-boi-da-Amazônia – Categoria de ameaça: Vulnerável
– UF: AM, AP, PA, RO, RR; 5.1.8.1.2. Trichechus manatus
(Linnaeus, 1758); Nome popular: Peixe-boi-marinho – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: AL, AP, CE, MA, PA, PB, PE,
PI, RN; 5.1.9. Xenarthra: 5.1.9.1. Bradypodidae: 5.1.9.1.1.
Bradypus torquatus (Illiger, 1811); Nome popular: Preguiça-de-
coleira – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES, MG, RJ,
SE; 5.1.9.2. Dasypodidae: 5.1.9.2.1. Priodontes maximus (Kerr,
1792); Nome popular: Tatu-canastra – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AC, AM, AP, BA, DF, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PI,
RO, RR, TO; 5.1.9.2.2. Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758); Nome
popular: Tatu-bola – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AL, BA,
GO, PI, RN; 5.1.9.3. Myrmecophagidae: 5.1.9.3.1. Myrmecophaga
tridactyla (Linnaeus, 1758); Nome popular: Tamanduá-bandeira –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: AC, AM, AP, BA, DF, GO,
MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RO, RR, RS, SC, SP, TO; 6. Peixes:
6.1. Actinopterygii: 6.1.1. Batrachoidiformes: 6.1.1.1. Batrachoididae:
6.1.1.1.1. Carcharhinus longimanus (Poey, 1861); Nome popular:
Mangangá – UF: PA; 6.1.2. Characiformes: 6.1.2.1. Anostomidae:
6.1.2.1.1. Carcharhinus longimanus (Poey, 1861); Nome popular:
Piau – UF: MG; 6.1.2.1.2. Sartor tucuruiense (Santos & Jégu, 1987)
Nome popular: –; UF: PA; 6.1.2.2. Characidae: 6.1.2.2.1. Astyanax
gymnogenys (Eigenmann, 1911); Nome popular: Piabanha – UF:
ES, MG; 6.1.2.2.2. Brycon devillei (Castelnau, 1855); Nome popular:
Lambari – UF: PR; 6.1.2.2.3. Brycon insignis (Steindachner, 1877);
Nome popular: Piabanha – UF: MG, RJ, SP; 6.1.2.2.4. Brycon
nattereri (Gunther, 1864); Nome popular: Pirapitinga – UF: GO, MG,
PR, SP; 6.1.2.2.5. Brycon opalinus (Cuvier, 1819); Nome
popular: Pirapitinga, pirapitinga-do-sul – UF: MG, RJ, SP; 6.1.2.2.6.
Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1850); Nome popular:
Piracanjuba, piracanjuva, bracanjuva – UF: MG, MS, PR, RS, SC,
SP; 6.1.2.2.7. Brycon vermelha (Lima & Castro, 2000); Nome
popular: Vermelha – UF: BA, ES, MG; 6.1.2.2.8. Bryconamericus
lambari (Malabarba & Kindel, 1995) Nome popular: Lambari – UF:
RS; 6.1.2.2.9. Coptobrycon bilineatus (Ellis, 1911); Nome popular: –;
UF: SP; 6.1.2.2.10. Glandulocauda melanogenys
(Eigenmann, 1911); Nome popular: –; UF: SP; 6.1.2.2.11.
Glandulocauda melanopleura (Eigenmann, 1911); Nome popular: –;
UF: PR; 6.1.2.2.12. Hasemania maxillaris (Ellis, 1911); Nome
popular: Lambari – UF: PR; 6.1.2.2.13. Hasemania melanura (Ellis,
1911); Nome popular: Lambari – UF: PR; 6.1.2.2.14. Henochilus
wheatlandii (Garman, 1890); Nome popular: Andirá, anjirá – UF: MG;
6.1.2.2.15. Hyphessobrycon duragenys (Ellis, 1911); Nome popular:
–; UF: SP; 6.1.2.2.16. Hyphessobrycon flammeus (Myers, 1924);
Nome popular: Engraçadinho – UF: RJ; 6.1.2.2.17. Hyphessobrycon
taurocephalus (Ellis, 1911); Nome popular: Lambari – UF: PR;
6.1.2.2.18. Mimagoniates lateralis (Nichols, 1913); Nome popular: –;
UF: PR, SC, SP; 6.1.2.2.19. Mimagoniates rheocharis (Menezes &
Weitzman, 1990); Nome popular: –; UF: RS, SC; 6.1.2.2.20.
Mimagoniates sylvicola (Menezes & Weitzman, 1990); Nome
popular: –; UF: BA; 6.1.2.2.21. Mylesinus paucisquamatus (Jégu &
Santos, 1988); Nome popular: Pacu – UF: PA, TO; 6.1.2.2.22.
Myleus tiete (Eigenmann & Norris, 1900); Nome popular: Pacu-prata
– UF: MG, MS, SP; 6.1.2.2.23. Nematocharax venustus (Weitzman,
Menezes & Britski, 1986); Nome popular: –; UF: BA, MG; 6.1.2.2.24.
Ossubtus xinguense (Jegú, 1992); Nome popular: Pacu – UF: PA;
6.1.2.2.25. Rachoviscus crassiceps (Myers, 1926); Nome popular: –;
UF: PR, SC; 6.1.2.2.26. Rachoviscus graciliceps (Weitzman & Cruz,
1980); Nome popular: –; UF: BA, ES; 6.1.2.2.27. Spintherobolus
ankoseion (Weitzman & Malabarba, 1999); Nome popular: –; UF:
PR, SC; 6.1.2.2.28. Spintherobolus broccae (Myers, 1925); Nome
popular: –; UF: RJ, SP; 6.1.2.2.29. Spintherobolus leptoura
(Weitzman & Malabarba, 1999); Nome popular: –; UF: SP;
6.1.2.2.30. Spintherobolus papilliferus (Eigemann, 1911); Nome
popular: –; UF: SP; 6.1.2.2.31. Stygichthys typhlops (Brittan &
Böhlke, 1965); Nome popular: –; UF: MG; 6.1.2.3. Crenuchidae:
6.1.2.3.1. Characidium grajahuensis (Travassos, 1944); Nome
popular: Canivetinho, mocinha – UF: RJ; 6.1.2.3.2. Characidium
lagosantensis (Travassos, 1947); Nome popular: Canivete – UF:
MG; 6.1.2.3.3. Characidium vestigipinne (Buckup & Hahn, 2000);
Nome popular: –; UF: RS;.6.1.3. Cyprinodontiformes: 6.1.3.1.
Poeciliidae: 6.1.3.1.1. Phalloptychus eigenmanni (Henn, 1916);
Nome popular: Barrigudinho – UF: BA; 6.1.3.1.2. Phallotorynus
fasciolatus (Henn, 1916); Nome popular: Guarú – UF: SP; 6.1.3.1.3.
Phallotorynus jucundus (Ihering, 1930); Nome popular: Guarú – UF:
SP; 6.1.3.2. Rivulidae: 6.1.3.2.1. Austrolebias adloffi (Ahl, 1922);
Nome popular – UF: RS; 6.1.3.2.2. Austrolebias affinis (Amato,
1986); Nome popular: Peixe anual – UF: RS; 6.1.3.2.3. Austrolebias
alexandri (Castello & Lopez, 1974); Nome popular: Peixe anual –
UF: RS; 6.1.3.2.4. Austrolebias carvalhoi (Myers, 1947); Nome
popular: –; UF: PR; 6.1.3.2.5. Austrolebias charrua (Costa & Cheffe,
2001); Nome popular: Peixe anual – UF: RS; 6.1.3.2.6. Austrolebias
cyaneus (Amato, 1987); Nome popular: Peixe anual – UF: RS;
6.1.3.2.7. Austrolebias ibicuiensis (Costa, 1999); Nome popular: –;
UF: RS; 6.1.3.2.8. Austrolebias luteoflammulatus (Vaz-Ferreira,
Sierra & Scaglia, 1974); Nome popular: Peixe anual – UF: RS;
6.1.3.2.9. Austrolebias minuano (Costa & Cheffe, 2001); Nome
popular: Peixe anual – UF: RS; 6.1.3.2.10. Austrolebias
nigrofasciatus (Costa & Cheffe, 2001); Nome popular: Peixe anual –
UF: RS; 6.1.3.2.11. Austrolebias periodicus (Costa, 1999); Nome
popular: Peixe anual – UF: RS; 6.1.3.2.12. Campellolebias brucei
(Vaz-Ferreira & Sierra, 1974); Nome popular: –; UF: SC; 6.1.3.2.13.
Campellolebias chrysolineatus (Costa, Lacerda & Brasil, 1989);
Nome popular: –; UF: SC; 6.1.3.2.14. Campellolebias
dorsimaculatus (Costa, Lacerda & Brasil, 1989); Nome popular: –;
UF: SP; 6.1.3.2.15. Cynolebias griseus (Costa, Lacerda & Brasil,
1990); Nome popular: –; UF: GO; 6.1.3.2.16. Leptolebias citrinipinnis
(Costa, Lacerda & Tanizaki, 1988); Nome popular: –; UF: RJ;
6.1.3.2.17. Leptolebias cruzi (Costa, 1988); Nome popular: –; UF:
RJ; 6.1.3.2.18. Leptolebias fractifasciatus (Costa, 1988); Nome
popular: –; UF: RJ; 6.1.3.2.19. Leptolebias leitaoi (Cruz & Peixoto,
1991); Nome popular: –; UF: BA; 6.1.3.2.20. Leptolebias
marmoratus (Ladiges, 1934); Nome popular: –; UF: RJ; 6.1.3.2.21.
Leptolebias minimus (Myers, 1942); Nome popular: –; UF: RJ;
6.1.3.2.22. Leptolebias opalescens (Myers, 1941); Nome popular: –;
UF: RJ; 6.1.3.2.23. Leptolebias splendens (Myers, 1942); Nome
popular: –; UF: RJ; 6.1.3.2.24. Maratecoara formosa (Costa & Brasil,
1995); Nome popular: –; UF: TO; 6.1.3.2.25. Megalebias wolterstorffi
(Ahl, 1924); Nome popular: –; UF: RS; 6.1.3.2.26. Nematolebias
whitei (Myers, 1942); Nome popular: –; UF: RJ; 6.1.3.2.27.
Plesiolebias xavantei (Costa, Lacerda & Tanizaki, 1988); Nome
popular: –; UF: TO; 6.1.3.2.28. Simpsonichthys alternatus (Costa &
Brasil, 1994); Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.29. Simpsonichthys
auratus (Costa & Nielsen, 2000); Nome popular: –; UF: MG;
6.1.3.2.30. Simpsonichthys boitonei (Carvalho, 1959); Nome
popular: –; UF: DF; 6.1.3.2.31. Simpsonichthys bokermanni
(Carvalho & Cruz, 1987); Nome popular: –; UF: BA; 6.1.3.2.32.
Simpsonichthys constanciae (Myers, 1942); Nome popular: –; UF:
RJ; 6.1.3.2.33. Simpsonichthys flammeus (Costa, 1989); Nome
popular: –; UF: GO, TO; 6.1.3.2.34. Simpsonichthys fulminantis
(Costa & Brasil, 1993); Nome popular: –; UF: BA; 6.1.3.2.35.
Simpsonichthys ghisolfi (Costa, Cyrino & Nielsen, 1996); Nome
popular: –; UF: BA; 6.1.3.2.36. Simpsonichthys hellneri
(Berkenkamp, 1993); Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.37.
Simpsonichthys izecksohni (Cruz, 1983); Nome popular: –; UF: ES;
6.1.3.2.38. Simpsonichthys magnificus (Costa & Brasil, 1991); Nome
popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.39. Simpsonichthys marginatus (Costa &
Brasil, 1996); Nome popular: –; UF: GO; 6.1.3.2.40. Simpsonichthys
multiradiatus (Costa & Brasil, 1994); Nome popular: –; UF: TO;
6.1.3.2.41. Simpsonichthys myersi (Carvalho, 1971); Nome popular:
–; UF: BA, ES; 6.1.3.2.42. Simpsonichthys notatus (Costa, Lacerda
& Brasil, 1990); Nome popular: –; UF: GO; 6.1.3.2.43.
Simpsonichthys parallelus (Costa, 2000); Nome popular: –; UF: GO;
6.1.3.2.44. Simpsonichthys perpendicularis (Costa, Nielsen & De
Luca, 2001); Nome popular: –; UF: BA; 6.1.3.2.45. Simpsonichthys
rosaceus (Costa, Nielsen & De Luca, 2001); Nome popular: –; UF:
BA; 6.1.3.2.46. Simpsonichthys rufus (Costa, Nielsen & De Luca,
2000); Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.47. Simpsonichthys
santanae (Shibatta & Garavello, 1992); Nome popular: –; UF: DF,
GO; 6.1.3.2.48. Simpsonichthys similis (Costa & Hellner, 1999);
Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.49. Simpsonichthys stellatus
(Costa & Brasil, 1994); Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.50.
Simpsonichthys trilineatus (Costa & Brasil, 1994); Nome popular: –;
UF: MG; 6.1.3.2.51. Simpsonichthys zonatus (Costa & Brasil, 1990);
Nome popular: –; UF: MG; 6.1.3.2.52. Spectrolebias semiocellatus
(Costa & Nielsen, 1997); Nome popular: –; UF: TO; 6.1.4.
Gymnotiformes: 6.1.4.1. Apteronotidae: 6.1.4.1.1.
Sternarchorhynchus britskii (Campos da Paz, 2000); Nome popular:
Ituí – UF: MG, MS, PR, SP; 6.1.4.2. Sternopygidae: 6.1.4.2.1.
Eigenmannia vicentespelaea (Triques, 1996); Nome popular: Ituí –
UF: GO; 6.1.5. Perciformes: 6.1.5.1. Chaetodontidae: 6.1.5.1.1.
Prognathodes obliquus (Lubbock & Edwards, 1980); Nome popular:
Peixe-borboleta – UF: PE; 6.1.5.2. Cichlidae: 6.1.5.2.1. Crenicichla
cyclostoma (Ploeg, 1986); Nome popular: Jacundá – UF: PA;
6.1.5.2.2. Crenicichla jegui (Ploeg, 1986); Nome popular: Jacundá –
UF: PA; 6.1.5.2.3. Crenicichla jupiaiensis (Britski & Luengo, 1968);
Nome popular: Joaninha – UF: MG, MS, SP; 6.1.5.2.4. Teleocichla
cinderella (Kullander, 1988); Nome popular: –; UF: PA; 6.1.5.2.5.
Gymnogeophagus setequedas (Reis, Malabarba & Pavanelli, 1992);
Nome popular: Acará – UF: PR; 6.1.5.3. Gobiidae: 6.1.5.3.1.
Elacatinus figaro (Sazima, Moura & Rosa, 1997); Nome popular:
Néon – UF: BA, ES, PB, PE, RJ, RN, SC, SP; 6.1.5.4. Grammatidae:
6.1.5.4.1. Gramma brasiliensis (Sazima, Gasparini & Moura, 1998);
Nome popular: Grama – UF: BA, ES, PB, PE, RJ, RN, SP; 6.1.5.5.
Labridae: 6.1.5.5.1. Bodianus insularis (Gomon & Lubbock, 1980);
Nome popular: Bodião-Ilhéu – UF: PE; 6.1.5.6. Lutjanidae: 6.1.5.6.1.
Lutjanus analis (Cuvier, 1828); Nome popular: Caranha, cioba,
vermelho, vermelho-cioba – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ,
RN, SC, SP; 6.1.5.7. Pomacentridae: 6.1.5.7.1. Stegastes
sanctipauli (Lubbock & Edwards, 1981); Nome popular: Donzelinha
– UF: PE; 6.1.5.8. Scaridae: 6.1.5.8.1. Scarus guacamaia (Cuvier,
1829); Nome popular: –; UF: BA; 6.1.5.9. Serranidae: 6.1.5.9.1.
Anthias salmopunctatus (Lubbock & Edwards, 1981); Nome popular:
–; UF: PE; 6.1.5.9.2. Mycteroperca tigris (Valenciennes, 1833);
Nome popular: –; UF: BA, PE, RJ, SP; 6.1.6. Siluriformes: 6.1.6.1.
Auchenipteridae: 6.1.6.1.1. Tatia boemia (Koch & Reis, 1996); Nome
popular: –; UF: RS; 6.1.6.2. Callichthyidae: 6.1.6.2.1. Corydoras
macropterus (Regan, 1913); Nome popular: –; UF: PR, SC, SP;
6.1.6.2.2. Lepthoplosternum tordilho (Reis, 1997); Nome popular: –;
UF: RS; 6.1.6.3. Doradidae: 6.1.6.3.1. Kalyptodoras bahiensis
(Higuchi, Britski & Garavello, 1990); Nome popular: Peracuca – UF:
BA; 6.1.6.4. Heptapteridae: 6.1.6.4.1. Chasmocranus brachynema
(Gomes & Schubart, 1958); Nome popular: Bagrinho – UF: SP;
6.1.6.4.2. Heptaterus multiradiatus (Ihering, 1907); Nome popular: –;
UF: SP; 6.1.6.4.3. Pimelodella kronei (Ribeiro, 1907); Nome popular:
Bagre-cego – UF: SP; 6.1.6.4.4. Rhamdia jequitinhonha (Silfvergrip,
1996); Nome popular: Bagre, jundiá – UF: MG; 6.1.6.4.5.
Rhamdiopsis microcephala (Lutken, 1874); Nome popular: Bagrinho
– UF: MG; 6.1.6.4.6. Taunaya bifasciata (Eigenmann & Norris,
1900); Nome popular: Bagrinho – UF: SP; 6.1.6.5. Loricariidae:
6.1.6.5.1. Ancistrus formoso (Sabino & Trajano, 1997); Nome
popular: Cascudo – UF: MS; 6.1.6.5.2. Delturus parahybae
(Eigenmann & Eigenmann, 1889); Nome popular: Cascudo laje –
UF: MG, RJ; 6.1.6.5.3. Harttia rhombocephala (Miranda-Ribeiro,
1939); Nome popular: Cascudo – UF: RJ; 6.1.6.5.4. Hemiancistrus
chlorostictus (Cardoso & Malabarba, 1999); Nome popular: Cascudo
– UF: RJ; 6.1.6.5.5. Hemipsilichthys garbei (Ihering, 1911); Nome
popular: Cascudo – UF: RJ; 6.1.6.5.6. Hemipsilichthys mutuca
(Oliveira & Oyakawa, 1999); Nome popular: Cascudo – UF: MG;
6.1.6.5.7. Hypancistrus zebra (Isbrucker & Nijssen, 1991); Nome
popular: Cascudo-zebra – UF: PA; 6.1.6.5.8. Pogonopoma
parahybae (Steindachner, 1877); Nome popular: Cascudo – UF: MG,
RJ; 6.1.6.5.9. Pseudotocinclus tietensis (Ihering, 1907); Nome
popular: Cascudinho – UF: SP; 6.1.6.6. Pimelodidae: 6.1.6.6.1.
Aguarunichthys tocantinsensis (Zuanon, Rapp Py-Daniel & Jégu,
1993); Nome popular: –; UF: GO, PA, TO; 6.1.6.6.2. Conorhynchos
conirostris (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes 1840); Nome
popular: Pirá, pirá-tamanduá – UF: BA, MG; 6.1.6.6.3.
Steindachneridion amblyura (Eigenmann & Eigenmann, 1888);
Nome popular: Surubim – UF: MG; 6.1.6.6.4. Steindachneridion
doceana (Eigenmann & Eigenmann, 1889); Nome popular: Surubim-
do-doce – UF: ES, MG; 6.1.6.6.5. Steindachneridion parahybae
(Steindachner, 1876); Nome popular: Surubim-do-paraíba – UF: MG,
RJ; 6.1.6.6.6. Steindachneridion scripta (Ribeiro, 1918); Nome
popular: Surubim – UF: MG, RS, SC, SP; 6.1.6.7. Trichomycteridae:
6.1.6.7.1. Homodiaetus graciosa (Koch, 2002); Nome popular:
Cambeba – UF: SP; 6.1.6.7.2. Homodieatus passarelii (Miranda-
Ribeiro, 1944); Nome popular: –; UF: RJ; 6.1.6.7.3. Listrura campos
(Miranda-Ribeiro, 1957); Nome popular: Candiru, bagre-mole – UF:
SC, SP; 6.1.6.7.4. Listrura nematopteryx (De Pinna, 1988); Nome
popular: –; UF: RJ, SP; 6.1.6.7.5. Listrura tetraradiata (Landim &
Costa, 2002); Nome popular: –; UF: RJ; 6.1.6.7.6. Microcambeva
barbata (Costa & Bockmann, 1994); Nome popular: Cambeva – UF:
RJ; 6.1.6.7.7. Trichogenes longipinnis (Britski & Ortega, 1983);
Nome popular: –; UF: RJ, SP; 6.1.6.7.8. Trichomycterus castroi
(Pinna, 1992); Nome popular: Cambeva – UF: PR; 6.1.6.7.9.
Trichomycterus itacarambiensis (Trajanoi & Pinna, 1996); Nome
popular: Cambeva – UF: MG; 6.1.6.7.10. Trichomycterus paolence
(Eigenmann, 1917); Nome popular: Cambeva – UF: SP; 6.2.
Elasmobranchii: 6.2.1. Carcharhiniformes: 6.2.1.1. Carcharhinidae:
6.2.1.1.1. Carcharhinus longimanus (Poey, 1861); Nome popular:
Tubarão-estrangeiro; tubarão-galha-branca-oceânico – UF: AL, AP,
BA, CE, ES, MA, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP;
6.2.1.1.2. Carcharhinus porosus (Ranzani, 1839); Nome popular:
Tubarão-junteiro, tubarão-azeiteiro – UF: AL, AP, BA, CE, ES, MA,
PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP; 6.2.1.1.3.
Carcharhinus signatus (Poey, 1868); Nome popular: Tubarão-
toninha – UF: AL, AP, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE,
SC, SP; 6.2.1.1.4.Isogomphodon oxyrhynchus (Muller & Henle,
1839); Nome popular: Quati – UF: AP, MA, PA; 6.2.1.1.5. Negaprion
brevirostris (Poey, 1868); Nome popular:–; UF: BA, PE, RN; 6.2.1.2.
Triakidae: 6.2.1.2.1. Galeorhinus galeus (Linnaeus, 1758 –
Wiegmann, 1834); Nome popular: Cação-bico-doce – UF: PR, RJ,
RS, SC, SP; 6.2.1.2.2. Mustelus schmitti (Wiegmann, 1834 –
Springer, 1939); Nome popular: Cação-cola-fina, caçonete – UF: PR,
RJ, RS, SC, SP; 6.2.2. Lamniformes: 6.2.2.1. Cetorhinidae:
6.2.2.1.1. Cetorhinus maximus (Gunnerus, 1765); (Dias, Rocha &
Vrcibradic, 2002); Nome popular: Tubarão-peregrino – UF: RJ, RS,
SC, SP; 6.2.3. Orectolobiformes: 6.2.3.1. Ginglymostomatidae:
6.2.3.1.1. Ginglymostoma cirratum (Bonnaterre, 1788); Nome
popular: Cação-lixa, tubarão-lixa. Lambaru – UF: AL, BA, CE, PB,
PE, RJ, RN, SP; 6.2.3.2. Rhincodontidae: 6.2.3.2.1. Rhincodon
typus (Smith, 1828 – Marques, Martins & Sazima, 2002); Nome
popular: tubarão-baleia – UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, RS,
SE, SC, SP; 6.2.4. Pristiformes: 6.2.4.1. Pristidae: 6.2.4.1.1. Pristis
perotteti (Muller & Henle, 1841); Nome popular: Peixe-serra – UF:
AM, AP, MA, PA, RJ, SP; 6.2.4.1.2. Pristis pectinata (Latham, 1794);
Nome popular: Peixe-serra – UF: AM, AP, BA, CE, MA, PA, RJ, SP;
6.2.5. Rhinobatiformes: 6.2.5.1. Rhinobatidae: 6.2.5.1.1. Rhinobatus
horkelii (Muller & Henle, 1841); Nome popular: Raia-viola – UF: PR,
RJ, RS, SC, SP; 6.2.6. Squatiniformes: 6.2.6.1. Squatinidae:
6.2.6.1.1. Squatina guggenheim (Marini, 1936); Nome popular:
Cação-anjo-espinhoso – PR, RJ, RS, SC, SP; 6.2.6.1.2. Squatina
occulta (Vooren & Silva, 1991); Nome popular: Cação-anjo-liso –
PR, RJ, RS, SC, SP; 7. Répteis: 7.1. Reptilia: 7.1.1. Squamata:
7.1.1.1. Boidae: 7.1.1.1.1. Corallus cropanii (Hoge, 1953); Nome
popular: Jibóia-de-Cropan – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: SP; 7.1.1.2. Colubridae: 7.1.1.2.1. Dipsas albifrons
cavalheiroi (Hoge, 1950); Nome popular: Dormideira-da-Queimada-
Grande – Categoria de ameaça: Criticamente em perigo – UF: SP;
7.1.1.3. Gymnophthalmidae: 7.1.1.3.1. Heterodactylus lundii
(Reinhardt & Lutken, 1862); Nome popular: Cobra-de-vidro –
Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: MG; 7.1.1.3.2. Placosoma
cipoense (Cunha, 1966); Nome popular: Lagartinho-do-Cipó –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: MG; 7.1.1.4. Polychrotidae:
7.1.1.4.1. Anisolepis undulatus (Wiegmann, 1834); Nome popular:
Camaleãozinho – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS;
7.1.1.5. Teiidae: 7.1.1.5.1. Cnemidophorus abaetensis (Dias, Rocha
& Vrcibradic, 2002); Nome popular: Lagartixa-de-Abaeté – Categoria
de ameaça: Vulnerável – UF: BA; 7.1.1.5.2. Cnemidophorus littoralis
(Rocha, Araújo, Vrcibradic & Costa, 2000); Nome popular: Lagarto-
da-cauda-verde – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RJ;
7.1.1.5.3. Cnemidophorus nativo (Rocha, Bergallo & Peccinini-
Seale, 1997); Nome popular: Lagartinho-de-Linhares – Categoria de
ameaça: Vulnerável – UF: BA, ES; 7.1.1.5.4. Cnemidophorus
vacariensis (Feltrim & Lema, 2000); Nome popular: Lagartinho-de-
Vacaria – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF: RS; 7.1.1.6.
Tropiduridae: 7.1.1.6.1. Liolaemus lutzae (Mertens, 1938); Nome
popular: Lagartixa-da-areia – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: RJ; 7.1.1.6.2. Liolaemus occipitalis (Boulenger, 1885);
Nome popular: Lagartinho-da-praia – Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: RS, SC; 7.1.1.7. Viperidae: 7.1.1.7.1. Bothrops
alcatraz (Marques, Martins & Sazima, 2002); Nome popular:
Jararaca-de-Alcatrazes – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: SP; 7.1.1.7.2. Bothrops insularis (Amaral, 1922); Nome
popular: Jararaca-ilhoa – Categoria de ameaça: Criticamente em
perigo – UF: SP; 7.1.1.7.3. Bothrops pirajai (Amaral, 1923); Nome
popular: Jararaca Categoria de ameaça: Em perigo – UF: BA; 7.1.2.
Testudines: 7.1.2.1. Chelidae: 7.1.2.1.1. Phrynops hogei (Mertens,
1967); Nome popular: Cágado, cágado-de-Hoge, cágado de Hoge –
Categoria de ameaça: Em perigo – UF: ES, MG, RJ; 7.1.2.2.
Cheloniidae: 7.1.2.2.1. Caretta caretta (Linnaeus, 1758); Nome
popular: Cabeçuda, tartaruga-meio-pente Categoria de ameaça:
Vulnerável – UF: AL, BA, CE, ES, MA, PE, RJ, RN, RS, SE;
7.1.2.2.2. Chelonia mydas (Linnaeus, 1758); Nome popular:
Tartaruga-verde, aruanã – Categoria de ameaça: Vulnerável – UF:
AL, AP, BA, CE, ES, MA, PA, PE, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP;
7.1.2.2.3; Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766); Nome popular:
Tartaruga-de-pente – Categoria de ameaça: Em perigo – UF: AL,
BA, ES, PE, RJ, RN, SE, SP; 7.1.2.2.4. Lepidochelys olivacea
(Eschscholtz, 1829); Nome popular: Tartaruga-oliva – Categoria de
ameaça: Em perigo – UF: AL, BA, CE, ES, PE, PR, RJ, RN, SE, SP;
7.1.2.3. Dermochelyidae: 7.1.2.3.1. Dermochelys coriacea
(Linnaeus, 1766); Nome popular: Tartaruga-de-couro – Categoria de
ameaça: Criticamente em perigo – UF: AL, BA, CE, ES, MA, PE,
PR, RJ, RS, SC, SP.
É importante acrescentar no momento que os critérios para
inclusão dos animais em uma lista ou outra são aqueles previstos na
Instrução Normativa n° 5, de 21.05.2004, a saber: I- a espécie
ameaçada de extinção é aquela com alto risco de desaparecimento
na natureza em futuro próximo, assim reconhecidas pelo Ministério
do Meio Ambiente/MMA. II- a espécie sobreexplotada é aquela cuja
condição de captura de uma ou todas as classes de idade numa
população são tão elevadas que reduz a biomassa, o potencial de
desova e as capturas no futuro, a níveis inferiores aos de
segurança. Nesta categoria foram listadas as 2 (duas) espécies de
cavalos-marinhos existentes no Brasil; III- a espécie ameaçada de
sobreexplotação é aquela cujo nível de exploração encontra-se
próximo ao de sobreexplotação; IV- existe proibição da pesca
apenas para a “categoria I” das espécies ameaçadas de extinção,
excetos para fins científicos e com autorização do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
para estas espécies devem ser desenvolvidos planos de
recuperação, elaborados e implementados pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA,
com participação dos órgãos estaduais, comunidade científica e da
sociedade civil organizada, em prazo máximo de 5 (cinco) anos, a
partir da publicação da Instrução Normativa n° 5, de 21.05.2004.
A “Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e
Peixes Ameaçados de Extinção com Categorias da International
Union for Conservation of Nature – IUCN (União Internacional para a
Conservação da Natureza)”,[467] segundo os órgãos governamentais
(Anexo I da Instrução Normativa/MMA nº 5, de 21.05.2004), é a
seguinte: 1) PEIXES: 1.1. Easmobranchii: 1.1.1) Carcharhiniformes:
1.1.1.1) Carcharhinidae: 1.1.1.1.1) nome científico: Carcharhinus
longimanus (nome popular: tubarão-estrangeiro; tubarão-galha-
branca-oceânico); autor: Poey; data: 1861; categoria: vulnerável;
UF: AL, AP, BA, CE, ES, MA, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SE,
SC, SP; 1.1.1.1.2) nome científico: Isogomphodon oxyrhinchus
(nome popular: quati); autor: Muller & Henle; data: 1839; categoria:
em perigo; UF: AP, MA, PA; 1.1.1.1.3) nome científico: Negaprion
brevirostris; autor: Poey; data: 1868; categoria: vulnerável; UF: BA,
PE, RN; 1.1.1.2) Triakidae: 1.1.1.2.1) nome científico: Galeorhinus
galeus (nome popular: cação-bico-doce); autor: Linnaeus; data:
1758; categoria: criticamente em perigo; UF: PR, RJ, RS, SC, SP;
1.1.1.2.2) nome científico: Mustelus schmitti (nome popular: cação-
cola-fina, caçonete); autor: Springer; data: 1939; categoria:
vulnerável; UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 1.1.2) Lamniformes: 1.1.2.1)
Cetorhinidae: 1.1.2.1.1) nome científico: Cetorhinus maximus (nome
popular: tubarão-peregrino); autor: Gunnerus; data: 1765; categoria:
vulnerável; UF: RJ, RS, SC, SP; 1.1.3) Orectolobiformes: 1.1.3.1)
Ginglymostomatidae: 1.1.3.1.1) nome científico: Ginglymostoma
cirratum (nome popular: cação-lixa, tubarão-lixa; lambaru); autor:
Bonnaterre; data: 1788; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, PB,
PE, RJ, RN, SP; 1.1.3.2) Rhincodontidae: 1.1.3.2.1) nome científico:
Rhincodon typus (nome popular: tubarão-baleia); autor: Smith; data:
1828; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN,
RS, SE, SC, SP; 1.1.4) Pristiformes: 1.1.4.1) Pristidae: 1.1.4.1.1)
nome científico: Pristis pectinata (nome popular: peixe-serra); autor:
Latham; data: 1794; categoria: em perigo; UF: AM, AP, BA,CE, MA,
PA, RJ, SP; 1.1.4.1.2) nome científico: Pristis perotteti (nome
popular: peixe-serra); autor: Muller & Henle; data: 1841; categoria:
criticamente em perigo; UF: AM, AP, MA, PA, RJ, SP; 1.1.5)
Rhinobatiformes: 1.1.5.1) Rhinobatidae: 1.1.5.1.1) nome científico:
Rhinobatos horkelii (nome popular: raia-viola); autor: Muller & Henle;
data: 1841; categoria: em perigo; UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 1.1.6)
Squatiniformes: 1.1.6.1) Squatinidae: 1.1.6.1.1) nome científico:
Squatina guggenheim (nome popular: cação-anjo-espinhoso); autor:
Marini; data: 1936; categoria: em perigo; UF: PR, RJ, RS, SC, SP;
1.1.6.1.2) Squatina occulta (nome popular: cação-anjo-liso); autor:
Vooren & Silva; data: 1991; categoria: em perigo; UF: PR, RJ, RS,
SC, SP; 1.2) Actinopterygii: 1.2.1) Batrachoidiformes: 1.2.1.1)
Batrachoididae: 1.2.1.1.1) nome científico: Potamobatrachus
trispinosus (nome popular: mangangá); autor: Collette; data: 1995;
categoria: em perigo; UF: PA; 1.2.2) Characiformes: 1.2.2.1)
Anostomidae: 1.2.2.1.1) nome científico: Leporinus thayeri (nome
popular: Piau); autor: Borodin; data: 1929; categoria: vulnerável; UF:
MG; 1.2.2.2) nome científico: Sartor tucuruiense (nome popular:
nenhum); autor: Santos & Jégu; data: 1987; categoria: criticamente
em perigo; UF: PA; 1.2.2.2) Characidae: 1.2.2.2.1) nome científico:
Astyanax gymnogenys (nome popular: lambari); autor: Eigenmann;
data: 1911; categoria: vulnerável; UF: PR; 1.2.2.2.2) nome científico:
Brycon devillei (nome popular: piabanha); autor: Castelnau; data:
1855; categoria: em perigo; UF: ES, MG; 1.2.2.2.3) nome científico:
Brycon insignis (nome popular: piabanha); autor: Steindachner; data:
1877; categoria: criticamente em perigo; UF: MG, RJ, SP; 1.2.2.2.4)
nome científico: Brycon nattereri (nome popular: pirapitinga); autor:
Gunther; data: 1864; categoria: vulnerável; UF: GO, MG, PR, SP;
1.2.2.2.5) nome científico: Brycon opalinus (nome popular:
pirapitinga, pirapitinga-do-sul); autor: Cuvier; data: 1819; categoria:
vulnerável; UF: MG, RJ, SP; 1.2.2.2.6) nome científico: Brycon
orbignyanus (nome popular: piracanjuba, piracanjuva, bracanjuva);
autor: Valenciennes; data: 1850; categoria: em perigo; UF: MG, MS,
PR, RS, SC, SP; 1.2.2.2.7) nome científico: Brycon vermelha (nome
popular: vermelha); autor: Lima & Castro; data: 2000; categoria:
vulnerável; UF: BA, ES, MG; 1.2.2.2.8) nome científico:
Bryconamericus lambari (nome popular: lambari); autor: Malabarba
& Kindel; data: 1995; categoria: vulnerável; UF: RS; 1.2.2.2.9) nome
científico: Coptobrycon bilineatus (nome popular: nenhum); autor:
Ellis; data: 1911; categoria: em perigo; UF: SP; 1.2.2.2.10) nome
científico: Glandulocauda melanogenys (nome popular: nenhum);
autor: Eigenmann; data: 1911; categoria: em perigo; UF: SP;
1.2.2.2.11) nome científico: Glandulocauda melanopleura (nome
popular: nenhum); autor: Eigenmann; data: 1911; categoria: em
perigo; UF: PR; 1.2.2.2.12) nome científico: Hasemania maxillaris
(nome popular: lambari); autor: Ellis; data: 1911; categoria:
criticamente em perigo; UF: PR; 1.2.2.2.13) nome científico:
Hasemania melanura (nome popular: lambari); autor: Ellis; data:
1911; categoria: criticamente em perigo; UF: PR; 1.2.2.2.14) nome
científico: Henochilus wheatlandii (nome popular: andirá, anjirá);
autor: Garman; data: 1890; categoria: criticamente em perigo; UF:
MG; 1.2.2.2.15) nome científico: Hyphessobrycon duragenys (nome
popular: nenhum); autor: Ellis; data: 1911; categoria: criticamente
em perigo; UF: SP; 1.2.2.2.16) nome científico: Hyphessobrycon
flammeus (nome popular: engraçadinho); autor: Myers; data: 1924;
categoria: em perigo; UF: RJ; 1.2.2.2.17) nome científico:
Hyphessobrycon taurocephalus (nome popular: lambari); autor: Ellis;
data: 1911; categoria: criticamente em perigo; UF: PR; 1.2.2.2.18)
nome científico: Lignobrycon myersi (nome popular: piaba-faca);
autor: Miranda Ribeiro; data: 1911; categoria: vulnerável; UF: BA;
1.2.2.2.19) nome científico: Mimagoniates lateralis (nome popular:
nenhum); autor: Nichols; data: 1913; categoria: vulnerável; UF: PR,
SC, SP; 1.2.2.2.20) nome científico: Mimagoniates rheocharis (nome
popular: nenhum); autor: Menezes & Weitzman; data: 1990;
categoria: vulnerável; UF: RS, SC; 1.2.2.2.21) nome científico:
Mimagoniates sylvicola (nome popular: nenhum); autor: Menezes &
Weitzman; data: 1990; categoria: vulnerável; UF: BA; 1.2.2.2.22)
nome científico: Mylesinus paucisquamatus (nome popular: pacu);
autor: Jégu & Santos; data: 1988; categoria: vulnerável; UF: PA, TO;
1.2.2.2.23) nome científico: Myleus tiete (nome popular: pacu-prata);
autor: Eigenmann & Norris; data: 1900; categoria: vulnerável; UF:
MG, MS, SP; 1.2.2.2.24) nome científico: Nematocharax venustus
(nome popular: nenhum); autor: Weitzman, Menezes & Britski; data:
1986; categoria: vulnerável; UF: BA, MG; 1.2.2.2.25) nome
científico: Ossubtus xinguense (nome popular: pacu); autor: Jegú;
data: 1992; categoria: vulnerável; UF: PA; 1.2.2.2.26) nome
científico: Rachoviscus crassiceps (nome popular: nenhum); autor:
Myers; data: 1926; categoria: em perigo; UF: PR, SC; 1.2.2.2.27)
nome científico: Rachoviscus graciliceps (nome popular: nenhum);
autor: Weitzman & Cruz; data: 1980; categoria: em perigo; UF: BA,
ES; 1.2.2.2.28) nome científico: Spintherobolus ankoseion (nome
popular: nenhum); autor: Weitzman & Malabarba; data: 1999;
categoria: vulnerável; UF: PR, SC; 1.2.2.2.29) nome científico:
Spintherobolus broccae (nome popular: nenhum); autor: Myers;
data: 1925; categoria: vulnerável; UF: RJ, SP; 1.2.2.2.30) nome
científico: Spintherobolus leptoura (nome popular: nenhum); autor:
Weitzman & Malabarba; data: 1999; categoria: vulnerável; UF: SP;
1.2.2.2.31) nome científico: Spintherobolus papilliferus (nome
popular: nenhum); autor: Eigemann; data: 1911; categoria: em
perigo; UF: SP; 1.2.2.2.32) nome científico: Stygichthys typhlops
(nome popular: nenhum); autor: Brittan & Böhlke; data: 1965;
categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.2.3) Crenuchidae: 1.2.2.3.1)
nome científico: Characidium grajahuensis (nome popular:
canivetinho, mocinha); autor: Travassos; data: 1944; categoria:
criticamente em perigo; UF: RJ; 1.2.2.3.2) nome científico:
Characidium lagosantensis (nome popular: canivete); autor:
Travassos; data: 1947; categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.2.3.3)
nome científico: Characidium vestigipinne (nome popular: nenhum);
autor: Buckup & Hahn; data: 2000; categoria: criticamente em
perigo; UF: RS; 1.2.3) Cyprinodontiformes: 1.2.3.1) Poeciliidae:
1.2.3.1.1) nome científico: Phalloptychus eigenmanni (nome popular:
barrigudinho); autor: Henn; data: 1916; categoria: criticamente em
perigo; UF: BA; 1.2.3.1.2) nome científico: Phallotorynus fasciolatus
(nome popular: guarú); autor: Henndata: 1916; categoria: em perigo;
UF: SP; 1.2.3.1.3) nome científico: Phallotorynus jucundus (nome
popular: guarú); autor: Ihering; data: 1930; categoria: vulnerável; UF:
SP; 1.2.3.2) Rivulidae: 1.2.3.2.1) nome científico: Austrolebias adloffi
(nome popular: nenhum); autor: Ahl; data: 1922; categoria:
criticamente em perigo; UF: RS; 1.2.3.2.2) nome científico:
Austrolebias affinis (nome popular: peixe anual); autor: Amato; data:
1986; categoria: vulnerável; UF: RS; 1.2.3.2.3) nome científico:
Austrolebias alexandri (nome popular: peixe anual); autor: Castello &
Lopez; data: 1974; categoria: vulnerável; 1.2.3.2.4) nome científico:
Austrolebias carvalhoi (nome popular: nenhum); autor: Myers; data:
1947; categoria: criticamente em perigo; UF: PR; 1.2.3.2.5) nome
científico: Austrolebias charrua (nome popular: peixe anual); autor:
Costa & Cheffe; data: 2001; categoria: em perigo; UF: RS; 1.2.3.2.6)
nome científico: Austrolebias cyaneus (nome popular: peixe anual);
autor: Amato; data: 1987; categoria: em perigo; UF: RS; 1.2.3.2.7)
nome científico: Austrolebias ibicuiensis (nome popular: nenhum);
autor: Costa; data: 1999; categoria: criticamente em perigo; UF: RS;
1.2.3.2.8) nome científico: Austrolebias luteoflammulatus (nome
popular: peixe anual); autor: Vaz-Ferreira, Sierra & Scaglia; data:
1974; categoria: vulnerável; UF: RS; 1.2.3.2.9) nome científico:
Austrolebias minuano (nome popular: peixe anual); autor: Costa &
Cheffe; data: 2001; categoria: em perigo; UF: RS; 1.2.3.2.10) nome
científico: Austrolebias nigrofasciatus (nome popular: peixe anual);
autor: Costa & Cheffe; data: 2001; categoria: em perigo; UF: RS;
1.2.3.2.11) nome científico: Austrolebias periodicus (nome popular:
peixe anual); autor: Costa; data: 1999; categoria: vulnerável; UF:
RS; 1.2.3.2.12) nome científico: Campellolebias brucei (nome
popular: nenhum); autor: Vaz-Ferreira & Sierra; data: 1974;
categoria: criticamente em perigo; UF: SC; 1.2.3.2.13) nome
científico: Campellolebias chrysolineatus (nome popular: nenhum);
autor: Costa, Lacerda & Brasil; data: 1989; categoria: vulnerável;
UF: SC; 1.2.3.2.14) nome científico: Campellolebias dorsimaculatus
(nome popular: nenhum); autor: Costa, Lacerda & Brasil; data: 1989;
categoria: vulnerável; UF: SP; 1.2.3.2.15) nome científico:
Cynolebias griseus (nome popular: nenhum); autor: Costa, Lacerda
& Brasil; data: 1990; categoria: em perigo; UF: GO; 1.2.3.2.16) nome
científico: Leptolebias citrinipinnis (nome popular: nenhum); autor:
Costa, Lacerda & Tanizaki; data: 1988; categoria: em perigo; UF: RJ;
1.2.3.2.17) nome científico: Leptolebias cruzi (nome popular:
nenhum); autor: Costa; data: 1988; categoria: criticamente em
perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.18) nome científico: Leptolebias
fractifasciatus (nome popular: nenhum); autor: Costa; data: 1988;
categoria: criticamente em perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.19) nome
científico: Leptolebias leitaoi (nome popular: nenhum); autor: Cruz &
Peixoto; data: 1991; categoria: criticamente em perigo; UF: BA;
1.2.3.2.20) nome científico: Leptolebias marmoratus (nome popular:
nenhum); autor: Ladiges; data: 1934; categoria: criticamente em
perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.21) nome científico: Leptolebias minimus
(nome popular: nenhum); autor: Myers; data: 1942; categoria:
vulnerável; UF: RJ; 1.2.3.2.22) nome científico: Leptolebias
opalescens (nome popular: nenhum); autor: Myers; data: 1941;
categoria: criticamente em perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.23) nome
científico: Leptolebias splendens (nome popular: nenhum); autor:
Myers; data: 1942; categoria: criticamente em perigo; UF: RJ;
1.2.3.2.24) nome científico: Maratecoara formosa (nome popular:
nenhum); autor: Costa & Brasil; data: 1995; categoria: vulnerável;
UF: TO; 1.2.3.2.25) nome científico: Megalebias wolterstorffi (nome
popular: nenhum); autor: Ahl; data: 1924; categoria: criticamente em
perigo; UF: RS; 1.2.3.2.26) nome científico: Nematolebias whitei
(nome popular: nenhum); autor: Myers; data: 1942; categoria:
criticamente em perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.27) nome científico:
Plesiolebias xavantei (nome popular: nenhum); autor: Costa,
Lacerda & Tanizaki; data: 1988; categoria: em perigo; UF: TO;
1.2.3.2.28) nome científico: Simpsonichthys alternatus (nome
popular: nenhum); autor: Costa & Brasil; data: 1994; categoria:
vulnerável; UF: MG; 1.2.3.2.29) nome científico: Simpsonichthys
auratus (nome popular: nenhum); autor: Costa & Nielsen; data:
2000; categoria: em perigo; UF: MG; 1.2.3.2.30) nome científico:
Simpsonichthys boitonei (nome popular: nenhum); autor: Carvalho;
data: 1959; categoria: vulnerável; UF: DF; 1.2.3.2.31) nome
científico: Simpsonichthys bokermanni (nome popular: nenhum);
autor: Carvalho & Cruz; data: 1987; categoria: vulnerável; UF: BA;
1.2.3.2.32) nome científico: Simpsonichthys constanciae (nome
popular: nenhum); autor: Myers; data: 1942; categoria: criticamente
em perigo; UF: RJ; 1.2.3.2.33) nome científico: Simpsonichthys
flammeus (nome popular: nenhum); autor: Costa; data: 1989;
categoria: em perigo; UF: GO, TO; 1.2.3.2.34) nome científico:
Simpsonichthys fulminantis (nome popular: nenhum); autor: Costa &
Brasil; data: 1993; categoria: vulnerável; UF: BA; 1.2.3.2.35) nome
científico: Simpsonichthys ghisolfi (nome popular: nenhum); autor:
Costa, Cyrino & Nielsen; data: 1996; categoria: vulnerável; UF: BA;
1.2.3.2.36) nome científico: Simpsonichthys hellneri (nome popular:
nenhum); autor: Berkenkamp; data: 1993; categoria: vulnerável; UF:
MG; 1.2.3.2.37) nome científico: Simpsonichthys izecksohni (nome
popular: nenhum); autor: Cruz; data: 1983; categoria: vulnerável;
UF: ES; 1.2.3.2.38) nome científico: Simpsonichthys magnificus
(nome popular: nenhum); autor: Costa & Brasil; data: 1991;
categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.3.2.39) nome científico:
Simpsonichthys marginatus (nome popular: nenhum); autor: Costa &
Brasil; data: 1996; categoria: em perigo; UF: GO; 1.2.3.2.40) nome
científico: Simpsonichthys multiradiatus (nome popular: nenhum);
autor: Costa & Brasil; data: 1994; categoria: em perigo; UF: TO;
1.2.3.2.41) nome científico: Simpsonichthys myersi (nome popular:
nenhum); autor: Carvalho; data: 1971; categoria: em perigo; UF: BA,
ES; 1.2.3.2.42) nome científico: Simpsonichthys notatus (nome
popular: nenhum); autor: Costa, Lacerda & Brasil; data: 1990;
categoria: em perigo; UF: GO; 1.2.3.2.43) nome científico:
Simpsonichthys parallelus (nome popular: nenhum); autor: Costa;
data: 2000; categoria: em perigo; UF: GO; 1.2.3.2.44) nome
científico: Simpsonichthys perpendicularis (nome popular: nenhum);
autor: Costa, Nielsen e de Luca; data: 2001; categoria: vulnerável;
UF: BA; 1.2.3.2.45) nome científico: Simpsonichthys rosaceus
(nome popular: nenhum); autor: Costa, Nielsen & de Luca; data:
2001; categoria: vulnerável; UF: BA; 1.2.3.246) nome científico:
Simpsonichthys rufus (nome popular: nenhum); autor: Costa,
Nielsen & De Luca; data: 2000; categoria: vulnerável; UF: MG;
1.2.3.2.47) nome científico: Simpsonichthys santanae (nome
popular: nenhum); autor: Shibatta & Garavello; data: 1992;
categoria: em perigo; UF: DF, GO; 1.2.3.2.48) nome científico:
Simpsonichthys similis (nome popular: nenhum); autor: Costa &
Hellner; data: 1999; categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.3.2.49) nome
científico: Simpsonichthys stellatus (nome popular: nenhum); autor:
Costa & Brasil; data: 1994; categoria: vulnerável; UF: MG;
1.2.3.2.50) nome científico: Simpsonichthys trilineatus (nome
popular: nenhum); autor: Costa & Brasil; data: 1994; categoria:
vulnerável; UF: MG; 1.2.3.2.51) nome científico: Simpsonichthys
zonatus (nome popular: nenhum); autor: Costa & Brasil; data: 1990;
categoria: em perigo; UF: MG; 1.2.3.2.52) nome científico:
Spectrolebias semiocellatus (nome popular: nenhum); autor: Costa
& Nielsen; data: 1997; categoria: vulnerável; UF: TO; 1.2.4)
Gymnotiformes: 1.2.4.1) Apteronotidae: 1.2.4.1.1) nome científico:
Sternarchorhynchus britskii (nome popular: ituí); autor: Campos-da-
Paz; data: 2000; categoria: vulnerável; UF: MG, MS, PR, SP;
1.2.4.2) Sternopygidae: 1.2.4.2.1) nome científico: Eigenmannia
vicentespelaea (nome popular: ituí); autor: Triques; data: 1996;
categoria: vulnerável; UF: GO; 1.2.4.3) Chaetodontidae: 1.2.4.3.1)
nome científico: Prognathodes obliquus (nome popular: peixe
borboleta); autor: Lubbock & Edwards; data: 1980; categoria:
vulnerável; UF: PE; 1.2.4.4) Cichlidae: 1.2.4.4.1) nome científico:
Crenicichla cyclostoma (nome popular: jacundá); autor: Ploeg; data:
1986; categoria: criticamente em perigo; UF: PA; 1.2.4.4.2) nome
científico: Crenicichla jegui (nome popular: jacundá); autor: Ploeg;
data: 1986; categoria: criticamente em perigo; UF: PA; 1.2.4.4.3)
nome científico: Crenicichla jupiaiensis (nome popular: joanhinha);
autor: Britski & Luengo; data: 1968; categoria: em perigo; UF: MG,
MS, SP; 1.2.4.4.4) nome científico: Gymnogeophagus setequedas
(nome popular: acará); autor: Reis, Malabarba & Pavanelli; data:
1992; categoria: vulnerável; UF: PR; 1.2.4.4.5) nome científico:
Teleocichla cinderella (nome popular: nenhum); autor: Kullander;
data: 1988; categoria: criticamente em perigo; UF: PA; 1.2.4.5)
Gobiidae: 1.2.4.5.1) nome científico: Elacatinus figaro (nome
popular: neon); autor: Sazima, Moura & Rosa; data: 1997; categoria:
vulnerável; UF: BA, ES, PB, PE, RJ, RN, SC, SP; 1.2.4.6)
Grammatidae: 1.2.4.6.1) nome científico: Gramma brasiliensis
(nome popular: grama); autor: Sazima, Moura & Rosa; data: 1998;
categoria: vulnerável; UF: BA, ES, PB, PE, RJ, RN, SP; 1.2.4.7)
Labridae: 1.2.4.7.1) nome científico: Bodianus insularis (nome
popular: nenhum); autor: Gomon & Lubbock; data: 1980; categoria:
vulnerável; UF: PE; 1.2.4.8) Lutjanidae: 1.2.4.8.1) nome científico:
Lutjanus analis (nome popular: caranha, cioba, vermelho, vermelho-
cioba); autor: Cuvier in Cuvier & Valenciennes; data: 1828;
categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ, RN, SC,
SP; 1.2.4.9) Pomacentridae: 1.2.4.9.1) nome científico: Stegastes
sanctipauli (nome popular: donzelinha); autor: Lubbock & Edwards;
data: 1981; categoria: vulnerável; UF: PE; 1.2.4.10) Scaridae:
1.2.4.10.1) nome científico: Scarus guacamaia (nome popular:
nenhum); autor: Cuvier; data: 1829; categoria: vulnerável; UF: BA;
1.2.4.11) Serranidae: 1.2.4.11.1) nome científico: Anthias
salmopunctatus (nome popular: nenhum); autor: Lubbock &
Edwards; data: 1981; categoria: vulnerável; UF: PE; 1.2.4.11.2)
nome científico: Mycteroperca tigris (nome popular: nenhum); autor:
Valenciennes; data: 1833; categoria: vulnerável; UF: BA, PE, RJ,
SP; 1.2.5) Siluriformes: 1.2.5.1) Auchenipteridae: 1.2.5.1.1) nome
científico: Tatia boemia (nome popular: nenhum); autor: Koch &
Reis; data: 1996; categoria: vulnerável; UF: RS; 1.2.5.2)
Callichthyidae: 1.2.5.2.1) nome científico: Corydoras macropterus
(nome popular: nenhum); autor: Regan; data: 1913; categoria:
vulnerável; UF: PR, SC, SP; 1.2.5.2.2) nome científico:
Lepthoplosternum tordilho (nome popular: nenhum); autor: Reis;
data: 1997; categoria: em perigo; UF: RS; 1.2.5.3) Doradidae:
1.2.5.3.1) nome científico: Kalyptodoras bahiensis (nome popular:
peracuca); autor: Higuchi, Britski & Garavello; data: 1990; categoria:
em perigo; UF: BA; 1.2.5.4) Heptapteridae: 1.2.5.4.1) nome
científico: Chasmocranus brachynema (nome popular: bagrinho);
autor: Gomes & Schubart; data: 1958; categoria: vulnerável; UF: SP;
1.2.5.4.2) nome científico: Heptaterus multiradiatus (nome popular:
nenhum); autor: Ihering; data: 1907; categoria: em perigo; UF: SP;
1.2.5.4.3) nome científico: Pimelodella kronei (nome popular: bagre-
cego); autor: Ribeiro; data: 1907; categoria: vulnerável; UF: SP;
1.2.5.4.4) nome científico: Rhamdia jequitinhonha (nome popular:
bagre, jundiá); autor: Silfvergrip; data: 1996; categoria: vulnerável;
UF: MG; 1.2.5.4.5) nome científico: Rhamdiopsis microcephala
(nome popular: bagrinho); autor: Lutken; data: 1874; categoria:
vulnerável; UF: MG; 1.2.5.4.6) nome científico: Taunaya bifasciata
(nome popular: bagrinho); autor: Eigenmann & Norris; data: 1900;
categoria: vulnerável; UF: SP; 1.2.5.5) Loricariidae: 1.2.5.5.1) nome
científico: Ancistrus formoso (nome popular: cascudo); autor: Sabino
& Trajano; data: 1997; categoria: vulnerável; UF: MS; 1.2.5.5.2)
nome científico: Delturus parahybae (nome popular: cascudo laje);
autor: Eigenmann & Eigenmann; data: 1889; categoria: criticamente
em perigo; UF: MG, RJ; 1.2.5.5.3) nome científico: Harttia
rhombocephala (nome popular: cascudo); autor: Miranda Ribeiro;
data: 1939; categoria: criticamente em perigo; UF: RJ; 1.2.5.5.4)
nome científico: Hemiancistrus chlorostictus (nome popular:
cascudo); autor: Cardoso & Malabarba; data: 1999; categoria:
vulnerável; UF: RS; 1.2.5.5.5) nome científico: Hemipsilichthys
garbei (nome popular: cascudo); autor: Ihering; data: 1911;
categoria: em perigo; UF: RJ; 1.2.5.5.6) nome científico:
Hemipsilichthys mutuca (nome popular: cascudo); autor: Oliveira &
Oyakawa; data: 1999; categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.5.5.7)
nome científico: Hypancistrus zebra (nome popular: cascudo-zebra);
autor: Isbrucker & Nijssen; data: 1991; categoria: vulnerável; UF: PA;
1.2.5.5.8) nome científico: Pogonopoma parahybae (nome popular:
cascudo); autor: Steindachner; data: 1877; categoria: criticamente
em perigo; UF: MG, RJ; 1.2.5.5.9) nome científico: Pseudotocinclus
tietensis (nome popular: cascudinho); autor: Ihering; data: 1907;
categoria: vulnerável; UF: SP; 1.2.5.6) Pimelocidae: 1.2.5.6.1) nome
científico: Aguarunichthys tocantinsensis (nome popular: nenhum);
autor: Zuanon, Rapp Py-Daniel & Jégu; data: 1993; categoria:
vulnerável; UF: GO, PA, TO; 1.2.5.6.2) nome científico:
Conorhynchos conirostris (nome popular: pirá, pirá-tamanduá);
autor: Valenciennes in Cuvier & Valenciennes; data: 1840; categoria:
vulnerável; UF: BA, MG; 1.2.5.6.3) nome científico:
Steindachneridion amblyura (nome popular: surubim); autor:
Eigenmann & Eigenmann; data: 1888; categoria: criticamente em
perigo; UF: MG; 1.2.5.6.4) nome científico: Steindachneridion
doceana (nome popular: surubim-do-doce); autor: Eigenmann &
Eigenmann; data: 1889; categoria: criticamente em perigo; UF: ES,
MG; 1.2.5.6.5) nome científico: Steindachneridion parahybae (nome
popular: surubim-do-paraíba); autor: Steindachner; data: 1876;
categoria: criticamente em perigo; UF: MG, RJ; 1.2.5.6.6) nome
científico: Steindachneridion scripta (nome popular: surubim); autor:
Ribeiro; data: 1918; categoria: em perigo; UF: MG, RS, SC, SP;
1.2.5.7) Trichomycteridae: 1.2.5.7.1) nome científico: Homodiaetus
graciosa (nome popular: cambeba); autor: Koch; data: 2002;
categoria: vulnerável; UF: SP; 1.2.5.7.2) nome científico:
Homodietus passarelii (nome popular: nenhum); autor: P. Miranda
Ribeiro; data: 1944; categoria: em perigo; UF: RJ; 1.2.5.7.3) nome
científico: Listrura camposi (nome popular: candiru, bagre-mole);
autor: Miranda Ribeiro; data: 1957; categoria: criticamente em
perigo; UF: SC, SP; 1.2.5.7.4) nome científico: Listrura nematopteryx
(nome popular: nenhum); autor: De Pinna; data: 1988; categoria:
vulnerável; RJ, SP; 1.2.5.7.5) nome científico: Listrura tetraradiata
(nome popular: nenhum); autor: Landim & Costa; data: 2002;
categoria: vulnerável; UF: RJ; 1.2.5.7.6) nome científico:
Microcambeva barbata (nome popular: cambeva); autor: Costa &
Bockmann; data: 1994; categoria: vulnerável; UF: RJ; 1.2.5.7.7)
nome científico: Trichogenes longipinnis (nome popular: nenhum);
autor: Britski & Ortega; data: 1983; categoria: vulnerável; UF: RJ,
SP; 1.2.5.7.8) nome científico: Trichomycterus castroi (nome
popular: cambeva); autor: Pinna; data: 1992; categoria: vulnerável;
UF: MG; 1.2.5.7.9) nome científico: Trichomycterus itacarambiensis
(nome popular: cambeva); autor: Trajanoi & Pinna; data: 1996;
categoria: vulnerável; UF: MG; 1.2.5.7.10) nome científico:
Trichomycterus paolence (nome popular: cambeva); autor:
Eigenmann; data: 1917; categoria: em perigo; UF: SP; 2)
INVERTEBRADOS AQUÁTICOS: ; 2.1) Anthozoa: ; 2.1.1) Actinaria:
; 2.1.1.1) Actinidae: 2.1.1.1.1) nome científico: Condylactis gigantea
(nome popular: anêmona-do-mar); autor: Weiland; data: 1860;
categoria: vulnerável; UF: RJ, SP; 2.1.1.2) Gorgoniidae: 2.1.1.2.1)
nome científico: Phillogorgia dilatata (nome popular: orelha-de-
elefante); autor: Esper; data: 1806; categoria: vulnerável; UF PE, RJ,
SP; 2.1.2) Ceriantharia: 2.1.2.1) Ceriantharidae: 2.1.2.1.1) nome
científico: Cerianthomorphe brasiliensis (nome popular: nenhum);
autor: Carlgreen; data: 1931; categoria: em perigo; UF: AL, BA, CE,
ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP; 2.1.2.1.2) nome científico: Cerianthus
brasiliensis (nome popular: nenhum); autor: Melo-Leitão; data: 1919;
categoria: em perigo; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP;
2.2) Asteroidea: 2.2.1) Forcipulatida: 2.2.1.1) Asteriidae: 2.2.1.1.1)
nome científico: Coscinasterias tenuispina (nome popular: estrela-
do-mar); autor: Lamarck; data: 1816; categoria: vulnerável; UF: AL,
BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 2.2.2) Paxillosida: 2.2.2.1)
Astropectinidae: 2.2.2.1.1) nome científico: Astropecten brasiliensis
(nome popular: estrela-do-mar); autor: Muller & Troschel; data: 1842;
categoria: vulnerável; UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 2.2.2.1.2) nome
científico: Astropecten cingulatus (nome popular: estrela-do-mar);
autor: Sladen; data: 1889; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE,
ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 2.2.2.1.3) nome científico: Astropecten
marginatus (nome popular: estrela-do-mar); autor: Gray; data: 1840;
categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE, SP;
2.2.2.2) Luidiidae: 2.2.2.2.1) nome científico: Luidia clathrata (nome
popular: estrela-do-mar); autor: Say; data: 1825; categoria:
vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE; 2.2.2.2.2)
nome científico: Luidia ludwigi scotti (nome popular: estrela-do-mar);
autor: Bell; data: 1917; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES,
PB, PE, RJ, RN, SE; 2.2.2.2.3) nome científico: Luidia senegalensis
(nome popular: estrela-do-mar); autor: Lamarck; data: 1816;
categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN, SE;
2.2.3) Spinulosida: 2.2.3.1) Echinasteridae: 2.2.3.1.1) nome
científico: Echinaster (Othilia) brasiliensis (nome popular: estrela-do-
mar); autor: Muller & Troschel; data: 1842; categoria: vulnerável; UF:
PR, RJ, SC, SP; 2.2.3.1.2) nome científico: Echinaster (Othilia)
echinophorus (nome popular: estrela-do-mar); autor: Lamarck; data:
1816; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN,
SE; 2.2.3.1.3) nome científico: Echinaster (Othilia) guyanensis
(nome popular: estrela-do-mar); autor: Clark; data: 1987; categoria:
vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RN, SE; 2.2.4) Valvatida: ;
2.2.4.1) Asterinidae: 2.2.4.1.1) nome científico: Asterina stellifera
(nome popular: estrela-do-mar); autor: Möbius; data: 1859;
categoria: vulnerável; UF: PR, RJ, RS, SC, SP; 2.2.4.1.2) nome
científico: Linckia guildingi (nome popular: estrela-do-mar); autor:
Gray; data: 1840; categoria: vulnerável; UF: RJ; 2.2.4.3) nome
científico: Narcissia trigonaria (nome popular: estrela-do-mar); autor:
Sladen; data: 1889; categoria: BA, RJ ; 2.2.4.4) nome científico:
Oreaster reticulatus (nome popular: estrela-do-mar); autor:
Linnaeus; data: 1758; categoria: em perigo; UF: AL, BA, CE, ES,
PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE, SC, SP; 2.3) Bivalvia: ; 2.3.1)
Unionoida: 2.3.1.1) Hyriidae: 2.3.1.1.1) nome científico: Castalia
undosa (nome popular: concha-borboleta); autor: Martens; data:
1827; categoria: em perigo; UF: MG, SP; 2.3.1.1.2) nome científico:
Diplodon caipira (nome popular: marisco-de-água-doce); autor:
Ihering; data: 1893; categoria: em perigo; UF: SP; 2.3.1.1.3) nome
científico: Diplodon dunkerianus (nome popular: marisco-de-água-
doce); autor: Lea; data: 1856; categoria: em perigo; UF: RJ;
2.3.1.1.4) nome científico: Diplodon expansus (nome popular:
nenhum); autor: Kuster; data: 1856; categoria: vulnerável; UF: PR,
RJ, RS, SC, SP; 2.3.1.1.5) nome científico: Diplodon fontainianus
(nome popular: nenhum); autor: Orbigny; data: 1835; categoria: em
perigo; UF: ES, RJ, SP, PR; 2.3.1.1.6) nome científico: Diplodon
greeffeanus (nome popular: marisco-de-água-doce); autor: Ihering;
data: 1893; categoria: em perigo; UF: SP; 2.3.1.1.7) nome científico:
Diplodon iheringi (nome popular: marisco-barrigudinho); autor:
Simpson; data: 1900; categoria: em perigo; UF: RS; 2.3.1.1.8) nome
científico: Diplodon koseritzi (nome popular: marisco-do-junco);
autor: Clessin; data: 1888; categoria: criticamente em perigo; UF:
RS; 2.3.1.1.9) nome científico: Diplodon martensi (nome popular:
marisco-de-água-doce); autor: Ihering; data: 1893; categoria:
vulnerável; UF: PR, RS, SC, SP; 2.3.1.1.10) nome científico:
Diplodon pfeifferi (nome popular: marisco-de-água-doce); autor:
Dunker; data: 1848; categoria: em perigo; UF: RJ; 2.3.1.1.11) nome
científico: Diplodon rotundus (nome popular: concha disco); autor:
Wagner; data: 1827; categoria: em perigo; UF: BA, MG, SP; 2.3.1.2)
Mycetopodidae: 2.3.1.2.1) nome científico: Anodontites elongatus
(nome popular: marisco-pantaneiro); autor: Swainson; data: 1823;
categoria: vulnerável; UF: AC, AM, MS, MT, PA, RJ; 2.3.1.2.2) nome
científico: Anodontites ensiformis (nome popular: estilete); autor:
Spix; data: 1827; categoria: vulnerável; UF: AC, AM, MS, MT, PA,
RO, RS; 2.3.1.2.3) nome científico: Anodontites ferrarisi (nome
popular: redondo-rajado); autor: Grbigny; data: 1835; categoria: em
perigo; UF: RS; 2.3.1.2.4) nome científico: Anodontites iheringi
(nome popular: alongado-rajado); autor: Clessin; data: 1882;
categoria: em perigo; UF: RS; 2.3.1.2.5) nome científico:
Anodontites soleniformes (nome popular: marisco-de-água-doce);
autor: Orbigny; data: 1835; categoria: vulnerável; UF: AM, BA, GO,
MG, PA, SP; 2.3.1.2.6) nome científico: Anodontites tenebricosus
(nome popular: marisco-rim); autor: Lea; data: 1834; categoria:
vulnerável; UF: PR, RS, SC, SP; 2.3.1.2.7) nome científico:
Anodontites trapesialis (nome popular: prato, saboneteira); autor:
Lamarck; data: 1819; categoria: vulnerável; UF: AC, AL, AM, BA,
CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RR, RS, SE,
SC, SP; 2.3.1.2.8) nome científico: Anodontites trapezeus (nome
popular: marisco-de-água-doce); autor: Spix; data: 1827; categoria:
em perigo; UF: MG, SP; 2.3.1.2.9) nome científico: Bartlettia
stefanensis (nome popular: ostra-de-rio); autor: Maicand; data: 1856;
categoria: vulnerável; UF: MS, MT; 2.3.1.2.10) nome científico:
Fossula fossiculifera (nome popular: fóssula); autor: Orbigny; data:
1835; categoria: em perigo; UF: BA, MS, MT, PR, RS, SP;
2.3.1.2.11) nome científico: Leila blainvilliana (nome popular: leila);
autor: Lea; data: 1834; categoria: em perigo; UF: RS; 2.3.1.2.12)
nome científico: Leila esula (nome popular: leila); autor: Orbigny;
data: 1835; categoria: vulnerável; UF: AM, GO, MT, PA, TO;
2.3.1.2.13) nome científico: Monocondylaea paraguayana (nome
popular: cofrinho); autor: Orbigny; data: 1835; categoria: vulnerável;
UF: MS, MT, PR, RS, SP; 2.3.1.2.14) nome científico: Mycetopoda
legumen (nome popular: faquinha-arredondada); autor: Martens;
data: 1888; categoria: vulnerável; UF: RS; 2.3.1.2.15) nome
científico: Mycetopoda siliquosa (nome popular: faquinha-truncada);
autor: Spix; data: 1827; categoria: vulnerável; UF: AC, AL, AM, AP,
BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN,
RO; 2.4) Crustacea: 2.4.1) Demospongiae: 2.4.1.1) Hadromerida:
2.4.1.1.1) Potamolepidae: 2.4.1.1.1.1) nome científico: Oncosclera
jewelli (nome popular: feltro-d’água); autor: Volkmer; data: 1963;
categoria: em perigo; UF: RS; 2.4.1.1.1.2) nome científico:
Sterrastrolepis brasiliensis (nome popular: nenhum); autor: Volkmer-
Ribeiro & De Rosa Barbosa; data: 1978; categoria: vulnerável; UF:
GO, PR; 2.4.1.1.1.3) nome científico: Uruguaya corallioides (nome
popular: nenhum); autor: Bowerbank; data: 1863; categoria: em
perigo; UF: SP, PR, SC, RS; 2.4.1.1.2) Spongillidae: 2.4.1.1.2.1)
nome científico: Anheteromeyenia ornata (nome popular: geléia-
d’água); autor: Bonetto & Ezcurra de Drago; data: 1970; categoria:
em perigo; UF: AM, RS; 2.4.1.1.2.2) nome científico:
Corvoheteromeyenia australis (nome popular: nenhum); autor:
Bonetto & Ezcurra de Drago; data: 1966; categoria: criticamente em
perigo; UF: RS; 2.4.1.1.2.3) nome científico: Corvoheteromeyenia
heterosclera Ezcurra de Drago; data: 1974; categoria: vulnerável;
UF: MA, RS; 2.4.1.1.2.4) nome científico: Corvospongilla volkmeri
(nome popular: nenhum); autor: De Rosa-Barbosa; data: 1988;
categoria: criticamente em perigo; UF: PB; 2.4.1.1.2.5) nome
científico: Heteromeyenia insignis (nome popular: nenhum); autor:
Weltner; data: 1895; categoria: em perigo; UF: RS; 2.4.1.1.2.6)
nome científico: Houssayella iguazuensis (nome popular: nenhum);
autor: Bonetto & Ezcurra de Drago; data: 1966; categoria: em
perigo; UF: SC, RS; 2.4.1.1.2.7) nome científico: Racekiela sheilae
(nome popular: nenhum); autor: Volkmer-Ribeiro, De Rosa-Barbosa
& Tavares; data: 1988; categoria: criticamente em perigo; UF: RS;
2.4.1.2) Poecilosclerida: 2.4.1.1.1) Metaniidae: 2.4.1.1.1.1) nome
científico: Metania kiliani (nome popular: nenhum); autor: Volkmer-
Ribeiro & Costa; data: 1992; categoria: em perigo; UF: AM; 2.4.2)
Echinoidea: 2.4.2.1) Cassiduloida: 2.4.2.1.1) Cassidulidae:
Cassidulus mitis (nome popular: ouriço-do-mar-irregular); autor:
Krau; data: 1954; categoria: criticamente em perigo; UF: RJ; 2.4.2.2)
Cidaroida: 2.4.2.2.1) Cidaridae: 2.4.2.2.1.1) nome científico:
Eucidaris tribuloides (nome popular: ouriço-satélite); autor: Lamarck;
data: 1816; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ,
RN, SE, SP; 2.4.2.3) Echinoida: 2.4.2.3.1) Echinidae: 2.4.2.3.1.1)
nome científico: Paracentrotus gaimardi (nome popular: ouriço-do-
mar); autor: Blainville; data: 1825; categoria: vulnerável; UF: ES, PR,
RJ, SC, SP; 2.4.3) Enteropneusta: 2.4.3.1) Spengelidae: 2.4.3.1.1)
nome científico: Willeya loya (nome popular: nenhum); autor:
Petersen; data: 1965; categoria: em perigo; UF: SP; 2.4.4)
Gastropoda: 2.4.4.1) Mesogastropoda: 2.4.4.1.1) Hydrobiidae:
2.4.4.1.1.1) nome científico: Potamolithus troglobius (nome popular:
nenhum); autor: Simone & Miracchiolli; data: 1994; categoria:
vulnerável; UF: SP; 2.4.4.1.2) Naticidae: 2.4.4.1.2.1) nome científico:
Natica micra (nome popular: búzio); autor: Haas; data: 1953;
categoria: vulnerável; UF: RJ; 2.4.4.1.3) Strombidae: 2.4.4.1.3.1)
nome científico: Strombus goliath (nome popular: búzio-de-chapéu);
autor: Schoter; data: 1805; categoria: vulnerável; UF: BA, CE, ES,
PB, RN; 2.4.4.1.4) Vermetidae: 2.4.4.1.4.1) nome científico:
Petaloconchus myrakeenae (nome popular: nenhum); autor:
Absalão & Rios; data: 1987; categoria: vulnerável; UF: RJ; 2.4.5)
Holothuroidea: 2.4.5.1) Apodida: 2.4.5.1.1) Synaptidae: 2.4.5.1.1.1)
nome científico: Synaptula secreta (nome popular: pepino-do-mar);
autor: Ancona Lopez; data: 1957; categoria: criticamente em perigo;
UF: SP; 2.4.5.2) Aspidochirotida: 2.4.5.2.1) Stichopodidae:
2.4.5.2.1.1) nome científico: Isostichopus badionotus (nome popular:
pepino-do-mar, holotúria); autor: Selenka; data: 1867; categoria:
vulnerável; UF: AL, BA, CE, ES, PB, PE, PR, RJ, RN, SE, SC, SP;
2.4.6) Hydrozoa: 2.4.6.1) Capitata: 2.4.6.1.1) Milleporidae:
2.4.6.1.1.1) nome científico: Millepora alcicornis (nome popular:
coral-de-fogo); autor: Linnaeus; data: 1758; categoria: vulnerável;
UF: RJ, SP; 2.4.7) Malacostraca: 2.4.7.1) Amphipoda: 2.4.7.1.1)
Hyalellidae: Hyalella caeca (nome popular: nenhum); autor: Pereira;
data: 1989; categoria: vulnerável; UF: SP; 2.4.7.2) Decapoda:
2.4.7.2.1) Aeglidae: 2.4.7.2.1.1) nome científico: Aegla cavernicola
(nome popular: nenhum); autor: Turkay; data: 1972; categoria:
vulnerável; UF: SP; 2.4.7.2.1.2) nome científico: Aegla leptochela
(nome popular: nenhum); autor: Bond-Buckup & Buckup; data: 1994;
categoria: vulnerável; UF: SP; 2.4.7.2.1.3) nome científico: Aegla
microphtalma (nome popular: nenhum); autor: Bond-Buckup &
Buckup; data: 1994; categoria: vulnerável; UF: SP; 2.4.7.2.2)
Atyidae: 2.4.7.2.2.1) nome científico: Atya gabonensis (nome
popular: coruca); autor: Giebel; data: 1875; categoria: vulnerável;
UF: AL, PI, SE; 2.4.7.2.2.2) nome científico: Atya scabra (nome
popular: coruca); autor: Leach; data: 1815; categoria: vulnerável;
UF: PE, RJ, SC, AL, BA, ES, SP, CE, PR, SE; 2.4.7.2.3)
Gecarcinidae: 2.4.7.2.3.1) nome científico: Gecarcinus lagostoma
(nome popular: caranguejo-ladrão); autor: Milne-Edwards; data:
1835; categoria: em perigo; UF: Fernando de Noronha, Rocas,
Trindade; 2.4.7.2.4) Grapsidae: 2.4.7.2.3.1) nome científico: Percnon
gibbesi (nome popular: nenhum); autor: Milne-Edwards; data: 1853;
categoria: em perigo; UF: PE; 2.4.7.2.5) Palaemonidae: 2.4.7.2.5.1)
nome científico: Macrobrachium carcinus (nome popular: pitú,
lagosta-de-água-doce, lagosta-de-São-Fidelis); autor: Linnaeus;
data: 1758; categoria: vulnerável; UF: PE, RJ, SC, AL, BA, ES, PA,
PI, RS, SP, CE, SE; 2.4.7.2.6) Porcellanidae: 2.4.7.2.6.1) nome
científico: Minyocerus angustus (nome popular: nenhum); autor:
Dana; data: 1852; categoria: vulnerável; UF: AL, BA, CD, ES, MA,
PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, SE, SP, SC; 2.4.8) Plychaeta: 2.4.8.1)
Amphinomida: 2.4.8.1.1) Amphinomidae: 2.4.8.1.1.1) nome
científico: Eurythoe complanata (nome popular: verme-de-fogo);
autor: Pallas; data: 1766; categoria: em perigo; UF: BA, PR, RJ, SP;
2.4.8.2) Eunicida: 2.4.8.2.1) Eunicidae: 2.4.8.2.1.1) nome científico:
Eunice sebastiani (nome popular: nenhum); autor: Nonato; data:
1965; categoria: vulnerável; UF: SP; 2.4.8.2.2) Onuphidae:
2.4.8.2.2.1) nome científico: Diopatra cuprea (nome popular:
nenhum); autor: Bosc; data: 1802; categoria: vulnerável; UF: PE, RJ,
SC, SP.
A “Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e
Peixes Sobreexplotados ou Ameaçados de Sobreexplotação”,
segundo os órgãos governamentais (Anexo II da Instrução
Normativa/MMA nº 5, de 21.05.2004), é a seguinte: 1)
INVERTEBRADOS AQUÁTICOS: 1.2) Malacostraca: 1.2.1)
Decapoda: 1.2.1.1) Gecarcinidae: 1.2.1.1.1) nome científico:
Cardisoma guanhumi (nome popular: guaiamum, goiamú, gaiamú);
autor: Latreille; data: 1825; 1.2.1.2) Ocypodidae: 1.2.1.2.1) nome
científico: Ulcides cordatus (nome popular: ucá, caranguejo-uçá,
caranguejo-verdadeiro, caranguejo-de-mangue, catanhão); autor:
Linnaeus; data: 1763; 1.2.1.3) Pallnurides: 1.2.1.3.1) nome
científico: Panulirus argus (nome popular: lagosta); autor: Lareille;
data: 1804; 1.2.1.3.2) nome científico: Panulirus laevicauda (nome
popular: lagosta); autor: Lareille; data: 1817; 1.2.1.4) Peneeidae:
1.2.1.4.1) nome científico: Farfantepenaeus brasiliensis (nome
popular: camarão-rosa); autor: Lareille; data: 1817; 1.2.1.4.2) nome
científico: Farfantepenaeus paulensis (nome popular: camarão-
rosa); autor: Pérez-Farfante; data: 1967; 1.2.1.4.3) nome científico:
Farfantepenaeus subtilis (nome popular: camarão-rosa); autor:
Pérez-Farfante; data: 1967; 1.2.1.4.4) nome científico: Litopenaeus
schimitti (nome popular: camarão-branco); autor: Burkenroad; data:
1936; 1.2.1.4.5) nome científico: Xiphopenaeus kroyeri (nome
popular: camarão-sete-barbas); autor: Heller; data: 1862; 1.2.1.5)
Portunidae: 1.2.1.5.1) nome científico: Callinectes sapidus (nome
popular: siri, siri-azul); autor: Rathbun; data 1896; 2) PEIXES: 2.1)
Elasmobranchii: 2.1.1) Carcharhinifoirmes: 2.1.1.1) Carcharhinidae:
2.1.1.1.1) nome científico: Prionace glauca (nome popular: tubarão-
azul); autor: Linnaeus; data: 1758; 2.1.1.2.) Sphyrnidae: 2.1.1.2.1)
nome científico: Sphyrna lewini (nome popular: tubarão-martelo);
autor: Griffith & Smith; data: 1834; 2.1.1.2.2) nome científico:
Sphyrna tiburo (nome popular: cação-martelo-da-aba-curta, panã-
da-aba-curta, cação-martelo, cambeva-pata); autor: Linnaeus; data:
1758; 2.1.1.2.3) nome científico: Sphyrna zygaena (nome popular:
tubarão-martelo-liso); autor: Linnaeus; data: 1758; 2.1.2)
Lammiformes: 2.1.2.1) Lamnidae: 2.1.2.1.1) nome científico: Lamma
nasus (nome popular: tubarão-golfinho); autor: Bonnaterre; data:
1788; 2.1.2.2) Odontaspididae: 2.1.2.2.1) nome científico:
Carcharias taurus (nome popular: mangona); autor: Rafinesque;
data: 1810; 2.2) Actinopterygii: 2.2.1) Caraciformes: 2.2.1.1)
Characidae: 2.2.1.1.1) nome científico: Colossoma macropomum
(nome popular: tambaqui); autor: Cuvier; data: 1818; 2.2.1.2)
Prochilodontidae: 2.2.1.2.1) nome científico: Semaprochilodus spp.
(nome popular: jaraqui); autor: Valenciennes; data: 1817; 2.2.2)
Clupeiformes: 2.2.2.1) Clupeidae: 2.2.2.1.1) nome científico:
Sardinella brasiliensis (nome popular: sardinha); autor:
Steindachner; data: 1879; 2.2.3) Gasdiformes: 2.2.3.1) Merlucciidae:
2.2.3.1.1) nome científico: Merluccius hubbsi (nome popular:
merluza); autor: Marini; data: 1933; 2.2.4) Gasterosteiformes:
2.2.4.1) Synginathidae: 2.2.4.1.1) nome científico: Hippocampus
eretus (nome popular: cavalo-marinho); autor: Perry; data: 1810;
2.2.4.1.2) nome científico: Hippocampus reidi (nome popular:
cavalo-marinho); autor: Ginsburg; data: 1933; 2.2.5) Lophiiformes:
2.2.5.1) Lophiidae: 2.2.5.1.1) nome científico: Lophius gatrophysus
(nome popular: peixe-sapo); autor: Miranda-Ribeiro; data: 1915;
2.2.6) Osteoglossiformes: 2.2.6.1) Osteoglossidae: 2.2.6.1.1) nome
científico: Arapaima gigas (nome popular: pirarucu); autor: Cuvier;
data: 1817; 2.2.7) Perciformes: 2.2.7.1) Lutjanidae: 2.2.7.1.1) nome
científico: Lutjanus purpureus (nome popular: pargo, vermelho);
autor: Poey; data: 1867; 2.2.7.1.2) nome científico: Ocyurus
chrysurus (nome popular: cioba, guaiúba); autor: Bloch; data: 1790;
2.2.7.1.3) nome científico: Rhomboplites aurorubens (nome popular:
realito, paramirim); autor: Curvier; data: 1829; 2.2.7.2) Mugilidae:
2.2.7.2.1) nome científico: Mugil liza (nome popular: tainha); autor:
Valenciennes; data: 1836; 2.2.7.2.2) nome científico: Mugil platanus
(nome popular: tainha); autor: Gunther; data: 1880; 2.2.7.3)
Pinguipedidae: 2.2.7.3.1) nome científico: Pseudopercis numida
(nome popular: namorado); autor: Miranda-Ribeiro; data: 1915;
2.2.7.4) Pomatomidae: 2.2.7.4.1) nome científico: Pomatomus
saltatrix (nome popular: anchova); autor: Linnaeus; data: 1766;
2.2.7.5) Sclaenidae: 2.2.7.5.1) nome científico: Cynoscion
guatucupa (nome popular: pescada-olhuda); autor: Cuvier; data:
1830; 2.2.7.5.2) nome científico: Macrodon ancylodon (nome
popular: pescadinha-real); autor: Bloch & Schneider; data: 1801;
2.2.7.5.3) nome científico: Micropogonias furnieri (nome popular:
corvina); autor: Desmarest; 1823; 2.2.7.5.4) nome científico:
Umbrina canosai (nome popular: castanha); autor: Berg; data: 1895;
2.2.7.6) Serranidae: 2.2.7.6.1) nome científico: Epinephelus itajara
[nome popular: mero, canapu, merote (jovem), bodete (jovem)];
autor: Lichtenstein; data: 1822; 2.2.7.6.2) nome científico:
Epinephelus marginatus (nome popular: garoupa); autor: Lowe;
data: 1834; 2.2.7.6.3) nome científico: Epinephelus morio (nome
popular: garoupa-são-tomé); autor: Valenciennes; data: 1828;
2.2.7.6.4) nome científico: Epinephelus niveatus (nome popular:
cherne); autor: Valenciennes; data: 1828; 2.2.7.6.5) nome científico:
Mycteroperca bonaci (nome popular: badejo, badejo-quadrado);
autor: Poey; data: 1860; 2.2.7.6.6) nome científico: Polyprion
americanus (nome popular: cherne-poveiro); autor: Schneider; data:
1801; 2.2.7.7) Serranidae: 2.2.7.7.1) nome científico: Pagrus pagrus
(nome popular: pargo-rosa); autor: Linnaeus; data: 1758; 2.3.1)
Siluriformes: 2.3.1.1) Ariidae: 2.3.1.1.1) nome científico: Genidens
barbus (nome popular: bagre); autor: Lacepède; data: 1803; 2.3.1.2)
Pimelodidae: 2.3.1.2.1) nome científico: Brachyplatystoma vaillantii
(nome popular: piramutaba); autor: Valenciennes; data: 1840;
2.3.1.2.2) nome científico: Brachyplatystoma filamentosum (nome
popular: dourada); autor: Lichtenstein; data: 1819; 2.3.1.2.3) nome
científico: Zungaro zungaro (nome popular: jaú); autor: Humboldt;
data: 1821; 2.3.2) Tetraodontiformes: 2.3.2.1) Balistidae: 2.3.2.1.1)
nome científico: Balistes capriscus (nome popular: peroá); autor:
Gmelin; data: 1789.
Outrossim, a “Lista Nacional da Fauna Brasileira Ameaçada
de Extinção” (Anexo I da Instrução Normativa/MMA n° 3, de
27.05.2003), a “Lista Nacional das Espécies de Invertebrados
Aquáticos e Peixes Ameaçados de Extinção” (Anexo I da Instrução
Normativa/MMA nº 5, de 21.05.2004) e a “Lista Nacional das
Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Sobreexplotados ou
Ameaçados de Sobreexplotação” (Anexo II da Instrução
Normativa/MMA nº 5, de 21.05.2004), totalizam 627 (seiscentos e
vinte e sete) espécies da fauna terrestre e aquática ameaçadas de
extinção. Estimativas recentes da Fundação Biodiversidade –
FunBio indicam que este número poderá dobrar até o ano 2020,
caso a tendência atual seja mantida.
Í
5.5 ATRIBUIÇÕES NA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DO
MEIO AMBIENTE
6.6.23 Agenda 21
7.3 ZONEAMENTO
7.3.1 Noções de zona
8.2 RESPONSABILIDADE
ADMINISTRATIVA AMBIENTAL
A responsabilidade administrativa ambiental, na opinião de
JOSÉ AFONSO DA SILVA, resulta da infração ambiental a normas
administrativas, sujeitando-se o infrator a uma sanção de natureza
também administrativa.[1000] Lembrando que, por força do caput do
art. 70 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999, e do art. 1.º do Decreto n°
6.514, de 22.07.2008, considera-se infração administrativa
ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de
uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. A
responsabilidade administrativa ambiental é imputada, a nosso ver,
pelo poder administrativo ambiental (faculdade para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em
benefício do meio ambiente, dos recursos naturais, da coletividade
ou do próprio Estado) exercido pela administração pública (federal,
distrital, estadual ou municipal), por meio dos seus órgãos
ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente –
SISNAMA. De maneira que, qualquer pessoa, constatando infração
ambiental, poderá dirigir representação às autoridades ambientais,
para efeito do exercício do seu poder de polícia administrativa
ambiental (§ 2.º do art. 70 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999).
Destaca-se que a responsabilidade administrativa ambiental
do infrator, quando indevidamente tolerada, implica em co-
responsabilidade da autoridade ambiental que dela tiver
conhecimento e não venha promover a sua apuração imediata,
mediante processo administrativo ambiental próprio (§ 3.º do art.
70). Aliás, todas as infrações ambientais devem ser apuradas em
processo administrativo próprio, pelos agentes que exercem o poder
de polícia administrativa ambiental, assegurando-se o direito de
ampla defesa do infrator e o contraditório (§ 4.º do art. 70).
Em relação à tramitação do processo administrativo para
apuração de infração ambiental, devem ser observados os
seguintes prazos máximos (art. 71 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999):
a) 20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
b) 30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a
defesa ou impugnação; c) 20 (vinte) dias para o infrator recorrer da
decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do
Meio Ambiente – SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do
Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação; e d) 5
(cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do
recebimento da notificação.
Vale acrescentar que as infrações administrativas ambientais
e as respectivas sanções administrativas devem, obrigatoriamente,
estar previstas em lei, para que o infrator possa ser
responsabilizado e penalizado com tal ônus. Todavia, admite-se
que, em alguns casos, as infrações ambientais e as sanções
administrativas correspondentes possa vir especificada em
regulamentos. Sendo legitima a decisão que impõe uma sanção
administrativa ambiental, prescinde aquela de ordem judicial para
ser executada. Por isso mesmo, fica aumentada substancialmente a
responsabilidade das autoridades ambientais no caso de omissão
na aplicação de sanções administrativas.
Conforme previsto no caput do art. 72 da Lei n° 9.605, de
12.02.1999, as infrações administrativas ambientais são punidas
com as seguintes sanções administrativas: a) advertência (a
advertência deve ser aplicada pela inobservância da legislação
ambiental em vigor ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo
das demais sanções administrativas); b) multa simples (a multa
simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente); acrescenta-se que a
multa simples deve ser aplicada sempre que o agente, por
negligência ou dolo (§ 4.º do art. 72): i) advertido por irregularidades
que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado
por órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; ii)
opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do Sistema Nacional do
Meio Ambiente – SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do
Ministério da Marinha; c) multa diária (a multa diária deve ser
aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no
tempo, até a sua efetiva cessação ou regularização da situação
mediante a celebração, pelo infrator, de termo de compromisso de
reparação de dano ou, simplesmente, “termo de compromisso”[1001]
(§ 5.º do art. 72 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999, e inciso III do art.
3.º do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008); d) apreensão dos animais,
produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na
infração (os animais, produtos, subprodutos, instrumentos,
petrechos, equipamentos, veículos e embarcações de pesca, objeto
de infração administrativa devem ser apreendidos, lavrando-se os
respectivos autos de infração e termo de apreensão); os animais
apreendidos devem ter a seguinte destinação: i) libertados em seu
habitat natural, após verificação da sua adaptação às condições de
vida silvestre; ii) entregues a jardins zoológicos, fundações
ambientalistas ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a
responsabilidade de técnicos habilitados; iii) na impossibilidade de
atendimento imediato das condições previstas nas alíneas
anteriores, o órgão ambiental autuante pode confiar os animais a
algum fiel depositário, na forma dos arts. 1.265 a 1.287 do Código
Civil de 1916 e arts. 627 a 652 do Código Civil de 2002, até
implementação dos termos antes mencionados; os produtos e
subprodutos perecíveis ou madeira apreendidos pela fiscalização
devem ser avaliados e doados pela autoridade competente às
instituições científicas, hospitalares, penais, militares, públicas e
outras com fins beneficentes, bem como às comunidades carentes,
lavrando-se os respectivos termos; os produtos e subprodutos da
fauna não perecíveis devem ser doados a instituições científicas,
culturais ou educacionais;[1002] é proibida a transferência a terceiros,
a qualquer título, dos animais, produtos, subprodutos, instrumentos,
petrechos, equipamentos, veículos e embarcações de pesca,
entregues, doados ou confiados a título de depósito, salvo na
hipótese de autorização da autoridade competente; os
equipamentos, os petrechos e os demais instrumentos utilizados na
prática da infração devem ser vendidos pelo órgão responsável pela
apreensão, garantida a sua descaracterização por meio da
reciclagem; caso os instrumentos a que se refere o inciso anterior
tenham utilidade para uso nas atividades dos órgãos ambientais e
de entidades científicas, culturais, educacionais, hospitalares,
penais, militares, públicas e outras entidades com fins beneficentes,
serão doados a estas, após prévia avaliação do órgão responsável
pela apreensão – art. 72, combinado com o caput e §§ 1.º, 2.º, 3.º e
4.º do art. 25, ambos da Lei n° 9.605, de 12.02.1999, bem como
inciso IV do art. 3.º do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008); e)
destruição ou inutilização do produto (verificada a infração, devem
ser apreendidas tais produtos e instrumentos, lavrando-se os
respectivos autos; somente podem ser objeto de tal sanção os
produtos e subprodutos da fauna não perecíveis, que devem ser
destruídos; tratando-se de apreensão de substância ou produtos
tóxicos, perigosos ou nocivos à saúde humana ou ao meio
ambiente, as medidas a serem adotadas, seja destinação final ou
destruição, devem ser determinados pelo órgão competente e
correm às expensas do infrator; os instrumentos utilizados na prática
da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por
meio da reciclagem; caso os instrumentos a que se refere o inciso
anterior tenham utilidade para uso nas atividades dos órgãos
ambientais e de entidades científicas, culturais, educacionais,
hospitalares, penais, militares, públicas e outras entidades com fins
beneficentes, serão doados a estas, após prévia avaliação do órgão
responsável pela apreensão – art. 72, combinado com o caput e §§
3.º e 4.º do art. 25, ambos da Lei n° 9.605, de 12.02.1999, bem
como inciso V do art. 3.º do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008); f)
suspensão de venda e fabricação do produto (tal sanção deve ser
aplicada quando o produto não estiver obedecendo às prescrições
legais ou regulamentares – § 7.º do art. 72); g) embargo de obra ou
atividade (tal sanção deve ser aplicada quando a obra ou a atividade
não estiver obedecendo às prescrições legais ou regulamentares –
§ 7.º do art. 72); h) demolição de obra (tal sanção deve ser aplicada
quando a obra não estiver obedecendo às prescrições legais ou
regulamentares – § 7.º do art. 72; a determinação da demolição
deve ser de competência da autoridade do órgão ambiental
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, a
partir da efetiva constatação pelo agente autuante da gravidade do
dano decorrente da infração – inciso VIII do art. 3.º do Decreto n°
6.514, de 22.07.2008); i) suspensão parcial ou total de atividades
(tal sanção deve ser aplicada quando a atividade não estiver
obedecendo às prescrições legais ou regulamentares – § 7.º do art.
72); j) restritiva de direitos (as sanções administrativas ambientais
restritivas de direito são: 1. suspensão de registro, licença ou
autorização; 2. cancelamento de registro, licença ou autorização; 3.
perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; 4. perda ou
suspensão da participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito; 5. proibição de contratar com a
administração pública, pelo período de até três anos – § 8.º do art.
72).
Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais
infrações, devem ser aplicadas, cumulativamente, as sanções
administrativas ambientais a elas cominadas (§ 1.º do art. 72).
Em relação à multa, lembramos que ela tem por base a
unidade, hectare, metro cúbico, quilograma, metro de carvão-mdc,
estéreo, metro quadrado, dúzia, estipe, cento, milheiros ou outra
medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado. O órgão
ou entidade ambiental pode especificar a unidade de medida
aplicável para cada espécie de recurso ambiental objeto da infração
(art. 8° do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008). Por sinal, o valor da
referida multa deve ser corrigido, periodicamente, com base nos
índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de
R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00
(cinquenta milhões de reais). Tal multa diária deve ser aplicada
sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo. Uma
vez constatada a situação prevista no caput, o agente autuante deve
lavrar auto de infração, indicando, além dos requisitos constantes do
art. 97 do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008, o valor da multa-dia, o
qual deve ser fixado de acordo com os critérios estabelecidos no do
Decreto n° 6.514, de 22.07.2008, não podendo ser inferior ao
mínimo estabelecido no seu art. 9° nem superior a 10 (dez) por
cento do valor da multa simples máxima cominada para a infração.
Seja como for, uma vez lavrado o auto de infração, deve ser aberto
prazo de defesa. Todavia, a multa diária deixa de ser aplicada a
partir da data em que o autuado apresentar ao órgão ambiental
documentos que comprovem a regularização da situação que deu
causa à lavratura do auto de infração. Caso o agente autuante ou a
autoridade competente verifique que a situação que deu causa à
lavratura do auto de infração não foi regularizada, a multa diária
deve voltar a ser imposta desde a data em que deixou de ser
aplicada, sendo notificado o autuado, sem prejuízo da adoção de
outras sanções previstas no referido Decreto. Por ocasião do
julgamento do auto de infração, a autoridade ambiental deve, em
caso de procedência da autuação, confirmar ou modificar o valor da
multa-dia, decidir o período de sua aplicação e consolidar o
montante devido pelo autuado para posterior execução. Ademais, o
valor da multa deve ser consolidado e executado periodicamente
após o julgamento final, nos casos em que a infração não tenha
cessado. No entanto, a celebração de termo de compromisso de
reparação ou cessação dos danos encerra a contagem da multa
diária (art. 8° do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008, com as
modificações e acréscimos determinados pelo Decreto n° 6.686, de
10.12.2008).
Outrossim, no caso de cometimento de nova infração
ambiental pelo mesmo infrator, no período de 5 (cinco) anos,
contados da lavratura de auto de infração anterior devidamente
confirmado no julgamento de que trata o art. 124 do Decreto n°
6.514, de 22.07.2008, implica: I- aplicação da multa em triplo, no
caso de cometimento da mesma infração; ou II- aplicação da multa
em dobro, no caso de cometimento de infração distinta. O
agravamento será apurado no procedimento da nova infração, do
qual se deve fazer constar, por cópia, o auto de infração anterior e o
julgamento que o confirmou. Antes do julgamento da nova infração,
a autoridade ambiental deve verificar a existência de auto de
infração anterior confirmado em julgamento, para fins de aplicação
do agravamento da nova penalidade. Após o julgamento da nova
infração, não deve ser efetuado o agravamento da penalidade (mas
isto não se aplica para fins de majoração do valor da multa,
conforme previsão contida nos arts. 123 e 129, ambos do Decreto n°
6.514, de 22.07.2008). Uma vez constatada a existência de auto de
infração anteriormente confirmado em julgamento, a autoridade
ambiental deve: I- agravar a pena; II- notificar o autuado para que se
manifeste sobre o agravamento da penalidade no prazo de 10 (dez)
dias; e III- julgar a nova infração considerando o agravamento da
penalidade (art. 11 do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008, com as
modificações e acréscimos determinados pelo Decreto n° 6.686, de
10.12.2008).
Ainda em relação às multas, o pagamento de multa por
infração ambiental imposta pelos Estados, Municípios, Distrito
Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária
pelo órgão federal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os
limites estabelecidos no Decreto n° 6.514, de 22.07.2008. Somente
o efetivo pagamento da multa deve ser considerado para efeito da
referida substituição, não sendo admitida para esta finalidade a
celebração de termo de compromisso de ajustamento de conduta ou
outra forma de compromisso de regularização da infração ou
composição de dano, salvo se deste também participar o órgão
ambiental federal (art. 12 do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008, com
as modificações e acréscimos determinados pelo Decreto n° 6.686,
de 10.12.2008).
Ademais, lembramos que, conforme dispõe o art. 73 da Lei
n° 9.605, de 12.02.1999, os valores arrecadados em pagamento de
multas por infração ambiental devem ser revertidos: 1) ao Fundo
Nacional do Meio Ambiente – FNMA, criado pela Lei n° 7.797, de
10.07.1989 (20% dos valores arrecadados em pagamento de multas
aplicadas pelo órgão ambiental federal, podendo o referido
percentual ser alterado, a critério dos órgãos arrecadadores – art. 13
do Decreto n° 6.514, de 22.07.2008); 2) Fundo Naval, criado pelo
Decreto n° 20.923, de 08.01.1932; 3) fundos estaduais ou
municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o
órgão arrecadador.
Tais multas devem ter por base a unidade, hectare, metro
cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo com o
objeto jurídico lesado (art. 74 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999). Além
disso, os valores das multas encontram-se fixados no Decreto n°
6.514, de 22.07.2008, que dispõe sobre a especificação das
sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, ao regulamentar a Lei n° 9.605, de 12.02.1999, e devem
ser corrigidos periodicamente, com base nos índices estabelecidos
na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta
reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais)
– art. 75 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999. Por fim, o pagamento de
multas impostas pelos Estados, municípios, Distrito Federal substitui
a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão federal, em
decorrência do mesmo fato, respeitado os limites estabelecidos em
lei (art. 76 da Lei n° 9.605, de 12.02.1999).
[1]
Hábitat de um organismo, na opinião do zoólogo e ecólogo norte-americano
EUGENE PLEASANTS ODUM é o lugar onde vive ou o lugar onde pode ser
encontrado. O hábitat pode referir-se também ao lugar ocupado por uma
comunidade inteira. Por analogia, pode-se dizer que o hábitat é o endereço do
organismo e o nicho ecológico é, biologicamente falando, sua profissão (Ecologia,
p. 41). Segundo a SECRETARIA DE ASENTAMIENTOS HUMANOS Y OBRAS
PÚBLICAS DO MÉXICO – SAHOP, o conceito de hábitat é oriundo das ciências
biológicas, mas foi adotado pelas ciências sociais. Neste sentido, tende a
converter-se na categoria fundamental e unificadora das disciplinas que se
ocupam da modificação e organização do espaço e de sua valoração e uso no
tempo, com o fim de torná-lo habitável pelo homem, entendendo o homem como
parte de um modelo social, em um determinado momento histórico (Glosario de
términos sobre asentamientos humanos, verbete Habitat). Podemos dizer, ainda,
que hábitat constitui a soma total das condições ambientais de um lugar
específico, que é ocupado por um organismo uma população ou uma comunidade
(The World Bank, Environmental considerations for the industrial development
sector, p. 12). É, segundo o agrônomo e biologo canadense PIERRE
DANSEREAU, o espaço ocupado por um organismo ou mesmo uma população. É
termo mais específico e restritivo que meio ambiente. Refere-se sobretudo à
permanência de ocupação (Ecologia aplicada ao ordenamento, p. 9). Trata-se do
conjunto de todos os fatores e elementos que cercam uma dada espécie de ser
vivo (C. Martins, Biogeografia e ecologia, p. 18). Enfim, é o local físico ou lugar
onde um organismo vive e onde obtém alimento, abrigo e condições de
reprodução (United States Department of Transportation – USDT, Highway and
wetlands, p. 37).
[2]
Apud Elida Séguin, O direito ambiental: nossa casa planetária, p. 7.
[3]
Evolução humana, p. 5.
[4]
Ramón Margaleff, Ecologia, p. 54.
[5]
Sueli Amália Andrade, Fundamentos de ecologia básica, Educação ambiental –
Curso básico a distância: questões ambientais: conceito, história, problemas e
alternativas, v. 2, p. 147-148.
[6]
WICKERSHAM, S. Kirk. et alii. “A land use decision methodology for
environmental control”. In: Socioeconomic Environmental Studies Series, EPA
600/5-75-008, Washington D.C., Environmental Protection Agency, march./1975,
p. 21.
[7]
Op.cit., p. 172.
[8]
Ecologia geral, p. 34.
[9]
Op.cit., p. 13.
[10]
Volume 3, verbete Ecology.
[11]
Novo Dicionário da Língua Portuguesa, p. 497, verbete Ecologia.
[12]
Biótica são os componentes vivos de um determinado ecossistema; refere-se
ao bioma ou conjunto dos seres vivos de uma determinada área.
[13]
Abiótica são os componentes não-vivos de um determinado ecossistema, ou
seja, são componentes caracterizados pela ausência de vida. Abiótica também
pode ser entendida como o lugar ou processo sem seres vivos (Roberto
Goodland, Glossário de ecologia brasileira, verbete Abiótica). Substâncias
abióticas são compostos inorgânicos e orgânicos básicos, como água, dióxido de
carbono, oxigênio, cálcio, nitrogênio e sais de fósforo, aminoácidos e ácidos
húmicos etc. Vale destacar que o ecossistema inclui tanto os organismos
(comunidade biótica) como um ambiente abiótico (Eugene Pleasants Odum,
op.cit., p. 53). Abiótica é o mesmo que azoico, isto é, período da história física da
Terra, sem organismos vivos (Antônio Teixeira Guerra, Dicionário
geológico‑geomorfológico, verbete Abiótica).
[14]
United States Department of Transportation – USDT, op. cit., p. 41.
[15]
Fundamentos da ecologia... cit., Educação ambiental, p. 147.
[16]
Aurélio Bolsanello, Biologia, p. 15.
[17]
Idem, p. 16.
[18]
Op.cit., verbete Ecología humana.
[19]
Op.cit., p. 19.
[20]
Elida Séguin, op.cit., p. 8.
[21]
Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, verbete Ambiente.
[22]
Aurélio Bolsanello, op.cit., p. 23.
[23]
Plancto: da palavra grega “planktos” (errante); matéria marítima, microscópica,
composta de plantas e animais microscópicos (ovos de caranguejos e de
lagostas, de muitas espécies de peixes etc.) e que flutua passivamente, servindo
de alimentação a um grande número de peixes (Aurélio Bolsanello e José Daniel
Van Der Broocke Filho, Dicionário geral de ciências biológicas, v. 3, p. 648,
verbete Plancto).
[24]
Aurélio Bolsanello, op.cit., p. 37.
[25]
Idem, ibidem.
[26]
Robert Eric Ricklefs, A economia da natureza, p. 35.
[27]
Emilio Frederico Morán, A ecologia humana das populações da Amazônia, p.
29.
[28]
POPE, J. G. “The ICES Multispecies Working Group Evolution, insights, and
future problems”. In: Proceedings of a Symposium held in the Hague, October 2–
4, 1989. ICES, Copenhagen, Denmark. ICES, 1991, Vol. 193, p. 22–33.
[29]
Ben-Hur Batalha, Glossário de engenharia ambiental, p. 41.
[30]
Volume 3, verbete Environment.
[31]
Prise en compte de l’environnement dans les procedures d’amenagement, p.
15.
[32]
Prise en compte de l’environnement dans les procedures d’amenagement.
Paris: Ministère de l’Environnement et du Cadre de Vie, 1977 (Collection
Recherche Environnement, n. 10)., p. 37.
[33]
“Dívida, desenvolvimento e meio ambiente”. In: Espaço e Debates, Vol. 5, n°
16. 1985, p. 211-301.
[34]
“Guia para la preparación de diagnósticos de la situación ambiental a nivel
nacional”. In: Opiniones – Fascículos de Medio Ambiente, n. 7, Madrid, Centro
Internacional de Formación en Ciencias del Ambiente, 1981, p. 29.
[35]
Ecologia Socialista, Barcelona, Martinez Roca, 1980. p. 43.
[36]
Contabilização econômica do meio ambiente: uma visão geral, Contabilização
econômica do meio ambiente, p. 13-28.
[37]
Interim Mekong Comitee, Environmental impact assessment guidelines of
application to tropical niver basin development, p. 17.
[38]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 23.
[39]
M. Jollivet e A. Pavé, O meio ambiente: questões e perspectivas para a
pesquisa, Gestão de recursos naturais renováveis e desenvolvimento: novos
desafios para a pesquisa ambiental, p. 52.
[40]
Sueli Amália de Andrade, Fundamentos de ecologia... cit., Educação
ambiental, p. 151.
[41]
Nána Mininni-Medina, Relaciones históricas entre sociedad, ambiente y
educación, Apuentes de educación ambiental, n. 4, p. 35.
[42]
ISO 14001: é a norma internacionalmente reconhecida que define o que deve
ser feito para estabelecer um efetivo Sistema de Gestão Ambiental – SGA. A
norma é desenvolvida com objetivo de criar o equilíbrio entre a manutenção da
rentabilidade e a redução do impacto ambiental, com o comprometimento de toda
a organização. Com ela é possível que sejam atingidos ambos objetivos. A ISO
14001 contém o seguinte: 1) requisitos gerais; 2) política ambiental; 3)
planejamento da implementação e operação; 4) verificação e ação corretiva; 5)
análise crítica pela administração. Isto significa que devem ser identificados os
aspectos do negócio que impactam o meio ambiente e compreender a legislação
ambiental relevante à sua situação. O próximo passo é preparar objetivos para
melhoria e um programa de gestão para atingi-los, com análises críticas regulares
para melhoria contínua. Impactos ambientais estão se tornando um tema cada
vez mais importante no mundo, com pressão para minimizar este impacto oriunda
de uma série de fontes: autoridades governamentais locais e nacionais,
reguladores, associações comerciais, clientes, colaboradores e acionistas. As
pressões sociais também aumentam em função da crescente gama de partes
interessadas, tais como consumidores, órgãos ambientais, Organizações Não-
Governamentais – ONG de minorias, universidades e vizinhos. Então, a ISO
14001 é relevante para todas as organizações e empresas, incluindo desde: 1)
sites únicos até grandes companhias multinacionais; 2) companhias de alto risco
até organizações de serviço de baixo risco; 3) indústrias de manufatura, de
processo e de serviço; incluindo governos locais; 4) todos os setores da indústria
incluindo setores públicos e privados; 5) montadoras e seus fornecedores
[43]
A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos, p. 151.
[44]
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 497, verbete Ecologia.
[45]
O conceito de natureza estende-se desde “a fatalidade das coisas, isto é, tudo
que devesse aparecer num inventário do universo” (Ronald Hepburn,
Philosophical ideas of nature, The encyclopedia of philosophy, p. 191), até noções
mais restritas como “força produtiva” (André Gorz, Ecology as politics, p. 19).
Todavia, preferimos adotar 2 (dois) de seus melhores conceitos: a) um mais
amplo, no sentido de ser a existência de um complexo planetário de processos
orgânicos e inorgânicos, que engloba todas as formas de vida em surgimento,
evolução, interação, transformação e extinção, inclusive a vida humana; e b) outro
mais restrito, no sentido de serem diversos processos biológicos humanos e não-
humanos em interação cuja conservação garante as condições de vida no planeta
e cujo uso e aplicações ganham crescente valor material e econômico (Sarita
Albagli, Geopolítica da biodiversidade, p. 18, nota de rodapé).
[46]
Dicionário de ecologia e ciências ambientais, verbete Natureza.
[47]
Elida Séguin, op.cit., p. 17-18.
[48]
Idem, p. 326.
[49]
Ionizante: é o que produz íons (átomo ou grupamento de átomos com excesso
ou com falta de carga elétrica negativa).
[50]
Fundamentos da ecologia... cit., Educação ambiental, p. 153-154.
[51]
Fotosíntese: do grego “phos” (luz) + “synthesis” (composição): é a síntese de
compostos químicos, realizada por ação de energia radiante, e especialmente da
luz; nas plantas verdes, a propriedade de fazer a síntese da matéria orgânica, sob
a influência da luz, a partir do gás carbônico do ar e dos nitrogenados das raízes;
pela decomposição do gás carbônico, formam-se hidratos de carbono nas folhas
que contêm clorofila, e pela síntese dos nitrogenados, em presença destes
hidratos, inicia-se a composição das matérias albuminóides (Aurélio Bolsanello e
José Daniel Van Der Broocke Filho, op.cit., v. 2, p. 368, verbete Fotossíntese).
[52]
Fundamentos da ecologia... cit., Educação ambiental, p. 160.
[53]
Enciclopédia Abril, v. 4, p. 137, verbete Ecossistema.
[54]
Sueli Amália de Andrade, Fundamentos da ecologia... cit., Educação
ambiental, p. 156.
[55]
Enciclopédia Abril, v. 4, p. 137, verbete Ecossistema.
[56]
Op.cit., p. 231.
[57]
Biomassa: é o peso vivo, conjunto constituído pelos componentes bióticos de
um ecossistema: produtores, consumidores e desintegradores (cf. Eugene
Pleasants Odum, op.cit., p. 41); é a quantidade máxima de material vivo, em peso,
tanto de vegetais quanto de animais, em um hábitat, em determinada época do
ano (cf. Rafael Negret, Ecossistema: unidade básica para planejamento da
ocupação territorial, p. 34); a quantidade (por exemplo, o peso seco) de matéria
orgânica presente, a um dado momento, numa determinada área (cf. Goodland,
op.cit., verbete Biomassa); é o peso total de todos os organismos vivos de uma ou
várias comunidades, por uma unidade de área. É a quantidade de matéria viva
num ecossistema (Benjamin de Araujo Carvalho, Glossário de saneamento e
ecologia, verbete Biomassa).
[58]
Enciclopédia Abril, v. 4, p. 137, verbete Ecossistema.
[59]
Fóton: partícula associada ao campo eletromagnético, com massa em repouso
nula, carga elétrica nula, spin (número quântico associado a uma partícula, e que
lhe mede o momento angular intrínseco) igual à unidade, estável, e cuja energia é
igual ao produto da constante de Planck pela frequência do campo (Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 650, verbete Fóton).
[60]
Cadeia alimentar ou cadeia trófica (food chain, no inglês; chaîne alimentaire ou
chaîne trophique, no francês; cadena alimentaria, no espanhol): em ecologia,
cadeira alimentar é uma sequência de organismos relacionados por meio do
alimento, ou seja, diz respeito à sequência de transferência de energia, de
organismo para organismo, em forma de alimentação. As cadeias alimentares se
entrelaçam, num mesmo ecossistema, formando redes alimentares, uma vez que
a maioria das espécies consome mais de um tipo de animal ou planta. Segundo
EUGENE PLESANTS ODUM, a transferência de energia alimentícia desde a
origem, nas plantas, por meio de uma série de organismos, com as reiteradas
atividades alternadas de comer e ser comido, chama-se cadeia alimentar (op.cit.,
p. 81). Já ROBERT GOODLAND menciona que é o canal de transferência de
energia entre os organismos; cada conexão (elo) alimenta-se do organismo
precedente e, por sua vez, sustenta o próximo organismo (op.cit., verbete Cadeia
alimentar). Em outras palavras, é a sequência simples de transferência de energia
entre organismos em uma comunidade, em que cada nível trófico é ocupado por
uma única espécie (ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO –
ACIESP, Glossário de termos usuais em ecologia, n. 24, verbete Cadeia
alimentar).
[61]
Enciclopédia Abril, v. 4, p. 137-138, verbete Ecossistema.
[62]
Idem, p. 138.
[63]
Fundamentos da ecologia... cit., Educação ambiental, p. 187.
[64]
Environmental economics, p. 290.
[65]
Bioma é a unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo
várias comunidades em diferentes estágios de evolução, porém denominada de
acordo com o tipo de vegetação dominante: mata tropical, campo etc. É, segundo
EUGENE PLESANTS ODUM, uma unidade de comunidade biótica, facilmente
identificável, produzida pela atuação recíproca dos climas regionais com a biota e
o substrato, na qual a forma de vida da vegetação climática clímax é uniforme. O
bioma inclui não somente a vegetação climática clímax, como também o clímax
edáfico e as etapas de desenvolvimento, os quais estão dominados, em muitos
casos, por outras formas de vida (op.cit., p. 45). É, na opinião de ROGER DAJOZ,
um grupamento de fisionomia homogênea e independente da composição
florística. Estende-se por uma área bastante grande e sua existência é controlada
pelo macroclima. Na comunidade terrestre, os biomas correspondem às principais
formações vegetais naturais (op.cit., p. 21). Para BENJAMIN DE ARAUJO
CARVALHO, é uma comunidade maior composta de todos os vegetais, animais e
comunidades, incluindo os estágios de sucessão da área. As comunidades de um
bioma possuem certa semelhança e análogas condições ambientais. É a unidade
ecológica imediatamente superior ao ecossistema (op.cit., verbete Bioma).
Segundo divulgação da Academia de Ciências do Estado de São Paulo –
ACIESP, bioma constitui um ecossistema em larga escala que cobre grande área
do continente, em que prevalece um tipo de vegetação e habita certo tipo de clima
ou determinado segmento de um gradiente de clima (op.cit., verbete Bioma).
[66]
Hérnan Torres, Biological diversity in South America, p. 21.
[67]
Biodiversidade, população e economia: uma região de Mata Atlântica, p. 246.
[68]
Os parâmetros em ação do tema transversal meio ambiente, Educação
Ambiental – Curso básico a distância: questões ambientais: conceito, história,
problemas e alternativas, v. 4, p. 123.
[69]
Idem, ibidem.
[70]
Idem, ibidem.
[71]
O termo nicho é usado para expressar a relação da espécie com seu
ambiente. Descreve a variedade de condições e a qualidade de recursos dentro
das quais a espécie funciona. Dessa forma inclui não apenas espaço físico
ocupado por um organismo, como também o seu papel funcional na comunidade
(a sua posição trófica) e a sua posição em gradientes de umidade, temperatura,
pH, solo e outras condições de existência. Por exemplo, o nicho de uma
determinada espécie estende-se entre as temperaturas de 20°C e 40°C, do
amanhecer ao anoitecer, e alimentação de frutas e néctar. Naturalmente, o nicho
de uma espécie inclui muito mais variáveis do que estas, mas o que é importante
perceber é que ela não será a única espécie a viver nesta faixa de temperatura,
neste período do dia e com estes hábitos alimentares. Essa semelhança na
demanda de recursos e na tolerância das condições ecológicas entre as espécies
é denominado sobreposição de nichos. Quanto maior a sobreposição dos nichos
maior a competição entre as espécies.
[72]
Competição é o uso ou disputa de um recurso por mais de um consumidor
individual. Quando eles pertencem a espécies diferentes, ela é chamada
“competição interespecífica”. Esta é expressada como uma redução das
capacidades de suporte das populações em competição e, no extremo, pode levar
à exclusão de espécies. Chama-se de “competição intra específica” aquela que
ocorre entre organismos da mesma espécie. Esse tipo de competição pode ser
por alimento, por espaço ou por fêmeas (R. E. Riklefs, op.cit., p. 39). A
competição pode ainda ser subdividida, de acordo com a forma como se
manifesta nos organismos, em: a) competição por recursos (ocorre quando um
certo número de organismos de uma dada espécie ou de espécie diferentes usam
um recurso que esteja sendo limitante); e a competição por interferência ou
explorativa (ocorre quando os organismos envolvidos na interação causam algum
tipo de malefício ou prejuízo mesmo que o recurso disputado não esteja
necessariamente em falta).
[73]
As espécies podem ser classificadas em especialistas ou generalistas de
acordo com o tamanho de seus nichos. Espécies generalistas têm nichos amplos:
eles podem viver em muitos locais diferentes, comer uma variedade de alimentos,
e tolerar as variações das condições ambientais (ratos, pombos, baratas etc.).
Espécies especialistas têm nichos estreitos: eles estão aptos a viver em um único
tipo de hábitat, não toleram grandes mudanças no ambiente e comem um ou
poucos tipos de alimento. Quando as condições do meio são constantes, tal como
na floresta tropical, espécies especialistas possuem a vantagem de evitar
competidores, isto é, evitar ou minimizar a sobreposição de nichos. Quando as
condições do meio variam bruscamente, como nas altas latitudes, a
adaptabilidade das espécies generalistas é favorecida.
[74]
Fundamentos de ecologia... cit., Educação ambiental, p. 187-188.
[75]
Op.cit., p. 290.
[76]
Agentes e processos de interferência, degradação e dano ambiental,
Avaliação e perícia ambiental, p. 37.
[77]
Brasil, Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia
Legal, Primeiro relatório nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica,
p. 12-13.
[78]
Espécies biológicas podem ser: a) espécies nativas ou endógenas (espécies
que normalmente vivem e prosperam em um ecossistema); b) espécies não-
nativas, exóticas ou alienígenas (espécies que são deliberadas ou acidentalmente
introduzidas por humanos); c) espécies endêmicas (espécies que vivem em um
único lugar e não são encontradas em nenhum outro); d) espécies indicadoras
(espécies que, por serem suscetíveis às variações ambientais, podem servir para
alertar que o ecossistema está sendo danificado); e) espécies pioneiras ou
espécies de sucessão ecológica inicial (espécies que ocuparam inicialmente os
hábitats assim que eles se formaram); f) espécies de sucessão ecológica
intermediária (espécies que ocupam os hábitats ainda estão em formação ou em
fase de sucessão intermediária ente a primária e o clímax – última instância que a
associação de espécie pode atingir); g) espécies de clímax (espécies que ocupam
os hábitats cuja formação atingiram seu desenvolvimento máximo).
[79]
Brasil, op.cit., p. 12-13.
[80]
Site de divulgação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, no endereço da Internet:
<http://www.ibama.gov.br>.
[81]
A Conservation Assessment of the terrestrial ecoregions of Latin America and
the Caribbean. Washington: WWF, World Bank, 1995, p. 82.
[82]
Brazilian ecosystems, p. 28.
[83]
Fundamentos da filosofia para uma geração consciente, p. 41.
[84]
Convite à filosofia, p. 79.
[85]
Educação ambiental em centros urbanos: a problemática da incorporação de
valores éticos, Congresso Habitat II, p. 12.
[86]
Idem, ibidem.
[87]
O pensamento em um mundo terceiro mundo, Para pensar o desenvolvimento
sustentável, p. 132.
[88]
Considerações gerais sobre a problemática ambiental, Educação Ambiental –
Curso básico a distância: questões ambientais: conceitos, história, problemas e
alternativas, p. 97.
[89]
Op.cit., p. 133.
[90]
Educação ambiental... cit., Congresso Habitat II, p. 13.
[91]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete
Desenvolvimiento economico.
[92]
Maximização da Qualidade de Vida em Conjuntos Habitacionais. São Paulo:
COHAB, 1970, p. 15.
[93]
“The Development of Indian Agriculture”. In: India of Today, Vol. VIII (2nd ed.),
London, Humphrey Milford and Oxford University Press, 1929, p. 35.
[94]
World Commission on Environment and Development, Our common future, p.
219.
[95]
Op.cit., p. 38.
[96]
Ecologia de los cultivos, p. 121.
[97]
Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir, p. 17.
[98]
Ecodesenvolvimento e hábitat, p. 7.
[99]
Op.cit., verbete Ecodesenvolvimiento.
[100]
Apud Jaime Hurtubia, Ecología y desarrollo: evolución y perspectivas del
pensamiento ecólogico, Estilos de desarrollo y medio ambiente, p. 27.
[101]
Environmental impact assessment, p. 32.
[102]
Ronaldo Seroa da Motta, Manual de valoração econômica de recursos
ambientais, p. 13.
[103]
Peter Herman May e Ronaldo Seroa da Motta, Valorando a natureza: uma
análise econômica para o desenvolvimento sustentável, p. 35.
[104]
Idem, p. 37.
[105]
Ronaldo Seroa da Motta, op.cit., p. 23.
[106]
Op.cit., verbete Recurso natural.
[107]
Op.cit., verbete Recursos naturais.
[108]
Giangestone Bolla, Scritti di diritto agrario, p. 1-3 e 865-888.
[109]
Propedêutica do direito agrário, p. 53.
[110]
Amazônia, p. 27.
[111]
Amazônia e meio ambiente: contexto ecológico, ocupação antrópica e
impactos, Ecologia e desenvolvimento, p. 137-159.
[112]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Recurso
natural renovable.
[113]
Op.cit., p. 51.
[114]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Recurso
natural agotable.
[115]
Verbete Recursos não-renováveis.
[116]
Enciclopédia Abril, v. 1, p. 343, verbete Atmosfera.
[117]
Idem, p. 343-344, verbete Atmosfera.
[118]
Polarização: fenômeno apresentado por uma radiação eletromagnética em
que o plano de vibração permanece constante; estabelecimento duma diferença
de potencial elétrico entre dois eletrodos (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,
op.cit., p. 1.106, verbete Polarização).
[119]
Enciclopédia Abril, v. 1, p. 91, verbete Água.
[120]
Op.cit., p. 8-9, verbete Água.
[121]
Enciclopédia Abril, v. 1, p. 92, verbete Água.
[122]
Idem, p. 93, verbete Águas continentais.
[123]
O mar: direito e ecologia, p. 29.
[124]
Iedo Batista Neves, Vocabulário prático de tecnologia jurídica e de brocardos
latinos, verbete II – Águas artificiais; IV – Águas comuns; V – Águas escolatícias;
VI – Águas estagnadas; X – Águas minerais; XII – Águas nascentes; XIII – Águas
nocivas; XV – Águas pluviais; XVII – Águas remanescentes; XVIII – Águas
selvagens; XXI – Águas vertentes ou colaticias; e XXII – Águas vivas.
[125]
Paulo de Castro Moreira da Silva, op.cit., p. 30.
[126]
Iedo Batista Neves, op.cit., verbete VII – Águas exteriores.
[127]
Águas Interiores, p. 121.
[128]
Manoel Ignácio Carvalho Mendonça, Rios e Águas, n. 49.
[129]
Antônio de Pádua Nunes, Código de Águas: Decreto 24.643, de 10.07.1934,
p. 7-8.
[130]
Manoel Ignácio Carvalho Mendonça, op.cit., n. 2.
[131]
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 889, verbete Margem.
[132]
Manoel Ignácio Carvalho Mendonça, op.cit., n. 2.
[133]
Op.cit., p. 9.
[134]
Manoel Ignácio Carvalho Mendonça, op.cit., n. 18.
[135]
Mário Tavarela Lobo, A destinação do pai de família: servidões e águas, n.
111, p. 238, apud Antônio de Pádua Nunes, op.cit., p. 11-12.
[136]
Op.cit., n. 2, p. 9.
[137]
Vocabulário básico de meio ambiente, p. 35.
[138]
Antônio Teixeira Guerra, op.cit., verbete Talvegue.
[139]
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, Glossário de
termos hidrológicos, verbete Talvegue.
[140]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Talvegue.
[141]
Op.cit., n. 2.
[142]
Art. 89. Consideram-se “nascentes” para os efeitos deste Código, as águas
que surgem naturalmente ou por indústria humana, e correm dentro de um só
prédio particular, e ainda que o transponham, quando elas não tenham sido
abandonadas pelo proprietário do mesmo.
[143]
Art. 563. O dono do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm
naturalmente do superior. Se o dono deste fizer obras de arte, para facilitar o
escoamento, procederá de modo que não piore a condição natural e anterior do
outro.
Art. 564. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior,
correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou
se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Art. 565. O proprietário de fonte não captada, satisfeitas as necessidades de
seu consumo, não pode impedir o curso natural das águas pelos prédios
inferiores.
[144]
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as
águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que
embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não
pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.
Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí
colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se
desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais,
satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o
curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
[145]
Iedo Batista Neves, op.cit., verbete XI – Águas mortas.
[146]
Idem, verbete III – Águas comuns.
[147]
Idem, verbete XIV – Águas particulares ou privadas.
[148]
Condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo
d'água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis com
segurança adequada, frente às Classes de Qualidade (inciso XII do art. 2° da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[149]
Padrão: valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de
qualidade de água ou efluente (inciso XXVI do art. 2° da Resolução/CONAMA n°
357, de 17.03.2005).
[150]
Classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água
necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros (inciso IX
do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[151]
Enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água
(classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo
de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo
(inciso XX do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[152]
Metas: é o desdobramento do objeto em realizações físicas e atividades de
gestão, de acordo com unidades de medida e cronograma preestabelecidos, de
caráter obrigatório (inciso XIII do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de
17.03.2005).
[153]
Efetivação do enquadramento: alcance da meta final do enquadramento
(inciso XIX do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[154]
Condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o
controle de lançamentos de efluentes no corpo receptor (inciso XIII do art. 2° da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[155]
Desinfecção: remoção ou inativação de organismos potencialmente
patogênicos (inciso XVI do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[156]
Tratamento simplificado: clarificação por meio de filtração e desinfecção e
correção de pH quando necessário (inciso XXXIV do art. 2° da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[157]
Recreação de contato primário: contato direto e prolongado com a água (tais
como natação, mergulho, esqui-aquático) na qual a possibilidade do banhista
ingerir água é elevada (inciso XXX do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de
17.03.2005).
[158]
“Art. 2°. As águas doces, salobras e salinas destinadas à balneabilidade
(recreação de contato primário) terão sua condição avaliada nas categorias
própria e imprópria.
§1°. As águas consideradas próprias poderão ser subdivididas nas seguintes
categorias: a) Excelente: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras
obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local,
houver, no máximo, 250 coliformes fecais (termotolerantes) ou 200 Escherichia
coli ou 25 enterococos por l00 mililitros; b) Muito Boa: quando em 80% ou mais de
um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores,
colhidas no mesmo local, houver, no máximo, 500 coliformes fecais
(termotolerantes) ou 400 Escherichia coli ou 50 enterococos por 100 mililitros; c)
Satisfatória: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em
cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no
máximo 1.000 coliformes fecais (termotolerantes) ou 800 Escherichia coli ou 100
enterococos por 100 mililitros.
§2°. Quando for utilizado mais de um indicador microbiológico, as águas terão as
suas condições avaliadas, de acordo com o critério mais restritivo.
§3°. Os padrões referentes aos enterococos aplicam-se, somente, às águas
marinhas.
§4°. As águas serão consideradas impróprias quando no trecho avaliado, for
verificada uma das seguintes ocorrências: a) não atendimento aos critérios
estabelecidos para as águas próprias; b) valor obtido na última amostragem for
superior a 2500 coliformes fecais (termotolerantes) ou 2000 Escherichia coli ou
400 enterococos por 100 mililitros; c) incidência elevada ou anormal, na Região,
de enfermidades transmissíveis por via hídrica, indicada pelas autoridades
sanitárias ; d) presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive
esgotos sanitários, óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer riscos
à saúde ou tornar desagradável a recreação; e) pH < 6,0 ou pH > 9,0 (águas
doces), à exceção das condições naturais; f) floração de algas ou outros
organismos, até que se comprove que não oferecem riscos à saúde humana; g)
outros fatores que contra-indiquem, temporária ou permanentemente, o exercício
da recreação de contato primário.
§5°. Nas praias ou balneários sistematicamente impróprios, recomenda-se a
pesquisa de organismos patogênicos.
Art. 3°. Os trechos das praias e dos balneários serão interditados se o órgão
de controle ambiental, em quaisquer das suas instâncias (municipal, estadual ou
federal), constatar que a má qualidade das águas de recreação de contato
primário justifica a medida.
§1°. Consideram-se ainda, como passíveis de interdição os trechos em que
ocorram acidentes de médio e grande porte, tais como: derramamento de óleo e
extravasamento de esgoto, a ocorrência de toxicidade ou formação de nata
decorrente de floração de algas ou outros organismos e, no caso de águas doces,
a presença de moluscos transmissores potenciais de esquistossomose e outras
doenças de veiculação hídrica.
§2°. A interdição e a sinalização, por qualquer um dos motivos mencionados no
caput e no § 1° deste artigo, devem ser efetivadas, pelo órgão de controle
ambiental competente.
Art. 4°. Quando a deterioração da qualidade das praias ou balneários ficar
caracterizada como decorrência da lavagem de vias públicas pelas águas da
chuva, ou em consequência de outra causa qualquer, essa circunstância deverá
ser mencionada no boletim de condição das praias e balneários, assim como
qualquer outra que o órgão de controle ambiental julgar relevante.
Art. 5°. A amostragem será feita, preferencialmente, nos dias de maior
afluência do público às praias ou balneários, a critério do órgão de controle
ambiental competente.
Parágrafo único. A amostragem deverá ser efetuada em local que apresentar a
isóbata de um metro e onde houver maior concentração de banhistas.
Art. 6°. Os resultados dos exames poderão, também, abranger períodos
menores que cinco semanas, desde que cada um desses períodos seja
especificado e tenham sido colhidas e examinadas, pelo menos, cinco amostras
durante o tempo mencionado, com intervalo mínimo de 24 horas entre as
amostragens.
Art. 7°. Os métodos de amostragem e análise das águas devem ser os
especificados nas normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normatização e Qualidade Industrial - INMETRO ou, na ausência destas, no
Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater-APHA-AWWA-
WPCF, última edição.
Art. 8°. Recomenda-se aos órgãos ambientais a avaliação das condições
parasitológicas e microbiológicas da areia, para futuras padronizações.
Art. 9°. Aos órgãos de controle ambiental compete a aplicação desta
Resolução, cabendo-lhes a divulgação das condições de balneabilidade das
praias e dos balneários e a fiscalização para o cumprimento da legislação
pertinente.
Art. 10. Na ausência ou omissão do órgão de controle ambiental, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA atuará,
diretamente, em caráter supletivo.
Art. 11. Os órgãos de controle ambiental manterão o IBAMA informado sobre
as condições de balneabilidade dos corpos de água.
Art. 12. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios articular-se-ão
entre si e com a sociedade, para definir e implementar as ações decorrentes
desta Resolução.
Art. 13. O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os
infratores às sanções previstas nas Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981;
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de
1999”.
[159]
Tratamento convencional: clarificação com utilização de coagulação e
floculação, seguida de desinfecção e correção de pH (inciso XXXIII do art. 2° da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[160]
Aquicultura: o cultivo ou a criação de organismos cujo ciclo de vida, em
condições naturais, ocorre total ou parcialmente em meio aquático (inciso VI do
art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[161]
Tratamento avançado: técnicas de remoção e/ou inativação de constituintes
refratários aos processos convencionais de tratamento, os quais podem conferir à
água características, tais como: cor, odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica
(inciso XXXII do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[162]
Pesca amadora: exploração de recursos pesqueiros com fins de lazer ou
desporto (inciso XXVIII do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[163]
Recreação de contato secundário: refere-se àquela associada a atividades
em que o contato com a água é esporádico ou acidental e a possibilidade de
ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação (tais como iatismo)
(inciso XXXI do art. 2° da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[164]
Dessedentação: é onde os animais mitigam a sede em qualquer local onde se
acumula água; pode ser bebedouros, lagos, ribeirões, açudes, etc. Em outras
palavras é suprir necessidades de água para contingentes animais.
[165]
Harmonia paisagística: trata-se de um dos princípios da composição
paisagística. Os princípios da composição paisagística são os seguintes: a)
mensagem; b) equilíbrio; c) escala; d) dominância; e) harmonia; e f) clímax da
paisagem. A análise de tais princípios implica a compreensão dos elementos de
comunicação de um jardim. Dentre os mais significativos temos as linhas, formas,
texturas e cores, além dos invisíveis como sons, cheiros, etc. As linhas podem ser
retas, curvas ou mistas. Elas têm o poder de oferecer impressões diversas ao
observador e bem exploradas conferem significado ao jardim da seguinte
maneira: a) linhas horizontais: transmitem calma, paz, descanso; b) linhas
verticais: sugerem ascensão, grandiosidade, força, permanência. Quem nunca
teve esta sensação perante uma imponente palmeira ou um grande cipreste
italiano?; c) linhas curvas: relacionadas com graça, movimento e dinamismo, caso
típico de caminhos sinuosos por entre o jardim. Este planejamento de linhas serve
para fazer a divisão dos espaços, de acordo com a função de cada ambiente. Em
relação às formas, cada planta possui a sua , como também cada conjunto delas,
as copas das árvores possuem formas diferentes, os arbustos, as palmeiras e as
flores, não é difícil imaginar este maravilhoso jogo de formas em um jardim. A
textura está relacionada diretamente com as nossas sensações, com o aspecto.
Olhar um cacto e uma rosa, cada um passa sensações diferentes e deve-se
diretamente à textura de cada um. Este conjunto de texturas no jardim, bem
explorado, cria fantásticos efeitos. As cores têm importância e poder de
comunicação tão significativos, que seu uso deve ser extremamente estudado
antes de se compor qualquer projeto junto aos seus respectivos usuários. Isto se
deve ao poder das cores transmitirem sensações. Tomemos 2 (duas) cores
totalmente opostas; azul e vermelho. O vermelho causa sensação de euforia,
excitação, ação, calor, além de dar a impressão de recuo, portanto causando a
impressão de diminuição do espaço onde está sendo usado, portanto podemos
dizer que se tomarmos grandes áreas e quisermos causar o efeito de diminuição,
o uso do vermelho é extremamente recomendado. O vermelho também causa
aumento da pressão arterial e tensão muscular, se tornado extremamente
estressante quando mal usado.
O azul por sua vez é o oposto, a sensação de paz, frescor ,calma e ao contrario
do vermelho confere ao jardim o sentimento de amplitude, portanto recomendado
para pequenos espaços. Visto isto, finalmente podemos entender melhor os
princípios da composição paisagística: 1) mensagem: não basta o jardim estar
“arrumadinho”, ele tem que dar o recado, tem que falar com o usuário, deve ter
sentido em cada planta colocada; 2) equilíbrio: como em uma balança de dois
pratos, funciona também nosso jardim. É como se houvesse um eixo central e de
cada lado o peso dos componentes deste jardim deve ser igual ao outro; 3)
escala: diz sobre o aproveitamento dos espaços, suas distâncias corretas e no
caso das plantas o fator tempo nunca deve ser esquecido, pois o desenvolvimento
de algumas espécies pode interferir na escala antes prevista; 4) dominância: algo
sempre dominará o espaço, nem sempre em quantidade, mas as vezes por
expressão conforme cada elemento de comunicação; 5) harmonia: sempre
lembrada, a harmonia é a primeira coisa que pensamos que um jardim deve ter, e
a chave para o sucesso normalmente é a simplicidade. Quando olhamos para o
jardim e não conseguimos conceber que nada pode ser tirado nem colocado, aí
sim, ele está harmônico, ou seja, tudo vira uma coisa só; 6) climax: em qualquer
jardim algo nos chama a atenção em primeiro lugar, aquele objeto que prende
nosso olhar por alguns segundos, este é o clímax do jardim. Podem ser usados
um ou mais, cuidado com os exageros que podem causar uma poluição visual
devido a causar uma confusão para o observador. O jardim é uma forma de arte,
classificado nas “Belas Artes”, que requer do paisagista conhecimentos de
diversas áreas como botânica, geologia entre outras. Mas o paisagismo é arte no
seu poder de causar emoções e estas emoções causadas dependem do íntimo de
cada profissional, basta lembrar dos grandes artistas que ficaram para a história ,
eles colocavam sua alma no que se propunham a fazer. Como em uma tela, como
numa escultura ,assim deve ser também no jardim. O artista tem a teoria em sua
alma e só aperfeiçoa seus conhecimentos no desenvolvimento de seu trabalho
(LIRA FILHO, José Augusto de. Paisagismo: elementos de composição e estética,
Viçosa, Editora Aprenda Fácil, 2001, p. 41 e segs.).
[166]
Ensaios ecotoxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito
deletério de agentes físicos ou químicos a diversos organismos aquáticos (inciso
XXI do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[167]
Ensaios toxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito deletério
de agentes físicos ou químicos a diversos organismos visando avaliar o potencial
de risco a saúde humana (inciso XXII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357,
de 17.03.2005).
[168]
Vazão de referencia: vazão do corpo hídrico utilizada como base para o
processo de gestão, tendo em vista o uso múltiplo das águas e a necessária
articulação das instancias do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA e
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SINGRH (inciso
XXXVI do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[169]
Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO: corresponde à quantidade de
oxigênio necessária para ocorrer a oxidação da matéria orgânica biodegradável
sob condições aeróbicas. Essa unidade de medida avalia a quantidade de
Oxigênio Dissolvido – OD em miligramas (mg), equivalente à quantidade que será
consumida pelos organismos aeróbicos ao degradarem a matéria orgânica. Por
sinal, entende-se por biodegradável a matéria que pode ser consumida como
alimento, ela vai alimentar e ser fonte de energia aos microorganismos que
existem na água. Sendo assim, a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO pode
ser considerada como parâmetro para avaliar a qualidade da água, onde a
poluição orgânica é quantificada. O processo ocorre da seguinte forma:
inicialmente os microorganismos utilizam o Oxigênio Dissolvido – OD para
transformar o carbono em CO2 e, depois, para transformar os compostos
nitrogenados em nitratos (NO3) e nitritos (NO2). Essas transformações são
essenciais na determinação da Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, que se
divide em: 1) Demanda Bioquímica de Oxigênio Carbonácea – DBOC (com
presença de CO2); e 2) Demanda Bioquímica de Oxigênio Nitrogenada – DBON
(com presença de nitratos e nitritos). O valor da Demanda Bioquímica de Oxigênio
– DBO é usado para estimar a carga orgânica dos efluentes e dos recursos
hídricos, e com esses valores é possível calcular qual a necessidade de aeração
(oxigenação) para degradar essa matéria orgânica nas Estações de Tratamento
de Esgoto – ETE.
[170]
Autodepuração: a autodepuração de um curso d'água é a sua capacidade de
promover a estabilização de determinada carga poluidora nele lançada. Em um
sentido mais amplo, a autodepuração esta associada à capacidade de um corpo
d'água retornar às condições ecológicas iniciais, na prática, entretanto, isso não
ocorre, porque haverá a formação de compostos estáveis em concentrações
diferentes das anteriormente existentes, ainda que a estabilização seja completa e
o oxigênio consumido seja totalmente recuperado. Do ponto de vista sanitário, no
entanto, a água estará depurada quando suas características não forem
conflitantes com os seus usos preponderantes. A autodepuração é decorrente da
associação de vários processos de natureza física (diluição, sedimentação e
reaeração atmosférica), química e biológica (oxidação e decomposição) (HYNES,
Hugh Bernard Noel. The Ecology of Running Waters. Toronto, University of
Toronto Press, 1960, p. 271; SPERLING, Marcos Von. Introdução à qualidade das
águas e ao tratamento de esgotos. 2ª ed., Belo Horizonte, Departamento de
Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG, 1996, p. 97). No processo de
autodepuração, há um balanço entre as fontes de consumo e de produção de
oxigênio (SPERLING, Marcos Von. Estudos e modelagem da qualidade da água
de rios. Belo Horizonte, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental –
UFMG, 2007, p. 173). Os principais fenômenos interagentes no consumo de
oxigênio são: 1) oxidação da matéria orgânica: é o processo nos quais elétrons
são removidos de uma substância, aumentando o seu estado de oxidação, ou
seja, a oxidação é uma forma de transformar poluentes em compostos menos
indesejáveis ao meio ambiente. A oxidação total da matéria orgânica, também
conhecida como mineralização, gera produtos finais, simples e estáveis (como.
por exemplo, CO2, H2O, NO3-). Os organismos decompositores, principalmente as
bactérias heterotróficas aeróbias, são capazes de oxidar a Matéria Orgânica –
MO; 2) nitrificação: é o processo pelo qual bactérias autotróficas (Nitrosomonas e
Nitrobacter), utilizam o oxigênio dissolvido para transformar formas nitrogenadas
de Matéria Orgânica – MO em nitritos (NO2-) e nitratos (NO3). As Nitrosomonas
são responsáveis pela oxidação da amônia a nitrito e as Nitrobacter pela oxidação
do nitrito a nitrato; e 3) demanda bentônica: o consumo de oxigênio por estas
reações é denominado demanda nitrogenada ou demanda de segundo estágio,
por ocorrer numa fase posterior a das reações de oxidação da Matéria Orgânica
Carbonácea – MOC. Isso ocorre porque as bactérias nitrificantes, autotróficas,
possuem uma taxa de crescimento menor que as bactérias heterotróficas
(SPERLING, Marcos Von. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos. 2ª ed., Belo Horizonte, Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental – UFMG, 1996, p. 98). A Matéria Orgânica Decantada – MOD também
pode consumir Oxigênio Dissolvido – OD, e nesse caso, essa demanda é
denominada demanda bentônica ou demanda de oxigênio pelo sedimento.
Grande parte da conversão dessa Matéria Orgânica – MO se dá em condições
anaeróbias, em virtude da dificuldade de penetração do oxigênio na camada de
lodo. Esta forma de conversão, por ser anaeróbia, não implica, portanto, em
consumo de oxigênio. Porém, a camada superficial do lodo em contato direto com
a água geralmente sofre decomposição aeróbia, resultando no consumo de
oxigênio (SPERLING, Marcos Von. Introdução à qualidade das águas e ao
tratamento de esgotos. 2ª ed., Belo Horizonte, Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental – UFMG, 1996, p. 99). Na maioria das vezes, a
sedimentação dessa matéria orgânica implica na diminuição de Demanda
Bioquímica de Oxigênio – DBO da massa líquida, porém, quando a massa
decantada é ressuspendida, devido, por exemplo, a turbulências ou a altas
velocidades de escoamento do líquido, ocorre o contrário. Os principais
fenômenos interagentes na produção de oxigênio são: 1) reaeração atmosférica: é
principal processo responsável pela introdução de oxigênio no corpo hídrico. Esse
processo se dá por meio da transferência de gases, que é um fenômeno físico no
qual moléculas de gases são trocadas entre o meio líquido e gasoso pela sua
interface. Esse intercâmbio resulta num aumento da concentração do oxigênio na
fase líquida, caso esta não esteja saturada com o gás. Esta transferência do meio
gasoso para o meio líquido se dá basicamente por meio de dois mecanismos: a
difusão molecular e a difusão turbulenta (SPERLING, Marcos Von. Introdução à
qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 2ª ed., Belo Horizonte,
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG, 1996, p. 99); 2)
fotossíntese: este processo de produção pode representar a maior fonte de
Oxigênio Dissolvido – OD em lagos e rios de movimento lento. A fotossíntese é o
principal processo utilizado pelos seres autotróficos para a síntese da matéria
orgânica, sendo característica dos organismos clorofilados, particularmente algas.
De acordo com MARCOS VON SPERLING (cf. Introdução à qualidade das águas
e ao tratamento de esgotos. 2ª ed., Belo Horizonte, Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental – UFMG, 1996, p. 101), os seres autótrofos realizam muito
mais síntese do que oxidação, gerando sempre um superávit de oxigênio.
[171]
Corpo receptor: corpo hídrico superficial que recebe o lançamento de um
efluente (inciso XV do art. 2.º da Resolução/CONAMA 357, de 17.03.2005).
[172]
Oxigênio Dissolvido – OD: é um fator limitante para manutenção da vida
aquática e de processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais e
estações de tratamento de esgotos. Durante a degradação da Matéria Orgânica –
MO, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios,
podendo vir a causar redução de sua concentração no meio. Uma das causas
mais frequentes de mortandade é a queda na concentração de oxigênio nos
corpos d’água. O valor mínimo de Oxigênio Dissolvido – OD para a preservação
da vida aquática, estabelecido pela Resolução/CONAMA 357, de 17.03.2005, é
de 5,0 mg/L, mas existe variação na tolerância de espécie para espécie. As
carpas, por exemplo, conseguem suportar concentrações de Oxigênio Dissolvido
– OD de 3,0 mg/L, sendo que a carpa comum chega até mesmo a sobreviver por
até 6 (seis) meses em águas frias e sem nenhum Oxigênio Dissolvido – OD,
(anoxia). Tais valores seriam fatais para as trutas, que necessitam de
concentração maior de Oxigênio Dissolvido – OD para sobreviverem, em torno de
8,0 mg/L de Oxigênio Dissolvido – OD. O peixe Dourado sobrevive por até 22
horas em águas anóxicas a 20°C, enquanto que as larvas destes peixes são
menos tolerantes que os adultos. Isto porque os valores letais dependem do
estágio de vida dos organismos, sendo geralmente mais exigentes os estágios
mais jovens. De maneira geral, valores de Oxigênio Dissolvido – OD menores
que 2 mg/L pertencem a uma condição perigosa, denominado hipoxia, ou seja,
baixa concentração de Oxigênio Dissolvido – OD na água. A concentração de
oxigênio presente na água vai variar de acordo com a pressão atmosférica
(altitude) e com a temperatura do meio. Águas com temperaturas mais baixas têm
maior capacidade de dissolver oxigênio; já em maiores altitudes, onde é menor a
pressão atmosférica, o Oxigênio Dissolvido – OD apresenta menor solubilidade.
[173]
Zona de mistura: região do corpo receptor, estimada com base em modelos
teóricos aceitos pelo órgão ambiental competente, que se estende do ponto de
lançamento do efluente, e delimitada pela superfície em que é atingido o equilíbrio
de mistura entre os parâmetros físicos e químicos, bem como o equilíbrio
biológico do efluente e os do corpo receptor (corpo hídrico superficial que recebe
o lançamento de um efluente), sendo específica para cada parâmetro (inciso XIV
do art. 4.º da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[174]
Eutrofização ou eutroficação: fenômeno causado pelo excesso de nutrientes
(compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) numa massa de água,
provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o
desenvolvimento dos conumidores primários e eventualmente de outros
elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode
levar a uma diminuição do oxigênio dissolvido, provocando a morte e consequente
decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e
eventualmente a alteração profunda do ecossistema (FONSECA, Krukemberghe.
Eutrofização. Artigo divulgado no site: <http://www.brasilescola.com/
biologia/eutrofizacao.htm>. Acesso em 12.10.2009). O excesso de nitratos
lixiviados também promove a ocupação por plantas superiores onde estas
geralmente não ocorriam e dessa forma também sufocando ambientes
anteriormente equilibrados. O termo vem do grego “eu”, que significa bom,
verdadeiro e “trophein”, nutrir. Assim, eutrófico significa bem nutrido e opõe-se a
oligotrófico, a situação contrária em que existem poucos nutrientes na água, como
acontece, em geral, nas águas oceânicas. Estes processos podem ocorrer
naturalmente, como consequência da lixiviação da serrapilheira acumulada numa
bacia de drenagem por fortes chuvas, ou por ação do homem, através da
descarga de efluentes agrícolas, urbanos ou industriais no que se chama
“eutrofização cultural”. As principais fontes de eutrofização são as atividades
humanas industriais, domésticas e agrícolas (por exemplo, os fertilizantes usados
nas plantações podem escoar superficialmente ou dissolver-se e infiltrarem-se
nas águas subterrâneas e serem arrastados até aos corpos de água
mencionados). Ao aumento rápido de algas relacionado com a acumulação de
nutrientes derivados do azoto (nitratos), do fósforo (fosfatos), do enxofre
(sulfatos), mas também de potássio, cálcio e magnésio, dá-se o nome de
“florescimento” ou bloom – dando uma coloração azul-esverdeada, vermelha ou
acastanhada à água, consoante as espécies de algas favorecidas pela situação.
Estas substâncias são os principais nutrientes do fitoplâncton (as “algas”
microscópicas que vivem na água), que se pode reproduzir em grandes
quantidades, tornando a água esverdeada ou acastanhada. Quando estas algas
(e o zooplâncton que delas se alimenta) começam a morrer, a sua decomposição
pode tornar aquela massa de água pobre em oxigênio, provocando a morte de
peixes e outros animais e a formação de gases tóxicos ou de cheiro
desagradável. Além disso, algumas espécies de algas produzem toxinas que
contaminam as fontes de água potável. Em suma, muitos efeitos ecológicos
podem surgir da eutroficação, mas os três principais impactos ecológicos são:
perda de biodiversidade, alterações na composição das espécies (invasão de
outras espécies) e efeitos tóxicos. Quando esta situação ocorre, a eliminação das
causas da poluição pode levar o ecossistema de novo a uma situação saudável
mas, se for um sistema fechado onde antes havia espécies que desapareceram
por causa deste problema, será necessária a reintrodução dessas espécies para
tornar o sistema semelhante ao que era antes. Estes problemas ocorreram em
muitos rios da Europa e ainda não estão totalmente sanados. Certos sistemas
aquícolas promovem a eutrofização dos seus tanques para mais facilmente
cultivarem espécies que se alimentam do fitoplâncton. Esta prática deve ser
extremamente bem controlada (e os residuos ou efluentes da instalação tratados
de modo a evitar a poluição do ambiente em redor). Ambientes eutróficos podem
estar também relacionados a processos naturais sem intervenção antrópica, como
ambientes pantanosos, por exemplo.
[175]
Ambiente lêntico: ambiente que se refere a água parada, com movimento
lento ou estagnado (inciso IV do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de
17.03.2005).
[176]
Ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais moventes (inciso V do
art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[177]
Ensaios ecotoxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito
deletério de agentes físicos ou químicos a diversos organismos aquáticos (inciso
XXI do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[178]
Materiais flutuantes: a observação de materiais flutuantes na água, como
blocos de espuma, por exemplo, pode indicar a presença de detergente
proveniente do despejo de efluentes ou esgotos domésticos e industriais. É
importante observar se há materiais flutuando, ou sendo arrastados pela
correnteza, e a sua quantidade. Por exemplo: a) espumas na água: ausentes,
quantidade baixa (espumas finas, somente em pontos localizados), quantidade
alta (espumas finas espalhadas), quantidade muito alta (placas espessas de
espumas); b) outros materiais flutuantes: ausentes, quantidade baixa (somente
alguns), quantidade alta (muitos), quantidade muito alta (superfície do rio coberta).
[179]
Virtualmente ausentes: que não é perceptível pela visão, olfato ou paladar
(inciso XXXVII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[180]
Odor: a água, com características naturais, não apresenta cheiro. Por isso, a
presença de cheiro pode ser um parâmetro de avaliação da qualidade da água,
pois pode indicar a presença de substâncias ‘estranhas’ à composição da água. O
cheiro de “ovos podres”, característico do gás Sulfídrico, por exemplo, indica que
está havendo decomposição de matéria orgânica nas águas. Este cheiro pode
estar misturado ao de ‘cebola estragada’, característico de compostos de enxofre
presentes em esgotos e lodos orgânicos depositados no fundo de rios poluídos. E,
ainda, pode haver cheiro de inseticida (por exemplo: BHC). O odor de “ovo podre”
do gás Sulfídrico pode, inclusive, causar dor de cabeça e náuseas em pessoas
que moram, trabalham ou circulam nas proximidades das margens de rios muito
poluídos, como é o caso do rio Pinheiros, em São Paulo (FOLHA DE S. PAULO.
Cotidiano: Odor de ovo podre de rio pode causar enjoo e dor de cabeça. São
Paulo, 08.04.2012, p. C3).
[181]
Balneabilidade: é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato
primário, sendo este entendido como um contato direto e prolongado com a água
(natação, mergulho, esqui-aquático, etc.), onde a possibilidade de ingerir
quantidades apreciáveis de água é elevada. Para sua avaliação é necessário o
estabelecimento de critérios objetivos. Estes critérios devem se basear em
indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-
estabelecidos, para que se possa identificar se as condições de balneabilidade
em um determinado local são favoráveis ou não; pode-se definir, inclusive,
classes de balneabilidade para melhor orientação dos usuários. Fatores que
influem na balneabilidade: o parâmetro indicador básico para a classificação das
praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de
coliformes fecais. Diversos são os fatores que condicionam a presença de
esgotos nas praias: 1) existência de sistemas de coleta e disposição dos despejos
domésticos gerados nas proximidades; 2) existência de córregos afluindo ao mar;
3) afluência turística durante os períodos de temporada; 4) fisiografia da praia; 5)
ocorrência de chuvas; 6) condições da maré. Aspectos de saúde pública: corpos
d'água contaminados por esgoto doméstico ao atingirem as águas das praias
podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou
pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças
ou infecções após terem nadado em águas contaminadas. As doenças
relacionadas ao banho, em geral, não são graves. A doença mais comum
associada à água poluída por esgoto é a gastroenterite. Ela ocorre numa grande
variedade de formas e pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas:
enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. Outras
doenças menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Em
locais muito contaminados os banhistas podem estar expostos a doenças mais
graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide. Cuidados que devem
ser tomados: Considerando-se as diversas variáveis intervenientes na
balneabilidade das praias e sua relação com a possibilidade de riscos à saúde
dos frequentadores, é recomendável: 1) não tomar banho nas águas das praias
que forem classificadas como “impróprias”; 2) evitar o contato com os cursos
d’água que afluem às praias; 3) evitar o uso das praias que recebem corpos
d’água cuja qualidade é desconhecida; após a ocorrência de chuvas de maior
intensidade; 4) evitar a ingestão de água do mar, com redobrada atenção para
com as crianças e idosos, que são mais sensíveis e menos imunes do que os
adultos; 5) não levar animais à praia.
[182]
Coliformes termotolerantes (fecais): Bactérias gram-negativas, em forma de
bacilos, oxidase-negativas, pertencentes ao grupo dos coliformes totais
caracterizadas pela presença da enzima ß-galactosidade e pela capacidade de
fermentar a lactose com produção de gás em 24 horas à temperatura de 44-45°C
em meios contendo sais biliares ou outros agentes tenso-ativos com propriedades
inibidoras semelhantes, Podem crescer em meios contendo agentes tenso-ativos
e fermentar a lactose nas temperaturas de 44º - 45ºC, com produção de ácido,
gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e de animais
homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não
tenham sido contaminados por material fecal (inciso XXXVII do art. 2.º da
Resolução/CONAMA 357, de 17.03.2005).
[183]
Escherichia Coli (E.Coli): bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae,
caracterizada pela presença das enzimas ß-galactosidade e ß-glicuronidase. É a
única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo habitat exclusivo é o
intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades
elevadas. Cresce em meio complexo a 44-45°C, fermenta lactose e manitol com
produção de ácido e gás e produz indol a partir do aminoácido triptofano. A
Escherichia Coli é abundante em fezes humanas e de animais, tendo, somente,
sido encontrada em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham
recebido contaminação fecal recente (inciso XXIII do art. 2.º da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005, e alínea “e” do art. 1° da
Resolução/CONAMA n° 274, de 29.11.2000).
[184]
Turbidez ou turvação: é uma propriedade física dos fluídos que se traduz na
redução da sua transparência devido à presença de materiais em suspensão que
interferem com a passagem da luz através do fluido. A complexidade das
interações óticas entre a luz incidente, as propriedades óticas dos materiais
dissolvidos e em suspensão e as características do fluido, em particular o seu
índice de refração e cor, torna a turbidez numa propriedade visual essencialmente
subjectiva, não se comportando como uma grandeza física diretamente
mensurável. CAUSAS E IMPORTÂNCIA: Por definição, a turbidez é causada pela
presença de materiais em suspensão, isto é de materiais que não estão
dissolvidos no fluido, cuja presença altera as suas propriedades ópticas. A
turvação pode assim ser causada por uma enorme variedade de matérias em
suspensão, de origem orgânica ou inorgânica, variando em dimensão desde
particulas coloidais até sólidos de dimensões macroscópicas. Nos produtos
alimentares e em lagos e albufeiras ou noutras massas de água lênticas
(paradas), a maior parte da turvação é devida a partículas coloidais. Pelo
contrário, em fluidos em movimento, especialmente em condições de escoamento
turbulento, como sejam rios em condições de cheia onde exista forte
hidrodinamismo, a maior parte da turvação é devida a sólidos suspensos de
dimensão apreciável (areia e silte) que em condições de menor dinamismo
sedimentariam rapidamente. O parâmetro assume grande importância em
limnologia e em oceanografia, por ser o principal factor na determinação da
espessura da zona eufótica, e no estudo da qualidade das águas, em especial
das águas para consumo humano. Também na indústria alimentar, em particular
na produção de bebidas destiladas, cervejas, vinhos e sumos, a turvação é
considerada uma característica importante no controle de qualidade e na fixação
das características finais do produto. Na indústria farmacêutica e na distribuição
de medicamentos e de soluções e solventes destinadas a uso humano ou
veterinário, a turvação dos produtos é também estritamente controlada, pois o seu
aumento pode indicar a presença de contaminantes ou outros sólidos em
suspensão, como os resultantes da precipitação a partir da solução, ou de
colônias de microorganismos em suspensão. Tipicamente o crescimento de
bactérias e leveduras em suspensão traduz-se num rápido aumento da turvação,
razão pela qual este parâmetro é excelente indicador da presença destes
microorganismos em soluções aquosas, em particular em produtos alimentares.
MEDIÇÃO: Não sendo uma grandeza física, a turvação não pode ser medida
directamente recorrendo a uma única propriedade do fluido ou dos materiais nele
suspensos, sendo antes avaliada pela comparação com padrões arbitrariamente
estabelecidos por normas técnicas, os quais em geral diferem consoante o setor
de atividade e o objetivo da medição. As primeiras técnicas de medição da
turvação, desenvolvidas na indústria cervejeira, consistiam de uma escala com
números progressivamente aumentados, semelhante às escalas optométricas
usadas para determinar a acuidade visual, que se colocava por detrás de um
recipiente transparente que continha o fluido a avaliar: o menor dos números
discerníveis correspondia à turbidez do fluido. O método era subjetivo,
dependendo da acuidade visual do observador, da cor e espessura do fluido e da
cor e intensidade da iluminação, sendo apenas repetível pelo mesmo observador
e nas mesmas condições de iluminação. Face às dificuldades colocadas pela
aplicação da escala de medição direta, foram desenvolvidos métodos baseados:
a) na atenuação devido à absorção da luz pelo material em suspensão ao
atravessar o fluido que o contém; e b) no espalhamento da luz causado pela
presença de material em suspensão no fluido a testar. Estas 2 (duas)
metodologias deram origem a um conjunto alargado de instrumentos, com
destaque para as variantes do disco de Secchi e para os nefelómetros. Embora os
métodos de determinação da turbidez por atenuação estejam hoje na quase
totalidade obsoletos, deram origem, entre outras, às seguintes escalas, algumas
das quais ainda aparecem rotineiramente referidas na literatura e nas
especificações técnicas e regulatórias de alguns setores de atividade económica,
em particular na indústria agroalimentar e das bebidas: a) Jackson Turbidity Unit –
JTU (Unidade de Turvação de Jackson – UJT): método da vela de Jackson
(Jackson Candle Method); b) Densidade ótica. Para permitir a comparabilidade
das medições em 1926 foi desenvolvido o padrão constituído por diluições de
formazina líquida em água destilada. A partir desse padrão foram construídas
diferentes escalas, adaptadas à técnica de medição e às características dos
produtos a testar. As escalas mais comuns são as seguintes: a) Nephelometric
Turbidity Unit – NTU (Unidades Nefelométricas de Turbidez – UNT): medição a
90° (noventa graus), em conformidade com as disposições dos Estados Unidos, o
mesmo que Formazine Turbidity. Unit – FTU; b) Formazine Turbidity. Unit – FTU
(Unidades de Turbidez Formazina – NTU): usadas no tratamento de água,
semelhante à anterior; c) Formazin Attenuation Unit – FAU (Unidades de
Atenuação de Formazina – UAF): medição da transmissão de luz (ângulo de 0°)
de acordo com os requisitos da Norma ISO 7027 de 1999 (Qualidade da Água –
Determinação da Turbidez); d) Formazin Nephelometric Unit – FNU (Unidades
Nefelométricas de Formazina – UNF): medição da luz difusa (90°) de acordo com
os requisitos da Norma ISO 7027 de 1999 (Qualidade da Água – Determinação da
Turbidez). A turbidez é em geral medida comparando o espalhamento de um feixe
de luz ao atravessar a amostra com o espalhamento obtido, com o mesmo feixe e
em iguais condições, ao atravessar a suspensão padrão, sendo em geral
expresso em Nephelometric Turbidity Unit – NTU (Unidades Nefelométricas de
Turbidez – UNT), por vezes convertidas no seu equivalente em mg/l de Si02,
considerando para tal a turbidez que seria provocada pela presença daquela
quantidade de sílica em suspensão.
[185]
Cor das águas: a cor das águas varia conforme a constituição do solo, das
rochas, da vegetação que nela cai e se decompõe, dentre outros elementos que
fazem parte do seu contexto ambiental e que afetam as interações entre a luz e a
água (“ótica hidrológica”). Na caracterização ótica das águas, destaca-se
particularmente a importância da matéria orgânica dissolvida. Há águas
popularmente denominadas cristalinas, claras, transparentes, escuras, negras,
barrentas, brancas, azuis, verdes, amareladas, acinzentadas, marrons, limpas,
sujas, etc. Tanto as substâncias dissolvidas quanto as em suspensão afetam
conjuntamente a coloração das águas, sendo que as partículas em suspensão
referem-se à turbidez da água. Pode haver alterações na coloração natural das
águas, por causa também de atividades humanas como, por exemplo: “a)
desmatamentos, que contribuem para a erosão de solos e, em consequência,
para o aumento da carga de partículas em suspensão e depositadas nos corpos
d’água b) disposição inadequada de lixos e “lixões”; c) uso e manejo inadequados
de substâncias orgânicas e inorgânicas, oriundas de dejetos animais, pesticidas e
fertilizantes; e d) lançamentos de esgotos urbanos e efluentes industriais não
tratados e/ou clandestinos.” (PEDROSA, Paulo. “Óptica hidrológica. A ‘cor’ das
águas naturais”. In: Revista Ciência Hoje, vol. 43, n° 255, des. 2008, p. 33). O
despejo de certas substâncias por indústrias, residências e outras atividades,
podem, pois, prejudicar a qualidade sanitária das águas. Modificações na cor das
águas podem indicar a presença de despejo de produtos químicos, provenientes,
por exemplo, de tintas de tingimento de tecidos, couros e componentes
industriais. Assim, a percepção da coloração das águas influencia a sua estética e
contribui na avaliação de sua qualidade e nos cuidados para a conservação de
recursos hídricos e ecossistemas aquáticos. É importante observar se há variação
de cor ao longo do rio, e, caso haja, identificar e registrar a fonte de lançamento
de efluentes que estejam alterando a cor natural do rio (por exemplo: indústria).
Cabe ressaltar a necessidade de uma avaliação adequada da qualidade das
águas, de modo a não se cometerem equívocos ao avaliá-las somente pela sua
aparência. Águas coloridas não significam que estejam poluídas, assim como
águas com aparência transparente não quer dizer que estejam livres de
contaminação, de poluição.
[186]
Cianobactérias: microorganismos procarióticos autotróficos, também
denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer
manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes
(nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos a saúde
(inciso VIII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[187]
Tributário (ou curso de água afluente): corpo de água que flui para um rio
maior ou para um lago ou reservatório (inciso XXXV do art. 2.º da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[188]
Efeito tóxico agudo: efeito deletério aos organismos vivos causado por
agentes físicos ou químicos, usualmente letalidade ou alguma outra manifestação
que a antecede, em um curto período de exposição (inciso XVII do art. 2.º da
Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[189]
Temperatura da água: a temperatura da água afeta praticamente todos os
processos (físicos, químicos, biológicos) que ocorrem na água, tais como, por
exemplo: 1) “A quantidade de oxigênio que pode ser dissolvido na água”; 2 “A
taxa de fotossíntese por algas e plantas aquáticas maiores”; 3) “Taxas
metabólicas de organismos aquáticos”; 4) “Sensibilidade de organismos a dejetos
tóxicos, parasitas e doenças”. Todos os organismos aquáticos são adaptados a
uma determinada faixa de temperatura, conseguindo suportar oscilações até
certos limites, especialmente no caso de aumentos de temperatura, acima dos
quais eles sofrem morte térmica (organismos superiores) ou inativação (processo
de pasteurização de microorganismos). A temperatura dos cursos d’água,
incluindo a dos rios, varia ao longo do ano, influenciada pelo clima de cada época.
Além disso, ela sofre influência de uma série de outros fatores, inclusive
humanos. “Um dos modos mais sérios com que os humanos mudam a
temperatura dos rios é por meio da poluição térmica. [...] Indústrias, tais como as
plantas de energia nuclear, podem causar poluição térmica, mediante o despejo
de água utilizada para resfriar o maquinário. Poluição térmica pode também
originar-se de água de chuva que corre de superfícies urbanas aquecidas, tais
como ruas, calçadas e áreas de estacionamento”. As pessoas também afetam a
temperatura da água cortando árvores que ajudam a sombrear os rios, expondo a
água diretamente à luz solar”. pH, a condutividade elétrica, a quantidade de
oxigênio consumido na degradação biológica da matéria orgânica (DBO) e de
oxigênio dissolvido são influenciados pela temperatura (MITCHELL, Mark K.;
STAPP, William B. Field Manual for water quality monitoring. 12ª ed., Dubuque,
Kendall/Hunt Publishing Co., 2000. p. 40).
[190]
Turbidez da água: como vimos, é o grau de claridade relativa da água, que
varia, dependendo da quantidade de matéria em suspensão ou coloidal (mistura
heterogênea). Quanto maior a turbidez, mais escura é a água, e vice e versa. A
turbidez pode ser causada por: erosão do solo, despejo de efluentes, abundância
de animais aquáticos que agitem sedimentos do fundo do rio (por exemplo:
carpas), crescimento de algas, dentre outros fatores. A temperatura das águas
tende a elevar-se com o aumento da turbidez, porque as partículas suspensas
absorvem calor do sol, ocasionando, por outro lado, a queda de níveis de oxigênio
dissolvido. Isto porque o aumento do calor reduz a retenção de oxigênio dissolvido
na água. Também há redução de fotossíntese, na medida em que menos luz
penetra na água, o que também causa redução de níveis de oxigênio dissolvido.
O conjunto de consequências da turbidez inclui a elevação da temperatura da
água, a redução da luz e do oxigênio dissolvido, sendo que níveis elevados de
turbidez podem prejudicar a qualidade das águas a ponto de impossibilitar a
sustentabilidade da vida de certos organismos aquáticos, além de prejudicar a
qualidade das águas para consumo humano, em termos de sabor (desagradável),
aparência (redução da transparência), dentre outros fatores. Além das
consequências mencionadas, a presença de matérias sólidas suspensas pode
obstruir a guelra de peixes, interromper o desenvolvimento de larvas e ovos,
reduzir a resistência a doenças, dentre outras.
[191]
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Portal da Qualidade das Águas.
Indicadores de qualidade – Índice de Qualidade das Águas. Artigo disponível no
site: <http:// pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/IndiceQA.aspx>. Acesso em
20.07.2012.
[192]
Efluente: é o termo usado para caracterizar os despejos líquidos provenientes
de diversas atividades ou processos (inciso V do art. 4° da Resolução/CONAMA
n° 430, de 13.05.2011).
[193]
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Conjuntura dos Recursos Hídricos do
Brasil: informe 2011. Brasília, ANA, 2011. Disponível no site:
<http://conjuntura.ana.gov.br/ conjuntura/>. Acesso em 25.03.2012.
[194]
O Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público
– IAP é calculado nos pontos de amostragem dos rios e reservatórios que são
utilizados para o abastecimento público. O Índice de Qualidade das Águas Brutas
para Fins de Abastecimento Público – IAP é o produto da ponderação dos
resultados atuais do Índice de Qualidade de Águas – IQA e do Índice de
Substâncias Tóxicas e Organolépticas – ISTO, que é composto pelo grupo de
substâncias que afetam a qualidade organoléptica da água, bem como de
substâncias tóxicas. Assim, o índice será composto por três grupos principais de
variáveis: Índice de Qualidade de Águas – IQA – grupo de variáveis básicas
(Temperatura da Água, pH, Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de
Oxigênio, Coliformes Termotolerantes, Nitrogênio Total, Fósforo Total, Resíduo
Total e Turbidez); Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas – ISTO, – a)
Variáveis que indicam a presença de substâncias tóxicas (Potencial de Formação
de Trihalometanos – PFTHM, Número de Células de Cianobactérias,Cádmio,
Chumbo, Cromo Total, Mercúrio e Níquel); b) Grupo de variáveis que afetam a
qualidade organoléptica (Ferro Dissolvido, Manganês, Alumínio Dissolvido, Cobre
Dissolvido e Zinco).
[195]
Efeito tóxico crônico: efeito deletério aos organismos vivos causado por
agentes físicos ou químicos que afetam uma ou varias funções biológicas dos
organismos, tais como a reprodução, o crescimento e o comportamento, em um
período de exposição que pode abranger a totalidade de seu ciclo de vida ou
parte dele (inciso XVIII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[196]
Efluente: é o termo usado para caracterizar os despejos líquidos provenientes
de diversas atividades ou processos (inciso V do art. 4° da Resolução/CONAMA
n° 430, de 13.05.2011).
[197]
Lançamento indireto: quando ocorre a condução do efluente, submetido ou
não a tratamento, por meio de rede coletora que recebe outras contribuições
antes de atingir o corpo receptor (inciso X do art. 4° da Resolução/CONAMA n°
430, de 13.05.2011).
[198]
Esgotos sanitários: denominação genérica para despejos líquidos
residenciais, comerciais, águas de infiltração na rede coletora, os quais podem
conter parcela de efluentes industriais e efluentes não domésticos(inciso VII do
art. 4° da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[199]
Lançamento direto: quando ocorre a condução direta do efluente ao corpo
receptor (inciso IX do art. 4° da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[200]
Carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou
lançado em um corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por
tempo (inciso VII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[201]
Capacidade de suporte do corpo receptor: valor máximo de determinado
poluente que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da
água e seus usos determinados pela classe de enquadramento (inciso I do art. 4°
da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[202]
Montante: todo ponto referencial ou seção de rio que se situa antes deste
ponto referencial qualquer de um curso de água. Sendo assim, a foz de um rio é o
ponto mais a jusante deste rio, assim como a nascente é o seu ponto mais a
montante. Este ponto referencial pode ser uma cidade às margens do rio, uma
barragem, uma cachoeira, um afluente, uma ponte, um dique, uma régua
linimétrica, um linímetro, etc. Tudo que está acima do ponto de referência subindo
a correnteza do rio diz-se que se situa a montante (águas acima), enquanto tudo
que se situa abaixo diz-se que se situa a jusante do ponto de referência.
[203]
Zona de mistura: região do corpo receptor, estimada com base em modelos
teóricos aceitos pelo órgão ambiental competente, que se estende do ponto de
lançamento do efluente, e delimitada pela superfície em que é atingido o equilíbrio
de mistura entre os parâmetros físicos e químicos, bem como o equilíbrio
biológico do efluente e os do corpo receptor, sendo específica para cada
parâmetro (inciso XIV do art. 4° da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[204]
Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT: primeiro pesticida moderno, tendo sido
largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate aos
mosquitos vetores da malária e do tifo. Sintetizado em 1874, suas propriedades
inseticidas contra vários tipos de artrópodes só foram descobertas em 1939 pelo
químico suíço Paul Hermann Muller, que, por essa descoberta,recebeu o Prêmio
Nobel de Medicina de 1948. O pesticida é sintetizado pela reação entre o cloral e
o clorobenzeno, usando-se o ácido sulfúrico como catalisador. O estado químico
do Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT é sólido em condições de temperatura
entre 0° a 40 °C. É insolúvel em água, mas solúvel em compostos orgânicos como
a gordura e o óleo e tem um odor suave. Trata-se de inseticida barato e altamente
eficiente a curto prazo, mas a longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde
humana, como demonstrou a zoologa, bióloga e escritora norte-americana
RACHEL LOUISE CARSON (1907-1964), em seu livro Silent Spring (“Primavera
Silenciosa”). De acordo com RACHEL LOUISE CARSON, o Dicloro-Difenil-
Tricloroetano – DDT pode ocasionar cancer em seres humanos e interfere com a
vida animal, causando, por exemplo, o aumento de mortalidade entre os
pássaros. Por este e outros estudos, o Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT foi
banido de vários países na década de 1970 e tem seu uso controlado pela
Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes (cf.
Primareva Silenciosa, São Paulo, Editora Gaia, 2010, p. 91). No Brasil, só em
2009 o Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT teve sua fabricação, importação,
exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei nº
11.936 de 14.05.2009, que proibe a fabricação, a importação, a exportação, a
manutenção em estoque, a comercialização e o uso de diclorodifeniltricloretano
(DDT). Como o Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT é facilmente transportado pelo
ar e pela chuva, pode ser encontrado em lagos, por exemplo, mas quase sempre
em níveis aceitáveis. A substância tem uma meia vida de vários dias em lagos e
rios e se acumula na cadeia alimentar, pois os animais são contamidados por ele
e depois ingeridos por seus predadores, que absorvem o Dicloro-Difenil-
Tricloroetano – DDT. O acúmulo de Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT na cadeia
alimentar causa uma mortalidade maior do que o habitual nos predadores naturais
das pragas, tornando questionável a utilidade do inseticida a longo prazo, uma
vez que pode levar ao descontrole dos insetos. Além disso, o acúmulo da
substância em peixes pode contaminar os seres humanos. O Dicloro-Difenil-
Tricloroetano – DDT apresenta grande eficiência no combate a mosquitos. Com
ajuda do Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT, a malária foi banida da Florida, da
Itália e da Espanha, entre outros. No Brasil, houve erradicação da malária em
estados como Ceará, Minas Gerais e Piauí. Em 1950, o então presidente Eurico
Gaspar Dutra chegou a anunciar a erradicação da dengue no Brasil, graças ao
Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT. Não existem pesquisas que demonstrem
como seria o prisma de doenças como a dengue hoje se o Dicloro-Difenil-
Tricloroetano – DDT jamais tivesse existido, visto que ele combateu o inseto
causador da dengue e ao mesmo tempo combateu pássaros e predadores
naturais do inseto. Com a proibição do Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT,
estima-se que centenas de milhões de pessoas (principalmente na África) tenham
morrido por malária e outras doenças transmitidas por mosquitos. A partir de 31
de dezembro de 2009 com a execução global do Codex Alimentarius (“código
alimentar”, ou “livro sobre alimentos”) pela Food and Agriculture Organization –
FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e
International Trade Organization – ITO (Organização Mundial do Comércio –
OMC), organizações subordinadas a Organização das Nações Unidas – ONU, o
Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT está para ser autorizado novamente no
comércio mundial de alimentos, onde será liberada margens mínimas de
concentração do Dicloro-Difenil-Tricloroetano – DDT nos alimentos.
[205]
A aldrina e a dieldrina são inseticidas sintéticos do grupo dos organoclorados.
A aldrina transforma-se em dieldrina quando exposta no ambiente ou no
organismo vivo. A dieldrina acumula-se na gordura à medida que se sobe na
cadeia trófica (cadeia alimentar). Estas substâncias são um dos Poluentes
Orgânicos Persistentes – POP, listados na Convenção de Estocolmo. Foi nos
anos 1950 do século XX que este inseticida começou a ser usado na agricultura e
na veterinária. Seu uso é para o combate de vermes, escaravelhos e cupins que
habitam o solo. Seu uso ainda é considerável no combate aos cupins. Já está
proibido e restringido em vários países por meio da Convenção de Estocolmo. A
forma mais comum de exposição ocorre via consumo dos frutos do mar e
produtos ricos em gordura, como o leite e a carne. São especialmente nocivas
entre os animais aquáticos. Ambas as formas são nocivas, aldrina ou dieldrina,
animais expostos a estas substâncias apresentam alterações no fígado, no
sistema nervoso, imunológico ou hormonal, também provocam anormalidade nos
fetos e são prováveis substâncias cancerígenas. Na agricultura podemos citar
como exemplo de alternativa o emprego de técnicas de controle integrado e
rotação de culturas que podem favorecer a proliferação de insetos benéficos que
combatam estas pragas.
[206]
O toxafeno é um inseticida composto por mais de 670 (sescentos e setenta)
compostos químicos de moléculas relacionadas e produto de sua síntese. Era um
dos pesticidas mais amplamente usados na década de 1970. Caracteriza-se pela
sua toxicidade, persistência e capacidade de se bioacumular nos animais. Devido
a sua baixa solubilidade em água encontra-se mais facilmente no ar, solos ou nos
sedimentos dos leitos de rios e lagos. Encontra-se actualmente banido em 58
(cinquenta e oito) países e fortemente restrito em outros 12 (doze), mas na África
ainda são aplicadas grandes quantidades, onde se localiza a maior parte da sua
produção.
[207]
Bifenilos Policlorados, em geral conhecidos por Policlorobifenilos – PCB
(polychlorinated biphenyl): constituem uma classe de compostos organoclorados
resultantes da adição de átomos de cloro ao bifenilo, composto esse formado por
anéis aromáticos ligados por uma ligação simples carbono-carbono.Como pode
ser visualizado na figura ao lado, os Policlorobifenilos – PCB apresentam diversas
substituições possíveis dos átomos de cloro, que variam de 1 (um) a 10 (dez)
átomos, assim gerando 709 (setecentos e nove) moléculas diferentes. Os
Policlorobifenilos – PCB podem ser produzidos industrialmente através da
cloração do bifenilo anidro na presença de cloro férrico ou de ferro metálico como
catalisadores. As propriedades físico-químicas dos Policlorobifenilos – PCB
influenciam tanto a sua dinâmica nos compartimentos ambientais bem como a sua
utilização pela indústria.
[208]
Cone Inmhoff: é um recipiente de vidro graduado utilizado para medir os
sólidos depositados em corpo hídrico, visando testar a composição das águas
residuais.
[209]
Cianobactérias: microorganismos procarióticos autotróficos, também
denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer
manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes
(nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos a saúde
(inciso VIII do art. 2.º da Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005).
[210]
Ecotoxicologia: este termo foi cunhado por René Truhaut em 1969, que o
definiu como sendo “o ramo da toxicologia preocupado com o estudo de efeitos
tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos, sobre quaisquer
constituintes dos ecossistemas: animais (incluindo seres humanos), vegetais ou
microorganismos, em um contexto integral” (TRUHAUT, René. “Ecotoxicology:
Objectives, Principles and Perspectives”.In: Ecotoxicology and Environmental
Safety, vol. 1, [s.n.], New York, Butler, G.C., September/1977, p. 151-173). A
ecotoxicologia, um dos ramos da ecologia, estuda os efeitos e as influências de
agentes tóxicos sobre diversos níveis de organização biológica: celular, individual,
populacional, da comunidade e do ecossistema, compreendendo três áreas
fundamentais de estudo: a) Estudo das emissões e ingresso dos poluentes no
ambiente, assim como sua distribuição e destino; b) Estudos qualitativos e
quantitativos dos efeitos tóxicos dos poluentes no ecossistemas e no homem; c)
Estudo do ingresso e destino dos poluentes na biosfera, enfatizando a
contaminação das cadeias alimentares. A publicação em 1962 do livro Silent
Spring (“Primavera Silenciosa”), de RACHEL LOUISE CARSON (1907-1964),
catalisou a separação da ecotoxicologia da toxocologia clássica. O elemento
revolucionário introduzido por Rachel Carson foi a extrapolação dos efeitos sobre
um único organismo para todo um ecossistema (BAZERMAN, Charles &
SANTOS, René Agustin De Los. “Measuring Incommensurability: Are toxicology
and ecotoxicology blind to what the other sees?”. In:,Rhetoric and
Incommensurability, coordenação Randy Allen Harris, West Lafayette Ind., Parlor
Press, 2005, p. 424). Este estudo sistêmico é diferente da natureza
antropocêntrica da toxicologia clássica, e, portanto, a ecotoxicologia é uma
disciplina bem mais ampla, porque incorpora aspectos de ecologia, toxicologia,
fisiologia, biologia molecular, química analítica e outras ainda para estudar os
efeitos de xenobióticos em um ecossistema. A finalidade desta abordagem é ser
capaz de predizer os efeitos dos poluentes, de tal forma que se um incidente
ocorrer, será possível definir ações eficientes e efetivas para remediar os efeitos
deletérios causados pelos poluentes. Em ecossistemas que já estão impactados
pela poluição, estudos ecotoxicológicos podem informar qual é o melhor modo de
ação para que o ecossistema seja capaz de recuperar seus serviços e funções.
[211]
Nível trófico: posição de um organismo na cadeia trófica (inciso IX do art. 4°
da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[212]
Concentração do Efluente no Corpo Receptor – CECR, expressa em
porcentagem: a) para corpos receptores confinados por calhas (rio, córregos, etc):
1. CECR = [(vazão do efluente) / (vazão do efluente + vazão de referência do
corpo receptor)] x 100. b) para áreas marinhas, estuarinas e lagos a
Concentração do Efluente no Corpo Receptor – CECR é estabelecida com base
em estudo da dispersão física do efluente no corpo hídrico receptor, sendo a
CECR limitada pela zona de mistura definida pelo órgão ambiental (inciso III do
art. 4° da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[213]
Concentração de Efeito Não Observado – CENO: maior concentração do
efluente que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na
sobrevivência e reprodução dos organismos, em um determinado tempo de
exposição, nas condições de ensaio (inciso II do art. 4° da Resolução/CONAMA
n° 430, de 13.05.2011).
[214]
Testes de ecotoxicidade: métodos utilizados para detectar e avaliar a
capacidade de um agente tóxico provocar efeito nocivo, utilizando bioindicadores
dos grandes grupos de uma cadeia ecológica (inciso XIII do art. 4° da
Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[215]
Concentração Letal Mediana – CL50 ou Concentração Efetiva Mediana –
CE50: é a concentração do efluente que causa efeito agudo (letalidade ou
imobilidade) a 50% (cinquenta por cento) dos organismos, em determinado
período de exposição, nas condições de ensaio (inciso IV do art. 4° da
Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[216]
Fator de Toxicidade – FT: número adimensional que expressa a menor
diluição do efluente que não causa efeito deletério agudo aos organismos, num
determinado período de exposição, nas condições de ensaio (inciso VIII do art. 4°
da Resolução/CONAMA n° 430, de 13.05.2011).
[217]
Emissário submarino: tubulação provida de sistemas difusores destinada ao
lançamento de efluentes no mar, na faixa compreendida entre a linha de base e o
limite do mar territorial brasileiro (inciso VI do art. 4° da Resolução/CONAMA n°
430, de 13.05.2011).
[218]
Lixiviados (conjugação do verbo lixiviar): diz-se da ação de limpar ou lavar
alguma coisa com o auxílio de lixívia (produto químico semelhante ao detergente).
Em outras palavras, lixiviação é o processo de extração de uma substância
presente em componentes sólidos através da sua dissolução num líquido. É termo
utilizado em vários campos da ciência, tal como a geologia, ciências do solo,
metalurgia e química. O termo original refere-se a ação solubilizadora de água
misturada com cinzas dissolvidas (lixívia) constituindo uma solução alcalina eficaz
na limpeza de objetos, mas, em geoquímica ou geologia de modo geral, usa-se
para indicar qualquer processo de extração ou solubilização seletiva de
constituintes químicos de uma rocha, mineral, depósito sedimentar, solo, etc. pela
ação de um fluído percolante.. Nas regiões equatoriais e nas áreas de clima
úmido, com abundantes precipitações sazonais, verifica-se, com maior facilidade,
os efeitos da lixiviação do solo. Dentre os componentes que são extraídos
constam minerais solúveis, como fósforo, cálcio, nitrogênio, etc. Em metalurgia e,
a lixiviação é utilizada na separação de metais com valor comercial de um outro
minério associado, por meio de solução aquosa de maneira barata por dispensar
o beneficiamento do minério e, em outros casos, é usada a chamada “lixiviação
inversa” para se fazer a remoção de impurezas.
[219]
Aterro sanitário: é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos
gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos,
comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, e também resíduos
sólidos retirados do esgoto. Condições e características: a base do aterro
sanitário deve ser constituída por sistema de drenagem de chorume [líquido
percolado, ou seja, líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de
processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos]
acima de uma camada impermeável de Polietileno de Alta Densidade – PEAD,
sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material
líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O
chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim
uma menor poluição ao meio ambiente. Seu interior deve possuir sistema de
drenagem de gases que possibilite a coleta do biogás, que é constituído por
metano, gás carbônico (CO2) e água (vapor), entre outros, e é formado pela
decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado.
Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração
de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do
biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de
carbono [Redução Certificada de Emissões – RCE, ou seja, certificados emitidos
para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de Gases do Efeito
Estufa – GEE] ou Carbono Equivalente Reduzido – CER [carbono equivalente é
uma medida empregada para medir as emissões de todos os gases de efeito
estufa, que variam do dióxido de carbono (resultado da queima de combustíveis
fósseis) ao metano, liberado no desmatamento e em processos agrícolas, por
exemplo] do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL [um dos mecanismos
de flexibilização para auxiliar o processo de redução de emissões de Gases do
Efeito Estufa – GEE, o processo de captura de carbono ou o sequestro de
carbono por parte dos países signatarios], conforme previsto no Protocolo de
Quioto. Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas
pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro.
No Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila compactada. O aterro
sanitário deve também possuir sistema de monitoramento ambiental (topográfico
e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros sanitários que
recebem resíduos de populações acima de 30.000 (trinta mil) habitantes é
desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de
resíduos (por exemplo, balança rodoviária), guarita de entrada, prédio
administrativo, oficina e borracharia. Quando atinge o limite de capacidade de
armazenagem, o aterro é alvo de um processo de monitorização especifico, e se
reunidas as condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo um parque de
lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Existem critérios de distância
mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim
por diante (cf. “Aterro sanitário de Ipatinga deve aguentar mais 25 anos”. In: Jornal
Vale do Aço, 12.09.2008. Artigo divulgado no site:
<http://www.jvaonline.com.br/novo_site/ ler_noticia.php?id=58657>. Acesso em
09.06.2013). No Brasil, recomenda-se que a distância mínima do aterro sanitário
para o curso de água deve ser de 200 (duzentos) metros. No Brasil, o aterro
sanitário é definido como aterro de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado
para a recepção de resíduos de origem doméstica, varrição de vias públicas e
comércios. Os resíduos industriais devem ser destinados a aterro de resíduos
sólidos industriais (enquadrado como classe II quando não perigoso e não inerte e
classe I quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da
ABNT 10.004/04 – “Resíduos Sólidos – Classificação”). A produção de lixo
aumenta continuamente e por isso novas soluções são procuradas para
desafogar os aterros. Em Contagem, Minas Gerais, tem sido usado o fosfogesso
para redução de 30% (trinta por cento) a 35% (trinta e cinco por cento) do volume
de resíduo sólido. Antes da implantação, a alternativa foi testada pelo laboratório
do Florida Industrial and Phosphate Research Institute – FIPR, nos Estados
Unidos (cf. “Aterros sem lixo”. In: Blog da Agência Minas. 02.02.2001. Artigo
divulgado no site: <http://www.agenciaminas.mg.gov.br/ duvidas-frequentes>.
Acesso em 02.03.2010).
[220]
Desarenação: 1. Ato ou efeito de desarenar; 2. Remoção de areia e de
outros detritos sólidos minerais (por exemplo, desarenação de esgotos). Em
outras palavras, é a retenção e remoção de material inorgânico grosseiro, através
de sedimentação, sem que haja remoção conjunta de sólidos orgânicos. Os
objetivos da desarenação é evitar abrasão e obstrução do corpo hídrico, de
equipamentos ou de dispositivos. Os tipos de desarenadores são os seguintes: a)
limpeza manual ou mecanizada; b) quadrados, retangulares ou tipo ciclone; c)
velocidade controlada ou tipo sedimentação simples; d) com by-pass em descarga
livre ou descarga submersa; e) aerados ou não. Princípio: sedimentação. Uso: pré
ou pós-tratamento. O sistema de desarenação mecânica é composto por lâminas
raspadoras, que trabalham em velocidade constante, direcionando os sólidos
sedimentados para a periferia da caixa de areia [etapa no processo de tratamento
onde é proporcionado um ambiente favorável à sedimentação dos sólidos com
diâmetro igual ou maior a 0,2mm] e em seguida para o poço de coleta que contém
uma rosca transportadora que removerá os sólidos da caixa de areia e
direcionando-os para uma caçamba externa, esteira ou qualquer outro
compartimento que seja necessário; toda a movimentação é feita por sistemas de
motoredutores com devidos sistemas de proteção contra torques altos.
[221]
Iedo Batista Neves, op.cit., verbete Estuário.
[222]
Op.cit., p. 589, verbete Estuário.
[223]
Aluvião, aluvio (alluvium, em latim; alluvial deposit, em inglês; alluvions, em
francês; aluvión, em espanhol): trata-se de sedimentos, geralmente de materiais
finos, depositados no solo por uma correnteza (B. de A. Carvalho, op.cit., verbete
Aluvião). Em outras palavras, diz-se dos detritos ou sedimentos clásticos de
qualquer natureza, carregados e depositados pelos rios (Antônio Teixeira Guerra,
op.cit., verbete Aluvião). Pode, ainda, ser definido como o detrito depositado
transitória ou permanentemente por uma corrente (Secretaria de Asentamientos
Humanos y Obras Públicas do México – SAHOP, op.cit., verbete Aluvión). Argila,
areia, silte, cascalho, seixo ou outro material detrítico depositado pela água
(Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, op.cit., verbete
Aluvião). A definição legal de aluvião é no sentido de ser acréscimos que
sucessiva e imperceptivelmente se formarem para a parte do mar e das correntes
aquém do ponto a que chega o preamar médio das enchentes ordinárias, bem
como a parte do álveo que se descobrir pelo afastamento das águas (vide Decreto
n° 24.643, de 10.07.34; porém esta definição legal serve apenas para efeito do
respectivo decreto, uma vez que engloba o conceito de terrenos acrescidos de
marinha, não abrangendo, entretanto, a parte do aluvião além das margens
naturais do curso d’água).
[224]
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 429, verbete Delta.
[225]
Enciclopédia do mar, p. 298, verbete Delta.
[226]
Trufeira: quantidade mais ou menos considerável de trufas dispostas
proximamente entre si. Trufa, por sua vez, é um cogumelo subterrâneo, da família
das entuberáceas, que produz corpos esporíferos tuberosos, comestíveis pelo
sabor e pelo aroma agradáveis; há várias espécies, todas européias e do gênero
Tuber (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 1.416, verbetes Trufa e
Trufeira).
[227]
Enciclopédia do Mar, p. 298, verbete Delta.
[228]
Idem, ibidem.
[229]
Idem, p. 308, verbete Mar territorial.
[230]
Idem, ibidem.
[231]
Silte: material sedimentar; pequenas partículas de minerais diversos, de
tamanho compreendido entre a areia e a greda (entre 0,05 mm e 0,005 mm de
diâmetro), que normalmente constituem mantos situados no solo.
[232]
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, op.cit.,
verbete Solo.
[233]
Rámon Margaleff, op.cit., p. 75.
[234]
Secretaria de Asentamientos Humanos y Obras Públicas do México –
SAHOP, op.cit., verbete Solo.
[235]
Enciclopédia Abril, v. 11, p. 349, verbete Solos.
[236]
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, op.cit.,
verbete Solo.
[237]
Antônio Teixeira Guerra, op.cit., p. 137.
[238]
Rámon Margaleff, op.cit., p. 83.
[239]
Eugene Plesants Odum, op.cit., p. 91.
[240]
Enciclopédia Abril, v. 11, p. 349, verbete Solos.
[241]
Op.cit., p. 1.332, verbete Subsolo.
[242]
Elida Séguin, op.cit., p. 322.
[243]
Fundamentos de ecologia... cit., Educação ambiental, p. 154-155.
[244]
Problemas e potencialidades ambientais globais, regionais, estaduais e
locais, Educação ambiental – Curso básico a distância: questões ambientais:
conceito, história, problemas e alternativas, p. 206.
[245]
Fundamentos de ecologia... cit., Educação ambiental, p. 158.
[246]
Idem, p. 159-160.
[247]
“On the broad classification of organisms”. In: The Quarterly Review of
Biology, sep.-1959, 34 (3): 210-226.
[248]
Sueli Amália de Andrade, Fundamentos de ecologia... cit., Educação
ambiental, p. 175.
[249]
Idem, p. 177.
[250]
Idem, p. 176-179.
[251]
Idem, p. 176-177.
[252]
Idem, p. 177.
[253]
Os vertebrados se dividem no seguinte: a) protocordados; b) ciclostômatas; c)
elasmobrânquias; d) peixes; e) mamíferos; f) aves; g) répteis; e h) anfíbios.
[254]
Os invertebrados se dividem no seguinte: a) protozoários; b) espongiários ou
poríferos; c) celenterados; d) anelídeos; e) ctenóforos; f) platelmintes; g) moluscos
(que, por sua vez, se dividem em gasterópodos, bivalves, e cefalópodes); h)
artrópodos (que, por sua vez, se dividem em miriápodos, aracnídeos, insetos e
crustáceos); i) anelídeos; j) acantocéfalos; k) equinodermos e l) nematelmintos.
[255]
Enciclopédia Delta Júnior, v. 5, p. 726, verbete Fauna.
[256]
Idem, p. 754, verbete Flora.
[257]
Idem, p. 726, verbete Flora.
[258]
Idem, ibidem.
[259]
Idem, ibidem.
[260]
Idem, ibidem.
[261]
Direito ambiental, p. 165-166.
[262]
Environmental impact assessment, Oklahoma, p. 135.
[263]
The development and practice of EIA concepts in Canada, p. 4.
[264]
Op.cit., p. 76
[265]
Status and application of EIA for development, p. 31.
[266]
Direito ambiental, p. 161.
[267]
Idem, p. 163-164.
[268]
Cumulative effects assessment: concepts and principles, Impact Assessment,
p. 231-252.
[269]
Cumulative effects assessment: a tool for sustainable development, Impact
Assessment, p. 231-252.
[270]
Segundo a Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e
Natural, realizada em Paris, em 1972, são patrimônios culturais: a) os
monumentos: obras arquitetônicas, de escultura, ou de pintura monumentais,
elementos ou estruturas de natureza arqueológica, inscrições, cavernas e grupos
de elementos, que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da
história, da arte ou da ciência; b) os conjuntos: grupos de construções isoladas ou
reunidas que, em virtude de sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem,
tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte e da
ciência; c) os lugares notáveis: obras do homem ou obras conjugadas do homem
e da natureza, bem como as zonas, inclusive lugares arqueológicos, que tenham
valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou
antropológico. Segundo o art. 216 da Constituição Federal brasileira, constituem
patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se
incluem: I- as formas de expressão; II- os modos de criar, fazer e viver; III- as
criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV- as obras, objetos, documentos,
edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V-
os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
[271]
“Art. 2°. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes
diretrizes gerais: I- garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o
direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura
urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as
presentes e futuras gerações; II- gestão democrática por meio da participação da
população e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas
e projetos de desenvolvimento urbano; III- cooperação entre os governos, a
iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização,
em atendimento ao interesse social; IV- planejamento do desenvolvimento das
cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do
Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio
ambiente; V- oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e
serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
características locais; VI- ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos
incompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso
excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura urbana; d) a instalação
de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores
de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente; e) a retenção
especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres (incluído pela Lei n° 12.608, de
10.04.2012); VII- integração e complementaridade entre as atividades urbanas e
rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do
território sob sua área de influência; VIII- adoção de padrões de produção e
consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da
sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob
sua área de influência; IX- justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do
processo de urbanização; X- adequação dos instrumentos de política econômica,
tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento
urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a
fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI- recuperação dos
investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis
urbanos; XII- proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII- audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos
processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos
potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto
ou a segurança da população; XIV- regularização fundiária e urbanização de
áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de
normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
XV- simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das
normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da
oferta dos lotes e unidades habitacionais; XVI- isonomia de condições para os
agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades
relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social; XVII- estímulo à
utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas
operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a
redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais (incluído pela
Lei n°12.863, de 24.10.2013)”.
[272]
Crise civilizatória e o surgimento da questão ambiental, Educação Ambiental
– Curso básico a distância: questões ambientais: conceito, história, problemas e
alternativas, v. 2, p. 17.
[273]
O movimento ecológico no Brasil: do ambientalismo a ecopolítica, Ecologia e
política no Brasil, p. 43.
[274]
Sueli Amália de Andrade, Crise civilizatória... cit., v. 2, p. 18.
[275]
Op.cit., p. 33.
[276]
Crise civilizatória... cit., v. 2, p. 18-21.
[277]
População, meio ambiente e desenvolvimento: o cenário global e nacional,
População, meio ambiente e desenvolvimento: verdades e contradições, p. 142.
[278]
Ambiente, qualidade de vida e cidadania: algumas reflexões sobre regiões
urbano-industriais, Dilemas sócio-ambientais e desenvolvimento sustentável, p.
95.
[279]
Migração, ambiente e saúde nas cidades brasileiras, Dilemas sócio-
ambientais e desenvolvimento sustentável, p. 33.
[280]
O efeito de estufa, p. 59.
[281]
Idem, p. 73.
[282]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 10, verbete Poluição.
[283]
Op.cit., p. 41.
[284]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 32.
[285]
EIA and transfrontier pollution, Symposium Papers, p. 11.
[286]
Poluente (pollutant, em inglês; polluant, em francês; contaminante, em
espanhol): é a substância, meio ou agente que provoque, direta ou indiretamente,
qualquer forma de poluição. Em outras palavras, entende-se por poluente
qualquer substância, que pode ser líquida, sólida ou gasosa, introduzida em um
recurso natural, e que o torne impróprio para uma finalidade específica (The World
Bank, Environmental considerations... cit., p. 35).
[287]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 11, verbete Poluição.
[288]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 33.
[289]
Op.cit., p. 229-230.
[290]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 11, verbete Poluição.
[291]
Benjamin de Araújo Carvalho, op.cit., verbete Poluente biodegradável.
[292]
Idem, verbete Poluente não-biodegradável.
[293]
Aeróbio e anaeróbio: aeróbios são organismos para os quais o oxigênio livre
do ar é imprescindível à vida. Os anaeróbios, ao contrário, não requerem ar ou
oxigênio livre para manter a vida; aqueles que vivem somente na total ausência
do oxigênio livre são os anaeróbios estritos ou obrigatórios; os que vivem tanto na
ausência quanto na presença de oxigênio livre são os anaeróbios facultativos.
Segundo ROGER DAJOZ, denomina-se “aeróbio” o organismo que não pode
viver em ausência do oxigênio (op.cit., p. 231). Já respiração aeróbia é toda
oxidação biótica na qual o oxigênio gasoso (molecular) é o receptor de hidrogênio
(oxidante); respiração anaeróbia, por sua vez, é a oxidação biótica na qual o
oxigênio gasoso não intervém. O elétron absorvente (oxidante) é um composto
diferente do oxigênio (Eugene Plesants Odum, op.cit., p. 72).
[294]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 11, verbete Poluição.
[295]
Idem, ibidem.
[296]
Op.cit., p. 231.
[297]
Aeração (aeration, em inglês; aération, em francês; aeración, em espanhol): é
a reoxigenação da água com a ajuda do ar. A taxa de oxigênio dissolvido,
expressa em porcentagem de saturação, é uma característica representativa de
certa massa de água e de seu grau de poluição. Para restituir a uma água poluída
a taxa de oxigênio dissolvido ou para alimentar o processo de biodegradação das
matérias orgânicas consumidoras de oxigênio, é preciso favorecer o contato da
água e do ar. A aeração pode também ter por fim a eliminação de um gás
dissolvido na água: ácido carbônico, hidrogênio sulfurado (F. C. Lemaire e E.
Lemaire, Dictionnaire de l’environnement, verbete Aération).
[298]
Agrotóxicos ou agroquímicos (agrochemicals, em inglês; agrochimiques ou
agrotoxiques, em francês; agroquímicos, em espanhol): são produtos e agentes
de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas
pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros
ecossistemas, e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja
alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa
de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de
crescimento (inciso IV do art. 1.º do Decreto 4.074, de 04.01.2002).
[299]
Bifenilas policloradas (Pentaclorobifenila – PCB, ASCAREL): são substâncias
orgânicas que consistem em uma molécula bifenila, com ou sem substituinte
alquila ou arila, na qual mais de um átomo de cloro é substituído no núcleo
bifenila. Os produtos comerciais são misturas de compostos clorados em vários
graus, de acordo com o uso pretendido, também podendo conter baixos teores de
impurezas altamente tóxicas como clorobenzotioxinas e policlorodibenzofuranos.
Os óleos que contêm Pentaclorobifenila – PCB são conhecidos, sob
denominações comerciais, como Ascarel, Aroclor, Clophen, Phenoclor, Kaneclor,
Pyroclor, Inerteen, Pyranol, Pyralene e outros. São óleos que apresentam
Pentaclorobifenila – PCB em sua composição química combinados com solventes
orgânicos. O Pentaclorobifenila – PCB pode se apresentar como óleo ou sólido
branco cristalino, tendendo a sedimentar-se quando em mistura com água, em
função de seu maior peso específico. Os efeitos tóxicos do Pentaclorobifenila –
PCB nos seres humanos, a partir da ingestão ou do contato, passaram a ser
observados através do acompanhamento de inúmeros acidentes, o pior deles
ocorrido em 1968, no Japão, quando mais de 1500 pessoas foram afetadas com
óleo de arroz contaminado (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
do Rio de Janeiro – FEEMA, Derrame de óleo ascarel no Rio Paraíba do Sul em
04.08.1988, p. 9).
[300]
Biodegradação ou biodegradabilidade (biodegradation ou biodegradability, em
inglês; biodégradation ou biodégradabilité, em francês; biodegradación ou
biodegradabilidad, em espanhol): é a decomposição por processos biológicos
naturais. Em outras palavras, é o processo de decomposição química, como
resultado da ação de microorganismos (The World Bank, Environmental
considerations... cit., p. 53). Biodegradação pode também ser conceituada como a
destruição ou mineralização de matéria orgânica natural ou sintética por
microorganismos existentes no solo, na água ou em sistema de tratamento de
água residuária (Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP,
op.cit., verbete Biodegradação).
Biodegradável (biodegradable, em inglês; biodégradable, em francês;
biodegradable, em espanhol): é a substância que pode ser decomposta por
processos biológicos naturais. Diz-se dos produtos suscetíveis de se decompor
por microorganismos (Emily Lemaire & F. C. Lemaire, op.cit., verbete
Biodegradação). Segundo JEAN-PIERRE CHARBONNEAU, constitui um grande
número de substâncias dispersas no meio ambiente são instáveis. Em muitos
casos, os microorganismos (bactérias) edáficos ou aquáticos desempenham um
papel ativo nessa decomposição; diz-se então que a substância é biodegradável
(Enciclopédia de ecologia, São Paulo, Universidade de São Paulo, 1979, p. 276).
[301]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 11-12, verbete Poluição.
[302]
Água bruta (raw water, no inglês; eau sans traitement, no francês; agua
cruda, no espanhol): é a água de uma fonte de abastecimento, antes de receber
qualquer tratamento (Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Poluição
das Águas, p. 5).
[303]
Água potável (potable water, em inglês; eau potable, em francês; agua
potable, em espanhol): É aquela cuja qualidade a torna adequada ao consumo
humano, ou seja, do tipo classe especial, nos limites e/ou condições seguintes: 1.
para o uso de abastecimento sem prévia desinfecção os coliformes totais deverão
estar ausentes em qualquer amostra; 2. virtualmente ausentes materiais
flutuantes, inclusive espumas não naturais, os óleos e graxas, as substâncias que
comuniquem gosto ou odor, corantes artificiais, substancias que formem depósitos
objetáveis . Água que satisfaz aos padrões de potabilidade. No Brasil, definidos
pela Resolução/CONAMA n° 357, de 17.03.2005. Para BENJAMIN DE ARAUJO
CARVALHO, água destinada ao consumo humano. Deve ser incolor e
transparente a uma temperatura entre 8 e 11°C, não devendo também conter
germes patogênicos (nem) nenhuma substância que possa prejudicar a saúde
(op.cit., verbete Água potável).
[304]
Água tratada (treated water, em inglês; eau traité, em francês; agua tratada,
em espanhol): é a água a qual tenha sido submetida a um processo de
tratamento, com o objetivo de torná-la adequada a um determinado uso (Ben-Hur
Batalha, op.cit., verbete Água tratada).
[305]
Poluentes atmosféricos: constituem qualquer forma de matéria ou energia
com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em
desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: I-
impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; II- inconveniente ao bem-estar público; III-
danoso aos materiais, à fauna e flora; IV- prejudicial à segurança, ao uso e gozo
da propriedade e às atividades normais da comunidade (incisos I a IV do
parágrafo único do art. 1.º da Resolução/CONAMA 3, de 28.06.1990).
[306]
Antônio Carlos Machado da Rosa, Aspectos históricos da evolução do
pensamento ambiental e o conhecimento científico na agricultura, Educação
Ambiental – Curso Básico a Distância: questões ambientais: conceito, história,
problemas e alternativas, v. 2, p. 124-125.
[307]
Visibilidade (visibility, em inglês; visibilité, em francês; visibilidad, em
espanhol): termo utilizado em meteorologia e poluição do ar. Segundo EDWARD
ROBINSON, nos Estados Unidos, na prática de observações atmosféricas, é a
maior distância, numa direção dada, em que é possível ver e identificar a olho nu:
a) durante o dia, um objeto proeminente e escuro contra o céu, no horizonte; e b)
à noite, uma fonte de luz conhecida, moderadamente intensa e,
preferencialmente, sem foco (Effects of air pollution in visibility, Air Pollution, p.
222-254). Em paisagismo e planejamento territorial, visibilidade significa a
distância ou zona de visão física entre o observador e a paisagem.
[308]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 12-13, verbete Poluição.
[309]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 54.
[310]
STJ – 2.ª T. – REsp 4.608 – rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro – v.u. – DJU
29.10.1990, p. 12.134.
[311]
Op.cit., p. 233.
[312]
Idem, ibidem.
[313]
Idem, ibidem.
[314]
Diccionario De La Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Aérosol.
[315]
Op.cit., p. 21.
[316]
Op. cit., p. 267.
[317]
Direito ambiental: uma abordagem econômica, p. 17-18.
[318]
Op.cit., p. 268-269.
[319]
As Américas num mundo novo, Relatório de 1990 do Diálogo Interamericano,
p. 34.
[320]
Antônio Carlos Machado da Rosa e Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 236.
[321]
A Convenção do Clima: instrumento para o desenvolvimento sustentável ou
de dominação norte-sul?, Desenvolvimento e meio ambiente no Brasil, p. 307.
[322]
Op.cit., p. 19.
[323]
A Organisation de coopération et de développement économiques – OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi criada em
1960, contando hoje com 30 (trinta) membros da Europa, América do Norte, Ásia
e Oceania: a saber: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coréia,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países
Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Eslovaca, República Tcheca,
Suécia, Suíça e Turquia. Além disso, mantém relações com mais de 70 países
não membros. A Organisation de coopération et de développement économiques
– OCDE é estruturada em diversos Diretórios, subdivididos em Comitês que se
reúnem periodicamente em sua sede, Paris. Estes atuam principalmente na área
social e econômica, abordando temas como macroeconomia, comércio,
desenvolvimento, educação e ciência e inovação. Entre seus objetivos estão
fomentar a boa governança estatal e empresarial, o desenvolvimento social e o
crescimento econômico por meio de cooperação institucional e política, assim
como a utilização de mecanismos de monitoramento. Para a consecução de tais
objetivos, utiliza mecanismos como a negociação de textos multilaterais, a
realização de pesquisas e estatísticas, reuniões periódicas, intercâmbio de
experiências e best practice, bem como a realização de peer reviews (revisão por
pares). Em relação à concorrência, o órgão responsável por ela é o Directorate for
Financial and Enterprise Affairs – DAF (Diretório para Assuntos Financeiros e
Empresariais), sob o qual funciona o Comitê de Concorrência – COMP. Este
Comitê conta com 2 (dois) Grupos de Trabalho: 1) Working Party nº. 2 on
Competition and Regulation – WP2 (Grupo de Trabalho n° 2 sobre Concorrência e
Regulação); e 2) Working Party nº. 3 on Co-operation and Enforcement – WP3
(Grupo de Trabalho n° 3 sobre Cooperação e Implementação). Foi estabelecido,
ainda, um Grupo Conjunto de Comércio e Concorrência, sob égide do Diretório de
Comércio – TD. Em relação ao Comitê de Concorrência – COMP, ele foi criado
em 1961 e desde então teve seu mandato periodicamente renovado, sendo que o
atual tem vigência até 2008. Está aberto a todos os países membros e a alguns
não-membros, cuja participação é reconhecida enquanto observadores: Africa do
Sul, Brasil, Eslovênia, Indonésia, Israel, Lituânia, Romênia, Rússia e Taiwan.
Entre os objetivos do Comitê de Concorrência – COMP podemos citar: a)
monitorar e revisar o desenvolvimento de políticas e legislação de concorrência
em países e organizações internacionais; b) examinar e analisar temas de política
e legislação de concorrência levando em conta a interação entre concorrência e
outras políticas governamentais; c) promover a cooperação entre membros na
elaboração e implementação de políticas e legislação de concorrência; d)
cooperar com outros comitês da organização em temas relacionados à
concorrência; e) trocar informações sobre temas de concorrência surgidos em
outros foros; f) relatar e fazer recomendações ao Conselho diretor da Organisation
de coopération et de développement économiques – OCDE (composto de
representantes dos países membros) sobre temas dentro das competências do
Comitê de Concorrência – COMP. O Comitê de Concorrência – COMP reúne-se 3
(três) vezes por ano, em fevereiro, junho e outubro, em eventos denominados
“Semana da Concorrência”. Nestas, além das reuniões do Comitê de
Concorrência – COMP, ocorrem também os encontros dos Grupos de Trabalhos e
do Grupo Conjunto, como ainda, no encontro de fevereiro, do Global Forum on
Competition – Global Forum. Participam do Global Fórum autoridades de
concorrência de países membros, não-membros, observadores e organizações
não-governamentais (totalizando cerca de 150 a 180 entidades). São tratados
tópicos de interesse específico de países em desenvolvimento, sugeridos
antecipadamente nas reuniões do Comitê de Concorrência – COMP. O Comitê de
Concorrência – COMP realiza, ainda, o Latin American Forum on Competition, em
cooperação com o Inter-American Development Bank – IADB (Banco
Interamericano de Desenvolvimento). O encontro ocorre anualmente na sede do
Inter-American Development Bank – IADB em Washington, DC. O Foro trata de
temas de interesse dos países participantes e discute o peer review realizado em
um país da região. Em 2005, o Brasil passou por este processo de revisão. Em
relação ao Working Party nº. 2 on Competition and Regulation – WP2
(Concorrência e Regulação), ele foi criado em 1994 para tratar de concorrência e
regulação. Participam os países membros e os seguintes observadores:
Argentina, Brasil, Israel, Lituânia, Rússia, Taipei, United Nations Conference on
Trade and Development – UNCTAD e World Trade Organization – WTO
(Organização Mundial do Comércio – OMC). Os objetivos do Working Party nº. 2
on Competition and Regulation – WP2 são revisar, analisar e fazer
recomendações em temas de concorrência relacionados à criação, operação,
reforma e desmantelamento de regimes regulatórios setoriais ou de alcance
econômico geral. No que tange ao Working Party nº. 3 on Co-operation and
Enforcement – WP3 (Cooperação e Implementação), ele foi criado em 1964 para
tratar de temas relacionados à cooperação e sua implementação (enforcement).
Participam os países membros e os seguintes observadores: Argentina, Brasil,
Israel, Lituânia, Rússia, Taipei, United Nations Conference on Trade and
Development – UNCTAD e World Trade Organization – WTO. Seus objetivos são
relacionados a 2 (dois) tópicos principais: 1) procedimentos de controle de fusões:
a) aumentar a efetiva cooperação na revisão de fusões transnacionais; b)
identificar áreas de diferença, convergência e possível desenvolvimento; c)
identificar e buscar reduzir custos regulatórios desnecessários para empresas e
autoridades regulatórias; d) cartéis clássicos (Hard Core Carteis): e) aumentar a
cooperação e troca de informação entre agências de implementação de legislação
de concorrência; f) desenvolver e promover práticas e instrumentos efetivos de
implementação; e 2) aumentar o conhecimento público sobre os danos causados
por cartéis. Ademais, promove fóruns para revisar e discutir outras áreas de
cooperação e implementação de legislação de concorrência, assim como revisar
periodicamente as recomendações existentes do Conselho dentro de seu
mandato e identificar áreas em que essas possam ser fortalecidas. Deve também
cooperar com outras instituições internacionais que visem temas de concorrência
similares. A última reunião, realizada em Paris em 18.10.2005, discutiu sobre
“Cartéis: cooperação com promotores públicos investigações criminais de cartel”.
Por fim, vale ressaltar que o Conselho da Organisation de coopération et de
développement économiques – OCDE aprovou em 23.03.2005 o texto da
“Recomendação sobre Revisão de Atos de Concentração”, elaborado pelo
Working Party nº. 3 on Co-operation and Enforcement – WP3 durante o ano de
2004. O texto consolida bestpractices reconhecidas internacionalmente na revisão
de atos de concentração, incluindo cooperação entre autoridades da
concorrência. Quanto ao Grupo Conjunto de Comércio e Concorrência, ele foi
criado em 1996, com duração prevista até 2006. E composto pelos países
membros, e ainda, pelos observadores, Argentina, Brasil, Chile, Hong Kong,
European Free Trade Association – EFTA, World Bank – WB (Banco Mundial),
World Trade Organization – WTO e United Nations Conference on Trade and
Development – UNCTAD. Os trabalhos estão sob coordenação da Comissão
Européia. Seus objetivos são analisar o seguinte: a) políticas relacionadas a
acesso de mercados como escopo e cobertura, assim como implementação de
legislação de defesa da concorrência; b) opções internacionais para aumentar a
coerência de políticas de comércio e concorrência; c) efeitos de medidas e
políticas de concorrência no comércio; d) efeitos da regulamentação de acesso a
mercados e do processo concorrencial. A última reunião foi realizada em Paris no
dia 21.10.2005. Foram discutidas provisões de concorrência em acordos regionais
e bilaterais de comércio.
[324]
Op.cit., p. 307.
[325]
Idem, p. 309.
[326]
Op.cit., p. 20-21.
[327]
Op.cit., p. 312-313.
[328]
Op.cit., p. 21-22.
[329]
Op.cit., p. 229.
[330]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 13, verbete Poluição.
[331]
Aurélio Bolsanello, Biologia, p. 55.
[332]
Idem, ibidem.
[333]
Idem, ibidem.
[334]
Idem, p. 55-56.
[335]
Idem, p. 56-57.
[336]
Hibernação: ocorre quando o metabolismo se reduz durante o inverno,
período em que o ambiente se torna muito frio. Muitos animais poiquilotermos
hibernam em fendas, sobre as pedras e no barro. Da mesma maneira, as plantas
hibernam durante o estado de repouso hibernal. Na hibernação dos mamíferos, a
temperatura inferior do corpo desce a 1°C abaixo da reinante no ambiente onde
estes se encontram. Sabe-se também que o morcego hiberna, assim como o
beija-flor, o lagarto e a cobra (Idem, p. 57).
[337]
Estivação: é o letargo causado por temperaturas altas, secas e falta de
alimentação. É comum entre os insetos. Outro exemplo é o esquilo terrestre da
região meridional da Califórnia, o qual fica abrigado por vários meses nas tocas
durante o verão, superando assim o período de falta de água e alimento (Idem, p.
57-58).
[338]
Diapausa: é um estado do inseto, em que o crescimento e desenvolvimento
param ou sofrem grande atraso. Se não fosse isso, os gafanhotos austroícetes,
que vivem no sul da Austrália, se extinguiriam (Idem, p. 58).
[339]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Poluição
térmica.
[340]
Paisagem (landscape, em inglês; paysage, em francês; paisaje, em
espanhol): é o território em seu contexto histórico, a manifestação sintética das
condições e circunstâncias geológicas e fisiográficas que ocorrem em uma região
(país), o agregado de todas as características que, em interação, aparecem em
um território (Idem, verbete Paisagem). A paisagem pode ser paisagem cultural ou
antrópica (aquela resultante de intervenção antrópica, quer dizer, paisagem
natural modificada por ação humana) ou paisagem natural (aquela resultante da
interação dos fatores físicos e bióticos do meio ambiente, sem que tenha sido
transformada sensivelmente pelas atividades humanas).
[341]
Antrópico (anthropic, em inglês; anthropique, em francês; antrópico, em
espanhol): relativo à humanidade, à sociedade humana, à ação do homem. Termo
de criação recente, empregado por alguns autores para qualificar um dos setores
do meio ambiente, o meio antrópico, compreendendo os fatores políticos, éticos e
sociais (econômicos e culturais); um dos subsistemas do sistema ambiental, o
subsistema antrópico.
[342]
Antônio Carlos Machado da Rosa e Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 238.
[343]
O direito ambiental cit., p. 325.
[344]
Op.cit., p. 239.
[345]
Enciclopédia Abril, v. 11, p. 354, verbete Som.
[346]
Idem, p. 355.
[347]
Op. cit., p. 325.
[348]
TJSP – 5.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 81.789-1 – j. 14.08.1987 – v.u. – publicado
em audiência – Paulo de Bessa Antunes, Jurisprudência Ambiental Brasileira, p.
117.
[349]
1.º TACivSP – Ap. Civ. 299.196 – j. 30.11.1982 – v.u. – JTACivSP, v. 79, p.
91-93.
[350]
“I- A emissão de ruídos, em decorrência de qualquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política.
obedecerá, no interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e
diretrizes estabelecidos nesta Resolução. II- São prejudiciais à saúde e ao
sossego público, para os fins do item anterior aos ruídos com níveis superiores
aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.152 - Avaliação do Ruído em
Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT. III- Na execução dos projetos de construção ou de
reformas de edificações para atividades heterogêneas, o nível de som produzido
por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela NBR l0.152 -
Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. IV- A emissão de ruídos
produzidos por veículos automotores e os produzidos no interior dos ambientes de
trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho
Nacional de Trânsito - CONTRAN, e pelo órgão competente do Ministério do
Trabalho. V- As entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e municipais)
competentes, no uso do respectivo poder de política, disporão de acordo com o
estabelecido nesta Resolução, sobre a emissão ou proibição da emissão de
ruídos produzidos por qualquer meios ou de qualquer espécie, considerando
sempre os local, horários e a natureza das atividades emissoras, com vistas a
compatibilizar o exercício das atividades com a preservação da saúde e do
sossego público. VI- Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser
efetuadas de acordo com a NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas
Habitadas visando o conforto da comunidade, da ABNT. VII- Todas as normas
reguladoras da poluição sonora, emitidas a partir da presente data, deverão ser
compatibilizadas com a presente Resolução”.
[351]
Antônio Carlos Machado da Rosa e Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 238.
[352]
Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete
Radiação.
[353]
P.M. Braile, Dicionário inglês‑português de poluição industrial, verbete
Radiação.
[354]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 53.
[355]
Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete
Radioatividade.
[356]
B. de A. Carvalho, op.cit., verbete Radioatividade.
[357]
Mrem é a unidade de medida da radiação.
[358]
Antônio Carlos Machado da Rosa & Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 239-240.
[359]
Idem, p. 240.
[360]
Idem, ibidem.
[361]
Idem, ibidem.
[362]
Idem, ibidem.
[363]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 13, verbete Poluição.
[364]
TJSP – 5.ª Câm. – Ap. Civ. 96.536-1 – j. 07.04.1988 – v.u. – publicado em
audiência – Paulo de Bessa Antunes, Jurisprudência ambiental... cit., p. 115.
[365]
Enciclopédia Abril, v. 10, p. 13, verbete Poluição.
[366]
Idem, ibidem.
[367]
Ozônio (ozone, em inglês; ozone, em francês; e ozono, em espanhol): é a
forma do oxigênio em que a molécula está formada por três átomos (O3). Nas
partes superiores da estratosfera e, em menor medida, nas baixas camadas da
mesosfera, em alturas compreendidas entre 20 e 35.000 metros (estendendo-se
para além dos 50.000 metros), os raios ultravioletas da radiação solar produzem
ozônio, agindo sobre a molécula ordinária do oxigênio. Embora a concentração de
ozônio seja sempre pequena, realiza duas funções importantes, pois evita que
cheguem à Terra altas doses de raios ultravioletas (letais para os seres vivos) e
faz papel importante no seu equilíbrio térmico (Diccionario de la Naturaleza,
Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Ozônio). É uma forma alotrópica do oxigênio,
a qual pode ser obtida de lâmpadas ultravioletas, ou, ainda, por descargas
elétricas no ar atmosférico comum ou em atmosfera de oxigênio puro (Ben-Hur
Batalha, op.cit., verbete Ozônio). É um gás irritante, sem cor e tóxico. O ozônio é
um dos componentes do smog fotoquímico (o fenômeno de poluição atmosférica,
no qual os contaminantes se misturam à névoa, dificultando a dispersão – mistura
de névoa com fumaça) e é considerado o principal poluente atmosférico (P. M.
Braile, Dicionário inglês/português de termos técnicos de ciências ambientais,
verbete Ozônio).
[368]
Camada de ozônio: camada de gás O3, com aproximadamente 20 (vinte) km
de espessura situada a 30 (trinta) km ou 40 (quarenta) km de altura, concentrando
cerca de 90% (noventa por cento) do ozônio da atmosfera. Atua como um
verdadeiro escudo de proteção, filtrando os raios ultravioletas emitidos pelo sol,
protegendo os seres vivos dos efeitos nocivos dessa radiação. Sua diminuição
aumenta a radiação ultravioleta, o que provoca uma maior taxa de mutações nos
seres vivos, acarretando distúrbios na formação de proteínas vegetais, com
comprometimento do crescimento das plantas e redução de safras agrícolas e
doenças de pele em animais (Elida Séguin, op. cit., p. 322).
[369]
Radiação ultravioleta (UV): é a radiação eletromagnética ou os raios
ultravioleta com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que
a dos raios X, de 380 nm a 1 nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta
(do latim ultra), pelo fato de que o violeta é a cor visível com comprimento de onda
mais curto e maior frequência. A radiação UV pode ser subdividida em UV
próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm - mais próximo da luz visível),
UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm). No que se refere
aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente, classifica-se como UVA (400 –
320 nm, também chamada de “luz negra” ou onda longa), UVB (320–280 nm,
também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV
curta ou "germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que
efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é
parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra
é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida pelo
oxigênio e o ozônio da atmosfera. As faixas de radiação não são exatas. Como
exemplo, o UVA começa em torno de 410 nm e termina em 315 nm. O UVB
começa em 330 nm e termina em 270 nm aproximadamente. Os picos das faixas
estão em suas médias. Seu efeito bactericida a torna utilizável em dispositivos
que mantêm a assepsia de certos estabelecimentos. Outro uso é a aceleração da
polimerização de certos compostos. Também é utilizada para apagar dados
escritos em uma memória eletrônica Erasable Programmable Read-Only Memory
– EPROM (“memória programável apagável somente de leitura”, ou seja, é um
tipo de chip de memória de computador que mantém seus dados quando a
energia é desligada). Muitas substâncias, quando expostas à radiação UV, se
comportam de modo diferente de quando expostas à luz visível, tornando-se
fluorescentes. Este fenômeno se dá pela excitação dos elétrons nos átomos e
moléculas dessa substância ao absorver a energia da luz invisível. Ao retornar a
seus níveis normais (níveis de energia), o excesso de energia é reemitido sob a
forma de luz visível.
[370]
Op.cit., p. 283-299.
[371]
Antônio Carlos Machado da Rosa e Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 237.
[372]
Op. cit., p. 229.
[373]
Dicionário inglês‑português de poluição... cit., verbete Chuva ácida.
[374]
O pH de uma substância neutra é 7 (sete), abaixo deste valor é ácida e
acima, básica.
[375]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete Lluvia acida.
[376]
Op. cit., p. 322.
[377]
Op.cit., p. 53.
[378]
Hernán Torres, op.cit., p. 79.
[379]
Op.cit., p. 290.
[380]
Op.cit., p. 246.
[381]
Ecologia, mundialização, espiritualidade: a emergência de um novo
paradigma, p. 22-23.
[382]
Uma nova economia para um novo século, Estado do mundo 1999, p. 14.
[383]
Op.cit., p. 25.
[384]
Legal protection for biodiversity in the United States and Brazil, Anais do
Congresso Internacional de Direito Ambiental, p. 151.
[385]
Direito ambiental internacional, p. 114.
[386]
Op.cit., p. 246.
[387]
Lixão: é forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao
meio ambiente ou à saúde humana. É o mesmo que descarga a céu aberto ou
vazadouro. Esses locais acarretam problemas à saúde humana, como
proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos, etc.),
geração de maus odores e poluição do solo e das águas subterrânea e superficial.
Acrescenta-se a esta situação o total descontrole dos tipos de resíduos recebidos,
verificando-se até mesmo a disposição de resíduos de serviços de saúde e
industriais. É comum, ainda, a criação de animais e a presença de catadores,
muitas vezes menores.
[388]
Coleta seletiva: coleta de resíduos previamente segregados conforme sua
constituição ou composição (inciso V do art. 3° da Lei 12.305, de 02.08.2010).
[389]
Transbordo: é o nome que se dá a intermediação entre o serviço de coleta e o
ponto de destinação final, pela qual os resíduos são transferidos de um veículo a
outro meio de transporte, que podem ser: a) caminhões de maior capacidade; b)
barcaças; ou c) vagão ferroviário.
[390]
Tratamento: é o processo que pode ser aplicado ao resíduo sólido com a
finalidade de atender às exigências sanitárias, econômicas, sociais e outras.
Destacam-se os processos de incineração, trituração, compostagem e reciclagem.
[391]
Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente – SISNAMA e, se couber, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária –
SNVS e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA
(inciso XVIII do art. 3° da Lei 12.305, de 02.08.2010).
[392]
Reciclagem: processo de transformação dos resíduos o qual envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente – SISNAMA e, se couber, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária –
SNVS e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA
(inciso XIV do art. 3° da Lei 12.305, de 02.08.2010).
[393]
Compostagem: é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica
contida em restos de origem animal ou vegetal. Esse processo tem como resiltado
final um produto - o composto orgânico - que pode ser aplicado ao solo para
melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente. As
vantagens da compostagem são: 1) redução do lixo destinado ao aterro, com a
consequente economia com os custos de aterro e aumento de sua vida útil; 2)
aproveitamento agrícola da matéria orgânica; 3) reciclagem de nutrientes para o
solo; 4) processo ambientalmente seguro; 5) eliminação de patógenos; 6)
economia de tratamento de efluentes.
[394]
Rejeitos: resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada (inciso XV do art. 3° da Lei 12.305, de
02.08.2010).
[395]
Decomposição (decomposition, em inglês; décomposition, em francês;
descomposición, em espanhol): em biologia, constitui o processo de conversão de
organismos mortos, ou parte destes, em substâncias orgânicas e inorgânicas, por
meio da ação escalonada de um conjunto de organismos – necrófagos,
detritóvoros, saprófagos decompositores e saprófitos propriamente ditos
(Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete
Decomposição). Segundo O. P. FORATTINI, a decomposição da matéria orgânica
dá-se mediante sua transformação química em compostos simples, com
resultante liberação de energia (Ecologia epidemiologia e sociedade, p. 234).
[396]
O preço da riqueza: pilhagem ambiental e a nova (des)ordem mundial, p. 245.
[397]
Jornal O Globo, 20 abr. 1995.
[398]
TST – 4.ª T. – Rec. de Rev. 254.320/1 – rel. Min. Milton de Moura França –
v.u. – DJ 12.06.1998.
[399]
Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro –
FEEMA, Comissão Permanente de Normalização Técnica – PRONOL, PRONOL
DZ 1311.
[400]
Op.cit., p. 237-238.
[401]
A classificação dos resíduos é regulamentada pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT, através da sua NBR 10.004, de 05.2004 (“RESÍDUOS
SÓLIDOS – CLASSIFICAÇÃO”), a qual classifica os resíduos, quanto aos seus
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que estes resíduos
possam ter manuseio e destinação adequados. Tal classificação é a seguinte: 1)
resíduos classe I (“resíduos perigosos”): apresentam periculosidade ou uma
das seguintes características: a) inflamabilidade; b) corrosividade; c) reatividade;
d) toxicidade; e e) patogenicidade. São exemplos de tal modalidade de resíduo,
as baterias, os produtos químicos, etc. 2) resíduos classe II (“resíduos não
inertes ou não perigosos”): não se enquadram como resíduos classe I (“resíduos
perigosos”) ou resíduos classe III (“resíduos inertes”) e podem ter as seguintes
propriedades: a) combustibilidade; b) biodegradabilidade; ou c) solubilidade em
água. Os resíduos da classe II se subdsividem em: a) resíduos classe IIA:
residuos não inertes (são biodegradáveis, combustíveis, solúveis em água); como
exemplo de resíduos desta subclasse podemos citar o “lixo” comum gerado em
qualquer unidade industrial (proveniente de restaurantes, escritórios, banheiros,
etc.); b) resíduos classe IIB: resíduos inertes (não são solúveis na água, na
temperatura ambiente, ou solúveis até concentrações máximas do Anexo G da
sua NBR 10.004; podem alterar a cor, turbidez, dureza e sabor). Portanto, para
determinar com precisão o enquadramento nesta categoria, o resíduo não deve
constar nos Anexos da NBR 10.004, nem pode estar contaminado com nenhuma
substância dos Anexos “C”, “D” ou “E” da referida NBR, bem como deve ser
testado de acordo com todos os métodos analíticos indicados. São exemplos de
tais resíduos a matéria orgânica e o papel; 3) resíduos classe III (“resíduos
inertes”): todo resíduo ou mistura de resíduos que, submetidos ao teste de
solubilidade previsto na NBR 10006 (“Solubilização de Resíduos Sólidos - Método
de Ensaio”), não tiveram nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões definidos, ou seja, concentrações
superiores ao padrão de potabilidade de águas (não se decompõem
prontamente). São exemplos de tal modalidade de resíduo rochas, tijolos, vidros e
certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.
[402]
Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente, através de sua
Resolução/CONAMA n° 358, de 2005, e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, através de sua Resolução/ANVISA/RDC n° 306, de 2004, os resíduos
de serviços de saúde são classificados nos seguintes grupos: 1) Grupo A:
resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar riscos de infecção (subdividido em cinco
grupos); 2) Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem
apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade; 3) Grupo
C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites da isenção especificadas
nas normas da Comissão nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a
reutilização é imprópria; 4) Grupo D: resíduos que não apresentem risco
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares; 5) Grupo E: materiais perfurocortantes e
escarificantes.
[403]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 51.
[404]
Ecologizar: pensando o ambiente humano, p. 99.
[405]
1.º TACivSP – Ap. Civ. 328.525 – v.u. – JTACivSP, v. 89, p. 153-158.
[406]
Op.cit., p. 228.
[407]
Produção industrial e política ambiental: experiência de São Paulo e Minas
Gerais, p. 26-27.
[408]
Op.cit., p. 248.
[409]
Op.cit., p. 119.
[410]
Biodegradável (biodegradable, em inglês; biodégradable, em francês;
biodegradable, em espanhol): é a substância que pode ser decomposta por
processos biológicos naturais. Diz‑se dos produtos suscetíveis de se decompor
por microorganismos (Emily Lemaire & F. C. Lemaire, op.cit., verbete
Biodegradable). Constitui um grande número de substâncias dispersas no meio
ambiente que são instáveis. Em muitos casos, os microorganismos – bactérias –
edáficos ou aquáticos desempenham um papel ativo nessa decomposição; diz‑se
então que a substância é biodegradável (Jean-Pierre Charbonneau, op.cit., p.
132).
[411]
Biodegradação ou biodegradabilidade (biodegradation ou biodegradability, em
inglês; biodégradation ou biodégradabilité, em francês; biodegradación ou
biodegradabilidad, em espanhol): é a decomposição por processos biológicos
naturais. Processo de decomposição química, como resultado da ação de
microorganismos (The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 72).
Destruição ou mineralização de matéria orgânica natural ou sintética por
microorganismos existentes no solo, na água ou em sistema de tratamento de
água residuária (Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP,
op.cit., verbete Biodegradação).
[412]
Idem, verbete Despejos industriais.
[413]
Idem, verbete Tratamento de água.
[414]
Benjamin de Araújo Carvalho, op.cit., verbete Tratamento aeróbio.
[415]
Idem, verbete Tratamento anaeróbio.
[416]
Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete
Tratamento biológico.
[417]
Idem, verbete Tratamento completo.
[418]
Benjamin de Araújo Carvalho, op.cit., verbete Tratamento preliminar.
[419]
Idem, verbete Tratamento primário.
[420]
P. M. Braile, Dicionário inglês/português de termos técnicos... cit., verbete
Tratamento primário.
[421]
Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete
Tratamento químico.
[422]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 165.
[423]
B. de A. Carvalho, op.cit., verbete Tratamento secundário.
[424]
P. M. Braile, Dicionário inglês/português de termos técnicos... cit., verbete
Tratamento secundário.
[425]
The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 166.
[426]
B. de A. Carvalho, op.cit., verbete Tratamento terciário.
[427]
Aterro sanitário: é a técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem
causar danos ou riscos à saúde humana e a sua segurança, minimizando os
impactos ambientais. Utiliza-se de princípios de engenharia para confinar os
resíduos à menor área possível, reduzindo o seu volume a níveis favoráveis á
biodegradação, cobrindo-os com uma camada de terra ou material inerte, na
conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores. O aterro
sanitário sem qualquer processo prévio de tratamento é para a grande maioria
dos casos a forma mais prática e econômica.
[428]
Chorume: é a substância líquida resultante do processo de putrefação
(apodrecimento) de matérias orgânicas. Este líquido é muito encontrado em lixões
e aterros sanitários. É viscoso e possui um cheiro muito forte e desagradável
(odor de coisa podre). O processo de tratamento do chorume é muito importante
para o meio ambiente. Caso não seja tratado, ele pode atingir lençóis freáticos,
rios e córregos, levando a contaminação para estes recursos hídricos. Neste
caso, os peixes podem ser contaminados e, caso a água seja usada na irrigação
agrícola, a contaminação pode chegar aos alimentos (frutas, verduras, legumes,
etc). Em função da grande quantidade de matéria orgânica presente no chorume,
este costuma atrair moscas que também podem trazer doenças aos seres
humanos. Existe também o necrochorume que é o líquido resultante do processo
de decomposição de cadáveres. Há também, neste caso, a necessidade do
tratamento desta substância nos cemitérios.
[429]
Lençol freático (phreatic water, em inglês; nappe phréatique, em francês;
agua subterránea libre, em espanhol): é o lençol d’água subterrâneo limitado
superiormente por uma superfície livre, com a pressão atmosférica normal
(Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, op.cit., verbete
Lençol freático). Trata-se da superfície superior da água subterrânea (Academia
de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP, op.cit., verbete Lençol freático).
Segundo BENJAMIN DE ARAUJO CARVALHO, é um lençol d’água subterrâneo
que se encontra em pressão normal e que se formou em profundidade
relativamente pequena (op.cit., verbete Lençol freático).
[430]
Diagnose dos sistemas ambientais: métodos e indicadores, Avaliação e
perícia ambiental, p. 156.
[431]
Eutroficação ou eutrofização (eutrophication, em inglês; eutrophisation, em
francês; eutroficación, em espanhol): O processo normalmente de ação vagarosa
pelo qual um lago evolui para um charco ou brejo, e, ao final, assume condição
terrestre e desaparece. Durante a eutroficação o lago fica tão rico em compostos
nutritivos, especialmente nitrogênio e fósforo, que as algas e outros microvegetais
se tornam superabundantes, desse modo “sufocando” o lago e causando sua
eventual secagem. A eutroficação pode ser acelerada por muitas atividades
humanas (The World Bank, Environmental considerations... cit., p. 75). De acordo
com RUSSELL C. HASTLER, o termo eutroficação significa a adição em excesso
de um ou mais compostos orgânicos ou inorgânicos aos ecossistemas naturais,
causando uma elevação anormal nas suas concentrações (apud Paul Ralph
Ehrlich e Anne Howland Ehrlich, População, recursos, ambiente, p. 197). Para P.
M. BRAILE, constitui um processo de envelhecimento dos lagos. Durante a
eutroficação, o lago torna‑se tão rico em compostos nutritivos, especialmente o
nitrogênio e o fósforo, que há uma superabundância de algas (Dicionário
inglês/português de termos técnicos... cit., verbete Eutroficação). Na opinião de
LAURA BERON, é o enriquecimento da água com nutrientes por meio de meios
criados pelo homem, produzindo uma abundante proliferação de algas (La
contaminación: factor de desequilibrio ecólogico, p. 31).
[432]
Subsídios para avaliação econômica de impactos ambientais, Avaliação e
perícia ambiental, p. 229.
[433]
Op.cit., p. 229-230.
[434]
Op.cit., p. 30.
[435]
Efluente (effluent, em inglês; effluent, em francês; efluente, em espanhol): é
qualquer tipo de água, ou outro líquido que flui de um sistema de coleta, de
transporte, como tubulações, canais, reservatórios, elevatórias, ou de um sistema
de tratamento ou disposição final, como estações de tratamento e corpos d’água
(Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, op.cit., p. 13). Em outras
palavras, é a descarga de poluentes no meio ambiente, parcial ou completamente
tratada ou em seu estado natural (The World Bank, Environmental
considerations... cit., p. 53). Trata-se das águas servidas que saem de um
depósito ou estação de tratamento (Departamento Nacional de Águas e Energia
Elétrica – DNAEE, op.cit., verbete Efluentes). Para P. M. BRAILE, constitui uma
substância líquida, com predominância de água, contendo moléculas orgânicas e
inorgânicas das substâncias que não se precipitam por gravidade. Água residuária
lançada na rede de esgotos ou nas águas receptoras (Dicionário inglês/português
de termos técnicos de ciências ambientais, verbete Efluente).
[436]
Op.cit., p. 120-121.
[437]
Vem aí mais um racionamento: agência admite que falta água para irrigação
no Nordeste e que torneiras do país podem secar em 2 anos se nada for feito,
Jornal do Brasil, Cad. Economia, 28 maio 2001, p. 9.
[438]
Op.cit., p. 209.
[439]
Idem, ibidem.
[440]
Environmental considerations... cit., p. 34, verbete Erosion.
[441]
Op.cit., verbete Erosão
[442]
Colmatagem (clogging, em inglês; colmatage, em francês; obstrucción, em
espanhol): é a deposição de partículas finas, como argila ou silte, na superfície e
nos interstícios de um meio poroso permeável, por exemplo, o solo, reduzindo-lhe
a permeabilidade (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE,
op.cit., verbete Colmatagem). É o trabalho de atulhamento ou enchimento
realizado pelos agentes naturais ou pelo homem, em zonas deprimidas (Antônio
Teixeira Guerra, op.cit., verbete Colmatagem).
[443]
Op.cit., verbete Erosão.
[444]
Op.cit., p. 209-210.
[445]
Antônio Teixeira Guerra, op.cit., verbete Erosão.
[446]
J. Tricart, Ecodinâmica, p. 27.
[447]
Antônio Teixeira Guerra, op.cit., verbete Erosão.
[448]
Op.cit., p. 217-218.
[449]
Benjamin de Araújo Carvalho, op.cit., verbete Desmatamento.
[450]
Op.cit., p. 212.
[451]
Antônio Carlos Machado da Rosa e Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 210-211.
[452]
Diccionario de la Naturaleza, Hombre, Ecologia, Paisaje, verbete
Desertificación.
[453]
Secretaria de Asentamientos Humanos y Obras Públicas – SAPO, op.cit.,
verbete Desertificación.
[454]
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-
92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu
a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre
a forma pela qual governos, empresas, organizações e todos os setores da
sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-
ambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são
coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável –
CPDS e da Agenda 21 Nacional. A Agenda 21 se constitui num poderoso
instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma,
que exige a reinterpretação do conceito de processo, contemplando maior
harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade,
não apenas a quantidade do crescimento. Com a Agenda 21 criou-se um
instrumento aprovado pela Overseas Missionary Fellowship – OMF,
internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o
caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação
e de um planejamento participativo em âmbito global, nacional e local, de forma
gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e
civilizatório. As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de
inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e
distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos
recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao
desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações
prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e
consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano
de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do
sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas
em que a ação humana impacta o meio ambiente.
[455]
Desertificação se agrava no mundo, alerta ONU, Jornal do Brasil, Cad.
Internacional/Ciência, 18 jun. 2001, p. 7.
[456]
Op.cit., p. 215.
[457]
The Population Dilemma. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, N.J., 1969. p. 145.
[458]
Enciclopédia Abril, v. 4, p. 2, verbete Demografia.
[459]
Idem, p. 3-4, verbete Demografia.
[460]
Idem, p. 5, verbete Demografia.
[461]
An Essay on the Principle of Population, Oxford, Oxford University Press;
1999 , p. 31.
[462]
Op.cit., p. 228-229.
[463]
Ecologia, grito da terra, grito dos pobres, p. 174.
[464]
Op.cit., p. 32-33.
[465]
Op.cit., p. 283.
[466]
Op.cit., p. 28.
[467]
A International Union for Conservation of Nature – IUCN (União Internacional
para a Conservação da Natureza) adota as seguintes definições na sua lista
vermelha: 1) Espécie com Baixo Risco – EBR (Least Concern – LC): aquela
quase ameaçada ou próxima de ser qualificada em uma categoria no futuro
próximo; 2) Espécie Vulnerável – EV (Vulnerable – VU): aquela cujas evidências
indicam estar próxima de ser considerada de risco de extinção; 3) Espécie Quase
Ameaçada – EQA (Near Threatened – NT): aquela cujas evidências demonstram
já estar quase ameaçada de extinção; 4) Espécie em Perigo – EP (Endangered –
EN): aquela cujas evidências demonstram já estar ameaçada de risco de
extinção; 5) Espécie Criticamente em Perigo – ECP (Critically Endangered – CR):
aquela cujas evidências demonstram já seriamente ameaçada de extinção; 6)
Espécie Extinta na Natureza – EEN (Regionally Extinct – RE): aquela cujas
evidências demonstram só existirem exemplares em cativeiro ou em populações
naturalizadas; 7) Espécie Extinta – EE (Extinct – EX): aquela cujas evidências
demonstram não haver dúvidas de que o último exemplar já morreu; 8) Dados
Deficientes – DD (Data Deficient – DD): os dados a respeito de determinada
espécie não são suficientes para saber a real situação em que se encontra.
[468]
Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação
de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais
e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso (inciso I do art. 1° da
Resolução/CONAMA 237, de 19.12.1997).
[469]
Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental
que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras
dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (inciso II
do art. 1° da Resolução/CONAMA 237, de 19.12.1997).
[470]
Raymond F. Mikessel e Lawrense Williams, International banks and the
enviroment. From, growth to sustainability: un unfinished agenda, p. 165 e ss.
[471]
Brian Clark, A AIA e o Banco Mundial, Avaliação do impacto ambiental, p.
575.
[472]
Apud Project Appraisal for Development Control – PADC, Objectives and
principles of environmental impact assessment, p.13.
[473]
Op.cit., p. 79.
[474]
Environmental impact assessment, The European Community, Zeitschrift vor
Umveltpolitik, p. 35‑76.
[475]
Op.cit., p. 42.
[476]
“Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I- o
estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II- o zoneamento ambiental;
III- a avaliação de impactos ambientais; IV- o licenciamento e a revisão de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V- os incentivos à produção e
instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para
a melhoria da qualidade ambiental; VI- a criação de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo poder público federal, estadual e municipal, tais
como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas (inciso VI com a redação dada pelo inciso VI do art. 1.º da Lei 7.804,
de 18.07.1989); VII- o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII- o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental; IX- as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação
ambiental; X- a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA (incisos X acrescido pelo inciso VI do art. 1.º da Lei
7.804, de 18.07.1989); XI- a garantia da prestação de informações relativas ao
Meio Ambiente, obrigando-se o poder público a produzi-las, quando
inexistentes(inciso XI acrescido pelo inciso VI do art. 1.º da Lei 7.804, de
18.07.1989); XII- o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais (inciso XII acrescido pelo
inciso VI do art. 1.º da Lei 7.804, de 18.07.1989); XIII- instrumentos econômicos,
como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros (inciso
XIII incluído pela Lei 11.284, de 02.03.2006).”
[477]
“Art. 2º. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA, a serem submetidos à
aprovação do órgão estadual competente, e do Instituto Brasilerio do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA em caráter supletivo, o
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: I-
Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II- Ferrovias; III-
Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV- Aeroportos,
conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-lei 32, de 18.11.1966
(revogado pela Lei 7.565, de 19.12.1986); V- Oleodutos, gasodutos, minerodutos,
troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI- Linhas de transmissão
de energia elétrica, acima de 230KV; VII- Obras hidráulicas para exploração de
recursos hídricos, tais como: barragem para quaisquer fins hidrelétricos, acima de
10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII- Extração de combustível fóssil
(petróleo, xisto, carvão); IX- Extração de minério, inclusive os da classe II,
definidas no Código de Mineração; X- Aterros sanitários, processamento e destino
final de resíduos tóxicos ou perigosos; XI- Usinas de geração de eletricidade,
qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; XII- Complexo e
unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos,
destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios); XIII- Distritos
industriais e zonas estritamente industriais – ZEI; XIV- Exploração econômica de
madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando
atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de
vista ambiental; XV- Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares. ou em áreas
consideradas de relevante interesse ambiental a critério do Instituto Brasilerio do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA , dos órgãos
estaduais e municipais competentes ; XVI- Qualquer atividade que utilizar carvão
vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas
por dia (com redação dada pela Resolução/CONAMA n° 11, de 18.03.1986); XVII-
projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 hectares, ou
menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de
proteção ambiental (acrescido pela Resolução/CONAMA n° 11, de 18.03.1986);
XVIII- nos casos de empreendimentos potencialmente lesivas ao patrimônio
espeleológico nacional (inclusão por determinação da Resolução/CONAMA n° 5,
de 06.08.1987).
Art. 3º. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e
respectivo RIMA, a serem submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de
atividades que, por lei, seja de competência federal (artigo revogado pela
Resolução/CONAMA n° 237, de 19.12.1997)”.
[478]
TJMG – 5.ª Câm. – Ap. Civ. 62.043/5 – rel. Des. Campos Oliveira – j.
22.08.1996 – v.u. – RT 738/376.
[479]
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I-
preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas; II- preservar a diversidade e a integridade
do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético; III- definir, em todas as unidades da
Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente por meio de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção; IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V-
controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente; VI- promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII- proteger a
fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade.
[480]
Direito ambiental cit., p. 181.
[481]
“Art. 8º. Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e
custos referentes à realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta
e aquisição dos dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises
de laboratório, estudos técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento
dos impactos, elaboração do RIMA e fornecimento de pelo menos 5 (cinco)
cópias”.
[482]
Op.cit., p. 189.
[483]
Direito ambiental cit., p. 203
[484]
Op.cit., p. 190.
[485]
Direito ambiental cit., p. 190.
[486]
Direito ambiental cit., p. 193.
[487]
TRF 4.ª R. – 3.ª T. – MAS 9804084872/SC – rel. Juiz Silvio Dobrowolski – j.
17.12.1991 – v.u. – DJ 15.04.1992, p. 9.532.
[488]
TRF 4.ª R. – 4.ª T. – MAS 52036/SC – rel. Juiz Alcides Vettorazzi – j.
12.09.2000 – v.u. – DJ 22.11.2000, p. 391.
[489]
STJ – 2.ª T. – REsp 194.617/PR – rel. Min. Franciulli Netto – j. 16.04.2002 –
v.u. – DJ 01.07.2002, p. 278.
[490]
STJ – 1.ª T. – AgRgMC 4124/PR – rel. Min. José Delgado – j. 04.12.2001 –
v.u. – DJ 04.03.2002, p. 182.
[491]
STJ – 2.ª T. – REsp 295.797/SP – rel. Min. Eliana Calmon – j. 18.09.2001 –
v.u. – DJ 12.11.2001, p. 140.
[492]
“Art. 2°. É criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, autarquia federal dotada de personalidade jurídica
de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério
do Meio Ambiente, com a finalidade de (redação dada pela Lei n° 11.516, de
28.08.2007): I- exercer o poder de polícia ambiental (incluído pela Lei n° 11.516,
de 28.08.2007); II- executar ações das políticas nacionais de meio ambiente,
referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao
controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à
fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes
emanadas do Ministério do Meio Ambiente (incluído pela Lei n° 11.516, de
28.08.2007); e III- executar as ações supletivas de competência da União, de
conformidade com a legislação ambiental vigente (incluído pela Lei n° 11.516, de
28.08.2007)”.
[493]
Direito ambiental cit., p. 188.
[494]
Comentários à Constituição de 1988, p. 1.740-1.741.
[495]
Alcance e Objetivo da Revisão do Pacto Federativo, Informativo Forense.
[496]
Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas
(inciso II do art. 3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[497]
A utilidade pública diz respeito ao seguinte: a) as atividades de segurança
nacional e proteção sanitária; b) as obras de infraestrutura destinadas às
concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele
necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios,
saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão,
instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais,
nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a
extração de areia, argila, saibro e cascalho; c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das
funções ambientais referidas no inciso II do art. 3° da Lei n°12.651, de 25.05.2012
[“área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas”]; e) outras atividades similares
devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio,
quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto,
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal (inciso VIII do art. 3° da Lei
n° 12.651, de 25.05.2012) .
[498]
O interesse social diz respeito ao seguinte:a) as atividades imprescindíveis à
proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e
controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de
plantios com espécies nativas; b) a exploração agroflorestal sustentável praticada
na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades
tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não
prejudique a função ambiental da área; c) a implantação de infraestrutura pública
destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em
áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas
nesta Lei; d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados
predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas
consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei n° 11.977, de
07.07.2009; e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes
integrantes e essenciais da atividade; f) as atividades de pesquisa e extração de
areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; g) outras
atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade
proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal (inciso IX do art.
3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[499]
Atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: a) abertura de pequenas
vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à
travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção
de água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal
sustentável; b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da
água, quando couber; c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do
ecoturismo; d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno
ancoradouro; e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes
de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em
áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos
moradores; f) construção e manutenção de cercas na propriedade; g) pesquisa
científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na
legislação aplicável; h) coleta de produtos não madeireiros para fins de
subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos,
respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos; i) plantio de
espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos
vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente nem
prejudique a função ambiental da área; j) exploração agroflorestal e manejo
florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos
florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal
nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área; k) outras ações ou
atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental
em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA ou dos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente (inciso X do art. 3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[500]
Nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e
dá início a um curso d’água (inciso XVII do art. 3° da Lei n° 12.651, de
25.05.2012).
[501]
Restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente
alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal
em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e depressões,
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e
arbóreo, este último mais interiorizado (inciso XVI do art. 3° da Lei n° 12.651, de
25.05.2012).
[502]
Manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à
ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas, às quais se
associa, predominantemente, a vegetação natural conhecida como mangue, com
influência fluviomarinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e com
dispersão descontínua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapá e
de Santa Catarina (inciso XIII do art. 3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[503]
Área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do art. 47
da Lei n° 11.977, de 07.07.2009, ou seja, a parcela da área urbana com
densidade demográfica superior a 50 (cinquenta) habitantes por hectare e malha
viária implantada e que tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de
infraestrutura urbana implantados (inciso XXVI do art. 3° da Lei n° 12.651, de
25.05.2012, incluído pela Lei 12.727, de 17.10.2012).
[504]
Leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso
d’água durante o ano (inciso XIX do art. 3° da Lei 12.651, de 25.05.2012).
[505]
Olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente
(inciso XVIII do art. 3° da Lei 12.651, de 25.05.2012).
[506]
Relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área
caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja
intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado,
fortemente ondulado e montanhoso (inciso XXIII do art. 3° da Lei n° 12.651, de
25.05.2012).
[507]
Vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos,
usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem
formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas (inciso
XII do art. 3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[508]
“Art. 3°. Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural,
atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I- não detenha, a
qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II- utilize
predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do
seu estabelecimento ou empreendimento; III- tenha percentual mínimo da renda
familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou
empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo (redação dada pela Lei
n° 12.512, de 14.10.2011); IV- dirija seu estabelecimento ou empreendimento com
sua família.
§1°. O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica quando se tratar de
condomínio rural ou outras formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) módulos fiscais.
§2°. São também beneficiários desta Lei: I- silvicultores que atendam
simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo, cultivem
florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles
ambientes; II- aquicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de
que trata o caput deste artigo e explorem reservatórios hídricos com superfície
total de até 2 ha (dois hectares) ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros
cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em tanques-rede; III-
extrativistas que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II,
III e IV do caput deste artigo e exerçam essa atividade artesanalmente no meio
rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores; IV- pescadores que atendam
simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos I, II, III e IV do caput deste
artigo e exerçam a atividade pesqueira artesanalmente; V- povos indígenas que
atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II, III e IV do caput
do art. 3º (incluído pela Lei n° 12.512, de 14.10.2011); VI- integrantes de
comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades
tradicionais que atendam simultaneamente aos incisos II, III e IV do caput do art.
3º (incluído pela Lei n° 12.512, de 14.10.2011).
§3°. O Conselho Monetário Nacional - CMN pode estabelecer critérios e
condições adicionais de enquadramento para fins de acesso às linhas de crédito
destinadas aos agricultores familiares, de forma a contemplar as especificidades
dos seus diferentes segmentos (incluído pela Lei n° 12.058, de 13.10.2009).
§4°. Podem ser criadas linhas de crédito destinadas às cooperativas e
associações que atendam a percentuais mínimos de agricultores familiares em
seu quadro de cooperados ou associados e de matéria-prima beneficiada,
processada ou comercializada oriunda desses agricultores, conforme disposto
pelo CMN (incluído pela Lei n° 12.058, de 13.10.2009)”.
[509]
Áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica
por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação
adaptadas à inundação (inciso XXV do art. 3° da Lei 12.651, de 25.05.2012,
incluído pela Lei 12.727, de 17.10.2012).
[510]
Manejo sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de
benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de
sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou
alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras ou não, de
múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e
serviços (inciso VII do art. 3° da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[511]
Deposição: processo sedimentar que consiste na acumulação de matéria
mineral ou prgânica, transportada pela água, vento ou gelo.
[512]
Erosão marinha ou abrasão marinha: erosão provocada pela ação das águas
do mar. Elas atuam sobre os materiais do litoral (linha de costa) desgastando-os
através da sua ação química e da sua ação mecânica. O aspecto da linha de
costa é variável de acordo com a natureza dos materiais rochosos que a
constituem. De um modo em geral podemos detectar 2 (dois) tipos de costa: a) a
costa de arriba (de natureza alta e escarpada); b) a costa de praia (baixa e
arenosa). A água do mar reage quimicamente com alguns materiais rochosos
desgastando-os. A ação mecânica das águas faz-se sentir quando o mar atira
contra a costa rochas de dimensões variáveis originando fraturas nas rochas do
litoral. A ação que o mar exerce sobre os continentes faz-se sentir aos seguintes
níveis: a) desgaste; b) transporte; e c) deposição. A ação de desgaste está
condicionada pelos seguintes fatores: a) reações químicas entre a água e os
materiais; b) ação mecânica da água; c) força e direção das rochas; d) natureza
das rochas (dureza, constituição química e coesão). O desgaste origina materiais
soltos, de dimensões muito variáveis que as correntes marítimas transportam, por
vezes, a grandes distâncias. Quando a velocidade e força das correntes diminuem
os materiais transportados são depositados.
[513]
Arriba ou costa alta: é o contato direto do mar com a parede rochosa.
Coincide com os locais de rocha dura (como, por exemplo, granito, xisto e
calcário), sendo mais alta quando o material dominante é o calcário.
[514]
Maré vermelha: aglomeração de micro-plânctons que raramente acontece em
alguns determinados locais na superfície das águas. São seres unicelulares
aglomerados em número suficiente para produzir uma mudança de cor na água
que se torna amarela, alaranjada, vermelha ou marrom porque são
microorganismos caracterizados pela presença de vários pigmentos como azul
celeste e azul escuro (a) e (c) de cor verde, pigmento beta-caroteno que é
amarelo e várias outras xantofilas que são alaranjadas e vermelhas, esses
pigmentos estão sempre localizados em cromatóforos. Em todos os gêneros de
vida livre e nos seus zoósporos, sempre existem dois flagelos. A maioria são
seres autótrofos mas existem também algumas espécies sem pigmentos porque
não fazem fotosíntese. As pirrófitas, do grego “pyrrhos”, que em português
significa fogo, ou cor de fogo, mais “phyta” que em português significa planta, no
caso se referindo a plantas algas do mar portanto, literalmente “pirrófita” significa
algas com cor de fogo, nome esse que se aplica às algas pirrófitas que realmente
possuem essa “cor de fogo” e causam essas marés vermelhas; por outro lado
existem também pirrófitas Noctilucas que não são vermelhas mas são algas que
possuem bioluminescência e brilham à noite nas ondas das praias e já foram
chamadas de “algas de fogo” ou algas que brilham como fogo. O fenômeno da
maré vermelha pode acontecer tanto em água doce quanto em água salgada.
[515]
Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira – ZEEZOC ou
Zoneamento Costeiro: é o Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE aplicado à
Zona Costeira – ZC. Lembramos que o art. 2º do Decreto n° 4.297, de
10.07.2002, define Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE como: “Instrumento
de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de
planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de
proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos
hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”.
[516]
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA esta previsto no inciso IV do
§1° do art. 225 da Constituição Federal, o qual estabelece que incumbe ao Poder
Público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”. A função do Estudo
Prévio de Impacto Ambiental – EPIA é a prevenção e monitoramento de impactos
ambientais, sendo um documento com linguagem técnica, resumido pelo Relatório
de Impacto Ambiental – RIMA (relatório de forma objetiva, para propiciar a
compreensão do cidadão que será afetado pelo projeto). Assim, somente
empreendimentos que tenham significativa degradação ambiental se sujeitam ao
Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA. Para definir “significativa
degradação”, cabe acrescentar que a Resolução/CONAMA 01, de 1986,
estabelece rol exemplificativo (já que podem haver mais, em vista do fato de que
a evolução tecnológica e social vão aumentando) de atividades que se presumem
ser assim caracterizadas. Podemos citar apenas alguns exemplos, dada a
extensão do rol: estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
oleodutos; gasodutos; troncos coletores e emissários de esgoto sanitário; linhas
de transmissão de energia com mais de 230 kv; usinas de geração de
eletricidade, acima de 10 MW; etc. Em assim sendo, pode-se definir impacto
ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente afetam a (saúde,
segurança, bem-estar da população , as atividades sociais e econômicas, a biota,
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos
ambientais). As custas do Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e do
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA são de responsabilidade do
empreendedor da obra, sendo responsável penal e administrativamente pelo
conteúdo. Há a entrega de cópias do relatório ao órgão ambiental, ocorrendo
edital na imprensa oficial e em jornal de grande circulação.
[517]
“Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram
supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal
previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são
dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração para os
percentuais exigidos nesta Lei.
§1°. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas
situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos
de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da
atividade, contratos e documentos bancários relativos à produção, e por todos os
outros meios de prova em direito admitidos.
§2°. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal, e
seus herdeiros necessários que possuam índice de Reserva Legal maior que 50%
(cinquenta por cento) de cobertura florestal e não realizaram a supressão da
vegetação nos percentuais previstos pela legislação em vigor à época poderão
utilizar a área excedente de Reserva Legal também para fins de constituição de
servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - CRA e outros instrumentos
congêneres previstos nesta Lei”.
[518]
Programa de Reforma Agrária – PRA: programa que aglutina ações voltadas
para a sustentabilidade de comunidades que se encontram em assentamentos
rurais, realizadas por meio de apoio técnico-científico a produtores e às
comunidades rurais. Já o Programa de Infraestrutura e Reforma Agrária – PIRA
oferece as condições necessárias para o desenvolvimento socioeconômico e o
assentamento das comunidades nas áreas destinadas à reforma agrária. Os
compradores são representados por municípios e entidades civis sem fins
lucrativos. Com recursos do Orçamento Geral da União – OGU, o Programa de
Infraestrutura e Reforma Agrária – PIRA leva infraestrutura e serviços úteis aos
assentamentos rurais espalhados pelo Brasil.
[519]
“Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na
matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a
localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão
ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso III do § 1°
do art. 29.
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput,
deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de
imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já
firmado nos casos de posse”.
[520]
A Lei n° 12.651, de 25.05.2012 (atual Código Florestal) permite a
regularização da Reserva Legal – RL de 3 (três) formas distintas, mesmo sem
adesão ao Programa de Regularização Ambiental – PRA: 1) recompor: a
recomposição pode ser feita pelo proprietário com o plantio de espécies nativas
ou plantio de espécies nativas conjugado com a regeneração natural; o prazo é de
até 20 (vinte) anos, segundo critérios do órgão ambiental, porém as exóticas não
podem ocupar mais de 50% (cinquenta por cento) do total da área; 2) regenerar
naturalmente: na regeneração natural, qualquer atividade econômica deve ser
interrompida; ou 3) compensar a área desmatada: a compensação ambiental, por
sua vez, é o mecanismo pelo qual o proprietário pode recuperar sua Reserva
Legal – RL comprando área coberta com vegetação natural em outro local, ao
invés de arrancar suas plantações para fazê-lo dentro do seu imóvel. As áreas
usadas para compensar devem estar localizadas no mesmo bioma da reserva,
ainda que em outro estado. Para compensar a área desmatada, o proprietário tem
3 (três) instrumentos à sua disposição: a) arrendamento: pode ser feito por meio
da servidão ambiental (quando o proprietário de um imóvel rural destina o
excedente da vegetação além do exigido para reserva legal a um imóvel rural de
terceiro), desde que no mesmo bioma. Na Amazônia Legal, é permitido usar como
servidão ambiental o percentual de vegetação que exceder a 50% (cinquenta por
cento) nas áreas de floresta e a 20% (vinte por cento), nas de Cerrado; b) compra
de Cota de Reserva Ambiental – CRA: trata-se de título representativo de
vegetação nativa sob regime de servidão ambiental, de Reserva Particular do
Patrimônio Natural – RPPN ou Reserva Legal – RL instituída voluntariamente
sobre a vegetação que exceder os percentuais estabelecidos. A Cota de Reserva
Ambiental – CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal – RL de
imóvel rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está vinculado. A
Cota de Reserva Ambiental – CRA deve representar o mesmo tamanho da área
que deveria ser recomposta. Para poder ser usada com essa finalidade, deve
representar a mesma quantidade de terra. O proprietário deve ser responsável
pela preservação, podendo fazer plano de manejo florestal sustentável para
explorar a área; ou c) doação: esta forma de compensação ambiental deve ser
efetivada com a transferência gratuita ao poder público de área localizada no
interior de unidade de conservação, pendente de regularização fundiária, ou uma
contribuição para fundo público que tenha essa finalidade.
[521]
Área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica
preexistente a 22.07.2008, com edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio
[prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da
capacidade de uso ou da estrutura física do solo] (inciso IV do art. 3° da Lei n°
12.651, de 25.05.2012).
[522]
Corredores Ecológicos ou corredor de biodiversidade: é a faixa de vegetação
que liga grandes fragmentos florestais ou unidade de conservação separados pela
atividade humana (estradas, agricultura, clareiras abertas pela atividade
madeireira, etc.), proporcionando à fauna o livre trânsito entre as áreas protegidas
e, consequentemente, a troca genética entre as espécies. Em outras palavras,
são áreas que possuem ecossistemas florestais biologicamente prioritários e
viáveis para a conservação da biodiversidade na Amazônia e na Mata Atlântica,
compostos por conjuntos de Unidades de Conservação – UC, terras indígenas e
áreas de interstício. É um conceito surgido na década de 1990 e uma das
principais estratégias utilizadas na conservação da biodiversidade de determinado
local. A eficiência dos corredores Ecológicos, porém, é um assunto controverso,
pois há poucos estudos, em geral feitos no hemisfério norte, que confirmam a
adoção dos corredores pelos animais. Sua função é a efetiva proteção da
natureza, reduzindo ou prevenindo a fragmentação de florestas existentes, por
meio da conexão entre diferentes modalidades de áreas protegidas e outros
espaços com diferentes usos do solo. A implemetação de reservas e parques não
tem garantido a sustentabilidade dos sistemas naturais, seja pela descontinuidade
na manutenção de sua infra-estrutura e de seu pessoal, seja por sua concepção
em ilhas, ou ainda pelo pequeno envolvimento dos atores residentes no seu
interior ou no seu entorno. Daí a necessidade de criação de corredores
Ecológicos entre tais reservas e parques.
[523]
Cota de Reserva Ambiental – CRA: é o título nominativo representativo de
área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação, deve ser
intituída quando: I- sob regime de servidão ambiental, instituída na forma doart.
9°-A da Lei n° 6.938, de 31.081981; II- correspondente à área de Reserva Legal –
RL instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais
exigidos no art. 12 da Lei n° 12.651, de 25.05.2012; III- protegida na forma de
Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, nos termos do art. 21 da Lei
9.985, de 18 de julho de 2000; IV- existente em propriedade rural localizada no
interior de Unidade de Conservação de Domínio Público que ainda não tenha sido
desapropriada (art. 44 da Lei n° 12.651, de 25.05.2012).
[524]
Metas nacionais de proteção à biodiversidade: Metas das Convenção sobe
Diversidade Biológica – CDB são importantes instrumentos para avaliação de um
compromisso. No caso da Convenção sobe Diversidade Biológica – CDB, um
primeiro conjunto de metas foi estabelecido para o período 2002-2010. Um plano
estratégico foi criado para guiar a implementação da Convenção em nível
nacional, regional e global com o propósito de parar a perda da biodiversidade e
assegurar a continuidade de seus benefícios e sua repartição equitativa.
Infelizmente, as avaliações apontam que o Plano Estratégico 2002-2010 não foi
efetivo. De acordo com o Panorama da Biodiversidade Global, elaborado pelo
Secretariado da Convenção sobe Diversidade Biológica – CDB, a meta acordada
pelos governos do mundo em 2002, “atingir até 2010 uma redução significativa da
taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional como
uma contribuição para a diminuição da pobreza e para o benefício de toda a vida
na Terra” não foi alcançada. Ao contrário, o panaorama atual é o seguinte: 1) as
espécies antes apontadas com risco de extinção estão, em geral, mais próximas
da extinção; 2) a abundância de espécies de vertebrados, com base nas
populações avaliadas, caiu quase 1/3 (um terço), entre 1970 e 2006, e continua
caindo, especialmente nas regiões neotropicais; 3) áreas de habitat naturais
continuam a diminuir em extensão e integridade, apesar de alguns sucessos em
diminuir o ritmo da destruição; 4) a agrobiodiversidade continua sendo perdida; 5)
as 5 (cinco) principais pressões que causam diretamente a perda de
biodiversidade continuam no mesmo nível ou estão ficando piores; e 6) a pegada
ecológica da humanidade excede a capacidade biológica da Terra e tem
aumentado desde que a meta de biodiversidade para 2010 foi traçada. Por que
então metas e planos estratégicos? Apesar de o mundo ter fracassado no alcance
da meta principal, a ação global resultou em uma menor perda da biodiversidade
do que ocorreria na sua ausência. Porém, não há ações para implementar a
Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB em número suficiente para
enfrentar as pressões sobre a biodiversidade na maioria dos lugares. Tem havido
integração insuficiente das questões de biodiversidade em políticas, estratégias e
programas mais amplos, e, como consequência, as causas subjacentes da perda
de biodiversidade não têm sido abordadas de forma significativa. O Brasil definiu,
em 2006, 51 (cinquenta e uma) metas nacionais de biodiversidade para 2010
relacionadas às metas globais da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB,
algumas das quais mais ambiciosas que aquelas da Convenção. As metas
nacionais foram aprovadas pela Comissão Nacional de Biodiversidade –
CONABio em 2006, e publicadas por meio da Resolução/CONABio nº 3. Apesar
de ter havido avanços muito significativos, como o aumento da área sob proteção
de unidades de conservação e a queda do desmatamento. Das 51 metas
nacionais para 2010, pelo menos 34 (67%) tiveram 25% (vinte ecinco por cento)
ou menos de êxito. Tivemos 2 (duas) metas nacionais totalmente alcançadas:
redução de 25% (vinte e cinco por cento) dos focos de calor e disponibilização de
listas de espécies em bancos de dados permanentes. Brasil teve um papel
importante na definição das Metas de Aichi, ambiciosas, mas com uma
preocupação com sua factibilidade. Agora, é importante que, ao se discutir e
planejar novas metas nacionais para 2020, a experiência frustrada das metas
nacionais de 2010 seja avaliada e metas realistas sejam propostas, inclusive com
submetas para datas intermediárias e avaliações ao longo do caminho. Reunidas
em Nagoya, no Japão, durante a 10ª Convenção das Partes da Convenção sobre
Diversidade Biológica – CDB, as partes concordaram em trabalhar juntas para
implementar 20 (vinte) metas globais até 2020. O Plano Estratégico tem os
seguintes elementos: 1) base lógica: relaciona a biodiversidade ao bem estar
humano, aos Objetivos do Milênio e à redução da pobreza; 2) visão: vai além de
2020, definindo a situação desejada para 2050, com a biodiversidade valorizada,
conservada, restaurada e utilizada com sabedoria; 3) missão: declara a intenção
urgente de agir para alcançar os objetivos de 2020; 4) Objetivos Estratégicos e as
Metas de Biodiversidade de Aichi: 20 (vinte) metas globais organizadas em 5
(cinco) objetivos; 5) execução, acompanhamento, análise e avaliação: incluem
meios de implementação, programas de trabalho, busca por apoio político,
parcerias, relatos pelas partes, e análise pela conferência das partes; 6)
mecanismos de apoio: incluem capacitação para implementação nacional efetiva,
transferência e intercâmbio de conhecimentos e tecnologia, recursos financeiros,
parcerias e iniciativas de fortalecimento da cooperação e mecanismos de apoio
para a pesquisa, monitoramento e avaliação. O Plano Estratégico 2020 da
Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB está organizado em 5 (cinco)
objetivos: 1) tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade fazendo
com que preocupações com biodiversidade permeiem governo e sociedade; 2)
reduzir as pressões diretas sobre biodiversidade e promover o uso sustentável; 3)
melhorar a situação de biodiversidade protegendo ecossistemas, espécies e
diversidade genética; 4) aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços
ecossistêmicos para todos; 5) aumentar a implementação por meio de
planejamento participativo, gestão de conhecimento e capacitação.
[525]
Metas de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE: diante das
evidências científicas das causas do aquecimento global e dos riscos climáticos
decorrentes do problema, autoridades de mais de 160 (cento e sessenta) países
criaram em 1997 o Protocolo de Quioto, tratado internacional que determina
metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE e estimula o
desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Pelo acordo, que entrou em vigor
em 2005, os países industrializados devem reduzir as emissões de Gases de
Efeito Estufa – GEE, durante o período de 2008 a 2012, em média de 5,2% em
relação aos níveis de 1990. Isso representa conter 5 bilhões de toneladas de CO2.
Cada país tem uma meta nacional, calculada com base na contribuição de cada
um para as emissões totais de Gases de Efeito Estufa – GEE lançadas na
atmosfera desde a revolução industrial. Por isso, os países pobres e em
desenvolvimento não possuem metas, pois passaram por um processo de
industrialização tardio e apenas nos últimos anos aumentaram significativamente
as emissões. O Protocolo de Quioto ganhou este nome porque foi criado durante
a terceira Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas -
COP 3 realizada na cidade de Quioto, no Japão, e é um complemento à
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento – ECO
92, realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Os países integrantes do
Anexo 1 da Convenção devem seguir os compromissos de redução listados no
Anexo B do protocolo, com exceção dos países em desenvolvimento, como Brasil,
China e Índia. O principal papel destas nações é diminuir as emissões ou mitigá-
las através de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. Daí
vem a pergunta: Mas isto é suficiente para reduzir o aquecimento global? O
percentual é considerado pouco para resolver o problema. Ainda que as emissões
caíssem pela metade, não seria suficiente para que a temperatura da Terra
deixasse de aumentar, alertam muitos cientistas. No entanto, este foi o único
acordo a que os países conseguiram chegar em 1997 e, mesmo assim, já foi
difícil. Imagine mais de 160 (cento e sessenta) grupos de pessoas, cada qual
defendendo um interesse, buscando um consenso? Justamente por isso, hoje as
Convenções das Partes avançam pouco na discussão pelo acordo que substituirá
o Protocolo de Quioto, após 2012. Em razão da demora para definir algum tipo de
acordo para limitar as emissões, a Organização das Nações Unidas – ONU
reconhece que após término do Protocolo de Quioto, deve haver um período em
que o planeta ficará sem nenhum tratado de continuidade ou extensão do
Protocolo. Mesmo se acontecer um consenso sobre um texto legal, seria preciso
realizar alterações no Protocolo de Quioto, o que requere a ratificação de três
quartos dos signatários e não há mais tempo para isso entre Durban e o fim de
2012. Na tentativa de encurtar esta brecha, a Conferência das Partes de 2011,
realizada em Durban (África do Sul), resolveu prolongar o Protocolo de Quioto até
no mínimo 2017, com a promessa de que todas as nações serão obrigadas a
limitar a liberação de Gases de Efeito Estufa – GEE a partir da próxima
década. Na ocasião, mais de 35 das chamadas nações industrializadas
prometeram assinar uma segunda meta de Quioto nas negociações climáticas da
Organização das Nações Unidas – ONU. O novo acordo obrigaria legalmente
esses países a cortarem emissões a partir de 2013 até 2017 ou 2020. China, Índia
e Estados Unidos, os 3 (três) maiores emissores do mundo, não têm metas
vinculantes sob Quioto, mas prometeram assinar um novo acordo que entre em
vigor após 2020, depois que suas metas voluntárias de redução de emissões
expirarem. As negociações climáticas seguem 3 (três) caminhos ou trilhos: 1) o
primeiro define as metas para as nações sob o Protocolo de Quioto; 2) o segundo
objetiva definir o que as nações fora de Quioto devem cumprir; e 3) o terceiro diz
respeito à Plataforma de Durban, que será a base do novo acordo climático.
[526]
Plano de Manejo – PM: é o documento técnico que, usando como base os
objetivos gerais de uma unidade de conservação, estabelece o seu zoneamento e
as normas que devem nortear e regular o uso que se faz da área e o manejo dos
recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à
gestão da UC (inciso XVII do art. 2° da Lei nº 9.985, de 2000). Os objetivos do
Plano de Manejo – PM são os seguintes: 1) contribuir para que a Reserva Legal –
RL cumpra com os objetivos estabelecidos na sua delimitação; 2) definir objetivos
específicos de manejo para cada Reserva Legal – RL, de maneira a orientar e
subsidiar a sua gestão; 3) promover o manejo da Reserva Legal – RL, orientado
pelo conhecimento disponível e/ou gerado; 4) dotar a Reserva Legal – RL de
diretrizes para o seu desenvolvimento; 5) definir ações específicas para o manejo
da Reserva Legal – RL; 6) estabelecer a diferenciação e a intensidade de uso
mediante o zoneamento, visando à proteção de seus recursos naturais e culturais;
7) destacar a representatividade da Reserva Legal – RL diante dos atributos de
valorização dos seus recursos como biomas, convenções e certificações
internacionais; 8) orientar a aplicação de recursos na Reserva Legal – RL; 8)
contribuir para a captação de recursos e a divulgação da Reserva Legal – RL; 9)
fortalecer a figura das Reservas Legais – RL no Sistema Nacional do Meio
Ambiente – SISNAMA. O Plano de Manejo – PM para uma Reserva Legal – RL
deve abranger 3 (três) níveis distintos, que são: a) Área de Reserva Legal – ARL
propriamente dita; b) área da propriedadeem que a Reserva Legal – RL está
inserida; c) área do entorno, compreendida neste roteiro como aquela dos
municípios de inserção da Reserva Legal – RL e/ou que influenciam o seu
funcionamento.
[527]
O processo de recomposição vegetal de áreas degradadas da Reserva Legal
– RL, com espécies arbóreas nativas de ocorrência regional, fundamenta-se no
emprego do método que visa assegurar a harmonia da dinâmica de sucessão,
consequentemente assegurando também a perenização do ecossistema.
Pretende-se com programa dessa natureza garantir a regularização hidrológica,
controle de erosão, assoreamento, contaminação de recursos hídricos, a
conservação de espécies vegetais e animais, bem como a manutenção da
diversidade genética nas áreas de influência da Reserva Legal – RL. Através da
interligação dos remanescentes vegetais, busca-se manter e/ou recompor o fluxo
gênico nas populações envolvidas, reduzindo a endogamia e favorecendo os
fenômenos de dispersão de espécies de flora e fauna, possibilitando o aporte de
nutrientes às cadeias alimentares dos ecossistemas aquáticos eventualmente
adjacentes, além de ampliar a oferta de nichos e recursos tróficos à comunidade.
processo de recomposição vegetal de áreas degradadas da Reserva Legal – RL
abrange o seguinte: 1) método adequado: a recomposição vegetal com espécies
nativas procura, como utopia, reconstituir a estrutura e composição originais da
vegetação anterior, resguardando a diversidade de espécies, bem como a
representatividade genética das populações; 2) caracterização da área: a
caracterização da área a ser recomposta é levada a efeito mediante os seguintes
aspectos: a) avaliação quantitativa e qualitativa do banco de sementes do solo,
respectivamente com o número de sementes viáveis por unidade de amostra e
número de espécies com sementes viáveis. Esta avaliação tem importância na
identificação das espécies pioneiras; b) identificação de eventuais inibidores de
germinação (luz. água, temperatura, etc...); c) análise da vegetação
remanescente, quanto à identificação taxonômica, "status" sucessional e
capacidade de colonização da área; d) identificação de polos de dispersão e
processos reprodutivos em áreas adjacentes, com possibilidades de dispersão; e)
determinação do nível de degradação ecológica da área, conseguida mediante a
comparação com uma área de referência, quanto aos parâmetros críticos, a
saber: caracterização de solo, sementes de espécies viáveis no banco; 3)
levantamento das espécies a serem introduzidas; 4) coleta de sementes e
produção de mudas: as sementes que darão origem às mudas necessárias à
implementação do programa de recomposição vegetal, com espécies de
ocorrência regional, são obtidas em coletas, respeitando-se alguns princípios
biológicos que garantam a representatividade genética das populações. Assim,
tem-se um mínimo de 12 (doze) matrizes como suficientes para garantir uma
diversidade genética razoável, consequentemente representando a população. As
mudas necessárias ao programa são produzidas em viveiro, por via sexuada,
através da germinação de sementes, mediante às técnicas da semeadura direta e
repicagem; 5) implantação: o plantio propriamente dito é precedido das etapas
sequenciais, a saber: a) práticas de conservação do solo, como terraceamento; b)
alinhamento e marcação de covas em nível; c) coveamento; d) calagem a lanço e
adubação na cova; e) irrigação e replantio quando necessários; e f) combate às
formigas permanente até ao 2º (segundo) ano após implantação; 6) manutenção:
uma vez concluído o plantio, a manutenção do mesmo é realizada até o 2º
(segundo) ano. Esta manutenção consta de uma limpeza mecânica em volta da
muda (coroamento) e uma adubação em cobertura. A partir de então toda a
limpeza da área passa a ser seletiva (principalmente retirada de colonião), para
proporcionar condições de germinação do banco de sementes.
[528]
Entre as diversas funções ou serviços ambientais prestados pelas Áreas de
Preservação Permanente Urbanas – APPU, vale mencionar: a) a proteção do solo
prevenindo a ocorrência de desastres associados ao uso e ocupação
inadequados de encostas e topos de morro; b) a proteção dos corpos d'água,
evitando enchentes, poluição das águas e assoreamento dos rios; c) a
manutenção da permeabilidade do solo e do regime hídrico, prevenindo contra
inundações e enxurradas, colaborando com a recarga de aquíferos e evitando o
comprometimento do abastecimento público de água em qualidade e em
quantidade; d) a função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores
ecológicos que facilitam o fluxo gênico de fauna e flora, especialmente entre áreas
verdes situadas no perímetro urbano e nas suas proximidades; e) a atenuação de
desequilíbrios climáticos intra-urbanos, tais como o excesso de aridez, o
desconforto térmico e ambiental e o efeito “ilha de calor”. A manutenção das
Áreas de Preservação Permanente Urbanas – APPU possibilita a valorização da
paisagem e do patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico,
cultural, paisagístico e turístico). Esses espaços exercem, do mesmo modo,
funções sociais e educativas relacionadas com a oferta de campos esportivos,
áreas de lazer e recreação, oportunidades de encontro, contato com os elementos
da natureza e educação ambiental (voltada para a sua conservação),
proporcionando uma maior qualidade de vida às populações urbanas, que
representam 84,4% da população do país. Os efeitos indesejáveis do processo de
urbanização sem planejamento, como a ocupação irregular e o uso indevido
dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las cada vez mais. Isso causa graves
problemas nas cidades e exige um forte empenho no incremento e
aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à recuperação,
manutenção, monitoramento e fiscalização das Áreas de Preservação
Permanente Urbanas – APPU, tais como: a) articulação de estados e municípios
para a criação de um sistema integrado de gestão de Área de Preservação
Permanente Urbana – APPU, incluindo seu mapeamento, fiscalização,
recuperação e monitoramento; b) apoio a novos modelos de gestão de Área de
Preservação Permanente Urbana – APPU com participação das comunidades e
parcerias com entidades da sociedade civil; c) definição de normas para a
instalação de atividades de esporte, lazer, cultura e convívio da população,
compatíveis com a função ambiental dessas áreas. Além disso, a Secretaria de
Recursos Hídricos e Ambiente Urbano contratou a Universidade de Brasília –
UNB para fazer o levantamento, em 700 (setecentos) municípios brasileiros, do
percentual de áreas verdes e dos corpos d'água existentes nas áreas
efetivamente urbanizadas e no seu entorno imediato, onde são exercidas as
maiores pressões do processo de expansão urbana. O estudo visa conhecer a
proporção de área urbanizada coberta por vegetação e o estado de conservação
das Áresa de Preservação Permanente Urbanas – APPU em suas faixas
marginais. A partir do conhecimento dessa realidade será possível subsidiar: a
formulação de normas e parâmetros legais sobre o tema; o monitoramento e a
definição de ações e estratégias da política ambiental urbana; os processos de
decisão a fim de preservar as Áreas de Preservação Permanente Urbanas –
APPU e evitar a sua ocupação inadequada; o apoio aos programas de prevenção
de desastres; a avaliação de potencialidades e necessidades na recuperação e
preservação das Áreas de Preservação Permanente Urbanas – APPU situadas
em áreas efetivamente urbanizadas e de expansão urbana.
[529]
Parque urbano: é uma área verde com função ecológica, estética e de lazer,
no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos.
[530]
“Art. 3°. Constitui Área de Preservação Permanente a área situada: I- em
faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com
largura mínima, de: a) trinta metros, para o curso d’água com menos de dez
metros de largura; b) cinquenta metros, para o curso d’água com dez a cinquenta
metros de largura; c) cem metros, para o curso d’água com cinquenta a duzentos
metros de largura; d) duzentos metros, para o curso d’água com duzentos a
seiscentos metros de largura; e) quinhentos metros, para o curso d’água com
mais de seiscentos metros de largura; II- ao redor de nascente ou olho d’água,
ainda que intermitente, com raio mínimo de cinquenta metros de tal forma que
proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte; III- ao redor de lagos e
lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: a) trinta metros, para os que
estejam situados em áreas urbanas consolidadas; b) cem metros, para as que
estejam em áreas rurais, exceto os corpos d`água com até vinte hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de cinquenta metros; IV- em vereda e em faixa
marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de cinquenta metros, a
partir do limite do espaço brejoso e encharcado; V- no topo de morros e
montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a dois
terços da altura mínima da elevação em relação a base; VI- nas linhas de
cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois
terços da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada, fi xando-se a
curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros;
VII- em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou
quarenta e cinco graus na linha de maior declive; VIII- nas escarpas e nas bordas
dos tabuleiros e chapadas, a partir da linha de ruptura em faixa nunca inferior a
cem metros em projeção horizontal no sentido do reverso da escarpa; IX- nas
restingas: a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de
preamar máxima; b) em qualquer localização ou extensão, quando recoberta por
vegetação com função fixadora de dunas ou estabilizadora de mangues; X- em
manguezal, em toda a sua extensão; XI- em duna; XII- em altitude superior a mil e
oitocentos metros, ou, em Estados que não tenham tais elevações, a critério do
órgão ambiental competente; XIII- nos locais de refúgio ou reprodução de aves
migratórias; XIV - nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna
ameaçados de extinção que constem de lista elaborada pelo Poder Público
Federal, Estadual ou Municipal; XV- nas praias, em locais de nidifi cação e
reprodução da fauna silvestre.
Parágrafo único. Na ocorrência de dois ou mais morros ou montanhas cujos
cumes estejam separados entre si por distâncias inferiores a quinhentos metros, a
Área de Preservação Permanente abrangerá o conjunto de morros ou montanhas,
delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura em
relação à base do morro ou montanha de menor altura do conjunto, aplicando-se
o que segue: I- agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de até
quinhentos metros entre seus topos; II- identifi ca-se o menor morro ou montanha;
III- traça-se uma linha na curva de nível correspondente a dois terços deste; e IV-
considera-se de preservação permanente toda a área acima deste nível.
[531]
“Art 3º. Constitui Área de Preservação Permanente a área com largura
mínima, em projeção horizontal, no entorno dos reservatórios artificiais, medida a
partir do nível máximo normal de: I- trinta metros para os reservatórios artificiais
situados em áreas urbanas consolidadas e cem metros para áreas rurais; II-
quinze metros, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia
elétrica com até dez hectares, sem prejuízo da compensação ambiental; III-
quinze metros, no mínimo, para reservatórios artificiais não utilizados em
abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até vinte hectares de
superfície e localizados em área rural.
§1º. Os limites da Área de Preservação Permanente, previstos no inciso I,
poderão ser ampliados ou reduzidos, observando-se o patamar mínimo de trinta
metros, conforme estabelecido no licenciamento ambiental e no plano de recursos
hídricos da bacia onde o reservatório se insere, se houver.
§2º. Os limites da Área de Preservação Permanente, previstos no inciso II,
somente poderão ser ampliados, conforme estabelecido no licenciamento
ambiental, e, quando houver, de acordo com o plano de recursos hídricos da
bacia onde o reservatório se insere.
§3º. A redução do limite da Área de Preservação Permanente, prevista no § 1º
deste artigo não se aplica às áreas de ocorrência original da floresta ombrófila
densa - porção amazônica, inclusive os cerradões e aos reservatórios artificiais
utilizados para fins de abastecimento público.
§4º. A ampliação ou redução do limite das Áreas de Preservação Permanente, a
que se refere o § 1º, deverá ser estabelecida considerando, no mínimo, os
seguintes critérios: I- características ambientais da bacia hidrográfica; II- geologia,
geomorfologia, hidrogeologia e fisiografia da bacia hidrográfica; III- tipologia
vegetal; IV- representatividade ecológica da área no bioma presente dentro da
bacia hidrográfica em que está inserido, notadamente a existência de espécie
ameaçada de extinção e a importância da área como corredor de biodiversidade;
V- finalidade do uso da água; VI- uso e ocupação do solo no entorno; VII- o
impacto ambiental causado pela implantação do reservatório e no entorno da Área
de Preservação Permanente até a faixa de cem metros.
§5º. Na hipótese de redução, a ocupação urbana, mesmo com parcelamento do
solo através de loteamento ou subdivisão em partes ideais, dentre outros
mecanismos, não poderá exceder a dez por cento dessa área, ressalvadas as
benfeitorias existentes na área urbana consolidada, à época da solicitação da
licença prévia ambiental.
§6º. Não se aplicam as disposições deste artigo às acumulações artificiais de
água, inferiores a cinco hectares de superfície, desde que não resultantes do
barramento ou represamento de cursos d`água e não localizadas em Área de
Preservação Permanente, à exceção daquelas destinadas ao abastecimento
público”.
[532]
“Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal
preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre
particulares.
§1°. Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o
direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos,
renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
§2°. O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado
na forma do § 1o, independentemente do número de alienações referentes ao
mesmo imóvel.
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público
necessitar de áreas para: I- regularização fundiária; II- execução de programas e
projetos habitacionais de interesse social; III- constituição de reserva fundiária; IV-
ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V- implantação de
equipamentos urbanos e comunitários; VI- criação de espaços públicos de lazer e
áreas verdes; VII- criação de unidades de conservação ou proteção de outras
áreas de interesse ambiental; VIII- proteção de áreas de interesse histórico,
cultural ou paisagístico; IX- (VETADO).
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá
enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das
finalidades enumeradas por este artigo.
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para
que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu
interesse em comprá-lo.
§1°. À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra
assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão
preço, condições de pagamento e prazo de validade.
§2°. O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local
ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos
termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta
apresentada.
§3°. Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o
proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da
proposta apresentada.
§4°. Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao
Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do
imóvel.
§5°. A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é
nula de pleno direito.
§6°. Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo
valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada,
se este for inferior àquele”.
[533]
“Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal
em suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos de: I- florestas
plantadas; II- PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do
Sisnama; III- supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do
Sisnama; IV- outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente
do Sisnama.
§1°. São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que
utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que
detenham autorização para supressão de vegetação nativa.
§2°. É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que utilize: I-
costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da atividade
industrial; II- matéria-prima florestal: a) oriunda de PMFS; b) oriunda de floresta
plantada; c) não madeireira.
§3°. A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não desobriga o
interessado da comprovação perante a autoridade competente da origem do
recurso florestal utilizado.
§4°. A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da matéria-prima
utilizada, mediante o plantio de espécies preferencialmente nativas, conforme
determinações do órgão competente do Sisnama”.
[534]
Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS: é o conjunto de
planejamentos e técnicas de colheita florestal, adaptadas às condições da floresta
e aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento. O objetivo deste
plano, exigido pela legislação florestal, é orientar a produção madeireira da
floresta, assegurar um melhor aproveitamento dos recursos, aumentar a
rentabilidade da atividade, reduzir o impacto da exploração, diminuir os riscos de
trabalho e promover a sustentabilidade. O Plano de Manejo Florestal Sustentável
– PMFS permite sintetizar o ambiente físico (clima, topografia, hidrografia,
geologia, solo), socioeconômico (população, economia, infra-estrutura) e biológico
(vegetação e fauna). Esses dados são obtidos através de: a) literatura; b) trabalho
de cartografia com zoneamento da floresta em áreas exploráveis (identificação
dos tipos florestais) e áreas não exploráveis (Áreas de Preservação Permanentes
– APP, áreas inacessíveis à exploração, etc.); c) levantamento de campo com
avaliação do potencial madeireiro, bem como das características da topografia,
hidrografia e infra-estrutura da área. O levantamento de campo consiste num
inventário amostral único, sistema de amostragem estratificado baseado na
tipologia florestal, com unidades de amostra distribuídas aleatoriamente e uma
taxa de sondagem de aproximadamente 0,01 a 0,02%. O Plano de Manejo
Florestal Sustentável – PMFS apresenta todas as características da exploração e
do manejo florestal: ciclo de corte, volume de produção, atividades pré-
exploratórias, exploratórias e pós-exploratórias, impactos ambientais e medidas
compensatórias. Esses dados permitem projetar a rede de estradas e delimitar as
Unidades de Produção Anual durante todo o ciclo de corte.
[535]
José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 412 e ss.
[536]
Óleo: qualquer forma de hidrocarboneto (petróleo e seus derivados), incluindo
óleo cru, óleo combustível, borra, resíduos de petróleo e produtos refinados
(inciso VIII do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[537]
Substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se descarregada
nas águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao
ecossistema aquático ou prejudicar o uso da água e de seu entorno (inciso X do
art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[538]
Porto organizado: porto construído e aparelhado para atender às
necessidades da navegação e da movimentação e armazenagem de mercadorias,
concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam
sob a jurisdição de uma autoridade portuária, ou seja, uma autoridade
responsável pela administração do porto organizado, competindo-lhe fiscalizar as
operações portuárias e zelar para que os serviços se realizem com regularidade,
eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente (incisos XII e XXIII do art. 2° da
Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[539]
Instalação portuária ou terminal: instalação explorada por pessoa jurídica de
direito público ou privado, dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada na
movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de
transporte aquaviário (inciso XIII do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[540]
Plataformas: instalação ou estrutura, fixa ou móvel, localizada em águas sob
jurisdição nacional, destinada a atividade direta ou indiretamente relacionada com
a pesquisa e a lavra de recursos minerais oriundos do leito das águas interiores
ou de seu subsolo, ou do mar, da plataforma continental ou de seu subsolo (inciso
VI do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[541]
Instalações de apoio: quaisquer instalações ou equipamentos de apoio à
execução das atividades das plataformas ou instalações portuárias de
movimentação de cargas a granel, tais como dutos, monoboias, quadro de bóias
para amarração de navios e outras (inciso VII do art. 2° da Lei n° 9.966, de
28.04.2000).
[542]
Incidente: qualquer descarga (qualquer despejo, escape, derrame,
vazamento, esvaziamento, lançamento para fora ou bombeamento de substâncias
nocivas ou perigosas, em qualquer quantidade, a partir de um navio, porto
organizado, instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações de apoio)
de substância nociva ou perigosa, decorrente de fato ou ação intencional ou
acidental que ocasione risco potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde
humana (incisos XI e XIV do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[543]
Navio: embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente aquático,
inclusive hidrofólios, veículos a colchão de ar, submersíveis e outros engenhos
flutuantes (inciso V do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[544]
Órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal,
responsável pela regulação, contratação e fiscalização das atividades econômicas
da indústria do petróleo, sendo tais atribuições exercidas pela Agência Nacional
do Petróleo – ANP (inciso XXIV do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[545]
Autoridade marítima: autoridade exercida diretamente pelo Comandante da
Marinha, responsável pela salvaguarda da vida humana e segurança da
navegação no mar aberto e hidrovias interiores, bem como pela prevenção da
poluição ambiental causada por navios, plataformas e suas instalações de apoio,
além de outros cometimentos a ela conferidos pela Lei n° 9.966, de 28.04.2000
(inciso XXII do art. 2° da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
[546]
Órgão ambiental ou órgão de meio ambiente: órgão do poder executivo
federal, estadual ou municipal, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente
– SISNAMA), responsável pela fiscalização, controle e proteção ao meio ambiente
no âmbito de suas competências (inciso XXI do art. 2° da Lei n° 9.966, de
28.04.2000).
[547]
Os princípios do estudo de impacto ambiental como limite da
discricionariedade administrativa, Revista Forense, n. 317, p. 25 e ss.
[548]
Direito ambiental cit., p. 197.
[549]
Op.cit., p. 190.
[550]
Direito administrativo e meio ambiente, p. 62.
[551]
Direito ambiental cit., p. 197.
[552]
Idem, p. 200.
[553]
Os princípios do estudo de impacto ambiental... cit., Revista Forense, p. 27.
[554]
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
[555]
Direito ambiental cit., p. 198.
[556]
Op.cit., p. 193.
[557]
Art. 6º. Para os fins desta Lei, considera-se: (...) IX. Projeto Básico – conjunto
de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida
de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos
constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas,
suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação
ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de
realização das obras e montagem; c) identificação dos tipos de serviços a
executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas
especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento,
sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que
possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações
provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de
licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de
suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada
caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; (...)
[558]
Direito ambiental cit., p. 207-208.
[559]
Idem, p. 211.
[560]
Direito ambiental cit., p. 209.
[561]
Direito ambiental cit., p. 214.
[562]
Meio Ambiente: legislação vigente no Estado do Rio de Janeiro, p. 38.
[563]
Direito ambiental cit., p. 218.
[564]
Idem, p. 216.
[565]
Idem, p. 216-217.
[566]
“EIR”, “EIS”, “ER”, siglas usadas de acordo com a legislação de cada país de
língua inglesa. O mesmo ocorre com as expressões em espanhol.
[567]
“Art. 18. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimento de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes,
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento do órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, sem
prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§1º. Caberá ao CONAMA fixar os critérios básicos, segundo os quais serão
exigidos estudos de impacto ambiental para fins de licenciamento, contendo, entre
outras, os seguintes itens: a) diagnóstico ambiental da área; b) descrição da ação
proposta e suas alternativas; c) identificação, análise e previsão dos impactos
significativos, positivos e negativos.
§2º. O estudo de impacto ambiental será realizado por técnicos habilitados, e
constituirá Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), correndo as despesas por
conta do proponente do projeto.
§3º. Respeitada a meteria de sigilo industrial, assim expressamente caracterizada
a pedido do interessado, o RIMA, devidamente fundamentado, será acessível ao
público.
§4º. Resguardado o sigilo industrial, os pedidos de licenciamento, em qualquer
das suas modalidades, sua renovação e a respectiva concessão da licença, serão
objeto de publicação resumida, paga pela interessado, no jornal oficial do Estado
e em um periódico de grande circulação, regional ou local, conforme modelo
aprovado pela IBAMA”.
[568]
Direito ambiental cit., p. 218.
[569]
“Art. 4°. Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos: I-
planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social; II- planejamento das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões; III- planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c)
zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e
orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e
projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social; IV- institutos
tributários e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
– IPTU; b) contribuição de melhoria; c) incentivos e benefícios fiscais e
financeiros; V- institutos jurídicos e políticos: a) desapropriação; b) servidão
administrativa; c) limitações administrativas; d) tombamento de imóveis ou de
mobiliário urbano; e) instituição de unidades de conservação; f) instituição de
zonas especiais de interesse social; g) concessão de direito real de uso; h)
concessão de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios; j) usucapião especial de imóvel urbano; l) direito de
superfície; m) direito de preempção; n) outorga onerosa do direito de construir e
de alteração de uso; o) transferência do direito de construir; p) operações urbanas
consorciadas; q) regularização fundiária; r) assistência técnica e jurídica gratuita
para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e
plebiscito; t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária (incluído
pela Lei n° 11.977, de 07.07.2009); u) legitimação de posse (incluído pela Lei n°
11.977, de 07.07.2009); VI- estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo
prévio de impacto de vizinhança (EIV).
§1°. Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes
é própria, observado o disposto nesta Lei.
§2°. Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social,
desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação
específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos
poderá ser contratada coletivamente.
§ 3°. Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos
por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social,
garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade
civil”.
[570]
“Art. 73. Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que
venham a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental
significativa”.
[571]
“Art. 74. A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos
empreendimentos de impacto, sem prejuízo de outras licenças legalmente
exigíveis, ficam sujeitos a: I- licenciamento ambiental pelo COMAM, nos termos
da legislação específica, nos casos em que o empreendimento implique
repercussões ambientais significativas; II- licenciamento urbanístico pelo
COMPUR, nos casos em que o empreendimento implique repercussões
preponderantemente urbanísticas (com redação dada pelo art. 69 da Lei Municipal
n° 9.959, de 20.07.2010).
§1º. Os órgãos da administração municipal somente aprovarão projeto de
implantação ou ampliação dos empreendimentos de impacto após o licenciamento
a que se refere o caput, sob pena de responsabilização administrativa e nulidade
dos seus atos.
§2º. O licenciamento das atividades a que se refere o inciso I do caput deste
artigo dependerá da prévia elaboração de estudos que contenham a análise de
impactos no meio ambiente e as medidas destinadas a minimizar as
consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a
elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e o respectivo Relatório de
Impacto Ambiental - RIMA -, quando for o caso (com redação dada pelo art. 69 da
Lei Municipal n° 9.959, de 20.07.2010).
§3º. Lei específica disporá sobre a regulamentação do licenciamento de que trata
este artigo.
§4º. O licenciamento das atividades a que se refere o inciso II do caput deste
artigo dependerá da elaboração de estudos que contenham a análise de impactos
nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a
minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos
positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -,
conforme o disposto no Capítulo XI da Lei nº 7.165/96, quando for o caso (com
redação dada pelo art. 69 da Lei Municipal n° 9.959, de 20.07.2010).
§5º. O funcionamento de empreendimento de impacto já instalado poderá ficar
condicionado ao licenciamento urbanístico, quando convocado pelo COMPUR
(com redação dada pelo art. 69 da Lei Municipal n° 9.959, de 20.07.2010)”.
[572]
“Art. 74-A. Submetem-se a licenciamento ambiental pelo COMAM as
seguintes atividades e os seguintes empreendimentos de impacto: I- extração ou
tratamento de minerais; II- barragens para contenção de rejeitos ou resíduos; III-
indústrias com repercussão ambiental significativa; IV- usina de asfalto; V-
terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários; VI- terminais de minério, de
produtos químicos e petroquímicos; VII- oleodutos, gasodutos, minerodutos; VIII-
interceptores de esgoto; IX- aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos
sólidos e estação de transbordo de resíduos; X- unidades de incineração de
resíduos; XI- autódromos, hipódromos e estádios esportivos; XII- cemitérios e
crematórios; XIII- matadouros e abatedouros; XIV- estabelecimentos prisionais;
XV- ferrovias, subterrâneas ou de superfície; XVI- linhas de transmissão de
energia elétrica, acima de 230 kV (duzentos e trinta quilovolts); XVII- usinas de
geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima 10
MW (dez megawatts); XVIII- intervenções em corpos d’água - tais como
barragens, canalizações, retificações de coleções de água - e em diques; XIX-
estações de tratamento de água; XX- estações de tratamento de esgotos
sanitários; XXI- garagem de empresas de transporte de passageiros e de cargas;
XXII- postos de abastecimento de veículos e de revenda de combustíveis; XXIII-
loteamentos; XXIV- parcelamentos destinados a uso industrial; XXV- obras de arte
compreendidas por viadutos, túneis e trincheiras; XXVI- hospitais; XXVII-
tipologias de atividades e empreendimentos arrolados pelo Conselho Estadual de
Política Ambiental – COPAM –, como modificadoras do meio ambiente, sujeitas ao
licenciamento ambiental ou à autorização ambiental de funcionamento.
Parágrafo único - O COMAM estabelecerá, com base em critérios que conjuguem
o porte e o potencial poluidor ou degradador do meio ambiente, quais as
atividades e os empreendimentos arrolados neste artigo que estarão sujeitos a
licenciamento simplificado perante o órgão municipal de meio ambiente, e quais
os procedimentos específicos aplicáveis a cada modalidade de licenciamento
(com redação dada pelo art. 70 da Lei Municipal n° 9.959, de 20.07.2010)”.
[573]
“Art. 74-B - Submetem-se a licenciamento urbanístico pelo COMPUR os
seguintes empreendimentos de impacto: I- os edifícios não residenciais com área
de estacionamento maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou com mais
de 400 (quatrocentas) vagas [, inciso I do art. 15 do Decreto Municipal n° 14.594,
de 30.09.2011: a área de estacionamento citada corresponde à soma das áreas
destinadas às vagas para estacionamento de veículos e das áreas destinadas a
acesso, circulação e manobra necessárias para alcançá-las. Inciso II do art. 15 do
Decreto Municipal n° 14.594, de 30.09.2011: o número de vagas previsto diz
respeito àquelas destinadas a estacionamento de veículos]; II- os destinados a
uso residencial que tenham mais de 300 (trezentas) unidades; III- os destinados a
uso misto com mais de 20.000 m² (vinte mil metros quadrados); IV- os destinados
a serviço de uso coletivo com área maior que 6.000 m² (seis mil metros
quadrados); V- casas de show, independentemente da área utilizada [inciso III do
art. 15 do Decreto Municipal n° 14.594, de 30.09.2011: a referência para aplicação
do disposto nos itens 3 e 4 será a área total edificada -construída- ou a área
utilizada pela atividade, inclusive áreas descobertas, prevalecendo aquela que for
maior]; VI- centro de convenções, independentemente da área utilizada; VII- casa
de festas e eventos com área utilizada superior a 360 m² (trezentos e sessenta
metros quadrados); VIII- hipermercados com área utilizada igual ou superior a
5.000 m² (cinco mil metros quadrados); IX- os parcelamentos vinculados, na figura
de desmembramento, que originem lote com área superior a 10.000 m² (dez mil
metros quadrados) ou quarteirão com dimensão superior a 200 m (duzentos
metros); X- as intervenções em áreas urbanas consolidadas, compreendidas por
modificações geométricas significativas de conjunto de vias de tráfego de
veículos; XI- os helipontos; XII- outros empreendimentos sujeitos a EIV definidos
por lei municipal.
Parágrafo único - Mediante definição de padrões e procedimentos, o COMPUR
poderá delegar ao Executivo a análise de licenciamentos de empreendimentos
que sejam considerados de baixa repercussão negativa para a vizinhança (com
redação dada pelo art. 70 da Lei Municipal n° 9.959, de 20.07.2010)”.
[574]
Direito ambiental cit., p. 219.
[575]
Direito ambiental cit., p. 220.
[576]
Idem, ibidem.
[577]
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA, Rotulagem Ambiental:
Documento base para o Programa Brasileiro de Rotulagem Ambiental, Brasília,
MMA/SPDS, 2002, p. 11.
[578]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 14.
[579]
Qualidade: a definição de qualidade pode ser obtida sob 5 (cinco) aspectos
distintos: 1) Qualidade transcendente (avaliação do produto, do processo
produtivo e da percepção do consumidor): sob este aspecto, a qualidade constitui
“uma condição de excelência que implica em ótima qualidade, distinta de má
qualidade (...) Qualidade é atingir ou buscar o padrão mais alto em vez de se
contentar com o mal feito ou fraudulento”. A qualidade neste sentido não é
mensurável, pois se trata algo subjetivo (TUCHMAN, Bárbara W. “The Decline of
Quality”. In: New York Times Magazine, 02.11.2002, p. 38-42); 2) Qualidade
baseada no produto (avaliação comparativa do produto): sob este aspecto, a
qualidade diz respeito às “diferenças de Qualidade correspondem a diferenças de
quantidade de algum ingrediente ou atributo desejado”. A qualidade neste sentido
também não é mensurável, pois se trata algo subjetivo (ABBOTT, Lawrence,
Quality and Competition: An Essay in Economic Theory, New York, Columbia.
University Press. Andersen Consulting, 1996, p. 39-40); 3) Qualidade baseada no
usuário (avaliação da aplicabilidade do produto): sob este aspecto, a qualidade
constitui “Qualidade é adequação ao uso”. A qualidade neste sentido não é
igualmente mensurável, pois se trata algo subjetivo (JURAN, Joseph M. Quality
Control Handbook, New York, Mcgraw-Hill Trade, 1988, p. 2-16); 4) Qualidade
baseada no valor (avaliação da aplicabilidade e percepção do consumidor): sob
este aspecto, a qualidade refere-se “ao melhor para certas condições do cliente.
Essas condições são as seguintes: a) o verdadeiro uso; e b) o preço de venda do
produto”. A qualidade neste sentido não é mensurável, pois se trata algo subjetivo
(FEIGENBAUM, Armand V. Total Quality Control, 3ª Ed., New York, Mcgraw-Hill
Trade, 1988, p. 51);.5) Qualidade baseada na produção (avaliação da adequação
a normas ou regulamentos): sob este aspecto, a qualidade significa “conformidade
com as exigências”. A qualidade neste sentido é mensurável e, por isso mesmo,
integrante do processo de avaliação de conformidade (CROSBY, Philip Bayard.
Quality is free, New York, McGraw-Hill Book Company, 1979, p. 38-39).
[580]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 14-15.
[581]
International Organization for Standardization – IOS (Organização
Internacional de Normalização, em português, ou L'Organisation internationale de
normalisation, em francês): embora popularmente se acredite que a expressão
“ISO” é um acrónimo de "International Standards Organization", na realidade o
nome originou-se da palavra grega " ἴ σος" ("isos"), que significa igualdade. Evita-
se com isso que a organização possua diferentes acrônimos em diferentes
idiomas, já que em inglês, o acrônimo seria IOS (International Organization for
Standardization), em francês OIN (Organisation Internationale de Normalisation),
e assim por diante. A escolha do nome “ISO” reflete assim o objetivo da
organização, ou seja, a padronização entre as diversas culturas. A International
Organization for Standardization é uma entidade que atualmente congrega os
grêmios de padronização/normalização de 170 (cento e setenta) países. Foi
fundada em 23.02.1947, em Genebra, na Suíça. A International Organization for
Standardization aprova normas internacionais em todos os campos técnicos.
Entre os tipos de classificações da International Organization for
Standardization,encontram-se: 1) Normas Técnicas, como, por exemplo, as
normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; 2)
Classificações, como, por exemplo, os códigos de países (PT/PRT/620 para
Portugal; BR/BRA/076 para Brasil; etc.); 3) Normas de Procedimento, como, por
exemplo, as normas de procedimento de gestão da qualidade, de acordo com a
ISO 9000. Entre as entidades responsáveis pelas International Organization for
Standardization – ISO, por país, apenas a título de exemplo, podemos citar as
seguintes: a) Alemanha: Deutsches Institut fur Normung e. V – DIN; b) Angola:
Instituto Angolano de Normalização e Qualidade – IANORQ; c) Brasil: Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; d) Estados Unidos da América: American
National Standards Institue – ANSI; e) Moçambique: Instituto Nacional de
Normalização e Qualidade – INNOQ; f) Portugal: Instituto Português da Qualidade
– IPQ.
[582]
O “Blue Angel Mark” é uma marca alemã de teste ambiental apresentado
como primeiro rótulo ecológico do mundo em 1977, marcando seu 25º aniversário
em 2002. O “Anjo Azul” promove o respeito tanto da proteção ambiental e defesa
do consumidor e é concedido aos produtos e serviços que são particularmente
benéfica para o ambiente de uma consideração toda a volta e que também
cumprir os elevados padrões de segurança e saúde ocupacional e aptidão para o
uso. O uso econômico de matérias-primas, a produção, o uso, a vida útil e a
eliminação do produto - todos esses fatores são designados como de elevada
importância, para que os produtos possam ser aprovados e ostentar diretamente
sobre eles o logomarca do programa de rotulagem ambiental “Blue Angel”
Também as empresas de serviços podem ostentar este logomarca em materiais
utilizados para oferecer os seus serviços.Cerca de 90 (noventa) produtos, tais
como máquinas de copiar, baterias de lítio e máquinas de industriais de baixo
ruído estão dentro do escopo da marca. A “Blue Ângulo Mark” é aplicada ao
Reichsausschuss fur Lieferbedingungen – RAL (Instituto Alemão para a Qualidade
e Rotulagem), que publica, anualmente, a “lista de produtos” que podem ostentar
esta marca
[583]
Eco Mark Program foi fundado pela Japan Environment Association – JEA em
1989, com o objetivo de sugerir para sugerir alternativas de produtos mais
adequados ao estilo de vida ecologicamente sustentável e, em última análise,
mais adequados para uma sociedade ambientalmente correta. Ao Eco Mark
Program indicar em um determinado produto que é certificado por ele como sendo
útil para a preservação ambiental, a informação de produto é fornecida em vista
da perspectiva ambiental. Também para os consumidores, que desejam viver em
meio ambiente mais saudável e condições razoáveis de sua preservação, possam
fazer a escolha de tais produtos com mais facilidade. Portanto, os critérios de
certificação do Eco Mark Program são os seguintes: 1) em comparação com
outros produtos semelhantes, os impactos ambientais são relativamente poucos
durante o ciclo de vida do produto certificado, o qual vai desde a sua produção até
o seu descarte; ao usar o produto certificado, o efeito do uso contribui
significativamente para a preservação ambiental, ou seja, o impacto ambiental
que é produzido a partir de outras causas pode ser reduzido consideravelmente.
Eco Mark Program destina-se a ser meio de oferecer escolha de produtos com
menor impacto ambiental, uma vez que o uso em excesso de produtos sem
certificação do Eco Mark Program não conduz a uma sociedade ambientalmente
correta. No entanto, não se pode perder de vista que o Eco Mark Program não se
destina a proteger os consumidores em relação aos benefícios diretos, tais como
a qualidade e segurança do produto.
[584]
A Green Seal, Inc. é uma organização independente, sem fins lucrativos que
utiliza padrões de base científica e do poder do mercado para criar um mundo
mais sustentável. A Green Seal, Inc. não tem qualquer interesse financeiro nos
produtos que certifica nem em qualquer fabricante ou da empresa. Assim, os
produtos certificados pela Green Seal. Inc. são portadores de certificações
confiáveis, objetivas e imparciais, cuja única finalidade é orientar o comprador de
produtos e serviços ambientalmente corretos ou sustentáveis. Somente produtos
que são certificados pela Green Seal. Inc. podem exibir a logomarca e certificado
Green Seal (Selo Verde).
[585]
A Rainforest Alliance é uma Organização Não-Governamental – ONG com o
objetivo publicar trabalhos com a conservação da biodiversidade e assegurar
subsistência sustentável, transformando as práticas de uso da terra, as práticas
de negócios e o comportamento do consumidor. A Rainforest Alliance lançou, em
1989, o programa SmartWood, primeiro programa mundial de certificação florestal
sustentável para, impulsionada pelo mercado, incentivar, em fazendas floretais, a
gestão de florestas e dos recursos florestais ambiental e socialmente responsável.
Por sinal, o programa SmartWood ajudou a fundar, em 1993, o Forest
Stewardship Council – FSC, organização sem fins lucrativos que promove a
gestão florestal responsável a nível mundial. O programa SmartWood é
credenciado para certificar as operações florestais que cumprem as normas
ambientais e sociais do Forest Stewardship Council – FSC. As operações
florestais que ganham certificação podem usar um selo nos produtos feitos a partir
de madeira para que os consumidores saibam que a madeira que está comprando
vem de florestas geridas de forma a preservar a biodiversidade e assegurar os
direitos dos trabalhadores e da população local. O programa SmartWood já
certificou mais de 108 milhões de acres (43,8 milhões de hectares) de floresta em
todo o mundo, tornando-se assim a maior certificadora do Forest Stewardship
Council – FSC de florestas no mundo. O programa SmartWood da Rainforest
Alliance foi classificado como “melhor de sua classe”, segundo o relatório
independente “Wood Products Legality Verification Systems: An Assessment",
elaborado pelo Greenpeace, uma das mais famosas organizações mundiais do
meio ambiente,
[586]
Outras normas ou standards importantes da International Organization for
Standardization (ISO) são as seguintes: 1) ISO 31 (“Tamanhos e unidades”); 2)
ISO 1000 (“Unidades SI e recomendações para o uso de seus múltiplos e de
algumas outras unidades”); 3) ISO 216 (“Formatos e dimensões de papel - série A
e B”); 4) ISO 269 (“Formatos e dimensões de envelopes.”); 5) ISO 639 (“Códigos
para representação de nomes de línguas”); 6) ISO 1337 (“Padronização para
linguagem de internet”); 7) |ISO 2108 (“Sistema internacional de identificação de
livros, ISBN”); 8) ISO 3166 (“Códigos de países e subdivisões”); 9) ISO 4217
(“Códigos de moeda”); 10) ISO 5218 (“Convenção numérica para representação
de sexos”); 11) ISO 5800 (“Sensibilidade das películas fotográficas”); 12) ISO
7810 (“Normas para cartões ID-1,ID-2 e ID-3 (de identificação, bancários,
passaporte, carta de condução”); 13) ISO 7811 (“Métodos de gravação em cartões
ID1”); 14) ISO 7813 (“Características adicionais de cartões ID-1”); 15) ISO 7816
(“Cartões ID-1 com micro circuitos integrados”); 16) ISO 8601 (“International
Standard Date and Time Notation”); 17) ISSO 8859 (“Codificação de caracteres
em fontes, as quais incluem o ASCII (por exemplo, ISO 8859-1, ISO 8859-2”); 18)
ISO 8879 (“Standard Generalized Markup Language – SGML”); 19) ISSO 9000
(“Sistema de gestão da qualidade em ambientes de produção”); 20) ISO 9660
(“Sistema de ficheiros para CD-ROMs”); 21) ISO 9899 (“A linguagem de
programação C”); 22) ISO 10006 (“Gestão da qualidade (aplicada em gestão de
projetos”); 23) IS/IEF 10179:1996 (“Semânticas de Estilo de Documentos e
Linguagem de Especificações - DSSSL”); 24) ISO/TEC 10646 (“Universal
Character Set - equivalente ao Unicode”); 25) ISO 14000–ISO 13064 (“Normas de
gestão do ambiente em ambientes de produção”); 26) ISO 14772 (“Virtual Reality
Modelling Language VRML”); 27) ISO/IEC 14882 (“A linguagem de programação
C++”); 27) ISO/IEC 15504 (“SPICE ISO sobre as necessidades e os requisitos de
um padrão internacional para avaliação de processos de SW”); 28) ISO/IEC
17024 (“Avaliação de conformidade para estabelecer requisitos gerais para
organismos que realizam certificação de pessoas”); 30) ISO/IEC 17799
(“Tecnologia da informação: código de conduta para a gestão da segurança da
informação”); 31) ISO/IEC 12207 (“Tecnologia da informação: define processo de
desenvolvimento de software”); 31) ISO 20000–ISO/IEC 20000 (“Tecnologia da
informação: define processos de gerenciamento de serviços de TI”); 32) ISO/IEC
26300 (“Open Document Format, ODF”).
[587]
Avaliação do Ciclo de Vida – ACV, em jargão técnico, é uma forma que tende
a examinar o impacto total de um produto através de cada etapa de sua vida,
desde a obtenção de matéria prima , a forma de como é fabricado, a venda no
mercado , o uso em casa , e seu descarte. As opções de descarte incluem
incineração, depósito em aterros, ou recliclagem.
[588]
Scientific Certification Systems – SCS oferece uma ampla gama de
certificações de produtos ecológicos, incluindo Single Claim Attribute (Atributo de
Única Reivindicação), Multiple-Attribute Claims (Atributo de Múltiplas
Reivindicações) e Comprehensive Cradle-to-grave Life Cycle Assessment Based
Claims (Avaliação das Reivindicações Baseadas no Ciclo de Vida Global do Berço
ao Túmulo), Por mais de 25 anos, Scientific Certification Systems – SCS
desenvolveu padrões internacionalmente reconhecidos e programas de
certificação em busca do mais alto nível de desempenho ambiental e
responsabilidade social. Muitas certificações são baseadas em metodologia
inovadora de avaliação do ciclo de vida. Todos os padrões de certificação estão
disponíveis para consulta pública para assegurar a transparência. Quando as
normas exigem testes de laboratório, Scientific Certification Systems – SCS
trabalha com laboratórios independentes para garantir ainda mais as decisões
imparciais de certificação.
[589]
O Federal Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act – FIFRA [(PL 75-717) 7
USC § 136 e segs.] é uma lei dos Estados Unidos federal que criou o sistema
básico regulação de pesticidas norte-americano, para proteger os aplicadores, os
consumidores e omeio ambiente. O Federal Insecticide, Fungicide, and
Rodenticide Act – FIFRA é administrado pela United States Environmental
Protection Agency – USEPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
da América) e os órgãos ambientais competentes dos respectivos estados. A
versão atual do Federal Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act – FIFRA
sofreu grande revisão em 1972 e substituiu a Lei Federal de Inseticidas de 1910 e
Lei Federal dos Inseticidas, Fungicidas e Raticidas de 1947. Em 1988, foi alterada
para mudar as leis de registro de pesticidas e de exigir recadastramento de
determinados pesticidas que haviam sido registrados antes de 1984. O ato foi
novamente alterado em 1996 pelo Food Quality Protection Act (Ato de proteção
da Qualidade Alimentar”. Todavia, a distribuição e o uso de agrotóxicos são
regulamentados pela United States Environmental Protection Agency – USEPA.
Quando Federal Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act – FIFRA foi aprovado
em 1947, atribuiu ao United States Departament of Agriculture – USDA a
responsabilidade pela regulação de pesticidas. Em 1972, quando Federal
Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act – FIFRA sofreu grande revisão,
transferiu a responsabilidade de regulamentação dos pesticidas para a United
States Environmental Protection Agency – USEPA, com isto também transferiu a
ênfase da normatização à proteção do meio ambiente e à saúde pública. A sua
versão de 1972 está em grande parte ainda em vigor. Federal Insecticide,
Fungicide, and Rodenticide Act – FIFRA estabeleceu um conjunto de
regulamentos de pesticidas, a saber: 1) o Federal Insecticide, Fungicide, and
Rodenticide Act – FIFRA regulamentou o registro de todos os pesticidas, o que só
é feito após um período de coleta de dados para determinar a eficácia de seu uso,
dosagem apropriada e os riscos do material particular. Quando registrado, um
rótulo é criado para instruir o usuário final a respeito do uso adequado do
material.Se as instruções são ignoradas, os usuários são responsáveis por
quaisquer consequências negativas. As instruções contidas no rótulo são
projetadas para maximizar a eficácia do produto, protegendo o aplicador, os
consumidores e o meio ambiente. Os críticos do processo apontam, por um lado,
que a pesquisa para elaborar o rótulo é inteiramente feita pelo fabricante e não
muito é feita a verificação sobre a sua precisão. Por outro lado, alguns
consideram o processo muito rigoroso. Custa milhões de dólares a produção de
tais produtos e, frequentemente, levam muitos anos para se conseguir registrar
um novo agrotóxico, o que limita a produção apenas para grandes indústrias. Da
mesma forma muitos produtos menos usados ou voltados para determinada
especialidade nunca são registrados, pois as empresas não consideram o
potencial de vendas suficiente grande para justificar o investimento; 2) apenas
poucos pesticidas são disponibilizados ao público em geral. A maioria dos
pesticidas são considerados muito perigosos para uso geral, e restritos aos
aplicadores certificados. O Federal Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act –
FIFRA estabeleceu um sistema de controle e certificação, tanto a nível privado
como a nível comercial, para os aplicadores que desejam adquirir e usar
pesticidas de uso restrito. A distribuição dos pesticidas restrito também é
monitorada; 3) United States Environmental Protection Agency – USEPA tem
processos de revisão diferentes para 3 (três) categorias de pesticidas: a)
antibióticos; b) bioinseticidas; e c) inseticidas convencionais. Essas três categorias
têm um processo de pedido de registro semelhante, mas cada qual tem
exigências diferentes, dados e políticas de revisão próprias. Dependendo da
categoria do pesticida, o processo de revisão pode demorar vários anos. Depois
que um determinado pesticida é registrado na United States Environmental
Protection Agency – USEPA, pode também haver inscrição estadual, mas nesse
caso outros requisitos podem vir a ser considerados.
[590]
O Surgeon General of the United States é o escritporio operacional do Public
Health Service Commissioned Corps – PHSCC (Corpo de Comissionados do
Serviço de Saúde Pública) e, portanto, o principal porta-voz em questões de
saúde pública no governo federal norte-americano. O Chefe-geral do escritório e
funcionários são conhecidos como o Office of the Surgeon General – OSG.
[591]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 16.
[592]
Norma: é o documento técnico estabelecido por consenso entre as partes
interessadas (produtores, consumidores, governo, etc.), que fixa as características
mínimas que atividades e produtos devem cumprir, buscando o benefício da
comunidade, através da facilitação do comércio, aumento da produtividade e
segurança, proteção do meio ambiente, melhora da comunicação e entendimento
entre as partes, etc. As Normas também eliminam o desperdício de tempo,
matéria-prima e mão-de-obra, o que resulta em crescimento do mercado, melhoria
da qualidade e redução de preços e custos, fatores que alimentam o ciclo motor
do desenvolvimento social. A utilização do princípio de “referência a normas” nos
regulamentos nacionais ou nas disposições regionais permite que ao se
harmonizar as normas, através dos correspondentes organismos regionais ou
internacionais de normalização, se harmonizem também os diferentes
regulamentos nacionais, eliminando assim as barreiras técnicas ao comércio que
estes criam.
[593]
International Electrotechnical Commission – IEC (Comissão Eletrotécnica
Internacional): é uma organização internacional de padronização de tecnologias
elétricas, eletrônicas e relacionadas. Alguns dos seus padrões são desenvolvidos
juntamente com a International Organization for Standardization – ISO
(Organização Internacional para Padronização). A sede da International
Electrotechnical Commission – IEC, fundada em 1906, é localizada em Genebra,
Suíça. Entre as normas de padronização elaboradas por este órgão podemos citar
as seguintes: 1) NBRIEC60439-1: conjunto de manobra e comando de baixa
tensão em conformidade com um tipo ou sistema estabelecidos, sem desvios que
influenciem significativamente o desempenho em relação àquele conjunto típico
verificado que está em conformidade com os ensaios prescritos nas normas; 2)
NBRIEC60947-1: dispositivos de manobra e comando destinados a serem
conectados a circuitos onde a tensao nominal nao exceda 1 000 V Dc ou 1 500 V
Ac; 3) NBRIEC60947-2: disjuntores cujos contatos principais sao previstos para
serem conectados a circuitos com tensao nominal inferior a 1 000 V Ac. ou 1 500
V Dc, contém também requisitos adicionais para disjuntores com fusíveis
incorporados. Aplica-se a disjuntores, quaisquer que sejam suas correntes
nominais, métodos de construção ou aplicaçoes previstas; 4) NBRIEC60947-7-2:
especifica os requisitos para os conectores elétricos de condutores de proteção
com função PE e conectores elétricos de proteção com função PEN igual ou
superior a 10 mm, com dispositivos de aperto com ou sem parafuso, destinados
principalmente a usos industriais; 5) NBRIEC60269-1: condiçoes exigíveis para
dispositivos-fusíveis limitadores de corrente, com capacidade de interrupção não
inferior a 6 kA, destinados proteção de circuitos de potência Ac, cuja tensão
nominal não exceda 1 000 V, ou de circuitos Dc, cuja tensão nominal não
ultrapasse 1 500 V; 6) IEC 60898: disjuntores de baixa tensão, tensão máxima
440V; 7) IEC 60934: disjuntores para equipamento.
[594]
Comisión Panamericana de Normas Técnicas – COPANT (Comissão
Panamericana de Normas Técnicas): é uma organização privada sem fins
lucrativos que opera com plena autonomia e sem prazo de duração. Compreende
os Organismos Nacionales de Normalización – ONN (Organismos Nacionais de
Normalização) das Américas, que atualmente somam 25 (vinte e cinco) membros
ativos e 9 (nove) membros aderentes. A Comisión Panamericana de Normas
Técnicas – COPANT tem por missão a promoção do desenvolvimento da
normalização técnica e atividades correlatas nos seus países membros para
aumentar a sua capacidade industrial, científica e tecnológica, bem como o
desenvolvimento comercial. A Comisión Panamericana de Normas Técnicas –
COPANT serve também como centro de pesquisa para seus membros, bem como
meio de benefíciar da integração econômica e comercial, intercâmbio de bens e
serviços e facilitar a cooperação no domínio público, científico, econômico e social
e no desenvolvimento intelectual.
[595]
Asociación Mercosur de Normalización – AMN (Associação Mercosul de
Normalização): é uma associação civil, sem fins lucrativos, não governamental,
reconhecida pelo Grupo Mercado Comum – GMC. É o único organismo
responsável pela gestão da normalização voluntária no âmbito do Mercosul. Na
reunião do Subgrupo 3 realizada de 30.10.1991 até 01.11.1991, em Montevidéu, a
qual assistiram oficialmente convidados representantes dos organismos de
normalização dos quatro países membros, se decidiu pela criação do Comitê
Mercosul de Normalização – CMN como associação civil sem fins lucrativos, não
governamental, a qual foi reconhecida através do Grupo Mercado Comum – GMC
por sua Resolução/GMC nº 2, de 1992. A partir de 04.04.2000, através de
convênio firmado com o Grupo Mercado Comum – GMC, o Comitê Mercosul de
Normalização – CMN passou a se chamar Asociación Mercosur de Normalización
– AMN e se transformou no único organismo responsável pela gestão da
normalização voluntária no âmbito do Mercosul. A Asociación Mercosur de
Normalización – AMN possui um Conselho Diretivo formado por representantes
dos Organismos Nacionales de Normalización – ONN (Organismos Nacionais de
Normalização) dos países membros do Mercosul que constitui Comitês Setoriais
de Normalização para desenvolver suas tarefas nos âmbitos de interesse
específico setoriais.
[596]
Global Ecolabelling Network – GEN (Rotulagem Ecológica Global Network): é
um grupo de interesse sem fins lucrativos, composto por 25 (vinte e cinco)
organizações de rotulagem econlógica em todo o mundo. Foi criado em 1994 e
seu precursor, o alemão Blue Angel (Anjo Azul) foi criado em 1978. O objetivo do
grupo de interesse é promover a troca de informações entre as actividades
nacionais de rótulo ecológico. Membros da Global Ecolabelling Network – GEN
são os seguintes: 1) Austrália: Good Environmental Choice Australia Ltd.; 2)
Brasil: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; 3) Croácia: Ministry of
Environmental Protection and Physical Planning (Ministério Croata da Proteção
Ambiental e Ordenamento do Território); 4) Checa: Ministry of the Environment
(Ministério Checo do Meio Ambiente); 5) União Européia - European Commission
- DG ENVIRONMENT (G2); 6) Alemanha: Federal Environmental Agency – FEA;
7) Hong Kong: Green Council – GC (Conselho Verde); 8) Hong Kong: Hong Kong
Federation of Environmental Protection – HKFEP Limited (Federação de Hong
Kong de Proteção Ambiental); 9) Índia: Central Pollution Control Board – CPCB
(Conselho Central de Controle da Poluição); 10) Indonésia: Ministry of
Environment (Ministério Indonésio do Meio Ambiente); 11) Japão: Japan
Environment Association – JEA (Associação do Ambiente do Japão); 12) Coreia:
Korea Environmental Industry & Technology Institute – KEITI (Instituto Coreano da
Indústria e Tecnologia Ambiental); 13) Nova Zelândia: Environmental Choice New
Zealand (Programa de Rotulagem Ambiental da Nova Zelândia); 14) 5 (cinco)
aíses nórdicos: Nordic Ecolabelling Board (Conselho Nórdico do Rótulo
Ecológico); 15) Canadá: Terra Choice Environmental Service Inc, Environment
Canada (Programa de Rotulagem Ambiental do Ministério Canadense do Meio
Ambiente); 16) América do Norte (EUA): Green Seal, Inc. (Selo Verde); 17)
Filipinas: Philippine Center for Environmental Protection and Sustainable
Development, Inc. – PCEPSDI (Centro de Proteção Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável da Filipina); 18) Rússia: Saint-Petersburg Ecological Union (União
Ecológica de São Petersburgo); 19) Taiwan: Environment and Development
Foundation – EDF (Fundação para o Desenvolvimento do Meio Ambiente de
Taiwan); 20) Singapura: Singapore Environment Council (Conselho do Ambiente
de Singapura); 21) Suécia: Swedish Society for Nature Conservation – SSNC
(Sociedade Sueca para a Conservação da Natureza); 22) Suécia:
Tjänstemannens Centralorganisation – TCO Certification (Órgão de Certificação
da Confederação Sueca de Empregados Profissionais); 23) Tailândia: Thailand
Environment Institute – TEI (Instituto do Meio Ambiente da Tailândia); 24) Ucrânia:
Living Planet (Planeta Vivo); 25) Reino Unido: Department for Environment, Food
and Rural Affairs – DEFRA (Departamento do Meio Ambiente, da Alimentação e
dos Assusntos Rurais do Reino Unido).
[597]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 28.
[598]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 29.
[599]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 23-24.
[600]
O ISO/TC 207 diz respeito ao Comitê Técnico 207 International Organization
Standardization – ISO que cuida da Gestão Ambiental. Este Comitê é responsável
pelo desenvolvimento da série de normas técnicas e documentos de orientação
ISO 14000. O secretariado do ISO/TC 207 é mantido pelo Standards Council of
Canada – SCC e administrado pela Canadian Standards Association – CSA.
[601]
O Planeta Vivo é uma empresa dedicada à edição e investigação ambiental
aplicada. É uma editora dedicada à elaboração e publicação de obras de
divulgação científica na área das ciências naturais, em particular na edição de
guias de campo de observação da natureza, publicações de carácter técnico, e
trabalhos científicos, numa linguagem acessível ao grande público. Trabalha na
editoração da obra integral de Charles Darwin (Coleção Planeta Darwin).
[602]
Em 1961, quando foi fundado, a sigla WWF significava “World Wildlife Fund”
o que foi traduzido como “Fundo Mundial da Natureza” em português. No entanto,
com o crescimento da organização ao redor do planeta nas décadas seguintes, a
atuação da instituição mudou de foco e as letras passaram a simbolizar o trabalho
de conservação da organização de maneira mais ampla. Com isso, a sigla ganhou
sua segunda tradução: "World Wide Fund For Nature" ou “Fundo Mundial para a
Natureza”. Atualmente, porém, a sigla WWF tornou-se tão forte
internacionalmente que, para evitar confusão ou mensagens equivocadas, não se
faz mais tradução para qualquer significado literal. Ou seja, agora a organização é
conhecida simplesmente como WWF, uma organização de conservação global. A
única exceção é a América do Norte, onde o antigo nome de “Fundo Mundial para
a Natureza” continua a ser usado. Em 30 de agosto de 1996 foi criado
oficialmente o WWF-Brasil, uma organização nacional que integra a Rede WWF,
uma das maiores organizações de conservação da natureza no mundo.
[603]
Swedish Environmental Research Institute – IVL (Instituto de Pesquisa do
Meio Ambiente da Suècia): é uma organização sem fins lucrativos voltada desde
1966 para a investigação independente no âmbito do desenvolvimento de
soluções para os problemas ambientais em nome do setor empresarial e da
comunidade sueca, sendo considerada uma das instituições mais capacitadas em
questões de pesquisa ecológica, no continente europeu. Portanto, tem mais de 30
anos de experiência em investigação e cooperação com instituições da indústria e
do governo sueco. Swedish Environmental Research Institute – IVL apresenta
soluções para as questões ambientais a partir de uma perspectiva holística, com o
objetivo de contribuir para o crescimento sustentável. Atualmente conta com cerca
de 140 empregados, na sua maioria profissionais que possuem pós-graduação
acadêmica, para realizarem os trabalhos institucionais em escritórios elocalizados
em Estocolmo e em Gotemburgo, sendo, por isso mesmo, líder dos serviços de
consulta para a indústria da Suécia. Além disso, contribue para o desenvolvimento
de projetos através da experiência na coordenação de iniciativas semelhantes e
aconselha sobre questões relacionadas com processos de investigação e efeitos
ambientais, planejamento de gestão de resíduos, projetos de reciclagem, aterro
sanitário e monitoramento, classificação resíduos perigosos, entre outros. No
entanto, as áreas de pesquisa em que atua são amplas, abrangendo desde a
análise e avaliação de impacto ambiental, para a criação de estratégias de
controle e prevenção, até trabalhos baseados no conhecimento e experiência
global em outras áreas, tais como cultura, economia e pesquisa. Através da
cooperação com instituições internacionais, a Swedish Environmental Research
Institute – IVL favorece a disseminação das novas tecnologias suecas de proteção
ambiental e do intercâmbio de resultados de investigação para empresas e
governos locais.
[604]
ABNT NBR ISO IEC 17000 (“Avaliação de conformidade – Vocabulário e
princípios gerais”): Especifica termos gerais e as definições relativas à avaliação
de conformidade, incluindo a acreditação de organismos de avaliação de
conformidade e o uso da avaliação de conformidade para facilitar o comércio. O
anexo A inclui uma descrição da abordagem por função da avaliação de
conformidade, como uma ajuda adicional para compreensão entre os usuários da
avaliação de conformidade, organismos de avaliação de conformidade e seus
organismos de acreditação, tanto nos contextos voluntários quanto
regulamentares.
[605]
ABNT ISO IEC Guia 2, de 2004, adotada pelo Comitê Brasileiro da Qualidade
– CBQ, prevê disposições gerais e definições relativas à normalização e
atividades correlatas. Visa contribuir fundamentalmente para a compreensão
mútua entre os membros da ABNT, do ISO e do IEC, as várias agências
governamentais e não-governamentais envolvidas no processo de normalização a
nível internacional, regional e nacional. Visa também a fornecer uma fonte
adequada para o ensino e para a referência, cobrindo brevemente os princípios
básicos teóricos e práticos da normalização, certificação e acreditação de
laboratórios. Todavia, não é o objetivo da ABNT ISO IEC Guia 2 duplicar as
definições de termos adequadamente elaborados para fins gerais de outros
vocabulários expedidos por organizações internacionais.
[606]
Declaração do Fornecedor: é o procedimento pelo qual um fornecedor dá
garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade
com os requisitos especificados.
[607]
Organismo de acreditação, organismos de certificação ou organismo de
reconhecimento de excelência: organismo que administra um sistema de
acreditação isto é, o procedimento pelo qual um organismo autorizado reconhece
formalmente que um organismo ou pessoa é competente para desenvolver tarefas
específicas. e concede acreditação. No âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação
da Conformidade – SBAC, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – INMETRO é o organismo de acreditação.
[608]
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC: sistema criado
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –
CONMETRO, como um sub-sistema do Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – SINMETRO, destinado ao desenvolvimento
e coordenação das atividades de avaliação da conformidade no seu âmbito. O
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO
é o órgão gestor do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC. O
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC foi concebido de modo
a operar de forma descentralizada, dentro de um mesmo padrão técnico utilizável
por todos os agentes, públicos ou privados, com interesse na certificação de
conformidade, respeitando-se as particularidades e legislações pertinentes a cada
área de atividade. O Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC
tornou-se um poderoso instrumento para o desenvolvimento industrial e para a
defesa do consumidor. Através da avaliação objetiva do desempenho perante
padrões de referência estabelecidos, a certificação induz à busca contínua da
melhoria da qualidade. As empresas que se engajam nesse movimento orientam-
se para assegurar a qualidade de seus produtos, processos e serviços,
beneficiando-se tanto pelo aspecto mercadológico como pelo aumento da
competitividade, através da redução de custos e desperdícios. A certificação é,
também, uma referência para os consumidores de que o produto, o processo ou o
serviço atende a padrões mínimos de qualidade.
[609]
Organismo de Avaliação da Conformidade – OAC: organismo que conduz
pelo menos um dos mecanismos de avaliação da conformidade.
[610]
Marca de Conformidade: marca registrada, aposta ou emitida de acordo com
as regras de um sistema de certificação, indicando existir um nível adequado de
confiança de que o correspondente produto, processo ou serviço está em
conformidade com uma norma específica ou outro documento normativo.
[611]
BIAZIN, Celestina Crocetta & GODOY, Amália Maria Goldberg. “O Brasil
frente às questões ambientais: a criação do selo verde brasileiro”, In: A produção
integrada do centro de Ciências Sociais Aplicadas frente ao novo milênio: Anais
do Workshop 2000, de 16 a 19.05.2000, Maringá, Universidade Estadual de
Maringá – UEM, p. 185 (publicação em CD).
[612]
Production and Process Methods – PPM: essa expressão inglesa significa
“Métodos e Processos de Produção” e é utilizada para definir os meios pelos
quais um produto é feito, seus ingredientes, aditivos, enfim sua composição,
incluindo requisitos relativos à embalagem para comercialização, ou ainda, os
equipamentos e materiais utilizados em sua fabricação, conforme o Glossário
Icone/Brasil.
[613]
Uma medida restritiva seria injustificável se fosse pautada em requisitos
baseados em métodos e processos de produção não-relacionados ao produto
(Non Product Related Production and Process Methods Requeriments –
NPR/PPM). Um exemplo de barreira injustificável se daria caso fossem proibidas
as importações de papel não-reciclado: em sendo os impactos ambientais do
consumo do papel reciclado iguais ao do papel convencional, não haveria porque
o país importador proibir a importação, alegando proteção ao meio ambiente
(ALMEIDA, Luciana Togeiro de. “As interações entre comércio e meio ambiente”.
In: Comércio & meio ambiente: uma agenda positiva para o desenvolvimento
sustentável, Brasília, Ministério do Meio Ambiente – MMA, 2002, p. 46). Também
as exigências relacionadas a procedimentos de pesca foram classificadas como
Non Product Related Production and Process Methods Requeriments –
NPR/PPM, ou seja, não interferiam nas características finais do produto. Frente à
prática emergente de protecionismo dissimulado de preocupações sanitárias,
fitossanitárias ou ambientais, o emprego de rotulagem ambiental seria uma
maneira de reduzir a vulnerabilidade dos produtos agrícolas. Nas discussões da
World Trade Organization – WTO (Organização Mundial do Comércio – OMC)
sobre medidas ambientais que afetam o comércio, entende-se que os rótulos
ambientais em produtos causam menores impactos no comércio internacional do
que as restrições de importação (WTO, World Trade Organization. Trade and
Environment at the WTO: background document. 2004. Disponível em 25.05.2011
no :<http://www.wto.org/english/tratop_e/envir_e/envir_backgrnd_e/
trade_env_e.pdf>). Em sendo mecanismos voluntários, apresentam ainda a
vantagem de poder fazer referência tanto a requisitos Product Related Production
and Process Methods Requirements – PR/PPM (métodos e processos de
produção relacionados aos produtos) quanto Non Product Related Production and
Process Methods Requeriments – NPR/PPM (métodos e processos de produção
não relacionados aos produtos).
[614]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 35-36.
[615]
O Agreement Techinical Barriers to Trate – TBT (Acordo de Barreiras
Técnicas ao Comércio) da World Trade Organization – WTO (Organização
Mundial do Comércio – OMC) foi criado na Rodada Uruguai e regula a aplicação
de barreiras técnicas ao comércio. Exigência quanto ao “tamanho das bananas”
ou requerimento que dite a “fórmula a ser utilizada na fabricação de cerveja” são
exemplos de barreiras técnicas ao comércio, que podem funcionar como arma
protecionista eficaz. Nesse sentido, o Agreement Techinical Barriers to Trate –
TBT estabelece que os regulamentos e as normas técnicas não devem ser mais
restritivos ao comércio do que o necessário para atingir os seguintes objetivos
legítimos: a) segurança nacional; b) prevenção de práticas enganosas; c)
proteção da saúde ou segurança humana; d) vida e saúde animal e vegetal; e e)
meio ambiente. Para tanto, a verificação dos riscos deve considerar as
informações técnicas e científicas disponíveis, tecnologias de processamento e a
destinação final dos produtos.
[616]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 37-38.
[617]
Cf. ISO 14000. Um guia para as novas normas de gestão ambiental. São
Paulo, Futura, 1996, p. 75 e 77.
[618]
CORREA, Leonilda. BCGD – Comércio e Meio Ambiente: atuação diplomática
brasileira em relação ao selo verde, Brasília, Instituto Rio Branco, 1998, p. 58.
[619]
General Agreement on Tariffs and Trade – GATT (Acordo Geral sobre Tarifas
e Comércio): após a 2ª Guerra Mundial, inicia-se uma nova era. Encerrada as
hostilidades, com a Alemanha arrasada, a estrutura política e econômica européia
em crise aberta e o Japão combalido pela guerra e pelos ataques atômicos, os
EUA despontaram como potência dominante na cena mundial, posição
hegemônica só contestada pela URSS, único país realmente fora da esfera norte
americana. No imediato pós-guerra, começou a ficar claro que o sistema colonial
vinha chegando ao final com graves repercussões para as posições das ex.
grandes potências. O conflito mundial desorganizou a macroestrutura
internacional vigente até 1939 fazendo com que o problema da reorganização
política da comunidade dos Estados assumisse muita importância para os novos
governos dos países desenvolvidos, principalmente o dos EUA que pretendia
liderá-la. Com isso verificou-se que a necessidade da criação de um mecanismo
para manutenção da paz e da segurança e a criação de tal mecanismo se fazia
urgente. A luta para influenciar os novos sistemas político e econômico dos países
do terceiro mundo, principalmente das nações recém independentes, era motivo
de rivalidade entre as superpotências. A partir desta fase, o terceiro mundo deixa
de ter, no cenário internacional uma importância inferior. É nesse diapasão que,
em 1945, surge a Organização das Nações Unidas – ONU, substituindo a antiga
Liga das Nações. Uma das exigências fundamentais do período da Guerra Fria foi
justamente a reorganização econômica do mundo ocidental, que havia sido
abalado pelos anos de conflito com o nazi-facismo. Sob a liderança dos Estados
Unidos, os países industrializados de estrutura capitalista buscaram definir as
novas regras do jogo econômico no cenário mundial. Foi estabelecido o General
Agreement on Tariffs and Trade – GATT, onde os países mais ricos promoveram a
intensificação do comércio entre eles, com o objetivo de intensificar as relações
econômicas entre eles. Mas o General Agreement on Tariffs and Trade – GATT
não era justo. Os países em desenvolvimento pouca voz tiveram em sua criação e
poucos benefícios também. A operação dos mecanismos, então criados, provocou
o descompasso do crescimento econômico, criando insatisfações. Prevista na
Declaração de Marrakesh, foi criada a World Trade Organization – WTO
(Organização Mundial de Comercio – OMC) que entrou em vigor em 01.01.1995.
No período de transição General Agreement on Tariffs and Trade – GATT/ World
Trade Organization – WTO, o diretor era o mesmo, Peter Sutherland. O General
Agreement on Tariffs and Trade – GATT não desaparece, seus participantes
passam a pertencer aos dois. Alguns países que não estavam no General
Agreement on Tariffs and Trade – GATT passaram a integrar a World Trade
Organization – WTO. Os 28 (vinte e oito) acordos celebrados pelo General
Agreement on Tariffs and Trade – GATT serviram de acervo de fonte de direito
para a World Trade Organization – WTO. Esta é o aprimoramento daquela, e é ela
quem tem a voz. A sua sede é em Genebra. Ela garante grande aumento nas
garantias de acesso dos mercados nacionais através de vinculações tarifarias dos
produtos industrializados. E seu objetivo é eliminar 100% (cem por cento) das
restrições não-tarifarias de produtos agrícolas.
[620]
Cf. Ministério do Meio Ambiente – MMA, op. cit., p. 38-39.
[621]
BECKE, Vera Luise. “Auditoria Ambiental”. In: Revista Técnicas do Conselho
Regional Contabilidade do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, nº 112, p. 32
[622]
A primeira versão da norma técnica BS 7750 foi publicada em 1992. Esta
norma técnica especifica os requisitos para o desenvolvimento, implantação e
manutenção de sistemas de gestão ambiental que visem garantir o cumprimento
de políticas e objetivos ambientais definidos e declarados. A norma não
estabelece critérios de desempenho ambiental específicos, mas exige que as
organizações formulem políticas e estabeleçam objetivos, levando em
consideração a disponibilização das informações sobre efeitos ambientais
significativos. A norma técnica BS 7750 aplica-se a qualquer organização que
deseje: a) garantir o cumprimento a uma política ambiental estabelecida; b)
demonstrar este cumprimento a terceiros. A elaboração da norma técnica
britânica BS 7750 foi confiada pelo Comitê Normativo de Gerenciamento
Ambiental a um Comitê Técnico Especial (ESS/1), ligado ao British Standard
Institution – BSI, no qual inúmeras organizações empresariais, técnicas,
acadêmicas e governamentais estavam representadas. A norma técnica BS 7750
foi formulada de forma a permitir que qualquer organização, independente do seu
porte, atividade ou localização, estabeleça um sistema de gerenciamento efetivo,
como alicerce para um desempenho ambiental seguro e para os procedimentos
de auditoria ambiental. A norma técnica BS 7750 declara que os aspectos da
gestão de saúde ocupacional e segurança não foram abordados. Entretanto, não
visa impedir que uma organização os inclua ou integre em seu Sistema de Gestão
Ambiental – SGA. Vale observar que a norma foi formulada com o propósito de
que o Sistema de Gestão Ambiental – SGA não precise ser implementado de
forma independente, mas sim através da adaptação dos componentes do
gerenciamento de uma organização.
[623]
Cf. Vera Luise Becke, op. cit., p. 33.
[624]
O Strategic Advisory Group on Environment - SAGE foi formalmente
estabelecido, em 1991, pelo Business Council for Sustainable Development, para
encorajar uma abordagem comum de gerenciamento ambiental, como forma de
forçar habilidades empresariais para melhorar e medir sua performance
ambiental, de facilitar o comércio internacional e de remover barreiras. Certo é
que o Strategic Advisory Group on Environment – SAGE é anterior ao lançamento
da série ISO 14000 em 1997, ou seja, a série de documentos e normas
relacionadas com o aspecto do meio ambiente, mas se podemos afirmar que esta
norma internacional, elaborada com a participação de uma centena de países
tornou ampla a necessidade de uma maior responsabilidade no trato da questão
ambiental. Ao mesmo tempo, estas normas promovem uma aproximação a um
consenso voluntário do controle de aspectos ambientais e a visão de prevenção.
A bem da verdade, o Strategic Advisory Group on Environment – SAGE, após
avaliar a necessidade de normalização na área de gerenciamento ambiental,
reconheceu que qualquer abordagem deveria incluir negócios, performance
ambiental e comércio. Posteriormente, foi realizada a Rio-92, e neste mesmo ano
é publicada a norma técnica britânica de Strategic Advisory Group on Environment
– SAGE, conhecida como BS 7750. Já, em janeiro de 1993 foi criado pela
International Organization for Standardization – ISO um novo comitê técnico, o
TC-207, para desenvolver normas internacionais de gerenciamento ambiental,
que se tornaram conhecidas como ISO 14000 (LAWRENCE, Linda. “Lead Auditor
Course”. In: ISO 14000 Environmental Management Systems,do Quality
Management Institute – OMI/Canada, Canada, QMI, 1997, p. 137).
[625]
ZAAROUS, Gisele. “Questões Ambientais”. In: Boletim Informativo Oliveira
Neves e Associados, São Paulo, julho – 2001, p. 4.
[626]
The World Bank, Environmental auditing, Environmental Assessment
Sourcebook Update: Environment Department, n. 11, p. 1.
[627]
International Chamber of Commerce – ICC (Câmara de Comércio
Internacional): organização internacional que trabalha para promover e assessorar
o comércio internacional e a globalização da economia. A International Chamber
of Commerce – ICC é porta-voz do comércio internacional, o qual defende a
consagração da economia global como força para o crescimento econômico
mundial, para a criação de empregos e a prosperidade no ramo comercial. Como
as economias nacionais estão agora bem mais entrelaçadas, as decisões dos
governos nacionais têm mais repercussão internacional do que no passado. Esta
organização tem necessariamente abrangência global para poder ser considerada
autoridade em questões ligadas ao comércio internacional. As atividades do
International Chamber of Commerce – ICC abrange desde arbitragem
internacional até resoluções que digam respeito ao livre mercado e ao sistema
financeiro internacional, regulação de negócios, luta contra corrupção e combate
ao crime comercial. A International Chamber of Commerce – ICC tem ainda
acesso aos governos de países através de seus comitês nacionais. A organização
é baseada em Paris e oferece uma visão internacional do panorama de negócios
mundiais, afetando diretamente suas operações.
[628]
Direito do ambiente, p. 650.
[629]
Auditoria Ambiental: aspectos jurídicos, p. 25.
[630]
Poluidores: os maiores casos de contaminação ambiental nos últimos 17
anos: 1.º) fev./1984 – o vazamento de 700 mil litros de gasolina de um duto da
Petrobrás provoca um incêndio na favela de Vila Socó, em Cubatão (SP), e a
morte de 93 pessoas; ninguém foi culpado, a favela foi reconstruída, mas ainda
está sobre dutos; 2.º) ago./1984 – a Rhodia é acusada de ter jogado mais de 12
mil toneladas de resíduos tóxicos em São Vicente (SP); a empresa admite ter
jogado 2.700 (duas mil e setecentas) toneladas e assina compromisso de
recuperação ambiental, ainda não concluída; uma ação civil pública tramita na
justiça; 3.º) o Ministério Público e a ONG Oikos propõem uma ação civil pública
contra 24 (vinte e quatro) empresas de Cubatão, por danos à vegetação da Serra
do Mar, o que acarretava, entre outros, risco de avalanches; a ação civil pública
ainda está em fase de perícia; 4.º) set./1987 – uma cápsula de Césio 137 (Cs) é
achada onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia; ela é aberta e o
material radiativo é manipulado; neste episódio, 4 (quatro) pessoas morrem e
outras 706 (setecentas e seis) pessoas são expostas à radiação; só em 1996, 5
(cinco) são condenados; 5.º) 1988 – descoberto HCH, produto cancerígeno usado
no combate à febre amarela, a céu aberto, em Duque de Caxias (RJ); o material
vinha de uma fábrica do Ministério da Saúde, fechada desde 1956; só em 1988 o
Ministério Público abre inquérito; 6.º) jul./1998 – a indústria Solvay é acusada de
ter contaminado um depósito de cal com substâncias cancerígenas em Santo
André (SP); é assinado um compromisso de recuperação da área, que, segundo a
CETESB, está sendo cumprido; não há ação judicial; 7.º) mar./1999 – o IBAMA
embarga, em Paranaguá (PR), quase 4.000 (quatro mil) toneladas de acrilato de
butila, inflamável e tóxico, sob responsabilidade da Catallini Terminais Marítimos,
que não tinha licença; a Polícia Federal abre inquérito com base na Lei de Crimes
Ambientais; 8.º) jan./2000 – vazamento de 1.292 toneladas de óleo provocado por
uma falha em um dos dutos da Reduc da Petrobrás, na Baía de Guanabara (RJ);
a Petrobrás foi multada em R$ 51 milhões, pagou e é alvo de ação civil pública
movida pelo Ministério Público Federal; 9.º) jul./2000 – cerca de 4 milhões de litros
de óleo cru vazam da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no rio Iguaçu, em
Araucária (PR); a Petrobrás é multada; os Ministérios Públicos Federal e Estadual
pedem indenização de R$ 2,3 bilhões; é o único processo criminal de uma grande
empresa em curso; 10.º) maio/2000 – é tornado público que fornecedoras da
montadora FIAT despejaram ilegalmente 1.500 (uma mil e quinhentas) toneladas
de lixo industrial em Formiga (MG); foi proposta ação civil pública, e as
fornecedoras foram multadas em R$ 250 mil; 11.º) mar./2001 – exames feitos em
moradores do Recanto dos Pássaros, em Paulínia (SP), mostram contaminação
por metais pesados; o bairro fica onde, até 1994, funcionou uma unidade da Shell,
que já havia admitido a contaminação do solo e do aquífero da área por
pesticidas; há 3 (três) inquéritos civis na Justiça; ainda não há ação; 12.º)
jun./2001 – solventes vazam do aterro industrial desativado Mantovani, em Santo
Antônio de Posse (SP), contaminando o lençol freático; há uma ação civil pública
de 1993 já julgada, mas o valor da indenização ainda não foi estabelecido; em
setembro, as empresas que usavam o local fecham acordo com a Promotoria
para sua recuperação; 13.º) ago./2001 – é anunciada a contaminação do subsolo
do condomínio Barão de Mauá (SP) por 44 (quarenta e quatro) substâncias
tóxicas; o terreno foi da Cofap e serviu como “lixão” clandestino; as empresas
envolvidas na construção têm os bens imóveis arrestados, e uma ação civil
pública está parada em razão da greve no Judiciário (Mariana Viveiros, Ambiente:
nunca houve condenação de grandes empresas pela Lei de Crimes Ambientais;
Processos civis se arrastam por anos: justiça deixa maiores poluidores impunes,
Folha de São Paulo, Cad. Folha Cotidiano, 14 out. 2001, p. C 1).
[631]
Art. 9º. As entidades exploradoras de portos organizados e instalações
portuárias e os proprietários ou operadores de plataformas e suas instalações de
apoio deverão realizar auditorias ambientais bienais, independentes, com o
objetivo de avaliar os sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades.
[632]
Auditoria e licenciamento ambiental como instrumentos dos sistemas de meio
ambiente, Anais do 6.º Congresso Internacional de Direito Ambiental: 10 anos da
ECO-92: O direito e o desenvolvimento sustentável, p. 226.
[633]
Idem, p. 227.
[634]
Idem, ibidem.
[635]
Em virtude da co-responsabilidade do financiador da atividade poluidora ou
degradadora do meio ambiente, atualmente os credores vêm avaliando o
desempenho corrente das empresas (potenciais tomadoras de crédito) em relação
a uma estratégia ambiental moderna. Alguns indicadores podem auxiliar na
formação de um rating com esse propósito: a) certificações da série ISO 14.000,
que organiza, padroniza e sistemática o gerenciamento ambiental nas empresas;
b) ações que demonstrem que a questão ambiental está na agenda da alta
administração e nos vários níveis organizacionais, inclusive o “chão de fábrica”, se
houver; c) análise do processo produtivo ¯ produção limpa; d) licenciamento
ambiental decorrente da atividade da empresa; e) licença de instalação e
funcionamento; f) Relatório de Impacto Ambiental – RIMA; e g) cobertura de
danos ambientais por meio de seguro específico (seguro ambiental): este é um
mercado ainda não muito desenvolvido no Brasil. Em relação ao item seguro
ambiental para cobertura de danos ambientais, esclarecemos que, de fato, não
existe ainda no Brasil mercado dinâmico para cobertura de danos ambientais
contra solo, águas (rios, lagos e oceanos), atmosfera, florestas etc., no sentido de
recuperar ou reparar, quando possível, prováveis impactos provocados
diretamente contra a natureza, até porque os recursos necessários para essa
atividade são muito elevados, sem mensurar os danos indiretos e decorrentes no
futuro. As empresas interessadas nesse tipo de cobertura precisam formular
propostas que são encaminhadas diretamente ao IRB – Brasil Resseguros S/A,
que atuará junto ao mercado de resseguros, ou seja, repasse às seguradoras
internacionais. O IRB – Brasil Resseguros S/A define, para fins de
responsabilidade civil de poluição ambiental as seguintes coberturas: 1 – poluição
ambiental: a) a emissão, dispersão ou depósito de substância ou produto que
venha prejudicar as condições existentes da atmosfera, das águas e do solo, tais
como se apresentavam antes do fato poluente; e/ou b) a produção de odores,
ruídos, vibrações, ondas, radiações, emanações ou variações de temperatura que
ultrapassem os limites de tolerância legalmente admitidos, excluídos, contudo, os
danos relacionados com as radiações ionizantes ou com energia nuclear; 2 –
dano material: o dano físico à propriedade tangível, inclusive todas as perdas
financeiras relacionadas com o uso dessa propriedade; 3 – dano pessoal: a
doença, a lesão corporal, a invalidez ou a morte, inclusive todas as perdas
financeiras decorrentes; 4 – terceiro: qualquer pessoa física ou jurídica, exceto
algumas situações previstas. Em tese, dado o preceito da co-responsabilidade do
agente financiador, se têm recomendado que, em todo projeto/financiamento
sujeito à variável risco ambiental, o analista de crédito deve condicionar a
aprovação mediante a cobertura de risco ambiental por seguro ambiental.
Considerar também o credor como beneficiário da apólice (total ou parcial) tem
sido altamente recomendado. Todavia, não podemos perder de vista que esta
prática pode restringir bastante a geração de negócios (Carlos Alberto di Agustini,
Concessão de crédito e risco ambiental, Dinheiro Vivo Agência de Informações,
Guia Financeiro: Cartilha do Investidor, 1 a 15 jun. 2002, p. 7).
[636]
A NBR/ISO 14010 (“Diretrizes para auditoria ambiental - Principios gerais”)
recomenda como requisitos para a realização de uma auditoria ambiental o
seguinte: 1) que o objeto enfocado para ser auditado e os responsáveis por tal
objeto devem estar claramente definidos e documentados; 2) que a auditoria só é
realizada se o auditor-líder estiver convencido da existência de informações
suficientes e apropriadas, de recursos adequados de apoio ao processo de
auditoria e de cooperação ao auditado.
[637]
Direito ecológico, perspectivas e sugestões, Revista da Consultoria-Geral do
Estado, v. 2, n. 4, p. 43-52.
[638]
Introdução ao direito ecológico e ao direito urbanístico, p. 23.
[639]
Direito ambiental cit., p. 6-9.
[640]
Environmental law, p. 1.
[641]
El derecho ambiental en América Latina. Opiniones – Fascículos sobre medio
ambiente, n° 1, p. 5
[642]
Direito urbanístico brasileiro, p. 434.
[643]
Evaluación del impacto ambiental, p 48.
[644]
Derecho Ambiental, p. 52.
[645]
Apud Toshio Mukai, Direito ambiental sistematizado, p. 9.
[646]
Introdução ao direito ambiental, p. 140.
[647]
Apud Toshio Mukai, op.cit., p. 10.
[648]
Curso de direito econômico, p. 76-77.
[649]
Indispensável direito econômico, RT 353/22.
[650]
Direito econômico, p. 17.
[651]
Curso de economia: introdução ao direito econômico, p. 395-396.
[652]
Idem, p. 396.
[653]
Idem, p. 397.
[654]
Direito ambiental cit., p. 15-16.
[655]
Idem, p. 17.
[656]
A era dos direitos, p. 1-5.
[657]
Idem, p. 5-6.
[658]
Mario Antonio Lobato de Paiva, Direitos Humanos e Tributação,
<http://www.ambito-juridico.com.br/aj/dtrib0001.html>.
[659]
L’insertion du droit de l’homme à environnement dans les systemes regionaux
de protection des droits de l’homme, Revue Universelle des Droits de l’Homme, v.
3, n. 11, p. 461.
[660]
Corrientes y problemas em filosofia del derecho, Anales de la cátedra
Francisco Suárez, n. 25, p. 193.
[661]
A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de
Hannah Arendt, p. 131.
[662]
“Art. 5.º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; (...)”.
[663]
Direito ambiental cit., p. 20.
[664]
Álvaro Luiz Valery Mirra, Fundamentos do direito ambiental no Brasil, RT
706/7.
[665]
A Evolução do direito ambiental no Brasil, p. 4.
[666]
Aplicação de instrumentos do direito ambiental na solução de conflitos de
vizinhança, Temas de direito ambiental e urbanístico, p. 81.
[667]
Curso de direito constitucional... cit., p. 38.
[668]
O direito ambiental... cit., p. 29.
[669]
Idem, p. 24.
[670]
Op.cit., p. 29.
[671]
Idem, p. 59.
[672]
Idem, ibidem.
[673]
Manual de Organização Judiciária: acesso à justiça, p. 19.
[674]
Metodologia do ensino jurídico e avaliação em direito, p. 31.
[675]
Op.cit., p. 60.
[676]
Curso de direito constitucional... cit., p. 82.
[677]
Constituição da República Portuguesa anotada, v. 1, p. 41.
[678]
Introdução ao estudo do direito: de acordo com a Constituição de 1988, p.
234.
[679]
Op.cit., p. 42.
[680]
Op.cit., p. 1.
[681]
Direito ambiental cit., p. 25.
[682]
O processo penal em face da Constituição, p. 7.
[683]
Direito ambiental cit., p. 25.
[684]
“Preâmbulo: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar
o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos: I- a soberania; II- a cidadania; III- a dignidade
da pessoa humana; IV- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V- o
pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
[685]
Op.cit., p. 61.
[686]
Aquecimento Global: o relatório do Greenpeace, p. 425.
[687]
Direito ambiental cit., p. 29.
[688]
Op.cit., p. 61.
[689]
Direito ambiental cit., p. 28.
[690]
Parte da sentença proferida pelo juiz federal Clodomir Sebastião Reis, da
subseção judiciária de Imperatriz/seção judiciária do Maranhão, proferida, em
20.09.1999, na Ação Civil Pública 1999.37.01.1435-7, reqte. Ministério Público
Federal vs. reqdo. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA e outros.
[691]
Direito ambiental cit., p. 29-30.
[692]
Paulo de Bessa Antunes, idem, p. 30.
[693]
Idem, ibidem.
[694]
Responsabilidad extracontractual del Estado por las consecuencias de su
actitud omisiva em el ámbito del derecho público, p. 14.
[695]
“Art. 2.º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes
previstas nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de
órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica,
que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática,
quando podia agir para evitá-la.
Art. 3.º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato”.
[696]
Direito ambiental cit., p. 32.
[697]
Op.cit., p. 62.
[698]
“Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a
necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para: I
– produção de prova; II – exame de objetos e lugares; III – informações sobre
pessoas e coisas; IV – presença temporária da pessoa presa, cujas declarações
tenham relevância para a decisão de uma causa; V – outras formas de assistência
permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.
§ 1.º. A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça,
que a remeterá, quando necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a
seu respeito, ou a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la.
§ 2.º. A solicitação deverá conter: I – o nome e a qualificação da autoridade
solicitante; II – o objeto e o motivo de sua formulação; III – a descrição sumária do
procedimento em curso no país solicitante; IV – a especificação da assistência
solicitada; V – a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for
o caso.
Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a
reciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de
comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de informações com
órgãos de outros países”.
[699]
ISO (International Organization for Standardization) 14.000: são normas
internacionais de gestão ambiental, quase obrigatórias, principalmente para quem
exporta. O Comitê Técnico 207 da International Organization for Standardization
criou normas de gestão ambiental para induzir as empresas a criarem ferramentas
e sistemas de gestão ambiental, visando facilitar o comércio mundial e contribuir
para o desenvolvimento sustentável (série ISO 14.000); o ISO/TC 207 abrange os
seguintes membros: 61 (sessenta e um) países participantes, 15 (quinze) países
observadores e 42 (quarenta e dois) liaison organisations (organizações ligadas
ao sistema). O Sistema de Gestão Ambiental da ISO abrange, em relação a
empresa: a avaliação de desempenho ambiental (série ISO 14.030); a auditoria
ambiental (série ISO 14.011). Em relação ao produto em si, o Sistema de Gestão
Ambiental abrange: a avaliação do ciclo de vida (série ISO 14.040); avaliação do
projeto para o meio ambiente (ISO 14.062); e a avaliação da rotulagem ambiental
e marketing – selos de qualidade (série ISO 14.020). O Sistema de Gestão
Ambiental da ISO trabalha, atualmente, com novos itens: a avaliação da
comunicação ambiental, incluindo relatório anual de desempenho ambiental
(ISO/TR 14.063); terminologia ambiental (ISO 14.050). Vale acrescentar que a
sigla NBR significa a tradução e transformação da ISO em normas brasileiras de
gestão ambiental, realizadas pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental,
vinculado à Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Desde 1996 até o
presente momento 370 (trezentos e setenta) empresas brasileiras foram
certificadas pela ISO 14.001. Após pesquisas realizadas com empresas
interessadas, o Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental enumerou os seguintes
motivos que levam as empresas brasileiras a buscarem a certificação ISO 14.000:
a) competir melhor nos mercados interno e externo; b) promover a imagem
ambiental; c) melhorar o desempenho ambiental; e d) reduzir os custos, aumentar
competitividade e minimizar riscos.
[700]
Op.cit., p. 63.
[701]
Direito comunitário do ambiente, Direito do ambiente, p. 175.
[702]
Direito ambiental brasileiro, p. 207.
[703]
“Art. 4º. A Política Nacional do Meio Ambiente visará: (...) VII – à imposição,
ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais
com fins econômicos.
(...)
Art. 14. Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,
estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação
ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade
ambiental sujeitará os transgressores: I – à multa simples ou diária, nos valores
correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN’s, agravada em casos de reincidência
específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União
se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos
Municípios; II – à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos
pelo poder público; III – à perda ou suspensão de participação em linhas de
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; IV – à suspensão de sua
atividade.
§1º. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os
danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O
Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
§2º. No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao
Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas
neste artigo.
§3º. Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da
perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou
financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo
resolução do CONAMA.
§4°. (revogado pelo art. 35 da Lei n° 9.966, de 28.04.2000).
§5°. A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação das
obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1o deste artigo
(incluído pelo art. 84 da Lei n° 11.284, de 02.03.2006)”.
[704]
“Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima
ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz,
não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários
mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a
que for condenado o infrator.
(...)
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2.º do art. 78 do Código
Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições
a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio
ambiente.
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se
revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada
até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.
(...)
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da
Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que
tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade”.
[705]
Direito tributário e meio ambiente, Rio de Janeiro, Renovar, 1995, p. 14.
[706]
Direito ambiental cit., p. 63-64.
[707]
Idem, p. 64.
[708]
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (...)”
[709]
Op.cit., p. 64.
[710]
Direito ambiental cit., p. 28.
[711]
Idem, p. 26-27.
[712]
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I-
plebiscito; II- referendo; III- iniciativa popular”.
[713]
“§ 2.º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles”.
[714]
Tratado de direito comercial brasileiro, p. 127.
[715]
Traité élémentaire de droit civil, p. 108.
[716]
Dylson Dória, Curso de direito comercial, p. 31.
[717]
Direito e a vida dos direitos, p. 278.
[718]
Direito ambiental cit., p. 115-116.
[719]
Extrativismo é o sistema de exploração, baseado na coleta e na extração de
recursos naturais renováveis, realizado de modo sustentável (art. 2.º, XII, da Lei
n° 9.985, de 18.06.2000).
[720]
Direito ambiental cit., p. 33.
[721]
“Art. 1º. A distribuição e comercialização, no território do Estado do Rio
Grande do Sul, de todo e qualquer produto agrotóxico e outros biocidas, estão
condicionadas a prévio cadastramento dos mesmos, perante o Departamento de
Meio Ambiente, da Secretaria Estadual de Saúde e do Meio Ambiente.
§1º. Definem-se como agrotóxicos e outros biocidas as substâncias, ou misturas
de substâncias e, ou, processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso
do setor de produção, armazenamento e beneficiamento de alimentos e à
proteção de florestas nativas ou implantadas, bem como a outros ecossistemas e
ambientes doméstico, urbano, hídrico e industrial, cuja finalidade seja alterar a
constituição faunística e florística dos mesmos, a fim de preservá-los da ação
danosa de seres vivos considerados nocivos.
§2º. Vetado.
§3º. A indústria produtora ou manipuladora de agrotóxicos ou biocidas, postulante
do cadastramento previsto nesta lei, deverá apresentar obrigatoriamente, ao
cadastrá-los, mediante requerimento dirigido ao Secretário da Saúde e do Meio
Ambiente, os seguintes documentos: a) prova de constituição da empresa; b)
certidão de classificação toxicológica, expedida pela Divisão Nacional de
Vigilância de Produtos Saneantes Domissanitários, do Ministério da Saúde,
obedecendo, no mínimo, às normas e parâmetros estabelecidos no anexo I, da
presente lei; c) relatório técnico, contendo, no mínimo, os dados constantes do
anexo II, desta lei; d) exemplares de publicação, no órgão de imprensa oficial do
Estado e em órgão de circulação diária, do sumário constante no anexo II desta
lei.
§4º. A indústria produtora ou manipuladora de agrotóxicos e biocidas deverá
apresentar ao Departamento do Meio Ambiente, no prazo de 90 (noventa) dias, a
contar da presente lei, prova de classificação toxicológica e relatório técnico,
conforme os termos do parágrafo terceiro deste artigo, de cada um dos produtos
de sua comercialização já existentes no mercado estadual.
§5º. Vetado.
Art. 2º. As Secretarias da Saúde e do Meio Ambiente e da Agricultura – Vetado
– ficam obrigadas a rigoroso controle de rotulagem dos produtos agrotóxicos e
biocidas, regulada na legislação federal.
Art. 3º. Nas bulas, etiquetas, anúncios ou quaisquer publicações, escritas ou
faladas, referentes à agrotóxicos, deverá constar, obrigatoriamente, a expressão
“cadastrada na Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente, sob n. ....., em ...... de
..... de ......”, a ser preenchida pela indústria produtora ou manipuladora.
Parágrafo único. Cada revendedor de produto agrotóxico e biocida, deverá
colocar na embalagem rótulo legível contendo a indicação da firma comercial,
endereço, nome do técnico que o prescreveu e número de seu registro no órgão
competente.
Art. 4º. Vetado.
Art. 5º. Fica mantida, no território estadual, a proibição do uso de agrotóxicos
organoclorados, estabelecida pelo Decreto 30.787, de 22 de julho de 1982.
Art. 6º. Mantém-se também a exigência do receituário agronômico, instituído
pelo Decreto 30.811, de 23 de agosto de 1982 (no DOE consta erroneamente
Decreto 30.811, de 20 de agosto de 1982).
Art. 7º. Para os produtos biocidas – Vetado – utilizados em zootecnia, pecuária
e silvicultura, serão exigidos os respectivos receituários expedidos pelos
profissionais legalmente habilitados, entendendo-se como tais os zootecnistas,
médicos-veterinários e engenheiros florestais.
Parágrafo único. Os receituários citados neste artigo só terão validade se
expedidos por técnicos não vinculados, de qualquer forma, a estabelecimentos
produtores, manipuladores ou comercializadores de agrotóxicos e outros biocidas.
Art. 8º. Vetado.
Art. 9º. Vetado.
Art. 10. O descumprimento das disposições da presente lei sujeita o infrator,
além da responsabilidade funcional, em se tratando de servidor público, às
penalidades previstas na Lei Federal 6.437, de 20 de agosto de 1977.
Art. 11. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação”.
[722]
Idem, p. 34.
[723]
Idem, p. 33-34.
[724]
Tratado de Derecho Mercantil, p. 130.
[725]
Iedo Batista Neves, op.cit., verbete Equidade.
[726]
Idem, verbetes VI – Fontes derivadas do direito e X– Fontes originárias do
direito.
[727]
José Xavier Carvalho de Mendonça, op.cit., p. 132-133.
[728]
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I-
preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas; II- preservar a diversidade e a integridade
do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético; III- definir, em todas as unidades da
Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente por meio de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção; IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V-
controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente; VI- promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII- proteger a
fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade.
§ 2º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o
Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização
definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas”.
[729]
“Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais.
§ 1º. O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional.
§ 2º. A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais”.
[730]
“Art. 554. O proprietário, ou inquilino de um prédio tem o direito de impedir
que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e
a saúde dos que o habitam”.
[731]
“Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer
cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o
habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da
utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as
edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da
vizinhança”.
[732]
“Art. 557. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do
solo onde caíram, se este for de propriedade particular”.
[733]
“Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono
do solo onde caíram, se este for de propriedade particular”.
[734]
“Art. 559. O dono do prédio rústico, ou urbano, que se achar encravado em
outro, sem saída pela via pública, fonte ou porto, tem direito a reclamar do vizinho
que lhe deixe passagem, fixando-se a esta judicialmente o rumo, quando
necessário”.
[735]
“Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou
porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a
lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1º. Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se
prestar à passagem.
§ 2º. Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o
acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a
passagem.
§ 3º. Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da
alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário
deste constrangido, depois, a dar uma outra”.
[736]
“Art. 588. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar, ou tapar de
qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, conformando-se com estas
disposições.
§ 1º. Os tapumes divisórios entre propriedades presumem-se comuns, sendo
obrigados a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e
conservação, os proprietários dos imóveis confinantes.
§ 2º. Por “tapumes” entendem-se as sebes vivas, as cercas de arame ou de
madeira, as valas ou banquetas, ou quaisquer outros meios de separação dos
terrenos, observadas as dimensões estabelecidas em posturas municipais, de
acordo com os costumes de cada localidade, contanto que impeçam a passagem
de animais de grande porte, como sejam gado vacum, cavalar e muar.
§ 3º. A obrigação de cercar as propriedades para deter nos seus limites aves
domésticas e animais, tais como cabritos, porcos e carneiros, que exigem
tapumes especiais, cabe exclusivamente aos proprietários e detentores.
§ 4º. Quando for preciso decotar a cerca viva ou reparar o muro divisório, o
proprietário terá o direito de entrar no terreno do vizinho, depois de o prevenir.
Este direito, porém, não exclui a obrigação de indenizar ao vizinho todo o dano,
que a obra lhe ocasione.
§ 5º. Serão feitas e conservadas as cercas marginais das vias públicas pela
administração, a quem estas incumbirem, ou pelas pessoas, ou empresas, que as
explorarem”.
[737]
“Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de
qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante
a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos
apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se
proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
§ 1º. Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas,
cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em
contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados,
de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais,
para as despesas de sua construção e conservação.
§ 2º. As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco
divisório, só podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre
proprietários.
§ 3º. A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de
pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a
necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as
despesas”.
[738]
“Art. 563. O dono do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm
naturalmente do superior. Se o dono deste fizer obras de arte, para facilitar o
escoamento, procederá de modo que não piore a condição natural e anterior do
outro.
Art. 564. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior,
correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou
se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Art. 565. O proprietário de fonte não captada, satisfeitas as necessidades de
seu consumo, não pode impedir o curso natural das águas pelos prédios
inferiores.
Art. 566. As águas pluviais que correm por lugares públicos, assim como as
dos rios públicos, podem ser utilizadas por qualquer proprietário dos terrenos por
onde passem, observados os regulamentos administrativos.
Art. 567. É permitido a quem quer que seja, mediante previa indenização aos
proprietários prejudicados, canalizar, em proveito agrícola ou industrial, as águas
a que tenha direito, através de prédios rústicos alheios, não sendo chácaras ou
sítios murados, quintais, pátios, hortas, ou jardins.
Parágrafo único. Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste o
direito de indenização pelos danos, que de futuro lhe advenham com a infiltração
ou a irrupção das águas, bem como a deterioração das obras destinadas a
canalizá-las.
Art. 568. Serão pleiteadas em ação sumária as questões relativas à servidão
de águas e às indenizações correspondentes”.
[739]
“Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as
águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que
embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não
pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.
Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí
colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se
desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais,
satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o
curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas
indispensáveis às primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imóveis
inferiores; as demais, que poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que
estes sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do curso artificial
das águas.
Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir barragens, açudes, ou outras
obras para represamento de água em seu prédio; se as águas represadas
invadirem prédio alheio, será o seu proprietário indenizado pelo dano sofrido,
deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização
aos proprietários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para
receber as águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades
da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria,
bem como para o escoamento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a
drenagem de terrenos.
§ 1º. Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a
ressarcimento pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção
das águas, bem como da deterioração das obras destinadas a canalizá-las.
§ 2.º. O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que
atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.
§ 3º. O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos
proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem
também as despesas de conservação.
Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e
1.287.
Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis
e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os
proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras
necessidades da vida.
Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-
las, para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos
proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às
despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto
de derivação.
Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo
aqueduto”.
[740]
Processo constitucional e direitos fundamentais, p. 111.
[741]
“Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental –
TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e
utilizadoras de recursos naturais.
Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades
constantes do Anexo VIII desta Lei.
§ 1º. O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de março de
cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo será
definido pelo IBAMA, para o fim de colaborar com os procedimentos de controle e
fiscalização.
§ 2º. O descumprimento da providência determinada no § 1.º sujeita o infrator a
multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo da exigência
desta.
Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores são os
fixados no Anexo IX desta Lei.
§ 1º. Para os fins desta Lei, consideram-se: I – microempresa e empresa de
pequeno porte, as pessoas jurídicas que se enquadrem, respectivamente, nas
descrições dos incisos I e II do caput do art. 2.º da Lei 9.841, de 5 de outubro de
1999; II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita brutal anual
superior a R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou inferior a
R$12.000.000,00 (doze milhões de reais); III – empresa de grande porte, a
pessoa jurídica que tiver receita bruta anual superior a R$12.000.000,00 (doze
milhões de reais).
§ 2º. O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de recursos naturais
de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização encontram-se definidos no
Anexo VIII desta Lei.
§ 3º. Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à fiscalização,
pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais elevado.
Art. 17-E. É o IBAMA autorizado a cancelar débitos de valores inferiores a
R$40,00 (quarenta reais), existentes até 31 de dezembro de 1999.
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas
federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aquele que
praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais.
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano
civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será efetuado
em conta bancária vinculada ao IBAMA, por intermédio de documento próprio de
arrecadação, até o quinto dia útil do mês subsequente.
Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas
no artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: I- juros de mora, na
via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte ao do vencimento, à
razão de um por cento; II- multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por
cento se o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subsequente ao do
vencimento; III- encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do
devedor em honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito
como Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado
antes do ajuizamento da execução.
§ 1º-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de mora.
§ 1º. Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de acordo com os
critérios fixados na legislação tributária, conforme dispuser o regulamento desta
Lei.
Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades
mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos
respectivos cadastros até o último dia útil do terceiro mês que se seguir ao da
publicação desta Lei incorrerão em infração punível com multa de: I- R$50,00
(cinquenta reais), se pessoa física; II- R$150,00 (cento e cinquenta reais), se
microempresa; III- R$900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte;
IV- $1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio porte; V- R$9.000,00
(nove mil reais), se empresa de grande porte”.
[742]
Op.cit., p. 33.
[743]
A Constituição e a Responsabilidade Penal das Pessoas Jurídicas, Ciência e
Política Criminal em Honra de Heleno Fragoso, p. 336.
[744]
“Art. 24. Utilizar embrião humano em desacordo com o que dispõe o art. 5o
desta Lei: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 25. Praticar engenharia genética em célula germinal humana, zigoto
humano ou embrião humano: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Art. 26. Realizar clonagem humana: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, e multa.
Art. 27. Liberar ou descartar OGM no meio ambiente, em desacordo com as
normas estabelecidas pela CTNBio e pelos órgãos e entidades de registro e
fiscalização: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§1°. (VETADO).
§ 2°. Agrava-se a pena: I– de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se resultar dano à
propriedade alheia; II– de 1/3 (um terço) até a metade, se resultar dano ao meio
ambiente; III– da metade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão corporal de
natureza grave em outrem; IV– de 2/3 (dois terços) até o dobro, se resultar a
morte de outrem.
Art. 28. Utilizar, comercializar, registrar, patentear e licenciar tecnologias
genéticas de restrição do uso: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa.
Art. 29. Produzir, armazenar, transportar, comercializar, importar ou exportar
OGM ou seus derivados, sem autorização ou em desacordo com as normas
estabelecidas pela CTNBio e pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa”.
[745]
Op.cit., p. 34.
[746]
Imunobiológico: trata-se do estudo da resposta resposta imunológica ou
efeitos patogênicos no hospedeiro invadido pelo microrganismo invasor e os
aspectos biológicos de imunidade à doença são sensíveis a agentes físicos como
a luz e o calor, especialmente por conterem na sua formulação antígeno e
adjuvantes, que não podem ser submetidos a congelamento, nem a calor, pois
estes aceleram a inativação das substâncias que entram na composição dos
produtos (ARANDA, Maria Sarmento de Souza et al, Manual de Procedimentos
para Vacinação, 4ª. ed., Brasília, Ministério da Saúde/Fundação Nacional de
Saúde, 2001, p. 13).
[747]
Hemoderivados; são proteínas extraídas do plasma humano por processos
físico-químicos industrializados, utilizadas como medicamentos essenciais no
combate a Hemofilia tipo A e tipo B, Doença de Von Willebrand, queimaduras,
Varíola, Raiva, Caxumba, Sarampo, Coqueluche, Tétano, picada de cobra,
imunodeficiências genéticas, AIDS, entre outras aplicações
[748]
Vigilância Sanitária – VISA: é a parcela do poder de polícia do Estado
destinado à defesa da saúde, que tem como principal finalidade impedir que a
saúde humana seja exposta a riscos ou, em última instância, combater as causas
dos efeitos nocivos que lhe forem gerados, em razão de alguma distorção
sanitária, na produção e na circulação de bens, ou na prestação de serviços de
interesse à saúde. No Brasil, a definição legal de Vigilância Sanitária – VISA é
concentida pela Lei nº 8.080, de 19.09.1990 (Lei Orgânica da Saúde): “Entende-
se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e
processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que
se relacionam direta ou indiretamente com a saúde”. A Vigilância Sanitária – VISA
de portos,aeroportos e fronteiras não é um dever exclusivo ao Sistema Único de
Saúde – SUS podendo ser executada juntamente com a participação cooperativa
da União. A Vigilância Sanitária – VISA é uma área da Saúde Pública, uma prática
de saúde coletiva. Como atividade de saúde, a Vigilância Sanitária – VISA integra
o Sistema Único de Saúde – SUS e como tem poder de polícia só pode ser
exercida pelo Estado. A Vigilância Sanitária – VISA é uma atividade de caráter
intersetorial, pois a qualidade do seu trabalho depende: a) da integração entre
vários setores (saneamento, abastecimento de água, agricultura, polícia,
Ministério Público, defesa do consumidor, etc.; b) do envolvimento de diferentes
esferas de governo (poderes executivo, legislativo e judiciário); c) da cooperação
de organizações da sociedade civil (organizações de defesa do consumidor ou de
portadores de enfermidades, associações, igrejas, etc.). Além disso, precisa da
parceria da sociedade, tanto para desenvolver suas tarefas cotidianas de
fiscalização e controle quanto para alcançar junto aos gestores municipais,
estaduais e nacionais a atenção correspondente a sua importância. Qual a missão
e o objetivo da Vigilância Sanitária – VISA? A Lei nº 8.080, de 19.09.1990 (Lei
Orgânica da Saúde), que regulamentou o Sistema Único de Saúde – SUS, definiu
a vigilância sanitária como “conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde”. A missão da Vigilância Sanitária – VISA, portanto, é
promover e proteger a saúde da população, garantindo os direitos constitucionais
do cidadão e defendendo a vida. Seu objetivo é proteger e promover a saúde,
evitando incapacidades e doenças. No que se baseia a ação da Vigilância
Sanitária – VISA? As ações de Vigilância Sanitária – VISA estão baseadas no
seguinte: a) avaliação do risco: estabelece a relação entre o risco e os benefícios
de produtos e serviços de saúde ou de interesse da saúde. É uma atividade de
caráter estatístico, realizada em diversas etapas. Na maioria das vezes, é um
processo, complexo, de alto custo, e que envolve pessoal altamente qualificado,
metodologias específicas e equipamentos sofisticados. Por tudo isso, a avaliação
do risco é quase inviável nos países mais pobres. Nos países ricos, é realizada
sob a supervisão das agências regulatórias, como a Food and Drug Administration
– FDA, nos Estados Unidos, ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA, no Brasil; b) gerenciamento do risco: depois de avaliado, o risco precisa
ser administrado e monitorado. É preciso tomar decisões sobre o controle do
risco, confrontando-se os dados técnicos da avaliação com inúmeros fatores
conjunturais de ordem cultural, econômica e política. É nesse momento que a
Vigilância Sanitária – VISA deve decidir se precisa atuar com maior ou menor
rigidez; c) comunicação do risco: é obrigação dos órgãos de Vigilância Sanitária –
VISA divulgar informações que melhorem a consciência sanitária do setor
regulado e da população. A comunicação do risco aumenta a capacidade de os
cidadãos escolherem, dentre as opções existentes, aquela que oferece menores
riscos; exigirem seus direitos; e atuarem como parceiros do poder público no
âmbito da Vigilância Sanitária – VISA. Que instrumentos a Vigilância Sanitária –
VISA utiliza para realizar seu papel? O principal instrumento de ação da Vigilância
Sanitária – VISA é a norma sanitária, ou seja, a legislação que especifica o que
está certo e errado, o que pode e o que não pode ser feito pelo setor regulado, se
adequando a realidade de cada estado e município, onde cada um pode criar seu
próprio código sanitário. Nesse sentido, a Vigilância Sanitária – VISA desenvolve
uma função normativa e regulatória, e uma função educativa. Em sua função
normativa e regulatória, a Vigilância Sanitária – VISA faz o seguinte: a) cria
normas e padrões sanitários para: i) a produção, fabricação, transporte,
armazenagem, distribuição e comercialização de produtos de interesse sanitário;
ii) o funcionamento de serviços; b) fiscaliza o cumprimento dessas normas e pune
os infratores quando necessário.
[749]
Vigilância Epidemiológica: as primeiras intervenções estatais no campo da
prevenção e controle de doenças, desenvolvidas sob bases científicas modernas,
datam do início do século XX e foram orientadas pelo avanço da era
bacteriológica e pela descoberta dos ciclos epidemiológicos de algumas doenças
infecciosas e parasitárias. A expressão “Vigilância Epidemiológica” passou a ser
aplicada ao controle das doenças transmissíveis na década de 50. Naquele época
ainda se tratava de vigilância de pessoas, com base em medidas de isolamento
ou quarentena, aplicadas não de forma coletiva. No Brasil, o marco para
institucionalização das ações de Vigilância Epidemiológica foi a Campanha de
Erradicação da Varíola em 1973. A Lei nº 8.080, de 19.09.1990 (Lei Orgânica da
Saúde) define, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, Vigilância
Epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Além de
ampliar o conceito, as ações de vigilância epidemiológica passaram a ser
operacionalizadas num contexto de profunda reorganização do sistema de saúde
brasileiro, caracterizada pela descentralização de responsabilidades e
integralidade da prestação de serviços. Por propósito, a Vigilância Epidemiológica
deve fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde que
têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de
doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas
sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que a
condicionam, numa área geográfica ou população definida. Subsidiariamente, a
Vigilância Epidemiológica constitui-se importante instrumento para o
planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, bem como
a normatização das atividades técnicas correlatas. A operacionalização da
vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e
intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a
cada momento, o comportamento da doença ou agravo selecionado como alvo
das ações, de forma que as medidas de intervenção pertinentes possam ser
desencadeadas com oportunidade e eficácia. São funções da vigilância
epidemiológica: a) coleta de dados; b) processamento dos dados coletados; c)
análise e interpretação dos dados processados; d) recomendação das medidas de
controle apropriadas; e) promoção das ações de controle indicadas; f) avaliação
da eficácia e efetividade das medidas adotadas; g) divulgação de informações
pertinentes. As competências de cada nível do sistema de saúde (municipal,
estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções de Vigilância
Epidemiológica, porém com graus de especificidade variáveis. As ações
executivas são inerentes ao nível municipal e seu exercício exige conhecimento
analítico da situação de saúde local, mas cabe aos níveis nacional e estadual
conduzir as ações de caráter estratégico e longo alcance. Nesse contexto, as
intervenções oriundas dos níveis estadual e federal tenderão a tornar-se seletivas,
voltadas para questões emergenciais ou que, por sua transcendência, requerem
avaliação complexa e abrangente, com participação de especialistas e centros de
referência. Desta forma, uma das características dos Sistemas de Vigilância
Epidemiológica é estar permanentemente acompanhando o desenvolvimento
científico e tecnológico por meio da articulação com a sociedade científica e
formação de comitês técnicos assessores. Essa articulação é importante por
possibilitar a atualização dinâmica das suas práticas mediante a incorporação de
novas metodologias de trabalho, avanços científicos e tecnológicos de prevenção
(imunobiológicos, fármacos, testes diagnósticos, etc.) e aprimoramento das
estratégias operacionais de controle..
[750]
Vigilância Ambiental em Saúde – VAS: é um conjunto de ações que
proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos
fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
Destacam-se os seguintes objetivos da Vigilância Ambiental em Saúde – VAS: a)
produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao
Sistema Único de Saúde – SUS,instrumentos para o planejamento e execução de
ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de
doenças relacionadas ao meio ambiente; b) estabelecer os principais parâmetros,
atribuições, procedimentos e ações relacionadas à Vigilância Ambiental em Saúde
– VAS nas diversas instâncias de competência; c) identificar os riscos e divulgar
as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes
das doenças e outros agravos à saúde; d) intervir com ações diretas de
responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, com vistas a
eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana; e) promover,
junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde humana relacionadas ao
controle e recuperação do meio ambiente; e f) conhecer e estimular a interação
entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao fortalecimento da
participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida. Após a
Conferência Pan-Americana sobre Saúde, Ambiente e Desenvolvimento –
COPASAD, realizada em 1995, e o processo conduzido pelo Ministério da Saúde
– MS de elaboração da Política Nacional de Saúde Ambiental ocorrido no período
1998-1999, tratou-se de promover a implementação da Vigilância Ambiental em
Saúde – VAS, através de instrumentos legais criados no âmbito do Sistema Único
de Saúde – SUS,, os quais foram definidos por meio de leis, decretos e portarias,
principalmente a Lei nº 8.080, de 19.09.1990 (Lei Orgânica da Saúde), que nos
seus arts. 3º, 6º, 7º, 15º e 16º, se refere à organização do Sistema Único de
Saúde – SUS, e as atribuições relacionadas à área de saúde ambiental
[751]
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ: é uma instituição localizada na cidade
do Rio de Janeiro, Brasil. É ligada ao governo federal brasileiro, e tem como
objetivo promover pesquisas na área da saúde. As origens da fundação remontam
ao início do século XX com a criação do Instituto Soroterápico Federal em
25.05.1900 (cujo objetivo inicial era o de fabricar soros e vacinas contra a peste).
Em 1901, passou para o governo federal, com o nome modificado para Instituto
Soroterápico Federal. Em 12.12.1907, passou a denominar-se Instituto de
Patologia Experimental de Manguinhos (referência ao nome do bairro carioca
onde fica sua sede) e, em 19.03.1918, em homenagem a Oswaldo Cruz, passou a
chamar-se Instituto Oswaldo Cruz. Em maio de 1970, tornou-se Fundação
Instituto Oswaldo Cruz, adotando a sigla “FIOCRUZ”, que continua a ser utilizada
mesmo depois de maio de 1974, quando recebeu a atual designação de
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. Seu principal objetivo é a pesquisa e o
tratamento das doenças tropicais. Seu trabalho não se limitou ao Rio de Janeiro
nem à pesquisa e produção de vacinas. Nas campanhas de saneamento das
cidades assoladas por surtos e epidemias de febre amarela, varíola e peste
bubônica, teve que enfrentar uma cerrada oposição e um levante popular — a
Revolta da Vacina. Ao se ocupar de condições de vida das populações do interior,
deu origem a debates que resultaram na criação do Departamento Nacional de
Saúde Pública, em 1920. Em 1970, o instituto e outros órgãos federais foram
congregados na Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, mais conhecida como
“Fiocruz”, atualmente considerada uma das mais importantes instituições
brasileiras de pesquisa na área da saúde. Além do desenvolvimento de novas
tecnologias para a fabricação em larga escala das vacinas contra a febre amarela
e a varíola, devem ser citadas outras importantes contribuições relativas à
descoberta da vacina contra o carbúnculo do gado, ou peste da manqueira, por
Alcides Godoy; os estudos de micologia de Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
(1895-1978) e Arêa Leão; a descrição completa do fungo responsável pela
paracoccidiomicose, mais conhecida por mal de Lutz, por Adolfo Lutz (1855-
1940); as pesquisas sistemáticas de helmintos, de Lauro Pereira Travassos
(1890-1970); a descrição do ciclo do Schistosoma mansoni (Esquistossomose); a
causa do tifo exantemático — o germe bacteriforme Rickettsia prowasecki — por
Rocha Lima; e o isolamento do vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
– SIDA em circulação no Brasil, por Bernardo Galvão. A Fundação Oswaldo Cruz
- FIOCRUZ tem 17 unidades técnico-científicas, sendo 11 localizadas no Rio de
Janeiro, 5 localizadas em outros Estados brasileiros e uma unidade em Maputo,
capital do Moçambique. As unidades técnico-científicas localizadas no Rio de
Janeiro são as seguintes: 1) Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos –
BIOMANGUINHOS; 2) Centro de Criação de Animais de Laboratório – CECAL; 3)
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde –
ICICT; 4) Casa de Oswaldo Cruz – COC; 5) Escola Nacional de Saúde Pública
Sergio Arouca – ENSP; 6) Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio –
EPSJV; 7) Instituto de Tecnologia em Fármacos – FARMANGUINHOS; 8) Instituto
Fernandes Figueira – IFF; 9) Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas –
IPEC; 10) Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde – INCQS; 11)
Instituto Oswaldo Cruz – IOC. As unidades técnico-científicas localizadas fora do
Rio de Janeiro são as seguintes: 1) Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães –
CpqAM/Fiocruz Pernambuco; 2) Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz –
CPqGM/Fiocruz Bahia; 3) Centro de Pesquisa Leônicas e Maria Deane –
CPqLMD/Fiocruz Amazônia; 4) Centro de Pesquisa René Rachou –
CPqRR/Fiocruz Minas Gerais; 5) Instituto Carlos Chagas – ICC/Fiocruz Paraná; 6)
Escritório Internacional em Maputo/Fiocruz África. Também existe mais 4
unidades administrativas todas ligadas a presidência da Fiocruz: 1) Diretoria de
Administração do Campus – DIRAC: realiza toda a infraestrutura do campus
“FioCruz”; 2) Diretoria de Administração – DIRAC; 3) Diretoria de Recursos
Humanos – DIREH; 4) Diretoria de Planejamento – DIPLAN.
[752]
Instituto Vital Brazil – IBV: foi criado em 03.06.1919, pelo médico Vital Brazil
Mineiro da Campanha. Fica no bairro de Vital Brasil, na cidade de Niterói/RJ. O
Instituto Vital Brazil – IBV (campus Niterói) possui um terreno de 190 mil m²,
sendo que dentro dos muros ocupa uma área de 32 mil m². O prédio principal tem
4.126 m² e as outras construções da instituição somam 9.099m², o que totaliza em
13.225m² de área construída do Instituto Vital Brazil – IBV. É uma sociedade por
ações, de economia mista, dotada de personalidade jurídica de direito privado,
constituída com base na Lei Estadual n° 2.284, de 10.07.1956. É um órgão da
Administração Indireta do Estado do Rio de Janeiro vinculado à Secretaria de
Estado de Saúde com objetivos, definidos na Lei Estadual n° 942, de 18.12.1985.
O Instituto Vital Brazil – IBV é um dos laboratórios oficiais existentes no Brasil.
Atende a todo o setor público, com a produção de medicamentos, produtos
biológicos, quimioterápicos e imunobiológicos de uso humano. Realiza estudos e
pesquisas no campo farmacêutico, biológico, econômico e social. Serviços que
vão dos diagnósticos laboratoriais e epidemiológicos a programas de controle de
doenças que ameacem a saúde pública do Estado do Rio de Janeiro. Desde
2001, o Instituto Vital Brazil – IBV é o único a produzir soro contra picadas da
aranha viúva negra, cujo veneno é muito tóxico e que pode levar à morte. A
demanda é nacional. O soro antilatrodéctico faz parte da linha de produção do
Instituto Vital Brazil – IBV e é distribuído regularmente ao Ministério da Saúde –
MS.
[753]
“Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados
para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.
§1º. As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de que trata o caput, para
efeito do disposto nesta Subseção, serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.
§2°. A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada
mediante descrição (redação dada pelo Decreto N° 8.213, DE 16.10.2013): I- das
circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou
associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a
jornada (incluído DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013); II- de todas as fontes e
possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I (incluído pelo
DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013); e III- dos meios de contato ou exposição
dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência
e a duração do contato (incluído pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§3°. A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será
feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em
laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho (redação dada pelo DECRETO
N° 8.213, DE 16.10.2013).
§4°. A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser
apurada na forma dos §§ 2° e 3°, de agentes nocivos reconhecidamente
cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será
suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador (redação dada
pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§5°. No laudo técnico referido no § 3°, deverão constar informações sobre a
existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e
deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS (redação dada
pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§6°. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos
agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que
emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o
respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação (redação
dada pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§7°. O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de
aposentadoria especial, podendo, se necessário, confirmar as informações
contidas nos documentos mencionados nos § 2° e 3°.
§8°. A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do
trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral,
documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta
dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções
previstas na legislação aplicável (redação dada pelo DECRETO N° 8.213, DE
16.10.2013).
§9°. Considera-se perfil profissiográfico, para os efeitos do § 8°, o documento com
o históricolaboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre
outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome
dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os
resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes
(redação dada pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§10. O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela
empresa sobre o seu perfil profissiográfico, podendo inclusive solicitar a
retificação de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de
trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da
Previdência Social (redação dada pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§11. A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços
mediante cessão ou empreitada de mão de obra atenderão ao disposto nos §§ 3°,
4° e 5° com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho
emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em
estabelecimento da contratante (redação dada pelo DECRETO N° 8.213, DE
16.10.2013).
§12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no
Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –
FUNDACENTRO (incluído pelo DECRETO N° 8.213, DE 16.10.2013).
§13. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a
metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho e
Emprego definir outras instituições que os estabeleçam (incluído pelo DECRETO
N° 8.213, DE 16.10.2013)”.
[754]
“Art. 283. Por infração a qualquer dispositivo das Leis nos 8.212 e 8.213,
ambas de 1991, e 10.666, de 8 de maio de 2003, para a qual não haja penalidade
expressamente cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa
variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) a R$
63.617,35 (sessenta e três mil, seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco
centavos), conforme a gravidade da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts.
290 a 292, e de acordo com os seguintes valores (redação dada pelo Decreto n°
4.862, de 21.10.2003 - Nota: Valores atualizados, a partir de 1º de junho 2003,
pela Portaria/MPS n° 727, de 30.05.2003, para R$ 991,03 à R$ 99.102,12): I- a
partir de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) nas
seguintes infrações (nota: valores atualizados, a partir de 1º de junho 2003, pela
Portaria/MPS n° 727, de 30.05.2003, para R$ 991,03): a) deixar a empresa de
preparar folha de pagamento das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
todos os segurados a seu serviço, de acordo com este Regulamento e com os
demais padrões e normas estabelecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social;
b) deixar a empresa de se matricular no Instituto Nacional do Seguro Social,
dentro de trinta dias contados da data do início de suas atividades, quando não
sujeita a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; c) deixar a empresa
de descontar da remuneração paga aos segurados a seu serviço importância
proveniente de dívida ou responsabilidade por eles contraída junto à seguridade
social, relativa a benefícios pagos indevidamente; d) deixar a empresa de
matricular no Instituto Nacional do Seguro Social obra de construção civil de sua
propriedade ou executada sob sua responsabilidade no prazo de trinta dias do
início das respectivas atividades; e) deixar o Titular de Cartório de Registro Civil
de Pessoas Naturais de comunicar ao Instituto Nacional do Seguro Social, até o
dia dez de cada mês, a ocorrência ou a não-ocorrência de óbitos, no mês
imediatamente anterior, bem como enviar informações inexatas, conforme o
disposto no art. 228; f) deixar o dirigente dos órgãos municipais competentes de
prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social as informações concernentes aos
alvarás, habite-se ou documento equivalente, relativos a construção civil, na forma
do art. 226; e g) deixar a empresa de efetuar os descontos das contribuições
devidas pelos segurados a seu serviço (redação dada pelo Decreto n° 4.862, de
21.10.2003); h) deixar a empresa de elaborar e manter atualizado perfil
profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de
fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste
documento (incluída pelo Decreto n° 4.862, de 21.10.2003); e II- a partir de R$
6.361,73 (seis mil trezentos e sessenta e um reais e setenta e três centavos) nas
seguintes infrações (Nota: valor atualizado para R$ 9.910,20, a partir de 1º de
junho de 2003, por força do reajuste de 19,71% concedido aos benefícios da
Previdência Social pelo Decreto n° 4.709, de 29.05.2003): a) deixar a empresa de
lançar mensalmente, em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das
quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; b)
deixar a empresa de apresentar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à
Secretaria da Receita Federal os documentos que contenham as informações
cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles
estabelecida, ou os esclarecimentos necessários à fiscalização; c) deixar o
servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir
documento comprobatório de inexistência de débito, quando da contratação com
o poder público ou no recebimento de benefício ou de incentivo fiscal ou creditício;
d) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial
de exigir o documento comprobatório de inexistência de débito, quando da
alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo;
e) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial
de exigir a apresentação do documento comprobatório de inexistência de débito
na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo
permanente da empresa, de valor superior a R$ 15.904,18 (quinze mil novecentos
e quatro reais e dezoito centavos) (nota: valor atualizado, a partir de 1º de junho
de 2003, pela Portaria/MPS n° 727, de 30.05.2003, para R$ 24.775,29 (vinte
quatro mil setecentos e setenta e cinco reais e vinte e nove centavos); f) deixar o
servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir
documento comprobatório de inexistência de débito no registro ou arquivamento,
no órgão próprio, de ato relativo a baixa ou redução de capital de firma individual,
redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de
entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de controle de cotas de
sociedades de responsabilidade limitada; g) deixaro servidor, o serventuário da
Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir documento comprobatório
de inexistência de débito do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de
construção civil, quando da averbação de obra no Registro de Imóveis; h) deixar o
servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir
documento comprobatório de inexistência de débito do incorporador, quando da
averbação de obra no Registro de Imóveis, independentemente do documento
apresentado por ocasião da inscrição do memorial de incorporação; i) deixar o
dirigente da entidade da administração pública direta ou indireta de consignar as
dotações necessárias ao pagamento das contribuições devidas à seguridade
social, de modo a assegurar a sua regular liquidação dentro do exercício; j) deixar
a empresa, o servidor de órgão público da administração direta e indireta, o
segurado da previdência social, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial, o síndico ou seu representante, o comissário ou o liquidante de
empresa em liquidação judicial ou extrajudicial, de exibir os documentos e livros
relacionados com as contribuições previstas neste Regulamento ou apresentá-los
sem atender às formalidades legais exigidas ou contendo informação diversa da
realidade ou, ainda, com omissão de informação verdadeira; l) deixar a entidade
promotora do espetáculo desportivo de efetuar o desconto da contribuição
prevista no § 1° do art. 205; m) deixar a empresa ou entidade de reter e recolher a
contribuição prevista no § 3° do art. 205; n) deixar a empresa de manter laudo
técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de
trabalho de seus trabalhadores ou emitir documento de comprovação de efetiva
exposição em desacordo com o respectivo laudo (redação dada pelo Decreto n°
6.722, de 30.12.2008); o) (revogado pelo Decreto n° 4.882, de 18.11.2003).
§1°. Considera-se dirigente, para os fins do disposto neste Capítulo, aquele que
tem a competência funcional para decidir a prática ou não do ato que constitua
infração à legislação da seguridade social.
§2º. A falta de inscrição do segurado sujeita o responsável à multa de R$
1.254,89 (mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e oitenta e nove centavos), por
segurado não inscrito (redação dada pelo Decreto n° 6.722, de 30.12.2008 - Nota:
Valor atualizado, a partir de 1º de junho de 2003, pela Portaria/MPS n° 727, de
30.05.2003, para R$ 991,03 (novecentos e noventa e um reais e três centavos).
§3°. As demais infrações a dispositivos da legislação, para as quais não haja
penalidade expressamente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$ 636,17
(seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) (nota: valor atualizado, a
partir de 1º de junho de 2003, pela Portaria/MPS n° 727, de 30.05.2003, para R$
991,03)”.
[755]
Op.cit., p. 36-37.
[756]
Direito ambiental cit., p. 190-191.
[757]
Idem, p. 191.
[758]
Conservación de la naturaleza, Derecho Agrario, p. 479.
[759]
Revista BIO, n. 3.
[760]
Apud J. S. Quintas, Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, p.
55.
[761]
A construção do desenvolvimento sustentável, Educação ambiental – Curso
Básico a Distância: questões ambientais: conceito, história, problemas e
alternativas, p. 314-316.
[762]
Idem, p. 316.
[763]
Estudos recentes da Organização das Nações Unidas – ONU sobre a
qualidade de vida entre os diversos países no mundo denunciam que 15,8% da
população brasileira (26 milhões de pessoas) não têm acesso às condições
mínimas de saúde, educação e serviços básicos. No que se refere a distribuição
de renda, o Brasil apresenta dados alarmantes e está classificado como o pior da
América Latina: isto porque os 20% mais pobres ficam com apenas 2,5% da
renda produzida no país, enquanto os 20% mais ricos detêm 63,4% dela. Por
outro lado, os referidos estudos da ONU denunciam também que o crescimento
econômico no Brasil não favorece a população pobre: o Produto Interno Bruto –
PIB (medido pelo conjunto das riquezas de um país dividido pelo seu número de
habitantes) per capita dos 20% mais ricos é 32 (trinta e duas) vezes maior do que
o dos 20% mais pobres; a renda dos mais pobres cresce menos que o Produto
Interno Bruto – PIB per capita.
[764]
Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 322.
[765]
Apud Luiz Sérgio Philippi, op.cit., p. 319.
[766]
Op.cit., p. 59 e 73-74.
[767]
João Bosco Leopoldino da Fonseca, op.cit., p. 27.
[768]
Luis S. Cabral de Moncada, Direito econômico, p. 15-18.
[769]
Idem, p. 21.
[770]
João Bosco Leopoldino da Fonseca, op.cit., p. 27-28.
[771]
Gestão ambiental: administração do uso dos recursos ambientais, por meio
de ações ou medidas econômicas, investimentos e providências institucionais e
jurídicas, com finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente,
assegurar a produtividade dos recursos e o desenvolvimento social.
[772]
Filosofia del derecho, p. 402.
[773]
Op.cit., p. 77-78.
[774]
Sociedade civil: a esfera das relações entre indivíduos, entre grupos, entre
classes sociais que se desenvolvem à margem das relações de poder que
caracterizam as instituições estatais. Em outras palavras, sociedade civil é
representada como o terreno dos conflitos econômicos, ideológicos, sociais e
religiosos que o Estado tem ao seu encargo resolver, intervindo como mediador
ou suprimindo-os (Norberto Bobbio, N. Matteucci, e G. Pasquino, Dicionário de
Política, verbete Sociedade civil).
[775]
Op.cit., p. 279.
[776]
Educação Ambiental: processo de aprendizagem e comunicação de
problemas relacionados à interação dos homens com seu ambiente natural. É o
instrumento de formação de uma consciência, por meio do conhecimento e da
reflexão sobre a realidade ambiental (Fundação Estadual de Engenharia do Meio
Ambiente – FEEMA/RJ, Assessoria de Comunicação, Cadernos FEEMA, Série
Técnica 17/81, 1986). O processo de formação e informação social orientado
para: I- o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental,
compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução
dos problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biofísicos, quanto
sociais, políticos, econômicos e culturais; II- o desenvolvimento de habilidades e
instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; III- o
desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na
preservação do equilíbrio ambiental.
[777]
Unidades de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais,
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,
legalmente instituído pelo poder público com objetivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de administração ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção.
[778]
Reciclagem: Recuperação, reprocessamento ou reutilização de materiais
descartados como alternativa à sua disposição final em forma de resíduo (J. A.
Nathanson, Basic environmental technology: water supply, waste disposal and
pollution control, p. 213).
[779]
Op.cit., p. 257.
[780]
Carlos Heitor Cony, As viagens de Marco Polo, p. 115.
[781]
Op.cit., p. 113.
[782]
Armadilha em que o caçador se disfarça em boi.
[783]
Charles Van Hombeeck Júnior, Preservação e Uso dos Recursos de Água e
solo, p. 11.
[784]
Cesto com que se apanham peixes em rio.
[785]
Armadilhas para peixes. Cesto de pescar, afunilado, feito de vime.
[786]
Rede oblonga (que tem mais comprimento do que largura) retesada com
vime.
[787]
Tipo de rede de pesca.
[788]
Rede de malha fina dobrada.
[789]
Árvore de cortiça.
[790]
Soveiro em crescimento.
[791]
Planta venenosa usada para matar peixe.
[792]
Planta alcalóide. Designação comum a diversas plantas das famílias das
compostas e das escrofulariáceas, gênero Pterocaulon e Verbascum.
[793]
Charles Van Hombeeck Júnior, op.cit., p. 13.
[794]
Idem, p. 16.
[795]
Op.cit., p. 117.
[796]
Idem, p. 118.
[797]
Aderson de Menezes, Teoria geral do Estado, p.122-123.
[798]
Organisation économique de l’état, p. 52.
[799]
Op.cit., p. 50-51.
[800]
Anderson de Menezes, op.cit., p. 124-125.
[801]
Comentários à Constituição da República Federativa do Brasil (promulgada
em 05.10.1988), p. 26.
[802]
Op.cit., p. 234.
[803]
Desestatização: privatização, concessões e terceirizações, p. 29-30.
[804]
Os fundamentos do antitruste, p. 104-105.
[805]
Op.cit., p. 80-81.
[806]
Orlando Soares, op.cit., p. 83-84.
[807]
Processo Legislativo, p. 93.
[808]
Rubem Nogueira, Revogada a Constituição de 1967, Revista de Informação
Legislativa, n. 82, p. 40.
[809]
“Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) XXIII- a propriedade atenderá a sua
função social; (...) LXXI- conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania; (...) LXXIII- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência; (...)”.
[810]
“Art. 20. São bens da União: I- os que atualmente lhe pertencem e os que lhe
vierem a ser atribuídos; II- as terras devolutas indispensáveis à defesa das
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III- os lagos, rios e
quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais
de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais; IV- as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que
contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II (com redação
dada pela Emenda Constitucional n° 46, de 2005); V- os recursos naturais da
plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI- o mar territorial; VII- os
terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII- os potenciais de energia hidráulica;
IX- os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X- as cavidades naturais
subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI- as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º. É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins
de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração.
§ 2º. A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada
fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei”.
[811]
“Art. 21. Compete à União: (...) XIX- instituir sistema nacional de
gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de
seu uso; XX- instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos; (...) XXIII- explorar os
serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos
os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território
nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a
comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos,
agrícolas e industriais (redação dada pela Emenda Constitucional 49 de 2006); c)
sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e
utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas (redação
dada pela Emenda Constitucional 49 de 2006); d) a responsabilidade civil por
danos nucleares independe da existência de culpa (incluída pela Emenda
Constitucional 49 de 2006); (...) XXV- estabelecer as áreas e as condições para o
exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa”.
[812]
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) IV- águas,
energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; (...) XII- jazidas, minas,
outros recursos minerais e metalurgia; (...) XXVI – atividades nucleares de
qualquer natureza (...)”.
[813]
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios: I- zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público; (...) III- proteger os documentos,
as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV- impedir a evasão, a
destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural; (...) VI- proteger o meio ambiente e combater a
poluição em qualquer de suas formas; VII- preservar as florestas, a fauna e a
flora; (...) IX- promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico; (...) XI- registrar, acompanhar e
fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos
e minerais em seus territórios.; (...)”.
[814]
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: (...) VI- florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição; VII- proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico; VIII- responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico; (...)”.
[815]
“Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em
um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à
redução das desigualdades regionais.
(...)
§ 2º. Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: (...)
IV- prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de
água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas
periódicas.
§ 3º. Nas áreas a que se refere o § 2.º, IV, a União incentivará a recuperação de
terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o
estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação”.
[816]
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) XIV-
aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; (...) XVI-
autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos
hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; (...)”.
[817]
“Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente
da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do
Estado democrático, e dele participam como membros natos: I- o Vice-Presidente
da República; II- o Presidente da Câmara dos Deputados; III- o Presidente do
Senado Federal; IV- o Ministro da Justiça; V- o Ministro de Estado da Defesa; VI-
o Ministro das Relações Exteriores; VII- o Ministro do Planejamento; VIII- os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 1º. Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I- opinar nas hipóteses de
declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; II-
opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da
intervenção federal; III- propor os critérios e condições de utilização de áreas
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso,
especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a
exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; IV- estudar, propor e
acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º. A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa
Nacional”.
[818]
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (...) III- promover o
inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social,
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; (...)”.
[819]
“Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o
setor privado.
(...)
§ 3º. O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas,
levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social
dos garimpeiros.
§ 4º. As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na
autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de
minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de
acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei”.
[820]
“Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para
efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
§1º. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais
a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados mediante
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou
empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração
no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando
essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
§2º. É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na
forma e no valor que dispuser a lei.
§3º. A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as
autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
§4º. Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial
de energia renovável de capacidade reduzida”.
[821]
“Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
§1º. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.
§2º. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§3º. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
§4º. É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I- parcelamento ou edificação
compulsórios; II- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; III- desapropriação com pagamento mediante títulos da
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo
de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais”.
[822]
“Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos: I- aproveitamento racional e adequado; II- utilização
adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III-
observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV- exploração
que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores”.
[823]
“Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições,
nos termos da lei: (...) VII- participar do controle e fiscalização da produção,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos; VIII- colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
do trabalho”.
[824]
“Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem: (...) V – os conjuntos urbanos e sítios
de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.
§1º. O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá
o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e
preservação.
(...)
§3º. A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e
valores culturais.
§4º. Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
(...)”.
[825]
“Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes,
línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer
respeitar todos os seus bens.
§1º. São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-
estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos,
costumes e tradições.
§2º. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes.
§3º. O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos,
a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser
efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades
afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma
da lei.
§4º. As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os
direitos sobre elas, imprescritíveis.
§5º. É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad
referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que
ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após
deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno
imediato logo que cesse o risco.
§6º. São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham
por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo,
ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que
dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a
indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às
benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
§7º. Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3.º e § 4º”.
[826]
“Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas
para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o
Ministério Público em todos os atos do processo”.
[827]
“Art. 43. Na data da promulgação da lei que disciplinar a pesquisa e a lavra
de recursos e jazidas minerais, ou no prazo de um ano, a contar da promulgação
da Constituição, tornar-se-ão sem efeito as autorizações, concessões e demais
títulos atributivos de direitos minerários, caso os trabalhos de pesquisa ou de lavra
não hajam sido comprovadamente iniciados nos prazos legais ou estejam
inativos”.
[828]
“Art. 44. As atuais empresas brasileiras titulares de autorização de pesquisa,
concessão de lavra de recursos minerais e de aproveitamento dos potenciais de
energia hidráulica em vigor terão quatro anos, a partir da promulgação da
Constituição, para cumprir os requisitos do art. 176, § 1.º.
§1º. Ressalvadas as disposições de interesse nacional previstas no texto
constitucional, as empresas brasileiras ficarão dispensadas do cumprimento do
disposto no art. 176, § 1.º, desde que, no prazo de até quatro anos da data da
promulgação da Constituição, tenham o produto de sua lavra e beneficiamento
destinado a industrialização no território nacional, em seus próprios
estabelecimentos ou em empresa industrial controladora ou controlada.
§2º. Ficarão também dispensadas do cumprimento do disposto no art. 176, § 1.º,
as empresas brasileiras titulares de concessão de energia hidráulica para uso em
seu processo de industrialização.
§3º. As empresas brasileiras referidas no § 1.º somente poderão ter autorizações
de pesquisa e concessões de lavra ou potenciais de energia hidráulica, desde que
a energia e o produto da lavra sejam utilizados nos respectivos processos
industriais”.
[829]
Direito ambiental cit., p. 41.
[830]
Dicionário brasileiro de ciências ambientais, p. 182.
[831]
Manejo (management, em inglês; aménagement; em francês; e manejo, em
italiano): Ação de manejar, administrar, gerir. Termo aplicado ao conjunto de ações
destinadas ao uso de um ecossistema ou de um ou mais recursos ambientais, em
certa área, com finalidade conservacionista e de proteção ambiental.
[832]
Direito ambiental cit., p. 64-65.
[833]
Direito ambiental cit., p. 65.
[834]
Direito ambiental constitucional, p. 78.
[835]
Política e legislação de proteção ambiental no Brasil, p. 35.
[836]
Idem, p. 36.
[837]
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, op.cit., p. 1039, verbete Parque/Parque
nacional.
[838]
Idem, p. 798, verbete Jardim/Jardim botânico.
[839]
Idem, verbete Jardim/Jardim zoológico.
[840]
Idem, p. 734, verbete Horto/Horto florestal.
[841]
R. E. Munn, op.cit., p. 79.
[842]
Estudo Prévio de Impacto Ambiental, p. 57.
[843]
Direito ambiental cit., p. 53.
[844]
Mudança da política ambiental, O ambiente inteiro: a contribuição crítica da
universidade à questão ambiental, p. 266.
[845]
Direito ambiental cit., p. 68.
[846]
Direito ambiental cit., p. 69-70.
[847]
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL: é um dos mecanismos de
flexibilização criados pelo Protocolo de Quioto para auxiliar o processo de redução
de emissões de Gases do Efeito Estufa – GEE ou de captura de carbono (ou
sequestro de carbono) por parte dos países do Anexo I. O propósito do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL é prestar assistência às Partes
Não Anexo I da United Nations Framework Convention on Climate Change –
UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima –
CONUMC) para que viabilizem o desenvolvimento sustentável através da
implementação da respectiva atividade de projeto e contribuam para o objetivo
final da Convenção e, por outro lado, prestar assistência às Partes Anexo I para
que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de
emissões de gases do efeito estufa. Países em desenvolvimento podem
implementar projetos que contribuam para a sustentabilidade e apresentem uma
redução ou captura de emissões de gases causadores do efeito estufa, obtendo
como resultado os Certified Emission Reductions – CER (Certificados de
Reduções de Emissões – RCE). Os Certified Emission Reductions – CER
emitidos pelo Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –
CEMDL, podem ser negociados no mercado global. Como os países
industrializados (Partes Anexo I) possuem cotas de redução de emissões de
gases causadores do efeito estufa, estes podem adquirir os Certified Emission
Reductions – CER de desenvolvedores de projetos em países em
desenvolvimento para auxiliar no cumprimento de suas metas. O Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL visa ao alcance do desenvolvimento sustentável
em países em desenvolvimento (país anfitrião), a partir da implantação de
tecnologias mais limpas nestes países. Para os Países do Anexo I, o mecanismo
facilita que cumpram suas reduções de emissão. Os projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL podem ser baseados em fontes renováveis e
alternativas de energia, eficiência e conservação de energia ou reflorestamento.
Existem regras claras e rígidas para aprovação de projetos no âmbito do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. Estes projetos devem utilizar
metodologias aprovadas, devem ser validados e verificados por Entidades
Operacionais Designadas – EOD, e devem ser aprovados e registrados pelo
Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. Os
projetos devem ser aprovados pelo governo do país anfitrião através da
Autoridade Nacional Designada – AND, assim como pelo governo do país que
comprará os Certified Emission Reductions – CER. No Brasil, a Comissão
Interministerial de Mudança Global do Clima, estabelecida em 1999, atua como a
Autoridade Nacional Designada – AND Brasileira. O primeiro projeto de
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, aprovado pela Organização das
Nações Unidas – ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário “Nova Gerar”, no Rio
de Janeiro, Brasil, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária. O
aterro sanitário “Bandeirantes” do bairro Perus, na zona norte da capital do estado
de São Paulo, realizou o primeiro leilão de Certified Emission Reductions – CER
através de bolsa de valores no mundo, cuja empresa vencedora foi a Fortis Bank
NV/SA, da Holanda. Hoje, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL conta
com 3.534 projetos registrados e emitiu mais de 750 milhões de Certified
Emission Reductions – CER. O Conselho Executivo do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – CEMDL numerou os seguintes setores onde projetos
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL podem ser desenvolvidos. O
Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – CEMDL baseou-
se no Anexo A do Protocolo de Quioto para elaboração da mesma. Uma atividade
de projeto Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL pode estar relacionada
a mais de um setor: 1) Setor 1. Geração de energia (renovável e não-renovável);
2) Setor 2. Distribuição de energia; 3) Setor 3. Demanda de energia (projetos de
eficiência e conservação de energia); 4) Setor 4. Indústrias de produção; 5) Setor
5. Indústrias químicas; 6) Setor 6. Construção; 7) Setor 7. Transporte; 8) Setor 8.
Mineração e produção de minerais; 9) Setor 9. Produção de metais; 10) Setor 10.
Emissões de gases fugitivos de combustíveis; 11) Setor 11. Emissões de gases
fugitivos na produção e consumo de halocarbonos e hexafluorido de enxofre; 12)
Setor 12. Uso de solventes; 13) Setor 13. Gestão e tratamento de resíduos; 14)
Setor 14. Reflorestamento e florestamento; 15) Setor 15. Agricultura. Etapas dos
projetos Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL: 1) concepção do projeto
(preparo da Nota de Ideia do Projeto); 2) preparo do Documento de Concepção do
Projeto – DCP; 3) validação; 4) obtenção da aprovação do país anfitrião; 5)
registro; 6) implementação do projeto; 7) monitoramento; 8) verificação e
certificação; 9) emissão dos Certified Emission Reductions – CER (créditos de
carbono). As Partes Anexo I são os países que tem metas em relação ao
Protocolo de Quioto. São divididos em dois subgrupos: 1) aqueles países que
necessitam diminuir suas emissões e portanto podem tornar-se compradores de
créditos provenientes do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, como a
Alemanha, Japão, Países Baixos; e 2) os países que estão em transição
econômica e por isso podem ser anfitriões de projetos do tipo Implementação
conjunta (que é outro mecanismo de flexibilização do Protocolo de Quioto), como
a Ucrânia, Rússia, Romênia, etc. Tipos de projetos Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL: 1) captura de gás em aterro sanitário; 2)
tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás; 3) troca de
combustível; 4) geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia
eólica, pequenas e médias hidroelétricas, energia solar); 5) compostagem de
resíduos sólidos urbanos; 6) geração de metano a partir de resíduos orgânicos
(biogasificação); 7) pirólise de resíduos; 8) florestamento e reflorestamento em
áreas degradadas. Por sinal, lembramos que a proteção de áreas de florestas ou
desmatamento evitado não são projetos Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –
MDL e portanto não podem requerer Certified Emission Reductions – CER.
[848]
A segurança química é um conceito global, desenvolvido para assegurar a
proteção da saúde, da vida e das condições normais do ambiente, frente aos
riscos decorrentes das atividades compreendidas no ciclo de vida das substâncias
químicas. A segurança química consiste na utilização racional e consciente das
substâncias e produtos químicos com vistas à proteção da saúde humana e do
meio ambiente. A segurança química é operacionalizada por meio de dispositivos
legais e voluntários, bem como de instrumentos, mecanismos e práticas, que são
aplicados ao longo de todo o ciclo de vida da substância, em busca de um
equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais. A definição de
estratégias tangíveis para o controle e a prevenção dos riscos potenciais do uso
de substâncias e produtos químicos constitui um ponto fundamental para
compatibilizá-lo aos recursos disponíveis. Efeitos adversos ao meio ambiente e às
diferentes formas de vida ocasionados por agentes químicos dependem, dentre
outras, das suas propriedades físicas e químicas, características toxicológicas e
ecotoxicológicas, da forma de uso, via e intensidade de exposição, bem como das
especificidades dos seres vivos submetidos a tal exposição. Inúmeros estudos
têm comprovado a estreita relação entre agravos à saúde humana e danos aos
ecossistemas naturais e urbanos decorrentes da exposição aos produtos
químicos, com consequências sócio-econômicas negativas para a sociedade
como um todo. Os riscos associados aos produtos químicos são de natureza
complexa, devido, dentre outros, aos seguintes aspectos: 1) podem ser globais
em escala; 2) envolvem emissões que podem cruzar fronteiras; 3) podem gerar
efeitos a curto, médio e longo prazo, com possibilidade de afetar tanto as atuais
quanto as futuras gerações; 4) podem exigir decisões emergenciais, dependendo
da natureza e gravidade do problema; 5) exigem decisões compatíveis com o
nível de complexidade dos impactos; 6) exigem abordagem interdisciplinar em
virtude das ações e funções dos diversos aspectos envolvidos (produção,
tecnologia, organização social e cultural, entre outros); 7) envolvem múltiplos
setores governamentais, grupos sociais e econômicos na gestão e controle da
poluição ambiental; 8) o alto grau de variabilidade social, ambiental e biológica
dificulta a extrapolação direta de determinados resultados de estudos científicos e
aplicações tecnológicas para outros contextos ou realidades; 9) a incerteza
científica no estabelecimento de correlações causa efeito decorrentes de
exposições aos produtos e as substancias químicas; 10) vulnerabilidade de
regiões ou grupos, que são os mais prejudicados por habitarem em locais sem
saneamento, em moradias inadequadas, com baixo grau de educação e com
condições de saúde debilitada e/ou sem acesso aos serviços de saúde, isto em
regiões com maior escassez de recursos e com maior precariedade. Como
questão de interesse público, a segurança química envolve vários níveis e setores
governamentais, em especial os que atuam em questões relativas ao ambiente,
trabalho, saúde, transporte e o desenvolvimento econômico e tecnológico. Além
de estabelecer normas, fiscalizar o cumprimento da legislação, tratar dos
instrumentos punitivos, orientar o setor produtivo bem como a própria população,
os órgãos públicos têm papel fundamental na elaboração e implementação da
política de segurança química. A questão da segurança química tem para o Brasil
inequívoca relevância, tendo em vista o país estar entre os dez maiores
produtores mundiais do setor e de ser o maior produtor e importador, no gênero,
da América Latina. Em conformidade com o Capítulo 19 da Agenda 21, uma
estratégia nacional de segurança química deverá levar em conta outros marcos,
tais como: 1) Benefício Social; 2) Fator Estratégico; 3) Responsabilidade
Governamental; 4) Ação Coordenada; 5) Disponibilidade de Recursos; 6)
Cooperação Internacional. O Capítulo 19 da Agenda 21 incorpora propostas
destinadas a reforçar estas ações organizadas em 6 (seis) áreas programáticas:
1) Área A: Expansão e Aceleração da Avaliação dos Riscos dos Produtos
Químicos à Saúde e Meio Ambiente; 2) Área B: Harmonização da Classificação e
Rotulagem de Substâncias Químicas; 3) Área C: Intercâmbio de Informações
sobre Riscos dos Produtos Químicos; 4) Área D: Organização de Programas de
Redução de Riscos e Promoção de Alternativas; 5) Área E: Fortalecimento das
Capacidades e dos Meios Nacionais para a Gestão de Produtos Químicos; 6)
Área F: Prevenção do Tráfico Internacional Ilícito dos Produtos Tóxicos e
Perigosos. Ademais, a Agenda 21 propôs a organização de um Foro
Intergovernamental para gerenciar o desenvolvimento das ações previstas no
Capítulo 19. Em 1994 durante a Conferência Internacional de Segurança Química,
realizada em Estocolmo, Suécia foi criado o Fórum Intergovernamental sobre
Segurança Química – FISQ. O Fórum Intergovernamental sobre Segurança
Química – FISQ conta com a participação de agências internacionais, como a
Organização Mundial de Saúde – OMS, Organização Internacional do Trabalho –
OIT, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, United
Nations Institute for Training and Research – UNITAR (Instituto para Treinamento
e Pesquisa das Nações Unidas), Food and Agriculture Organization of the United
Nations – FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura),
United Nations Industrial Development Organization – UNIDO e outras, assim
como dos países membros das Nações Unidas, de organizações privadas, do
meio científico e da sociedade civil. O Fórum Intergovernamental sobre
Segurança Química – FISQ é um instrumento de cooperação e fomento, singular
e abrangente, voltado para o desenvolvimento de estratégias e parcerias entre os
governos dos países, instituições intergovernamentais e organismos não
governamentais, na avaliação dos riscos, do ponto de vista ecológico e na gestão
segura dos produtos químicos. A Comissão Nacional de Segurança Química –
CONASQ: se caracteriza por ser um mecanismo de articulação intersetorial de
integração para a promoção adequada das substâncias químicas, que visa criar
oportunidades para o fortalecimento, a divulgação e o desenvolvimento de ações
intersetoriais relacionadas à segurança química, promovendo a transversalidade.
[849]
Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC (Autoridade
Nacional Designada): De acordo com o Despacho Telegráfico nº 612, de
19.09.2002, enviado pelo Ministério da Relações Exteriores – MRE à Embaixada
do Brasil em Berlim, o Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima foi oficialmente comunicado pelo Governo Brasileiro que
a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC é a Autoridade
Nacional Designada para aprovação de projetos no âmbito do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL do Protocolo de Quioto, conforme disposto no
inciso IV do art. 3º do Decreto Presidencial de 07.07.1999 que instituiu a referida
Comissão. perspectiva de entrada em vigor do Protocolo de Quioto, com o seu
potencial de mobilização de recursos da ordem de muitas dezenas de bilhões de
dólares por ano, uma fração dos quais poderá ser orientada para o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL, assinalou a importância da formalização de um
mecanismo dentro do Governo que pudesse direcionar esse potencial para as
prioridades de desenvolvimento nacionais. Acresce-se a isso a necessidade de
intensificar as ações que já vêm sendo tomadas pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia, em articulação com os Ministérios das Relações Exteriores; de Minas
e Energia; e do Meio Ambiente, no que diz respeito ao cumprimento dos
compromissos em vigor para o Brasil, assumidos por força da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Tendo em vista a relevância que o
tema vem adquirindo no cenário das relações internacionais, a complexidade e o
aspecto multifacetado dos assuntos relacionados com clima, o tratamento do
assunto requer a articulação de ações de diversos órgãos governamentais
setoriais. Uma vez que não existia uma instância específica na estrutura da
Administração Pública Federal para realizar a coordenação e a articulação
julgadas adequadas para implementação das ações necessárias, foi proposta a
criação de uma Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC.
Assim, buscando-se atingir este objetivo, em 07 de julho de 1999, o Presidente da
República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso II, da
Constituição, fez promulgar um decreto criando a Comissão Interministerial de
Mudança Global do Clima – CIMGC. Tendo em vista que o Ministério da Ciência e
Tecnologia já vinha exercendo as atividades nacionais voltadas ao cumprimento
do compromisso inicial do Brasil relativo à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, coube a esse órgão a presidência e as funções de
Secretaria-Executiva da Comissão, uma vez que os aspectos científicos da
mudança global do clima continuarão, no futuro previsível, a dominar as
negociações políticas e o conhecimento científico necessário para subsidiar as
discussões poderá ser viabilizado por meio dos instrumentos de fomento do
Ministério. Devido ao caráter horizontal da atividade científica - que perpassa
todos os setores de atividade envolvidos no tema da mudança climática – o
Ministério da Ciência e Tecnologia pode atuar na conciliação dos diferentes
interesses setoriais. O tratamento das emissões de gases de efeito estufa nas
atividades humanas, por força da Convenção, deve incluir os setores de energia,
transportes, indústria, agricultura, silvicultura e tratamento de resíduos, razão pela
qual foi integram igualmente a Comissão os Ministérios de Minas e Energia, dos
Transportes, do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio, da Agricultura e do
Abastecimento e do Meio Ambiente (a quem coube a Vice-Presidência da
Comissão), que tenham tais áreas sob sua responsabilidade. O então Ministério
Extraordinário de Projetos Especiais (atualmente incorporado parcialmente ao
Ministério da Ciência e Tecnologia), o Ministério do Orçamento e Gestão, bem
como a Casa Civil da Presidência da República, também foram incluídos por suas
competências relativas à visão do Brasil em longo prazo, bem como, o Ministério
das Relações Exteriores, pelas negociações internacionais que continuarão a
ocorrer. Além disso, o Decreto faculta à Comissão solicitar a colaboração de
outros órgãos públicos ou órgãos privados e entidades representativas da
sociedade civil na realização de suas atribuições. São atribuições da Comissão
Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC: a) emitir parecer, sempre
que demandado, sobre propostas de políticas setoriais, instrumentos legais e
normas que contenham componente relevante para a mitigação da mudança
global do clima e para a adaptação do País aos seus impactos; b) fornecer
subsídios às posições do Governo nas negociações sob a égide da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e instrumentos subsidiários
de que o Brasil seja parte; c) definir critérios de elegibilidade adicionais aos
considerados pelos Organismos da Convenção, encarregados do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL, previsto no Artigo 12 do Protocolo de Quioto da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conforme
estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável; d) apreciar pareceres
sobre projetos que resultem em reduções de emissões e que sejam considerados
elegíveis para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, e aprová-los, se
for o caso; e) realizar articulação com entidades representativas da sociedade
civil, no sentido de promover as ações dos órgãos governamentais e privados, em
cumprimento aos compromissos assumidos pelo Brasil perante a Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e instrumentos subsidiários
de que o Brasil seja parte. A Comissão Interministerial de Mudança Global do
Clima – CIMGC representa, assim, um esforço no sentido de articular as ações de
governo relacionadas à Mudança Global do Clima.
[850]
“§6°. Cabe aos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente, em
conjunto e sob a coordenação do primeiro, nos aspectos relacionados ao uso
sustentável dos recursos pesqueiros (redação dada pela Lei n° 11.958, de
26.06.2009): I- fixar as normas, critérios, padrões e medidas de ordenamento do
uso sustentável dos recursos pesqueiros, com base nos melhores dados
científicos e existentes, na forma de regulamento (redação dada pela Lei n°
11.958, de 26.06.2009); e II- subsidiar, assessorar e participar, em interação com
o Ministério das Relações Exteriores, de negociações e eventos que envolvam o
comprometimento de direitos e a interferência em interesses nacionais sobre a
pesca e aquicultura (redação dada pela Lei n° 11.958, de 26.06.2009)”.
[851]
Clearing-House Mechanism: trata-se de um mecanismo de intermediação de
informações, em ambiente de internet, com padrões tecnológicos avançados de
intercâmbio de informações para facilitar a troca de dados entre as partes
signatárias da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB.
[852]
“Art. 2°. O PNF tem os seguintes objetivos: I- estimular o uso sustentável de
florestas nativas e plantadas; II- fomentar as atividades de reflorestamento,
notadamente em pequenas propriedades rurais; III- recuperar florestas de
preservação permanente, de reserva legal e áreas alteradas; IV- apoiar as
iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em florestas; V-
reprimir desmatamentos ilegais e a extração predatória de produtos e subprodutos
florestais, conter queimadas acidentais e prevenir incêndios florestais; VI-
promover o uso sustentável das florestas de produção, sejam nacionais,
estaduais, distrital ou municipais; VII- apoiar o desenvolvimento das indústrias de
base florestal; VIII- ampliar os mercados interno e externo de produtos e
subprodutos florestais; IX- valorizar os aspectos ambientais, sociais e econômicos
dos serviços e dos benefícios proporcionados pelas florestas públicas e privadas;
X- estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas florestais”.
[853]
“Art. 1º. A Comissão Brasileira do Programa sobre o Homem e a Biosfera,
instituída pelo Decreto nº 74.685, de 14 de outubro de 1974, passa a denominar-
se Comissão Brasileira para o Programa ‘O Homem e a Biosfera’ - COBRAMAB,
exercendo suas atividades no âmbito do Ministério do Meio Ambiente.
Art. 2º. A COBRAMAB tem por finalidade precípua planejar, coordenar e
supervisionar no País as atividades relacionadas ao Programa ‘O Homem e a
Biosfera’, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura - UNESCO.
Art. 3º. Compete à COBRAMAB: I- estimular a cooperação internacional; II-
apreciar as estratégias adotadas e promover a articulação interinstitucional e
intersetorial, visando a implementação do Programa ‘O Homem e a Biosfera’; III-
harmonizar a pesquisa científica em relação ao Programa; IV- apreciar relatórios
de gestão; V- criar câmaras técnicas, temporárias ou permanentes, com vistas ao
atingimento de suas finalidades; VI- divulgar amplamente as atividades
desenvolvidas pela Comissão; VII- elaborar e aprovar o seu regimento interno; e
VIII- apreciar outros assuntos correlatos à sua finalidade.
Art. 4º. A COBRAMAB será integrada por: I- um representante de cada um
dos seguintes órgãos: a) do Ministério do Meio Ambiente, que a presidirá; b) do
Ministério das Relações Exteriores; c) do Ministério da Ciência e Tecnologia; d) do
Ministério da Educação; e) do Ministério da Cultura;
f) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e g) do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; II- dois
representantes de cada um dos seguintes segmentos: a) da comunidade científica
e acadêmica; b) de entidades ambientalistas da sociedade civil; e
c) do setor privado.
Parágrafo único. Os membros da COBRAMAB, juntamente com os seus
respectivos suplentes, serão designados pelo Ministro de Estado do Meio
Ambiente, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, mediante a
indicação dos titulares dos órgãos mencionados no inciso I e, no caso do inciso II,
por livre escolha da autoridade designante.
Art. 5º. A Comissão reunir-se-á com a presença da maioria dos seus
membros, mediante convocação do seu Presidente, ordinariamente, duas vezes
ao ano, e extraordinariamente, na hipótese de relevante interesse, a juízo do seu
Presidente, ou sempre que requerido pela maioria de seus membros.
Parágrafo único. A COBRAMAB decidirá pela maioria de votos dos presentes,
cabendo ao Presidente, além do voto ordinário, o voto de qualidade, no caso de
empate.
Art. 6º. A Comissão terá um Vice-Presidente, eleito dentre os seus membros,
e um Secretário-Executivo, designado pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente.
Art. 7º. O Presidente da Comissão será substituído em suas faltas e
impedimentos pelo Vice-Presidente ou pelo Secretário-Executivo, nessa ordem.
Art. 8º. O Ministério do Meio Ambiente prestará apoio técnico e administrativo
à COBRAMAB.
Art. 9º. Os trabalhos prestados à COBRAMAB são considerados de relevante
serviço público, não ensejando, porém, direito a qualquer tipo de remuneração.
Parágrafo único. As eventuais despesas com passagens e diárias serão
custeadas pelos órgãos e setores nela representados”.
[854]
“Art. 7°. Fica criada, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o
Departamento do Patrimônio Genético, que exercerá a função de Secretaria-
Executiva do Conselho de Gestão, e terá as seguintes atribuições, dentre outras:
I- implementar as deliberações do Conselho de Gestão; II- promover a instrução e
a tramitação dos processos a serem submetidos à deliberação do Conselho de
Gestão; III- dar suporte às instituições credenciadas; IV- emitir, de acordo com
deliberação do Conselho de Gestão e em seu nome, Autorização de Acesso e de
Remessa de amostra de componente do patrimônio genético existente no
território nacional, na plataforma continental e na zona econômica exclusiva, bem
como Autorização de Acesso a conhecimento tradicional associado; V-emitir, de
acordo com deliberação do Conselho de Gestão e em seu nome, Autorização
Especial de Acesso e de Remessa de amostra de componente do patrimônio
genético, e Autorização de Acesso a conhecimento tradicional associado, com
prazo de duração de até dois anos, renovável por iguais períodos, a instituição
pública ou privada nacional que exerça atividade de pesquisa e desenvolvimento
nas áreas biológicas e afins e a universidade nacional, pública ou privada; VI-
acompanhar, em articulação com os demais órgãos federais, as atividades de
acesso e de remessa de amostra de componente do patrimônio genético e de
acesso a conhecimento tradicional associado; VII- promover, de acordo com
deliberação do Conselho de Gestão e em seu nome, o credenciamento de
instituição pública nacional de pesquisa e desenvolvimento, ou instituição pública
federal de gestão, para autorizar instituição nacional, pública ou privada, a
acessar amostra de componente do patrimônio genético e de conhecimento
tradicional associado, e bem assim a enviar amostra de componente do
patrimônio genético a instituição nacional, pública ou privada, ou para instituição
sediada no exterior, respeitadas as exigências do art. 19 da Medida Provisória n°
2.186-16, de 2001; VIII- promover, de acordo com deliberação do Conselho de
Gestão e em seu nome, o credenciamento de instituição pública nacional para ser
fiel depositária de amostra de componente do patrimônio genético; IX-
descredenciar instituições, de acordo com deliberação do Conselho de Gestão e
em seu nome, pelo descumprimento das disposições da Medida Provisória n°
2.186-16, de 2001, e deste Decreto; X- registrar os Contratos de Utilização do
Patrimônio Genético e de Repartição de Benefícios, após anuência do Conselho
de Gestão; XI- divulgar lista de espécies de intercâmbio facilitado constantes de
acordos internacionais, inclusive sobre segurança alimentar, dos quais o País seja
signatário, de acordo com o § 2° do art. 19 da Medida Provisória n° 2.186-16, de
2001; XII- criar e manter: a) cadastro de coleções ex situ, conforme previsto no
art. 18 da Medida Provisória n° 2.186-16, de 2001; b) base de dados para registro
de informações obtidas durante a coleta de amostra de componente do patrimônio
genético; c) base de dados relativos às Autorizações de Acesso e de Remessa de
amostra de componente do patrimônio genético e de acesso a conhecimento
tradicional associado, aos Termos de Transferência de Material e aos Contratos
de Utilização do Patrimônio Genético e de Repartição de Benefícios; XIII- divulgar,
periodicamente, lista das Autorizações de Acesso e de Remessa, dos Termos de
Transferência de Material e dos Contratos de Utilização do Patrimônio Genético e
de Repartição de Benefícios”.
[855]
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SINGREH:
criado pela Lei n° 9.433, de 08.01.1997, estabeleceu um arranjo institucional claro
e baseado em novos princípios de organização para a gestão compartilhada do
uso da água. O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos –
SINGREH é composto pelos seguintes órgãos: 1) Conselho Nacional de Recursos
Hídricos – CNRH (órgão mais expressivo da hierarquia do Sistema, de caráter
normativo e deliberativo); 2) Ministério do Meio Ambiente – MMA (compete
formular a Política Nacional de Recursos Hídricos e subsidiar a formulação do
Orçamento da União) 3) Agência Nacional de Águas – ANA (autarquia sob regime
especial com autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente – MMA, responsável pela implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos); 4) Órgão Estadual (compete outorgar e fiscalizar o uso de
recursos hídricos de domínio do Estado); 5) Comitê de Bacias Hidrográficas –
CBH (órgão colegiado, inteiramente novo na realidade institucional brasileira,
contando com a participação dos usuários, da sociedade civil organizada, de
representantes de governos municipais, estaduais e federal, bem como destinado
a atuar como “parlamento das águas”, posto que é o fórum de decisão no âmbito
de cada bacia hidrográfica); 6) Agências de Águas em rios de domínio da União
Federal, previstas na Lei n° 9.433, de 08.01.1997, atuarão como secretarias
executivas do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica; a criação das Agências de
Águas está condicionada, em cada bacia, à prévia existência do respectivo
Comitê de Bacia Hidrográfica e à sua viabilidade financeira).
[856]
Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH: estabelecido pela Lei n°
9.433, de 08.01.1997, é um dos instrumentos que orienta a gestão das águas no
Brasil. O conjunto de diretrizes, metas e programas que constituem o Plano
Nacional de Recursos Hídricos – PNRH foi construído em amplo processo de
mobilização e participação social. O documento final foi aprovado pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos – CNRH em 30.01.2006. O objetivo geral do Plano
Nacional de Recursos Hídricos – PNRH é “estabelecer um pacto nacional para a
definição de diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de
água, em quantidade e qualidade, gerenciando as demandas e considerando ser
a água um elemento estruturante para a implementação das políticas setoriais,
sob a ótica do desenvolvimento sustentável e da inclusão social”. Os “objetivos
específicos são assegurar: 1) a melhoria das disponibilidades hídricas, superficiais
e subterrâneas, em qualidade e quantidade; 2) a redução dos conflitos reais e
potenciais de uso da água, bem como dos eventos hidrológicos críticos e 3) a
percepção da conservação da água como valor socioambiental relevante”. O
Ministério do Meio Ambiente – MMA é responsável pela coordenação do Plano
Nacional de Recursos Hídricos – PNRH, sob acompanhamento da Câmara
Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos – CTPNRH/CNRH. Contudo,
para que o instrumento seja implementado, deve antes ser pactuado entre o
Poder Público, o setor usuário [o que se utiliza da água para fins econômicos
(atividades da indústria, de irrigação, do setor de abastecimento de água, de
geração de energia, etc.)] e a sociedade civil. Devido a seu caráter nacional, o
Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH é adequado periodicamente às
realidades das Regiões Hidrográficas, por revisões que aperfeiçoam e
aprofundam temas a partir de análises técnicas e de consultas públicas. Assim, a
elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH configura um
processo de estudo, diálogo e pactuação contínuos, o que resulta em “retratos” da
situação dos recursos hídricos em diferentes momentos históricos.
[857]
United Nations Convention to Combat Desertification – UNCCD (Convenção
das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da
Seca): junto com outros 192 países, o Brasil é signatário da referida Convenção.
Esse compromisso estabelece padrões de trabalho e metas internacionais
convergentes em ações coordenadas na busca de soluções qualitativas que
atendam às demandas socioambientais nos espaços áridos, semiáridos e
subúmidos secos, particularmente onde residem as populações mais pobres do
planeta. A United Nations Convention to Combat Desertification – UNCCD é
reconhecida como o instrumento fundamental para erradicar a pobreza e
promover o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais das terras secas, que
incluem as Areas Susceptible to Desertification – ASD (Áreas Suscetíveis de
Desertificação) brasileiras. O tema da desertificação no país encontra-se no
centro da formulação política, seja pelo marco legal, por ser o objeto de Projeto de
Lei, em tramitação, seja pelo significado estratégico, por ser reflexo do novo
enfoque de qualificação do uso sustentável dos recursos naturais como elemento
transformador da relação sociedade e meio ambiente. A histórica existência de
práticas locais embasadas em conhecimentos étnicos e tradicionais das
populações nas zonas semiáridas do Brasil, aliadas às intervenções oficiais do
Estado que remontam à época do império, produziram as condições e a massa
crítica necessárias à base da organização cultural e social no sentido de
possibilitar a convivência com as secas, fenômenos que são mais comuns às
certas áreas do que a outras dependendo de diversos fatores ambientais, e de
vetores quase sempre antrópicos. Neste contexto, o Brasil é tido como um dos
Países-Parte com maior liderança global no processo e atua a nível internacional
construindo parcerias bi e multilaterais, a exemplo da cooperação realizada dentre
a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP e no Grupo dos Países
Latino-americanos e do Caribe – GRULAC. A desertificação é definida como um
processo de degradação ambiental causada pelo manejo inadequado dos
recursos naturais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidos secos, que
compromete os sistemas produtivos das áreas susceptíveis, os serviços
ambientais e a conservação da biodiversidade. No Brasil são 1.480 municípios
susceptíveis a esse processo que pode ser causado pelo homem ou pela própria
natureza e agravados pelas questões climáticas. Atinge, particularmente, os
estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Os estudos
realizados pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA em parceria com os governos
dos 11 (onze) Estados demonstram que as áreas suscetíveis a desertificação
representam 16% (dezesseis por cento) do território brasileiro e 27% (vinte e sete
por cento) do total de municípios envolvendo uma população de 31.663.671
habitantes, onde se concentra 85% (oitenta e cinco por cento) da pobreza do país.
Logo, representa um contexto que demanda políticas públicas específicas
importantes para o combate à pobreza e a melhoria das condições de vida de
parte significativa da população brasileira. Com a realização da Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio 92, foi definida a
necessidade de uma convenção específica para o tema que estabelecesse
diretrizes e compromissos para os países. Um dos principais resultados da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio
92 foi o início do processo de negociação para a elaboração de três convenções:
a Convenção Quadro sobre Mudança Climática, a Convenção sobre Diversidade
Biológica e a United Nations Convention to Combat Desertification – UNCCD
(Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países
Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação), particularmente na África. No
Brasil, o processo de desertificação é consequência do uso inadequado dos
recursos florestais principalmente da Caatinga e Cerrado para o fornecimento de
biomassa florestal no atendimento de considerável percentual da matriz
energética do Nordeste e de outras regiões, por meio de desmatamentos; pelas
praticas agropecuárias sem manejo adequado dos solos, provocando os
processos erosivos e esgotando os solos; pelo sobrepastejo na pecuária
extensiva comprometendo a textura dos solos e com isso a regeneração da
vegetação; e pelo manejo inadequado dos sistemas de irrigação, com a
consequente salinização da terra.
[858]
Agenda 21 Brasileira: processo e instrumento de planejamento participativo
para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a
sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o
crescimento econômico. O documento é resultado de uma vasta consulta à
população brasileira, sendo construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global.
Trata-se, portanto, de um instrumento fundamental para a construção da
democracia participativa e da cidadania ativa no país. A primeira fase foi a
construção da Agenda 21 Brasileira. Esse processo que se deu de 1996 a 2002,
foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da
Agenda 21 Nacional – CPDS e teve o envolvimento de cerca de 40 mil pessoas
de todo o Brasil. O documento Agenda 21 Brasileira foi concluído em 2002. A
partir de 2003, a Agenda 21 Brasileira não somente entrou na fase de
implementação assistida pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento
Sustentável e da Agenda 21 Nacional – CPDS, como também foi elevada à
condição de Programa do Plano Plurianual – PPA (2004-2007), pelo atual
governo. Como programa, ela adquire mais força política e institucional, passando
a ser instrumento fundamental para a construção do Brasil Sustentável, estando
coadunada com as diretrizes da política ambiental do Governo, transversalidade,
desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
Ambiente – SISNAMA e participação social e adotando referenciais importantes
como a Carta da Terra. Portanto, a Agenda 21, que tem provado ser um guia
eficiente para processos de união da sociedade, compreensão dos conceitos de
cidadania e de sua aplicação, é hoje um dos grandes instrumentos de formação
de políticas públicas no Brasil. Implementação da Agenda 21 brasileira (a partir de
2003): 1) a posse do Governo Luiz Inácio Lula da Silva coincidiu com o início da
fase de implementação da Agenda 21 Brasileira. A importância da Agenda como
instrumento propulsor da democracia, da participação e da ação coletiva da
sociedade foi reconhecida no Programa Lula, e suas diretrizes inseridas tanto no
Plano de Governo quanto em suas orientações estratégicas; 2) outro grande
passo foi a utilização dos princípios e estratégias da Agenda 21 Brasileira como
subsídios para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, Conferência das
Cidades e Conferência da Saúde. Esta ampla inserção da Agenda 21 remete à
necessidade de se elaborar e implementar políticas públicas em cada município e
em cada região brasileira; 3) para isso, um dos passos fundamentais do atual
governo foi transformá-la em programa no Plano Plurianual Anual – PPA do
Governo (2004/2007), o que lhe confere maior alcance, capilaridade e importância
como política pública. O Programa Agenda 21 é composto por 3 (três) ações
estratégicas que estão sendo realizadas com a sociedade civil: a) implementar a
Agenda 21 Brasileira; b) elaborar e implementar as Agendas 21 Locais; e c) a
formação continuada em Agenda 21; 4) a prioridade é orientar para a elaboração
e implementação de Agendas 21 Locais com base nos princípios da Agenda 21
Brasileira que, em consonância com a Agenda global, reconhece a importância do
nível local na concretização de políticas públicas sustentáveis. Atualmente,
existem mais de 544 processos de Agenda 21 Locais em andamento no Brasil,
quase 3 (três) vezes o número levantado até 2002. Em resumo, são estes os
principais desafios do Programa Agenda 21: 1) implementar a Agenda 21
Brasileira. Passada a etapa da elaboração, a Agenda 21 Brasileira tem agora o
desafio de fazer com que todas as suas diretrizes e ações prioritárias sejam
conhecidas, entendidas e transmitidas, entre outros, por meio: a) da atuação da
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira –
CPDS; b) da implementação do Sistema da Agenda 21; c) dos mecanismos de
implementação e monitoramento; d) da integração das políticas públicas; e) da
promoção da inclusão das propostas da Agenda 21 Brasileira nos Planos das
Agendas 21 Locais; 2) orientar para a elaboração e implementação das Agendas
21 Locais. A Agenda 21 Local é um dos principais instrumentos para se conduzir
processos de mobilização, troca de informações, geração de consensos em torno
dos problemas e soluções locais e estabelecimento de prioridades para a gestão
de desde um estado, município, bacia hidrográfica, unidade de conservação, até
um bairro, uma escola. O processo deve ser articulado com outros projetos,
programas e atividades do governo e sociedade, sendo consolidado, dentre
outros, a partir do envolvimento dos agentes regionais e locais; análise,
identificação e promoção de instrumentos financeiros; difusão e intercâmbio de
experiências; definição de indicadores de desempenho; 3) implementar a
formação continuada em Agenda 21. Promover a educação para a
sustentabilidade através da disseminação e intercâmbio de informações e
experiências por meio de cursos, seminários, workshops e de material didático.
Esta ação é fundamental para que os processos de Agendas 21 Locais ganhem
um salto de qualidade, através da formulação de bases técnicas e políticas para a
sua formação; trabalho conjunto com interlocutores locais; identificação das
atividades, necessidades, custos, estratégias de implementação; aplicação de
metodologias apropriadas, respeitando o estágio em que a Agenda 21 Local em
questão está. As ações da Agenda 21 brasileira são as seguintes: 1) no âmbito do
Programa Agenda 21, as principais atividades realizadas em 2003 e 2004 refletem
a abrangência e a capilaridade que a Agenda 21 está conquistando no Brasil.
Estas atividades estão sendo desenvolvidas de forma descentralizada, buscando
o fortalecimento da sociedade e do poder local e reforçando que a Agenda 21 só
se realiza quando há participação das pessoas, avançando, dessa forma, na
construção de uma democracia participativa no Brasil. Destacamos as seguintes
atividades: a) ampliação da Comissão de Políticas de Desenvolvimento
Sustentável e Agenda 21 Brasileira – CPDS: criada no âmbito da Câmara de
Políticas dos Recursos Naturais, do Conselho de Governo, a nova constituição da
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira –
CPDS se deu por meio de Decreto Presidencial de 03.02.2004. Os novos
membros que incluem 15 (quinze) ministérios, a Associação Nacional de Órgãos
Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA e Associação Brasileira de Entidades
Estaduais de Meio Ambiente – ABEMA e 17 (dezessete) da sociedade civil
tomaram posse no dia 01.06.2004. A primeira reunião da nova composição
aconteceu no dia 01.07.2004, e a segunda em 15.09.2004; b) realização do
primeiro Encontro Nacional das Agendas 21 Locais, nos dias 07 e 08.11.2003, em
Belo Horizonte, com a participação de cerca de 2.000 pessoas de todas as
regiões brasileiras. O II Encontro das Agendas 21 Locais foi realizado em janeiro
de 2005, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre-RS; c) Programa de
Formação em Agenda 21, voltado para a formação de cerca de 10 mil professores
das escolas públicas do país que, através de cinco programas de TV, discutiram a
importância de se implementar a Agenda 21 nos municípios, nas comunidades e
na escola. Esse programa, veiculado pela TVE em outubro de 2003, envolveu,
além dos professores, autoridades governamentais e não governamentais, e
participantes dos Fóruns Locais da Agenda 21, da sociedade civil e de governos;
d) participação na consolidação da Frente Parlamentar Mista para o
Desenvolvimento Sustentável e Apoio às Agendas 21 Locais. Esta frente,
composta de 107 deputados federais e 26 senadores, tem como principal objetivo
articular o poder legislativo brasileiro, nos níveis federal, estadual e municipal,
para permitir uma maior fluência na discussão dos temas ambientais,
disseminação de informações relacionadas a eles e mecanismos de comunicação
com a sociedade civil; e) elaboração e monitoramento, em conjunto com o Fundo
Nacional do Meio Ambiente – FNMA, do Edital 02/2003 - Construção de Agendas
21 Locais, que incluiu a participação ativa no processo de capacitação de
gestores municipais e de Organização Não Governamental – ONG, em todos os
estados brasileiros, para a confecção de projetos para o edital. Ao todo foram
cerca de 920 pessoas capacitadas em 25 eventos. No final do processo, em
dezembro de 2003, foram aprovados, com financiamento, 64 projetos de todas as
regiões brasileiras; f) publicação da Série Cadernos de Debate Agenda 21 e
Sustentabilidade com o objetivo de contribuir para a discussão sobre os caminhos
do desenvolvimento sustentável no país. São 6 (seis) os Cadernos publicados até
o presente: i) Agenda 21 e a Sustentabilidade das Cidades; ii) Agenda 21: Um
Novo Modelo de Civilização; iii) Uma Nova Agenda para a Amazônia; iv) Mata
Atlântica o Futuro é Agora; v) Agenda 21 e o Setor Mineral; vi) Agenda 21, o
Semiárido e a Luta contra a Desertificação; g) publicação de mil exemplares da
segunda edição da Agenda 21 Brasileira: Ações Prioritárias e Resultado da
Consulta Nacional, contendo apresentação da ministra Marina Silva e a nova
composição da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda
21 Brasileira – CPDS; 2) ainda, foram efetivadas parcerias e convênios com o
Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério das Cidades, Ministério
da Cultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Nacional, Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério de Minas e Energia; Fórum
Brasileiro das Organizações Não Governamentais – ONG para o Meio Ambiente e
o Desenvolvimento; Conselho Federal de Engenharia e Agronomia –
CONFEA/Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, Caixa
Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e prefeituras brasileiras.
[859]
Conferência Nacional do Meio Ambiente – CNMA: voz e voto para contribuir
de forma efetiva na elaboração de políticas públicas ambientais. Isso se tornou
possível com a realização da Conferência Nacional do Meio Ambiente, um fórum
que fez história ao tornar realidade o chamado “empoderamento social” aos
diferentes setores da sociedade que assumem sua responsabilidade com o meio
ambiente. Afinal, a definição de políticas públicas para um Brasil sustentável
depende de mudanças na forma de atuação das esferas governamentais, do setor
produtivo, das organizações da sociedade, chegando ao cotidiano de cada
cidadão. Para isso, é preciso rever e ampliar a nossa noção de desenvolvimento e
entendê-lo como uma construção coletiva capaz de gerar qualidade de vida nas
dimensões ambiental, econômica, social, cultural e ética. Em suas edições, a
conferência coloca para a sociedade temas estratégicos para o País, que visam a
conservação da biodiversidade, da água, do clima e dos recursos energéticos,
com vistas ao desenvolvimento sustentável, levando em consideração que é
possível sim crescer sem degradar a natureza. “Vamos Cuidar do Brasil”. Com
este lema, a Conferência Nacional do Meio Ambiente – CNMA convoca o Brasil
para debater problemas e soluções, diretrizes, ações e políticas públicas e é com
a realização de conferências locais, que podem ser municipais, regionais e
estaduais, que grande parte dos atores sociais podem participar da Conferência
Nacional do Meio Ambiente – CNMA. Da etapa estadual saem os delegados da
Conferência Nacional, o que constitui um processo de baixo para cima,
respeitando equidade de gênero, 30% (trinta por cento) de delegados do setor
empresarial, 5% (cinco por cento) para povos indígenas, 5% (cinco por cento)
para comunidades tradicionais, 40% (quarenta por cento) de Organizações Não
Governamentais – ONG e Movimentos Sociais e 20% de representantes de
governos. Acima de tudo, a conferência é um instrumento de Educação Ambiental
e Democracia Participativa orientada pelas diretrizes do Ministério do Meio
Ambiente – MMA: 1- Desenvolvimento Sustentável; 2- Transversalidade; 3-
Fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente; 4- Controle e Participação
Social.
[860]
Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente: esta Conferência é
promovida pelo Ministério da Educação – MEC, sob a coordenação da Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI/MEC,
em parceria com o Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio da Secretaria
de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – SAIC/MMA. A Conferência
tem como tema “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis”, constituindo-
se em um processo pedagógico que traz a dimensão política da questão
ambiental para os debates realizados nas escolas e comunidades, na construção
coletiva de conhecimento e no empenho nas resoluções de problemas
socioambientais, respeitando e valorizando a opinião e o protagonismo dos
adolescentes e jovens. Ela é voltada para as escolas com pelo menos uma turma
do 6° ao 9° ano (5ª a 8ª série) do Ensino Fundamental, cadastradas no Censo
Escolar – INEP, públicas e privadas, urbanas e rurais, da rede estadual ou
municipal, assim como escolas de comunidades indígenas, quilombolas e de
assentamento rural. Todos os estabelecimentos escolares com esse perfil
receberão material didático para subsidiar suas conferências1. A adesão ao
processo de Conferência é voluntária.
[861]
Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA: criado pela
Resolução/CONAMA n° 006/89, o Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas
– CNEA foi instituído com o objetivo de manter em banco de dados o registro das
Entidades Ambientalistas não governamentais atuantes no país, cuja finalidade
principal seja a defesa do meio ambiente. O Cadastro é hoje acessado por
inúmeros organismos governamentais e não governamentais, nacionais e
internacionais, que servem-se das informações disponibilizadas para o
estabelecimento de parcerias, habilitação em projetos, convênios e divulgações
em geral. O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, em particular, o
utiliza como pré-requisito para a eleição dos representantes das cinco regiões
geográficas que ocupam a vaga de Conselheiro representante das Entidades
Ambientalistas Civis no Plenário do CONAMA pelo período de dois anos, sendo
que as Entidades candidatas e votantes deverão estar inscritas no Cadastro
Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA por igual período. As Resoluções
que descrevem e regulamentam o processo de cadastro junto ao Cadastro
Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA: 1) Resolução/CONAMA n° 006/89,
de 15.06.1989 (institui o Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA);
2) Resolução/CONAMA n° 292/02, de 21.03.2002 (disciplina o cadastramento e
recadastramento das Entidades Ambientalistas no Cadastro Nacional de
Entidades Ambientalistas – CNEA).
[862]
Manejo florestal sustentável: administração da floresta para a obtenção de
benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de
sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou
alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos
produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e
serviços de natureza florestal (inciso VI do art. 3° da Lei n° 11.284, de
02.03.2006).
[863]
“Art. 53. Caberá aos órgãos gestores federal, estaduais e municipais, no
âmbito de suas competências: I- elaborar proposta de Paof, a ser submetida ao
poder concedente; II- disciplinar a operacionalização da concessão florestal; III-
solicitar ao órgão ambiental competente a licença prévia prevista no art. 18 desta
Lei; IV- elaborar inventário amostral, relatório ambiental preliminar e outros
estudos; V- publicar editais, julgar licitações, promover os demais procedimentos
licitatórios, inclusive audiência e consulta pública, definir os critérios para
formalização dos contratos e celebrá-los com concessionários de manejo florestal
sustentável, quando delegado pelo poder concedente; VI- gerir e fiscalizar os
contratos de concessão florestal; VII- dirimir, no âmbito administrativo, as
divergências entre concessionários, produtores independentes e comunidades
locais; VIII- controlar e cobrar o cumprimento das metas fixadas no contrato de
concessão; IX- fixar os critérios para cálculo dos preços de que trata o art. 36
desta Lei e proceder à sua revisão e reajuste na forma desta Lei, das normas
pertinentes e do contrato; X- cobrar e verificar o pagamento dos preços florestais
e distribuí-los de acordo com esta Lei; XI- acompanhar e intervir na execução do
PMFS, nos casos e condições previstos nesta Lei; XII- fixar e aplicar as
penalidades administrativas e contratuais impostas aos concessionários, sem
prejuízo das atribuições dos órgãos do Sisnama responsáveis pelo controle e
fiscalização ambiental; XIII- indicar ao poder concedente a necessidade de
extinção da concessão, nos casos previstos nesta Lei e no contrato; XIV-
estimular o aumento da qualidade, produtividade, rendimento e conservação do
meio ambiente nas áreas sob concessão florestal; XV- dispor sobre a realização
de auditorias florestais independentes, conhecer seus resultados e adotar as
medidas cabíveis, conforme o resultado; XVI - disciplinar o acesso às unidades de
manejo; XVII- atuar em estreita cooperação com os órgãos de defesa da
concorrência, com vistas em impedir a concentração econômica nos serviços e
produtos florestais e na promoção da concorrência; XVIII- incentivar a
competitividade e zelar pelo cumprimento da legislação de defesa da
concorrência, monitorando e acompanhando as práticas de mercado dos agentes
do setor florestal; XIX- efetuar o controle prévio e a posteriori de atos e negócios
jurídicos a serem celebrados entre concessionários, impondo-lhes restrições à
mútua constituição de direitos e obrigações, especialmente comerciais, incluindo a
abstenção do próprio ato ou contrato ilegal; XX- conhecer e julgar recursos em
procedimentos administrativos; XXI- promover ações para a disciplina dos
mercados de produtos florestais e seus derivados, em especial para controlar a
competição de produtos florestais de origem não sustentável; XXII- reconhecer
em ato administrativo as entidades que poderão realizar auditorias florestais;
XXIII- estimular a agregação de valor ao produto florestal na região em que for
explorado.
§1o. Compete ao órgão gestor a guarda das florestas públicas durante o período
de pousio entre uma concessão e outra ou, quando por qualquer motivo, houver
extinção do contrato de concessão.
§2o. O órgão gestor deverá encaminhar ao poder concedente, ao Poder
Legislativo e ao conselho de meio ambiente, nas respectivas esferas de governo,
relatório anual sobre as concessões outorgadas, o valor dos preços florestais, a
situação de adimplemento dos concessionários, os PMFS e seu estado de
execução, as vistorias e auditorias florestais realizadas e os respectivos
resultados, assim como as demais informações relevantes sobre o efetivo
cumprimento dos objetivos da gestão de florestas públicas.
§3°. O relatório previsto no § 2o deste artigo relativo às concessões florestais da
União deverá ser encaminhado ao Conama e ao Congresso Nacional até 31 de
março de cada ano.
§4°. Caberá ao Conama, considerando as informações contidas no relatório
referido no § 3o deste artigo, manifestar-se sobre a adequação do sistema de
concessões florestais e de seu monitoramento e sugerir os aperfeiçoamentos
necessários.
§5°. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disporão sobre o órgão
competente para exercer as atribuições de que trata este Capítulo nas respectivas
esferas de atuação”.
[864]
“Art. 41. Fica criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF,
de natureza contábil, gerido pelo órgão gestor federal, destinado a fomentar o
desenvolvimento de atividades sustentáveis de base florestal no Brasil e a
promover a inovação tecnológica do setor.
§1°. Os recursos do FNDF serão aplicados prioritariamente em projetos nas
seguintes áreas: I- pesquisa e desenvolvimento tecnológico em manejo florestal;
II- assistência técnica e extensão florestal; III- recuperação de áreas degradadas
com espécies nativas; IV- aproveitamento econômico racional e sustentável dos
recursos florestais; V- controle e monitoramento das atividades florestais e
desmatamentos; VI- capacitação em manejo florestal e formação de agentes
multiplicadores em atividades florestais; VII- educação ambiental; VIII- proteção
ao meio ambiente e conservação dos recursos naturais.
§2°. O FNDF contará com um conselho consultivo, com participação dos entes
federativos e da sociedade civil, com a função de opinar sobre a distribuição dos
seus recursos e a avaliação de sua aplicação.
§3°. Aplicam-se aos membros do conselho de que trata o § 2° deste artigo as
restrições previstas no art. 59 desta Lei.
§4°. Adicionalmente aos recursos previstos na alínea c do inciso II do caput e na
alínea d do inciso II do § 1°, ambos do art. 39 desta Lei, constituem recursos do
FNDF a reversão dos saldos anuais não aplicados, doações realizadas por
entidades nacionais ou internacionais, públicas ou privadas, e outras fontes de
recursos que lhe forem especificamente destinadas, inclusive orçamentos
compartilhados com outros entes da Federação.
§5°. É vedada ao FNDF a prestação de garantias.
§6°. Será elaborado plano anual de aplicação regionalizada dos recursos do
FNDF, devendo o relatório de sua execução integrar o relatório anual de que trata
o § 2° do art. 53 desta Lei, no âmbito da União.
§7°. Os recursos do FNDF somente poderão ser destinados a projetos de órgãos
e entidades públicas, ou de entidades privadas sem fins lucrativos.
§8°. A aplicação dos recursos do FNDF nos projetos de que trata o inciso I do § 1°
deste artigo será feita prioritariamente em entidades públicas de pesquisa.
§9°. A aplicação dos recursos do FNDF nos projetos de que trata o § 1° deste
artigo poderá abranger comunidades indígenas, sem prejuízo do atendimento de
comunidades locais e outros beneficiários e observado o disposto no § 7° deste
artigo”.
[865]
Sistema Nacional de Informações Florestais – SNIF: o Serviço Florestal
Brasileiro – SFB tem como uma de suas competências criar e manter o Sistema
Nacional de Informações Florestais – SNIF, integrado ao Sistema Nacional de
Informações sobre o Meio Ambiente – SINIMA. A questão florestal compreende
uma diversidade de dados e informações que são associados ao conhecimento
das formações florestais, ao entendimento das diversas formas de uso desses
recursos pela sociedade, envolvendo o desenvolvimento da pesquisa e tecnologia
associada ao setor, e à formação dos recursos humanos e a capacidade
institucional e legal instalada para gerir esses recursos no país. Neste complexo
contexto de conhecimentos associados às florestas, cujo desafio se amplia diante
da extensão das florestas brasileiras, a criação e operação de um sistema de
informações que permita a correta obtenção, tratamento, organização,
armazenamento, recuperação e análise de uma ampla base de dados e
informações, constituem-se em atividades essenciais à consecução da política
florestal brasileira e ao consequente uso sustentável e conservação dos recursos
florestais em benefício coletivo. Outrossim, O Serviço Florestal Brasileiro – SFB
tem trabalhado para a implementação do Sistema Nacional de Informações
Florestais – SNIF como um sistema de identificação, registro e análise de
informações associadas às florestas naturais e plantadas do Brasil. Esse trabalho
está no seu início e a sua ampliação e domínio pela sociedade brasileira
demandará a participação e contribuição de todos, especialmente das entidades
produtoras de informações florestais. Objetivo geral do Sistema Nacional de
Informações Florestais – SNIF: colecionar e produzir, organizar, armazenar,
processar e disseminar dados, informações e conhecimentos sobre as florestas e
o setor florestal, de modo a subsidiar projetos e políticas que conciliem o uso e a
conservação das florestas do Brasil. Objetivos específicos do Sistema Nacional de
Informações Florestais – SNIF: 1) constituir uma base nacional de informações
sobre: a) as florestas brasileiras, seus estoques, estrutura, riqueza, distribuição e
dinâmica; b) a gestão florestal governamental nos aspectos políticos,
institucionais, legais, de controle e fiscalização, participação social na tomada de
decisão, planos e programas; c) o ensino, a pesquisa e o desenvolvimento
florestal; d) as estatísticas de produção florestal nas diferentes cadeias produtivas
de base florestal; e) as políticas florestais; f)_informações e documentos técnicos
gerados pelos órgãos atuantes na área florestal; 2) garantir o acesso rápido e
preciso a informações atualizadas e de qualidade sobre os temas relacionados às
florestas; 3) permitir a interação e a análise de dados sobre diversos temas
relacionados às florestas; 4) subsidiar a elaboração de relatórios nacionais e
internacionais sobre temas florestais; 5) divulgar as melhores práticas e
tecnologias na área florestal; 6) informar a sociedade sobre os recursos florestais
brasileiros e a sua conservação. Impactos e aplicações esperadas: 1) políticas
públicas para o setor florestal definidas e implementadas com base em
informações relevantes, acuradas e atuais; 2) gestão de recursos florestais
realizada com base em informações que considerem características,
peculiaridades e potencialidades regionais; 3) identificação de estudos e
pesquisas prioritários para ampliar a base de informações e conhecimentos sobre
as florestas; 4) identificação de oportunidades relacionados ao desenvolvimento
do setor florestal. Estratégia de atuação: 1) identificar temas e informações
relevantes sobre a temática florestal nacional; 2) estabelecer parcerias com
instituições que produzem informações florestais; 3) promover e apoiar a melhoria
da qualidade da informação desde a sua origem; 4) desenvolver estudos para a
produção de informações identificadas como lacunas; 5) constituir bases de dados
sobre o tema; 6) disponibilizar as informações florestais de forma estruturada e
em linguagem acessível pela sociedade; 7) produzir informações e análises
estratégicas a partir de sua base de dados; 8) intercambio e cooperação com
outros sistemas de informações florestais nacionais e internacionais. Estágio
Atual: 1) o Serviço Florestal Brasileiro – SFB já reuniu diversas informações sobre
os temas florestais ao longo dos seis anos de sua existência, para a produção de
relatórios nacionais e internacionais e para a produção de estudos temáticos; 2)
ao longo desse trabalho foi possível identificar as principais fontes relevantes de
informações sobre o tema e reunir e organizar as informações já disponíveis; 3)
está construindo um sistema de informações que se constituirá em uma base de
dados que permitirá consultas mais avançadas e análises on line, para atender as
demandas dos usuários do sistema; 4) este site é a primeira iniciativa de
disponibilização das informações por meio da Rede Mundial de Computadores
(Internet), e representa o compromisso da instituição em disponibilizar
informações e consolidar um Sistema Nacional de Informações Florestais – SNIF
que atenda as necessidades da sociedade brasileira.
[866]
Inventário Florestal Nacional – IFN: é um inventário florestal que abrange todo
um país, periodicamente, utilizando técnicas de amostragem, de modo a
possibilitar o monitoramento contínuo dos seus recursos florestais, tendo como
principal propósito fornecer informações para subsidiar a definição de políticas
florestais, a gestão dos recursos florestais e a elaboração de planos de uso e
conservação dos recursos florestais. Inventários Florestais Nacionais – IFN tem
sido conduzidos por diversos países. Alguns deles iniciaram os seus inventários
no início do século passado, como é o caso dos Estados Unidos, Finlândia e
Suécia, dentre outros. Para saber mais sobre Inventários Florestais Nacionais –
IFN em outros países visite a nossa página de links para Inventários Florestais
Nacionais – IFN. No início, os Inventários Florestais Nacionais – IFN visavam
principalmente o monitoramento de estoques de madeira, mas a partir da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Humano, realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro (Rio 92) e do
desenvolvimento de novas tecnologias, os Inventários Florestais Nacionais – IFN
tem ampliado o seu escopo, valorizando a produção de informação sobre outros
temas. Dentre os temas de interesse em monitoramento dos Inventários Florestais
Nacionais – IFN atualmente estão os estoques de biomassa e carbono, a
biodiversidade, a saúde e a vitalidade das florestas, o manejo florestal e a
importância social que as florestas desempenham nos dias de hoje.
[867]
Cadastro Nacional de Florestas Públicas – CNFP: é um instrumento de
planejamento da gestão florestal, que reúne dados georreferenciados sobre as
florestas públicas brasileiras, de modo a oferecer aos gestores públicos e à
população em geral uma base confiável de mapas, imagens e dados com
informações relevantes para a gestão florestal. Os dados do Cadastro Nacional de
Florestas Públicas – CNFP auxiliam os processos de destinação das florestas
públicas para uso comunitário, criação de unidades de conservação e realização
de concessões florestais. O Cadastro contribui para a transparência, a
participação social e unificação das informações sobre as florestas públicas. O
Cadastro Nacional de Florestas Públicas – CNFP é formado pelo Cadastro-Geral
de Florestas Públicas da União – CGFPU, pelos Cadastros de Florestas Públicas
dos Estados, Distrito Federal e Municípios e está em processo de interligação ao
Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária – INCRA. As informações são consolidadas à medida que
novos dados são disponibilizados pelas instituições parceiras - isto faz do
Cadastro um banco de dados dinâmico. Ele foi instituído pela Lei n° 11.284, de
02.03.2006, regulamentado pelo Decreto n° 5.063, de 20.03.2007 e tem seus
procedimentos fixados pela Resolução/SFB n° 02, de 06.07.2007 (Regulamenta o
Cadastro Nacional de Florestas Públicas, define os tipos de vegetação e as
formações de cobertura florestal, para fins de identificação das florestas públicas
federais, e dá outras providências).
[868]
Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União – CGFPU: este cadastro
identifica as Florestas Públicas Federais – FPF que correspondem às florestas
naturais ou plantadas nas terras de domínio da União e da administração indireta.
O Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União – CGFPU inclui: 1) Áreas
inseridas no Cadastro de Terras Indígenas; 2) Unidades de Conservação Federais
– UCF (por exemplo, Parque Nacional – PARNA, Reserva Extrativista – RESEX,
Florestas Nacionais – FLONA) com exceção das áreas privadas localizadas em
categorias de unidade que não exijam a desapropriação (por exemplo, Áreas de
Proteção Ambiental – APA); 3) Florestas localizadas em imóveis urbanos ou
rurais, matriculados ou em processo de arrecadação em nome da União,
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
[869]
“Art. 57. O SFB terá, em sua estrutura, unidade de assessoramento jurídico,
observada a legislação 7pertinente”.
[870]
Guia prático de direito ambiental, p. 3.
[871]
Zona de amortecimento é o entorno de uma unidade de conservação, onde
as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade (art. 2.º, XVIII, da
Lei 9.985, de 18.07.2000).
[872]
A Lei n° 9.985, de 18.07.2000, define “conservação da natureza” como “o
manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação a
manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente
natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às
atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e
aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em
geral” (art. 2.º, II), “preservação” como “conjunto de métodos, procedimentos e
políticas que visem a proteção em longo prazo das espécies, habitats e
ecossistema além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a
simplificação dos sistemas naturais” (art. 2.º, V).
[873]
“Art. 5º. Nas outorgas de direito de uso de recursos hídricos de domínio da
União, serão respeitados os seguintes limites de prazos, contados da data de
publicação dos respectivos atos administrativos de autorização: I- até dois anos,
para início da implantação do empreendimento objeto da outorga; II- até seis
anos, para conclusão da implantação do empreendimento projetado; III- até trinta
e cinco anos, para vigência da outorga de direito de uso.
§1º. Os prazos de vigência das outorgas de direito de uso de recursos hídricos
serão fixados em função da natureza e do porte do empreendimento, levando-se
em consideração, quando for o caso, o período de retorno do investimento.
§2º. Os prazos a que se referem o incisos I e II poderão ser ampliados, quando o
porte e a importância social e econômica do empreendimento o justificar, ouvido o
Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
§3º. O prazo de que trata o inciso III poderá ser prorrogado, pela ANA,
respeitando-se as prioridades estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos.
§4º. As outorgas de direito de uso de recursos hídricos para concessionárias e
autorizadas de serviços públicos e de geração de energia hidrelétrica vigorarão
por prazos coincidentes com os dos correspondentes contratos de concessão ou
ato administrativo de autorização.
Art. 6º. A ANA poderá emitir outorgas preventivas de uso de recursos hídricos,
com a finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos,
observado o disposto no art. 13 da Lei 9.433, de 1997.
§1º. A outorga preventiva não confere direito de uso de recursos hídricos e se
destina a reservar a vazão passível de outorga, possibilitando, aos investidores, o
planejamento de empreendimentos que necessitem desses recursos.
§2º. O prazo de validade da outorga preventiva será fixado levando-se em conta a
complexidade do planejamento do empreendimento, limitando-se ao máximo de
três anos, findo o qual será considerado o disposto nos incisos I e II do art. 5º.
Art. 7º. Para licitar a concessão ou autorizar o uso de potencial de energia
hidráulica em corpo de água de domínio da União, a Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL deverá promover, junto à ANA, a prévia obtenção de declaração
de reserva de disponibilidade hídrica.
§1º. Quando o potencial hidráulico localizar-se em corpo de água de domínio dos
Estados ou do Distrito Federal, a declaração de reserva de disponibilidade hídrica
será obtida em articulação com a respectiva entidade gestora de recursos
hídricos.
§2º. A declaração de reserva de disponibilidade hídrica será transformada
automaticamente, pelo respectivo poder outorgante, em outorga de direito de uso
de recursos hídricos à instituição ou empresa que receber da ANEEL a concessão
ou a autorização de uso do potencial de energia hidráulica.
§3º. A declaração de reserva de disponibilidade hídrica obedecerá ao disposto no
art. 13 da Lei n° 9.433, de 1997, e será fornecida em prazos a serem
regulamentados por decreto do Presidente da República.
Art. 8º. A ANA dará publicidade aos pedidos de outorga de direito de uso de
recursos hídricos de domínio da União, bem como aos atos administrativos que
deles resultarem, por meio de publicação na imprensa oficial e em pelo menos um
jornal de grande circulação na respectiva região”.
[874]
“Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser
suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas
seguintes circunstâncias: I- não cumprimento pelo outorgado dos termos da
outorga; II- ausência de uso por três anos consecutivos; III- necessidade
premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as
decorrentes de condições climáticas adversas; IV- necessidade de se prevenir ou
reverter grave degradação ambiental; V- necessidade de se atender a usos
prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes
alternativas; VI- necessidade de serem mantidas as características de
navegabilidade do corpo de água”.
[875]
“Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área
de atuação: I- promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e
articular a atuação das entidades intervenientes; II- arbitrar, em primeira instância
administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos; III- aprovar o Plano
de Recursos Hídricos da bacia; IV- acompanhar a execução do Plano de
Recursos Hídricos da bacia e sugerir as providências necessárias ao
cumprimento de suas metas; V- propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e
lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de
outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios
destes; VI- estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos
e sugerir os valores a serem cobrados; VII- (vetado); VIII- (vetado); IX-
estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de
interesse comum ou coletivo.
Parágrafo único. Das decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica caberá recurso
ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de
acordo com sua esfera de competência”.
[876]
“Art. 22. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos
hídricos serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram
gerados e serão utilizados: I- no financiamento de estudos, programas, projetos e
obras incluídos nos Planos de Recursos Hídricos; II- no pagamento de despesas
de implantação e custeio administrativo dos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
§ 1º. A aplicação nas despesas previstas no inciso II deste artigo é limitada a sete
e meio por cento do total arrecadado.
§ 2º. Os valores previstos no caput deste artigo poderão ser aplicados a fundo
perdido em projetos e obras que alterem, de modo considerado benéfico à
coletividade, a qualidade, a quantidade e o regime de vazão de um corpo de
água.
§ 3º. (vetado)”.
[877]
“Art. 41. As Agências de Água exercerão a função de secretaria executiva do
respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica.
Art. 42. As Agências de Água terão a mesma área de atuação de um ou mais
Comitês de Bacia Hidrográfica.
Parágrafo único. A criação das Agências de Água será autorizada pelo Conselho
Nacional de Recursos Hídricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos
Hídricos mediante solicitação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica.
Art. 43. A criação de uma Agência de Água é condicionada ao atendimento dos
seguintes requisitos: I- prévia existência do respectivo ou respectivos Comitês de
Bacia Hidrográfica; II- viabilidade financeira assegurada pela cobrança do uso dos
recursos hídricos em sua área de atuação.
Art. 44. Compete às Agências de Água no âmbito de sua área de atuação: I-
manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de
atuação; II- manter o cadastro de usuários de recursos hídricos; III- efetuar,
mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos; IV-
analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com
recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e encaminhá-los à
instituição financeira responsável pela administração desses recursos; V-
acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a
cobrança pelo uso de recursos hídricos em sua área de atuação; VI- gerir o
Sistema de Informações obre Recursos Hídricos em sua área de atuação; VII-
celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de
suas competências; VIII- elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à
apreciação do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica; IX-
promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua
área de atuação; X- elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do
respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica; XI- propor ao respectivo ou respectivos
Comitês de Bacia Hidrográfica: a) o enquadramento dos corpos de água nas
classes de uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes; b)
os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos; c) o plano de
aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos
hídricos; d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou
coletivo”.
[878]
Direito ambiental cit., p. 75-76.
[879]
“Art. 11. Às Consultorias Jurídicas, órgãos administrativamente subordinados
aos Ministros de Estado, ao Secretário-Geral e aos demais titulares de
Secretarias da Presidência da República e ao Chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas, compete, especialmente: I- assessorar as autoridades indicadas no
caput deste artigo; II- exercer a coordenação dos órgãos jurídicos dos respectivos
órgãos autônomos e entidades vinculadas; III- fixar a interpretação da
Constituição, das leis, dos tratados e dos demais atos normativos a ser
uniformemente seguida em suas áreas de atuação e coordenação quando não
houver orientação normativa do Advogado-Geral da União; IV- elaborar estudos e
preparar informações, por solicitação de autoridade indicada no caput deste
artigo; V- assistir a autoridade assessorada no controle interno da legalidade
administrativa dos atos a serem por ela praticados ou já efetivados, e daqueles
oriundos de órgão ou entidade sob sua coordenação jurídica; VI- examinar, prévia
e conclusivamente, no âmbito do Ministério, Secretaria e Estado-Maior das Forças
Armadas: a) os textos de edital de licitação, como os dos respectivos contratos ou
instrumentos congêneres, a serem publicados e celebrados; b) os atos pelos
quais se vá reconhecer a inexigibilidade, ou decidir a dispensa, de licitação”.
[880]
Direito ambiental cit., p. 80.
[881]
Constitucional Limitations, vol. I, 8ª ed. Boston, Little Brown and Company,
1927, p. 139..
[882]
Poder de polícia e seus limites, Revista de Direito Administrativo, v. 27, p. 1.
[883]
Poder de polícia, Revista de Direito Público, n. 9, p. 55 e ss.
[884]
Direito administrativo brasileiro, p. 103.
[885]
Segundo SABINO ÁLVAREZ-GENDÍN, ato administrativo é a declaração de
vontade de órgão administrativo, geralmente escrito, em matéria administrativa,
do qual emergem efeitos jurídicos (Tratado generale de derecho administrativo, p.
184). Para GARCIA OVIEDO-MARTÍNEZ USEROS, ato administrativo é a
declaração especial de vontade de órgão público, de preferência administrativo,
encaminhada a produzir, por via de autoridade, efeito de direito, para a satisfação
de interesse administrativo (Derecho administrativo, p. 231). Na opinião de
ENRIQUE SAYAGUÉS LASO, trata-se de toda declaração unilateral de vontade
da administração, que produz efeitos subjetivos (Tratado de derecho
administrativo, v. 1, p. 388). E, finalmente, segundo RAFAEL BIELSA, ato
administrativo constitui a decisão, geral ou especial, da autoridade administrativa,
no exercício de suas próprias funções, e que se refere a direitos, deveres e
interesses das entidades administrativas ou dos particulares relativamente a elas
(Derecho Administrativo, p. 3).
[886]
Direito administrativo brasileiro cit., p. 104.
[887]
Idem, p. 106-107.
[888]
Direito administrativo, p. 92-93.
[889]
Hely Lopes Meirelles, Direito administrativo brasileiro cit., p. 110-111.
[890]
Op.cit., p. 90.
[891]
Direito ambiental cit., p. 95.
[892]
Direito administrativo brasileiro cit., p. 157-159.
[893]
Autorização: é ato administrativo discricionário e precário pelo qual o poder
público torna possível ao interessado a realização de certa atividade, serviço, ou a
utilidade de determinados bens particulares ou públicos que a lei condiciona à
aquiescência prévia da administração, tais como o uso especial de bem público, o
porte de arma, o trânsito por determinados locais etc.
[894]
Admissão: é o ato administrativo vinculado pelo qual o poder público,
verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe
determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse, como
ocorre no ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de
habilitação.
[895]
Permissão: é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o poder
público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo ou o uso
especial a título gratuito ou remunerado de bens públicos, nas condições
estabelecidas pela administração.
[896]
Art. 9.º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I- o
estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II- o zoneamento ambiental;
III- a avaliação de impactos ambientais; IV- o licenciamento e a revisão de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V- os incentivos à produção e
instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para
a melhoria da qualidade ambiental; VI- a criação de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo poder público federal, estadual e municipal, tais
como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas (com a redação dada pelo inciso VI do art. 1.º da Lei n° 7.804, de
18.07.1989); VII- o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII-
o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX- as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental; X- a
instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA; XI- a garantia da prestação de informações relativas ao
Meio Ambiente, obrigando-se o poder público a produzi-las, quando inexistentes;
XII- o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais.
[897]
STF – rel. Min. Sydney Sanches – v.u. – Lex JSTF 131/131.
[898]
Direito ambiental cit., p. 98-99.
[899]
Elida Séguin, O direito ambiental... cit., p. 185.
[900]
Curso de direito administrativo, p. 215.
[901]
Comentários sobre a natureza jurídica do licenciamento ambiental e do ato
administrativo originário do licenciamento ambiental, Anais do 6.º Congresso
Internacional de Direito Ambiental: 10 anos da ECO-92: O direito e o
desenvolvimento sustentável, p. 51.
[902]
Idem, ibidem.
[903]
Op.cit., p. 53.
[904]
Op.cit., p. 182.
[905]
Adriana de Oliveira Varella Molina, op.cit., p. 51-52.
[906]
“Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. (redação
dada pela Lei Complementar n° 140, de 08.12.2011).
§1º. Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão
publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande
circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental
competente (redação dada pela Lei Complementar n° 140, de 08.12.2011).
§2º. (Revogado pela Lei Complementar n° 140, de 08.12.2011).
§3º. (Revogado pela Lei Complementar n° 140, de 08.12.2011).
§4º. (Revogado pela Lei Complementar n° 140, de 08.12.2011)”.
[907]
“Art. 2º. A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os
empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem
prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§1º. Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as
atividades relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.
§2º. Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, o
detalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em consideração as
especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do
empreendimento ou atividade”.
[908]
“Art. 14. Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,
estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação
ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade
ambiental sujeitará os transgressores: I- à multa simples ou diária, nos valores
correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN’s, agravada em casos de reincidência
específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União
se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos
municípios; II- à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos
pelo poder público; III- à perda ou suspensão de participação em linhas de
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; IV- à suspensão de sua
atividade.
§1º. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os
danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O
Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
§2º. No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao
Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas
neste artigo.
§3º. Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da
perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou
financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo
resolução do CONAMA.
§4°. (Revogado pela Lei n° 9.966, de 26.04.2000).
§5°. A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação das
obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1° deste artigo
(incluído pela Lei n° 11.284, de 02.03.2006)”.
[909]
“Art. 23. As entidades governamentais de financiamento ou gestoras de
incentivos, condicionarão a sua concessão à comprovação do licenciamento
previsto neste decreto”.
[910]
Op.cit., p. 183.
[911]
Managing the environment: the role of economic instruments, p. 47.
[912]
National environmenal strategies: learning from experience, p. 28.
[913]
Art. 6.º. O licenciamento para parcelamento e remembramento do solo,
construção, instalações das características naturais da Zona Costeira, deverá
observar, além do disposto nesta lei, as demais normas específicas federais,
estaduais e municipais, respeitando as diretrizes dos Planos de Gerenciamento
Costeiro.
§1.º. A falta ou o descumprimento, mesmo parcial, das condições do
licenciamento previsto neste artigo serão sancionados com interdição, embargo
ou demolição, sem prejuízo da cominação de outras penalidades previstas em lei.
§2.º. Para o licenciamento, o órgão competente solicitará ao responsável pela
atividade a elaboração do estudo de impacto ambiental e a apresentação do
respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, devidamente aprovado, na
forma da lei.
[914]
Direito ambiental cit., p. 102.
[915]
“1- Aprovar os modelos de publicação de pedidos de licenciamento em
quaisquer de suas modalidades, sua renovação e a respectiva concessão e
aprova os novos modelos para publicação de licenças, conforme instruções
abaixo especificadas:
Instruções para publicação em periódicos
A publicação dos pedidos de licenciamento, em quaisquer de suas
modalidades, sua renovação e a respectiva concessão de licença deverá ser
encaminhada para publicação, no primeiro caderno do jornal, em corpo 07 ou
superior, no prazo de até 30 (trinta) dias corridos, subsequentes à data do
requerimento e/ou da concessão da licença.
Instruções para publicação em Diário Oficial do Estado
A publicação dos pedidos de licenciamento em quaisquer de suas
modalidades, sua renovação e a respectiva concessão de licença, deverá ser feita
no Diário Oficial do Estado ou no da União, obedecendo aos critérios constantes
da Portaria 011/69, de 30.06.1983, da Diretoria Geral do Departamento de
Imprensa Nacional, e publicada até 30 (trinta) dias corridos, subsequentes à data
do requerimento e/ou da concessão da licença.
Instruções quanto aos itens que deverão constar na publicação
Para publicação dos Pedidos de Licenças, renovação e respectivas
concessões, em quaisquer de suas modalidades, deverão constar: a) nome da
empresa e sigla (se houver); b) sigla do órgão onde requereu a licença; c)
modalidade da licença requerida; d) finalidade da licença; e) prazo de validade de
licença (no caso de publicação de concessão da licença); f) tipo de atividade que
será desenvolvida; g) local de desenvolvimento da atividade.
1. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA EM
PERIÓDICO (Nome da empresa – sigla)torna público que requereu à (nome do
órgão onde requereu a Licença), a (tipo da Licença), para (atividade e local)Foi
determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi determinado estudo de
impacto ambiental.
2. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA EM
DIÁRIO OFICIAL (Nome da empresa – sigla) torna público que requereu à (nome
do Órgão onde requereu a licença), a Licença (tipo de licença), para atividade e
local.Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi determinado
estudo de impacto ambiental.
3. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE LICENÇA EM
PERIÓDICO (Nome da empresa – sigla) torna público que recebeu do (a) (nome
do órgão que concedeu a Licença), para (finalidade de Licença), com validade de
(prazo de validade) para (atividade e local).
4. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE LICENÇA EM DIÁRIO
OFICIAL (Nome da empresa – sigla) torna público que recebeu do (a) (nome do
Órgão que concedeu a licença), a Licença (tipo da licença), com validade de
(prazo de validade) para (atividade e local).
5. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DE
LICENÇA EM PERIÓDICO (Nome da empresa – sigla) torna público que requereu
à (nome do órgão que concedeu a licença) a renovação de sua Licença (tipo de
Licença) até a data x, para (atividade e local).
6. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DE
LICENÇA DE DIÁRIO OFICIAL (Nome da empresa. – sigla) torna pública que
requereu à (nome do órgão onde requereu a licença) a renovação de sua Licença
(tipo de licença) pelo prazo de validade, para (atividade e local).
7. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE RENOVAÇÃO DE
LICENÇA EM PERIÓDICO (Nome da empresa – sigla) torna público que recebeu
do (a) (nome do Órgão que concedeu) a renovação da Licença (tipo de licença)
até a data x, para (atividade e local).
8. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE RENOVAÇÃO DE
LICENÇA EM DIÁRIO OFICIAL (Nome da empresa. – sigla) torna público que
recebeu do(a) (nome do Órgão que concedeu) a renovação da licença (tipo de
Licença) até a data x, para (atividade e local).
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Com o objetivo de expor e discutir com os interessados e à população
envolvida as características e os prováveis impactos ambientais dos
empreendimentos, buscando subsídios para sua análise técnica, o órgão
licenciador determinará, sempre que necessário, a realização de uma ou mais
audiências públicas. Nesse evento o empreendedor e a consultora ambiental
contratada para a realização dos estudos apresentam o Relatório de Impacto
Ambiental do projeto. A realização das audiências públicas poderá acontecer
também a pedido de Entidade Civil, do Ministério Público, ou de 50 (cinquenta) ou
mais cidadãos interessados”.
[916]
Op.cit., p. 185.
[917]
Idem, ibidem, p. 185.
[918]
Ação civil pública – Compromisso de ajustamento – Execução – Título
executivo. O compromisso firmado perante o IBAMA e o Ministério Público
constitui título executivo, nos termos do art. 5.º, § 6.º, da Lei 7347/85, que está em
vigor. Recurso conhecido e provido (STJ – 4.ª T. – REsp n ° 213.947-MG – reg.
1999/0041500-0 – rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – j. 06.12.1999 – v.u. – DJ
21.02.2000, p. 132 – RSTJ 134, p. 401).
[919]
Op.cit., p. 186.
[920]
“Art. 4º. As zonas de uso diversificado destinam-se à localização de
estabelecimentos industriais, cujo processo produtivo seja complementar das
atividades do meio urbano ou rural que se situem, e com elas se compatibilizem,
independentemente do uso de métodos especiais de controle da poluição, não
ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes à saúde, ao bem-estar e à
segurança das populações vizinhas”.
[921]
Hely Lopes Meirelles, Direito municipal brasileiro, p. 635-636.
[922]
“Art. 5.º. Consideram-se casos de utilidade pública: (...) i) a abertura,
conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de
planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua
melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de
distritos industriais; (...)”.
[923]
Direito municipal brasileiro cit., p. 636-637.
[924]
“Art. 2.º. As zonas de uso estritamente industrial destinam-se,
preferencialmente, à localização de estabelecimentos industriais cujos resíduos
sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações possam
causar perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança das populações, mesmo
depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento de
efluentes, nos termos da legislação vigente.
§1º. As zonas a que se refere este artigo deverão: I- situar-se em áreas que
apresentem elevadas capacidade de assimilação de efluentes e proteção
ambiental, respeitadas quaisquer restrições legais ao uso do solo; II- localizar-se
em áreas que favoreçam a instalação de infra-estrutura e serviços básicos
necessários ao seu funcionamento e segurança; III- manter, em seu contorno,
anéis verdes de isolamento capazes de proteger as zonas circunvizinhas contra
possíveis efeitos residuais e acidentes.
§2º. É vedado, nas zonas de uso estritamente industrial, o estabelecimento de
quaisquer atividades não essenciais às suas funções básicas, ou capazes de
sofrer efeitos danosos em decorrência dessas funções.
[925]
Companhia de Distritos Industriais – CODIN, Os distritos industriais do Estado
do Rio de Janeiro, p. 76”.
[926]
“Art. 3.º. As zonas de uso predominantemente industrial destinam-se,
preferencialmente, à instalação de indústrias cujos processos, submetidos a
métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, não causem
incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e nem perturbem o repouso
noturno das populações.
Parágrafo único. As zonas a que se refere este artigo deverão: I- localizar-se em
áreas cujas condições favoreçam a instalação adequada de infra-estrutura de
serviços básicos necessária a seu funcionamento e segurança; II- dispor, em seu
interior, de áreas de proteção ambiental que minimizem os efeitos da poluição, em
relação a outros usos”.
[927]
Direito municipal brasileiro cit., p. 637-638.
[928]
Administrative powers over persons and property, § 529.
[929]
Régimen legal de la construcción, p. 126.
[930]
Direito municipal brasileiro cit., p. 634-635; Direito de construir, p. 15-16.
[931]
Direito urbano, p. 98.
[932]
Introdução ao direito ecológico... cit., p. 86-87.
[933]
Direito urbanístico... cit., p. 291.
[934]
Apud C. Ferrari, Curso de planejamento municipal integrado, p. 312.
[935]
Direito ambiental cit., p. 121.
[936]
Blacks law dictionary, p. 1114.
[937]
Pierre Merlin e F. Choay, Dictionaire de L’urbanisme et de L’amenagement, p.
715.
[938]
O urbanismo, p. 18.
[939]
Apud Pierre Merlin e e F. Choay, op.cit., p. 715.
[940]
Direito ambiental cit., p. 125.
[941]
Idem, p. 123.
[942]
Op.cit., p. 135.
[943]
Geopolítica da biodiversidade, Brasília, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, 1998, p. 235.
[944]
Ministério do Meio Ambiente – MMA/Secretaria de Coordenação Amazônica,
Agenda Amazônica 21: bases para discussão, mar. 1997, p. 7.
[945]
Op.cit., p. 236.
[946]
Direito municipal brasileiro cit., p. 630-632.
[947]
Idem, p. 632.
[948]
Idem, p. 633-635.
[949]
Idem, p. 647.
[950]
Restricciones y servidumbres administrativas, p. 141.
[951]
1.º TACivSP – Ap. Civ. 63.393/Santos – v.u. – RDPG 14/192.
[952]
Direito municipal brasileiro cit., p. 647-648.
[953]
Verifica culturale dell’azione urbanistica, Rivista Urbanistica dell’Istituto
Nazionale di Urbanistica, n. 1058, v. 22, p. 118.
[954]
Américo Luís Martins da Silva, O dano moral e sua reparação civil, p. 13.
[955]
Obrigações, p. 309-310.
[956]
Direito das obrigações, p. 14.
[957]
Op.cit., p. 310.
[958]
Op.cit., p. 211.
[959]
“Art. 1.521. São também responsáveis pela reparação civil: I- os pais, pelos
filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia; II- o tutor e o
curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III-
o patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele; IV- os donos de
hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V-
os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à
concorrente quantia”.
[960]
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I- os pais, pelos
filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II- o tutor
e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV- os donos de hotéis,
hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V- os que
gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente
quantia”.
[961]
“§6.º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa (art. 37, Constituição Federal)”.
[962]
“Art. 1.522. A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, n. III,
abrange as pessoas jurídicas que exercerem exploração industrial”.
[963]
Ainda antes da conclusão do Digesto, Justiniano designou três membros da
mesma comissão, Triboniano, Doroteu e Teófilo, para a redação de um breve
tratado elementar de direito, as Institutas. Mais simples que o Digesto e mais
teóricas que o Código, as Institutas de Justiniano apresentam noções gerais,
definições e classificações que tornam o estudo do direito fácil e atraente. As
Institutas se dividem em quatro livros subdivididos por sua vez em títulos: a) o
primeiro livro trata das pessoas; b) o segundo da divisão das coisas da
propriedade, dos demais direitos reais, das doações e dos testamentos; c) o
terceiro versa sobre a sucessão ab intestato (sem testamento), as obrigações
oriundas de contratos e de quase-contratos; e d) o quarto livro trata das
obrigações ex delicto e quasi ex delicto, das ações. As Institutas foram publicadas
em 21.11.533 e entraram em vigor na mesma data que o Digesto, em 30.12.533
(Mário Curtis Giordani, Iniciação ao direito romano, p. 201).
[964]
Op.cit., p. 211-212.
[965]
Caso fortuito: é o acontecimento possível e imprevisível, mas estranho à ação
e à vontade humana, ou seja, é o acontecimento decorrente de fatos
extraordinários da natureza, que estão fora da capacidade de previsão e de
controle do homem.
[966]
Força maior: é o acontecimento que, mesmo possível e previsível, não pode
ser evitado pela vontade ou pela ação do homem, ou seja, é o acontecimento que
resulta diretamente da ação ou omissão do homem, mas, embora previsível, não
pode ser evitado.
[967]
Fato de terceiro: é o acontecimento resultante da ação desempenhada por
outrem. Diz-se, também, que se refere não ao fato próprio, ou que deva ser
praticado por quem a ele se obrigou, mas ao fato que deve ser cumprido por uma
pessoa, conforme compromisso assumido por um dos contratantes. Diz-se, ainda,
que se refere ao fato praticado por pessoa estranha à relação jurídica, mas que
irradiou efeitos sobre ela, mesmo que não tenha sido solicitado ou querido pelas
partes (Iêdo Batista Neves, op.cit., verbete XXXIX – Fato de terceiro).
[968]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 17-18.
[969]
TAMG – 1.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 7.520/Poços de Caldas – pres. Des. Oliveira
Leite – rel. Des. Ottogamiz de Oliveira – j. 27.08.1975 – v.u. – DOMG 11.03.1976,
p. 3 – INCOLA – Anuário de Jurisprudência 1976/107.
[970]
1.º TACivSP – 8.ª Câm. – Ap. Civ. 302.128 – rel. Juiz Pereira da Silva – j.
30.11.1982 – v.u. – RT 569/114.
[971]
TAMG – 2.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 19.658 – rel. Juiz Humberto Theodoro – j.
16.10.1981 – v.u. – RT 564/217.
[972]
A Responsabilidade civil na doutrina e na jurisprudência, p.1.
[973]
Da responsabilidade civil, p. 7.
[974]
Traité de la responsabilité civile en droit français, n. 1, p. 9.
[975]
Ulderico Pires dos Santos, op.cit., p. 3.
[976]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 20.
[977]
Op.cit., p. 319.
[978]
1.º TACivSP – Ap. Civ. 259.837 – j. 15.08.1979 – v.u. – Silvio Rodrigues,
Direito civil (Responsabilidade civil, v. 4), p. 5-6, nota de rodapé.
[979]
Op.cit., p. 5.
[980]
Droit Civil – Les obligations, n. 359, p. 83.
[981]
Op.cit., p. 210.
[982]
Op.cit., p. 6.
[983]
“Art. 91. São efeitos da condenação: I – tornar certa a obrigação de indenizar
o dano causado pelo crime; II – a perda em favor da União, ressalvado o direito
do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que
consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato
ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito
auferido pelo agente com a prática do fato criminoso (com redação dada pela Lei
n° 7.209, de 11.07.1984, publicada no DOU 13.07.1984)”.
[984]
Op.cit., p. 209-210.
[985]
Manual de direito civil brasileiro, p. 273.
[986] “Art. 827. A lei confere hipoteca: (...) VI- Ao ofendido, ou aos seus
herdeiros, sobre os imóveis do delinquente, para satisfação do dano causado pelo
delito e pagamento das custas; VII- À Fazenda Pública Federal, Estadual e
Municipal, sobre os imóveis do delinquente, para o cumprimento das penas
pecuniárias e o pagamento das custas; (...)
Art. 829. Quando os bens do criminoso não bastarem para a solução integral
das obrigações enumeradas no art. 827, VI e VII, a satisfação do ofendido e seus
herdeiros preferirá às penas pecuniárias e custas judiciais”.
[987] “Art. 1.489. A lei confere hipoteca: I- às pessoas de direito público interno
(art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou
administração dos respectivos fundos e rendas; II- aos filhos, sobre os imóveis do
pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal
anterior; III- ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinquente,
para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais
(...)”.
[988] “Art. 177. As ações pessoais prescrevem ordinariamente em 20 (vinte)
anos, as reais em 10 (dez) entre presentes e, entre ausentes, em 15 (quinze),
contados da data em que poderiam ter sido propostas”.
[989]
“Art. 205. A prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja
fixado prazo menor”.
[990] “Art. 1.º. As dívidas passivas da União, dos Estados e dos municípios, bem
assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual e
Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em 5 (cinco) anos contados
da data do ato ou fato do qual se originarem”.
[991]
“Art. 12. O direito de pleitear indenização com fundamento nesta Lei prescreve
em 10 (dez) anos, contados da data do acidente nuclear.
Parágrafo único. Se o acidente for causado por material subtraído, perdido ou
abandonado, o prazo prescricional contar-se-á do acidente, mas não excederá a
20 (vinte) anos contados da data da subtração, perda ou abandono”.
[992]
TAMG – 1.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 18.645 – rel. Juiz Bady Curi – j. 21.10.1981 –
v.u. – RT 568/194 – Julgados dos Tribunais de Alçada de MG 13/126.
[993]
TJRJ – 6.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 7.414 – rel. Des. Vivalde Couto – j.
19.12.1978 – v.u – Revista de Jurisprudência do TRJ 46/75.
[994]
O dano ambiental e a responsabilidade, Revista Forense, v. 317, p. 116.
[995]
TJPR – 1.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 37.866 – rel. Des. Oto Sponholz – v.u. – DJ
27.09.1991 – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 9, 3.º Trimestre 1997.
[996]
TJSP – 4.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 216.131-1 – rel. Des. Orlando Pistoresi – j.
13.10.1994 – v.u. – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 9, 3.º Trimestre 1997.
[997]
Defesa dos interesses difusos em juízo, Revista do Ministério Público do Rio
Grande do Sul, v. 19, p. 86.
[998]
A defesa dos interesses difusos em juízo, p. 503.
[999]
Direito ambiental cit., p. 138.
[1000]
Direito ambiental... cit., p. 209.
[1001]
O “termo de compromisso” encontra-se previsto no art. 60 do Decreto 3.179,
de 21.09.1999, o qual dispõe que “as multas previstas neste Decreto podem ter a
sua exigibilidade suspensa, quando o infrator, por termo de compromisso
aprovado pela autoridade competente, obrigar-se à adoção de medidas
específicas, para fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental”. Além disso o
seu § 1.º prescreve que “a correção do dano de que trata este artigo será feita
mediante a apresentação de projeto técnico de reparação do dano”. Já o § 2.º
menciona que “a autoridade competente pode dispensar o infrator de
apresentação de projeto técnico, na hipótese em que a reparação não o exigir”. O
§ 3.º do art. 60 determina, a seu turno, que, uma vez “cumpridas integralmente as
obrigações assumidas pelo infrator, a multa será reduzida em noventa por cento
do valor atualizado, monetariamente”. Na hipótese de interrupção do cumprimento
das obrigações de cessar e corrigir a degradação ambiental, quer seja por
decisão da autoridade ambiental ou por culpa do infrator, o valor da multa
atualizado monetariamente será proporcional ao dano não reparado (§ 4.º). Por
fim, o § 5.º estabelece que “os valores apurados nos §§ 3.º e 4.º serão recolhidos
no prazo de cinco dias do recebimento da notificação”.
A natureza jurídica do “termo de compromisso”, a primeira vista, pode parecer
um acordo firmado entre o órgão público ambiental e aquele que cometeu a
infração administrativa ambiental, quando na realidade é ato jurídico unilateral
quanto à manifestação volitiva, e bilateral somente quanto à formalização (José
dos Santos Carvalho Filho, Ação civil pública, p. 191).Todavia, não se pode
confundir o “termo de compromisso”, previsto no art. 60 do Decreto 3.179, de
21.09.1999, a ser ajustado pelas autoridades ambientais no caso de infração
administrativa, com o “termo de ajustamento de conduta”, previsto na Lei 7.347 de
24.07.1985, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico, ajustado entre o órgão público
legitimado para a ação civil pública (Ministério Público, União Federal, Estados e
municípios, autarquia, empresa pública, fundação, sociedade de economia mista
ou por associação) e aquele que está vulnerando o interesse difuso ou coletivo
protegido por lei.
[1002]
Os produtos e subprodutos não retirados pelo beneficiário no prazo
estabelecido no documento de doação, sem justificativas, devem ser objeto de
nova doação ou leilão, a critério do órgão ambiental, revertendo os recursos
arrecadados para a preservação, melhoria e qualidade do meio ambiente,
correndo os custos operacionais de depósito, remoção, transporte,
beneficiamento e demais encargos legais à conta do beneficiário (art. 2.º, § 6.º, IV,
do Decreto n° 3.179, de 21.09.1999).
[1003]
Iedo Batista Neves, op.cit., verbete Contravenção.
[1004]
A detenção é, entre as penas privativas de liberdade, a de menor gravidade.
Ela impõe ao condenado encarceramento temporário, conforme a natureza ou a
espécie do delito, em penitenciária, ou, à sua falta, em seção especial de prisão
comum, com trabalho obrigatório, que é remunerado. O detento é submetido a
isolamento, durante o repouso noturno, com separação dos reclusos, ficando,
entretanto, livre do isolamento diurno, no período inicial da pena (Idem, verbete
Detenção).
[1005]
A reclusão é a pena mais rigorosa das penas principais, aplicada aos delitos
comuns que consiste na privação da liberdade pessoal do condenado por tempo
que varia, segundo a natureza, ou a espécie de infração, para o cumprimento da
qual é ele recolhido a penitenciária ou, na falta desta, a seção especial de prisão
comum, sujeito a trabalho remunerado, bem como a isolamento durante o
repouso noturno e, em certos casos, a isolamento diurno (Idem, verbete
Reclusão).
[1006]
Fauna – Princípio da insignificância – Crime de bagatela – Exclusão da
tipicidade. O fato de o denunciado ter abatido somente um tatu, animal da fauna
silvestre, apresenta-se como indiferente para o direito penal. Aplicável o princípio
da insignificância, por se tratar de crime de bagatela, devendo ser excluída a
tipicidade (TFR 4.ª R. – 2.ª T. – Ap. Crim. 95.04.25939-1-PR – rel. Juiz Vilson
Darós – v.u. – DJU 18.09.1996 – Jurisprudência Criminal RJ 230, dez. 1996, p.
135).
[1007]
O direito ambiental... cit., p. 295.
[1008]
1.º TACivSP – 6.ª Câm. – Ap. Civ. 283.777 – rel. Juiz Nelson Altemani – j.
25.05.1982 – v.u. – Elida Séguin, idem, p. 295.
[1009]
TJRJ – 15.ª Câm. Cível – Ap. Civ. 153446/1998-Capital – rel. Des. Bernardo
Garcez – j. 03.03.1999 – v.u. – Reg. 2 jun. 1999, fl. 43349-43372 – Elida Séguin,
idem, p. 295.
[1010]
Op.cit., p. 298-299.
[1011]
Seguro ambiental, Direito ambiental em evolução, p. 313.
[1012]
Idem, ibidem.
[1013]
Traité théorique et pratique de la responsabilité civile délictuelle et
contractuelle, p. 260.
[1014]
Op.cit., 315.
[1015]
Tratado de derecho civil, v. 3, p. 527, apud Orlando Gomes, op.cit., p. 316.
[1016]
Op.cit., p. 316.
[1017]
Il reato, il risarcimento, la riparazione, p. 120-124.
[1018]
Il damno e il reato, p. 10 e ss.
[1019]
Istituzioni di diritto civile, p. 341.
[1020]
Direito das obrigações, p. 241.
[1021]
Reparação dos danos no direito civil, p. 7-9.
[1022]
Idem, p. 9, nota de rodapé.
[1023]
Ludwig Enneccerus, Theodor Kipp e Martin Wolff, Derecho de obligaciones,
p. 332 (Tratado de derecho civil, v. 2).
[1024]
Dizionario pratico del diritto privado, verbete Danno.
[1025]
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito”.
[1026]
Op.cit., p. 13-17.
[1027]
Idem, p. 18.
[1028]
José de Aguiar Dias, Dano, Repertório do direito brasileiro, p. 221.
[1029]
Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 34-46.
[1030]
Dano cit., Repertório de direito brasileiro, p. 221.
[1031]
Le obbligazioni nel diritto civile italiano, n. 126, p. 203.
[1032]
Tratado de direito privado, p. 573.
[1033]
Tratado de las obligaciones, p. 58.
[1034]
Vorteilsausgleichung, p. 6 e ss, apud Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 24-25.
[1035]
Compensatio lucri cum damno, p. 10 e ss, apud Hans Albrecht Fischer,
op.cit., p. 24-25.
[1036]
Walsmann, op.cit., p. 16, apud Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 25.
[1037]
Op.cit., p. 11 e ss, apud Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 25.
[1038]
Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 25-28.
[1039]
Digesto de Justiniano (libri ad Sabinum) fr. 9, § 2, II, 28: Et si puerum quis
castraverit et preciosiorem fecerit, Vivianus scribit cessare Aquiliam sed injuriarum
erit agendum aut ex edicto aedilium aut in quadruplum, apud Hans Albrecht
Fischer, op.cit., p. 28.
[1040]
Revue ab Gerichts., XVII, p. 112, apud Hans Albrecht Fischer, op.cit., p. 29.
[1041]
Iêdo Batista Neves, op.cit., verbetes Compensação de vantagens e
Compensatio lucri cum damno.
[1042]
Orlando Gomes, op.cit., p. 332.
[1043]
Op.cit., p. 47.
[1044]
Idem, ibidem.
[1045]
Idem, p. 139.
[1046]
Idem, p. 151.
[1047]
Dano cit., Repertório de direito brasileiro, p. 224.
[1048]
Op.cit., p. 332.
[1049]
Droit de l’environnement, p. 1.036.
[1050]
Apud Patrick Girod, La réparation du dommage écologique, p. 13.
[1051]
Op.cit., p. 13.
[1052]
Apud Michel Prieur, op.cit., p. 1.037.
[1053]
Op. cit., p. 1.036.
[1054]
O dano ambiental e sua reparação, p. 17.
[1055]
Apud Paulo Affonso Leme Machado, Direito ambiental brasileiro cit., p. 244.
[1056]
Responsabilidade civil e reparação de danos ao meio ambiente, p. 106-107.
[1057]
Direito ambiental cit., p. 147-148.
[1058]
Op.cit., p. 1.038.
[1059]
Le dommage écologique dans la communauté européenne, Conferência
internacional de direito ambiental – Anais: o dano ambiental e sua reparação, p.
301.
[1060]
Responsabilidade civil... cit., p. 111-112.
[1061]
Maria Helena Diniz, A responsabilidade civil por dano moral, Revista Literária
do Direito, p. 8.
[1062]
Idem, ibidem.
[1063]
O dano moral ambiental e sua reparação, Revista de Direito Ambiental, p.
61.
[1064]
Luis Henrique Paccagnella, Dano Moral Ambiental, Revista de Direito
Ambiental, p. 45-46.
[1065]
Idem, p. 46.
[1066]
Idem, p. 46-47.
[1067]
Da responsabilidade civil cit., p. 25.
[1068]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 296.
[1069]
Op.cit., verbete Reparação.
[1070]
José de Aguiar Dias, Da responsabilidae civil cit., p. 25.
[1071]
Op.cit., p. 202.
[1072]
Op.cit., p. 386.
[1073]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 297-298.
[1074]
Op.cit., 1984, p. 6.
[1075]
Apud Ary Azevedo Franco, Dicionário de Jurisprudência, n. 5, p. 37.
[1076]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 299.
[1077]
RT 206/238.
[1078]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 300.
[1079]
TJSP – j. 07.04.1949 – v.u. – RT 180/653.
[1080]
Op.cit., p. 387.
[1081]
La colpa nel diritto civile odierno – Colpa extra-contrattuale, p. 407.
[1082]
Ibid., p. 387.
[1083]
Ibid., p. 387-388.
[1084]
Derecho de obligaciones, p. 635.
[1085]
Op.cit., p. 382.
[1086]
Por força da Lei 7.209, de 11.07.1984, que alterou dispositivos do Decreto-lei
2.848, de 07.12.1940 (Código Penal brasileiro), quanto à multa criminal em si, o
caput do art. 49 do referido Código passou a dispor que “a pena de multa consiste
no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada
em dias-multa. Será, no mínimo, de dez e, no máximo, de trezentos e sessenta
dias-multa”. O § 1.º desse artigo, por sua vez, passou a prescrever que “o valor do
dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a cinco vezes esse
salário”. E o § 2.º passou a estabelecer que “o valor da multa será atualizado,
quando da execução, pelos índices de correção monetária”.
Quanto ao pagamento da multa, o art. 50 do Código Penal passou a
prescrever que “a multa deve ser paga dentro de dez dias depois de transitada em
julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias,
o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais”. O § 1.º
desse artigo, a seu turno, passou a dispor que “a cobrança da multa pode efetuar-
se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: a)
aplicada isoladamente; b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de
direitos; c) concedida a suspensão condicional da pena”. E o seu § 2.º passou a
determinar que “o desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao
sustento do condenado e de sua família”.
Quanto à conversão da multa, sua revogação e sua suspensão, o art. 51 do
Código Penal passou a dispor que “a multa converte-se em pena de detenção,
quando o condenado solvente deixa de pagá-la ou frustra a sua execução”. O §
1.º desse artigo passou a prescrever que “na conversão, a cada dia-multa
corresponderá um dia de detenção, não podendo esta ser superior a um ano”. A
seu turno, o § 2.º do art. 51 passou a estabelecer que “a conversão fica sem efeito
se, a qualquer tempo, é paga a multa”. E, finalmente, o art. 52 passou a
determinar que “é suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao
condenado doença mental”.
Quanto aos critérios especiais da pena de multa, o art. 60 do Código Penal
passou a dispor que “na fixação da pena de multa o juiz deve atender,
principalmente, à situação econômica do réu”, e o seu § 1.º a prescrever que “a
multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo”.
[1087]
Américo Luís Martins da Silva, op.cit., p. 304-305.
[1088]
Ibid., p. 385.
[1089]
Culpa aquiliana (cuasidelitos), p. 793.
[1090]
Op.cit., p. 385.
[1091]
Manual de direito processual civil – Processo de conhecimento, 1.ª parte, p.
230.
[1092]
Op.cit., p. 59.
[1093]
Lei 5.194, de 24.12.1966:
“Art. 7.º. As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e
do engenheiro-agrônomo consistem em: a) desempenho de cargos, funções e
comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e
privada; b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras,
da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações,
vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisas,
experimentação e ensaios; e) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção
de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos; h)
produção técnica especializada, industrial ou agropecuária (...)
Art. 8.º. As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas a, b, c, d e f do
artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente
habilitadas. Parágrafo único – As pessoas jurídicas e organizações estatais só
poderão exercer as atividades discriminadas no art. 7.º, com exceção das
contidas na alínea a, com a participação efetiva e autoria declarada de
profissional legalmente habilitado e registrado pelo Conselho Regional,
assegurados os direitos que esta lei lhe confere (...)
Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de
engenharia, de arquitetura e de agronomia, quer público, quer particular, somente
poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão
valor jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com
esta lei.
Art. 14. Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos
e atos judiciais ou administrativos, é obrigatória além da assinatura, precedida do
nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção
explícita do título do profissional que os subscreve e o número da carteira referida
no art. 56”.
[1094]
Op.cit., p. 59.
[1095]
Lei 3.268, de 30.09.1957:
“Art. 17. Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer
de seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas,
certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no
Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua
atividade.
Art. 18. Aos profissionais registrados de acordo com esta Lei será entregue
uma carteira profissional que os habilitará ao exercício da medicina em todo o
País (...)”.
[1096]
5.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 14.118 – rel. Des. José Carlos Barbosa Moreira –
v.u. –, apud Ulderico Pires dos Santos, op.cit., p. 58.
[1097]
TARJ – 2.º Grupo de Câm. Civ. – Emb. Inf. na Ap. Civ. 53.305 – v.u. – apud
Ulderico Pires dos Santos, op.cit., p. 58.
[1098]
Ulderico Pires dos Santos, op.cit., p. 58.
[1099]
Ibid., p. 385-386.
[1100]
Ibid., p. 386.
[1101]
TJSP – 5.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 160.626-1 – rel. Des. Marcio Bonilha – j.
07.02.1992 – v.u. – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 8, 2.º trim. 1997.
[1102]
TJPR – 2.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 37.122 – rel. Des. Sydney Zappa – v.u. – DJ
11.09.1991 – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 8, 2.º trim. 1997.
[1103]
Op.cit., p. 48.
[1104]
Manual prático da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, p. 35.
[1105]
Lineamentos da responsabilidade civil ambiental, Revista de Direito
Ambiental, p. 108.
[1106]
Direito ambiental... cit., p. 218.
[1107]
Direito ambiental brasileiro cit., p. 91.
[1108]
“Art. 9.º. Em cada Área de Proteção Ambiental, dentro dos princípios
constitucionais que regem o exercício do direito de propriedade, o Poder
Executivo estabelecerá normas, limitando ou proibindo: a) a implantação e o
funcionamento de indústrias potencialmente poluidoras, capazes de afetar
mananciais de água; b) a realização de obras de terraplenagem e a abertura de
canais, quando essas iniciativas importarem em sensível alteração das condições
ecológicas locais; c) o exercício de atividades capazes de provocar uma
acelerada erosão das terras e/ou um acentuado assoreamento das coleções
hídricas; d) o exercício de atividades que ameacem extinguir na área protegida as
espécies raras da biota regional.
§ 1º. A Secretaria Especial do Meio Ambiente, ou órgão equivalente no âmbito
estadual, em conjunto ou isoladamente, ou mediante convênio com outras
entidades, fiscalizará e supervisionará as Áreas de Proteção Ambiental.
§ 2º. Nas Áreas de Proteção Ambiental, o não cumprimento das normas
disciplinadoras previstas neste artigo sujeitará os infratores ao embargo das
iniciativas irregulares, à medida cautelar de apreensão do material e das
máquinas usadas nessas atividades, à obrigação de reposição e reconstituição,
tanto quanto possível, da situação anterior e a imposição de multas graduadas de
Cr$200,00 (duzentos cruzeiros) a Cr$2.000,00 (dois mil cruzeiros), aplicáveis,
diariamente, em caso de infração continuada, e reajustáveis de acordo com os
índices das ORTN’s – Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional.
§ 3º. As penalidades previstas no parágrafo anterior serão aplicadas por iniciativa
da Secretaria Especial do Meio Ambiente ou do órgão estadual correspondente e
constituirão, respectivamente, receita da União ou do Estado, quando se tratar de
multas.
§ 4º. Aplicam-se às multas previstas nesta Lei as normas da legislação tributária e
do processo administrativo fiscal que disciplinam a imposição e a cobrança das
penalidades fiscais”.
[1109]
Direito ambiental... cit., p. 218.
[1110]
Direito ambiental cit., p. 152-153.
[1111]
Ação civil pública e meio ambiente, p. 9.
[1112]
A ação civil pública em defesa do ambiente, Ação civil pública – Lei 7.347/85:
reminiscências e reflexões após dez anos de aplicação, p. 243.
[1113]
A implementação da legislação ambiental: o papel do Ministério Público, Dano
Ambiental: prevenção, reparação e repressão, p. 132.
[1114]
Op.cit., p. 34.
[1115]
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I- as causas em
que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II- as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e município ou
pessoa domiciliada ou residente no País; III- as causas fundadas em tratado ou
contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV- os
crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas,
excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da
Justiça Eleitoral; V- os crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido
no estrangeiro, ou reciprocamente; VI- os crimes contra a organização do trabalho
e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira; VII- os habeas corpus, em matéria criminal de sua
competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não
estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII- os mandados de segurança e
os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de
competência dos tribunais federais; IX- os crimes cometidos a bordo de navios ou
aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X- os crimes de ingresso
ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o
exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes
à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI- a disputa
sobre direitos indígenas.
§1º. As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.
§2º. As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção
judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou
fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no
Distrito Federal.
§3º. Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de
previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do
juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§4º. Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o
Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau”.
[1116]
STJ – 1.ª Seç. – CComp 33061/RJ – rel. Min. Laurita Vaz – j. 27.02.2002 –
v.u. – DJ 08.04.2002, p. 120 – RSTJ 154, p. 23.
[1117]
TJPR – Ap. Civ. 217.103-1/Santos – rel. Des. G. Pinheiro Franco – j.
02.03.1995 – v.u. – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 5, 3.º trim. 1996.
[1118]
TJSP – 4.ª Câm. Civ. – AgIn 268.049-1 – rel. Des. Barbosa Pereira – j.
28.09.1995 – v.u. – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 8, 2.º trim. 1997.
[1119]
Op.cit., p. 33.
[1120]
“Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a
medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá
torná-la ineficaz, caso em que poderá determinar que o requerente preste caução
real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer”.
[1121]
Wanderley Rebello Filho e Christianne Bernardo, op.cit., p. 37.
[1122]
Op.cit., p. 42.
[1123]
Defesa dos interesses difusos... cit., Revista do Ministério Público do Estado
do Rio Grande do Sul, p. 44.
[1124]
“Art. 1.025. É lícito aos interessados prevenirem, ou terminarem o litígio
mediante concessões mútuas.
Art. 1.026. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados e
não prevalecer em relação a um, fica, não obstante, válida relativamente aos
outros.
Art. 1.027. A transação interpreta-se restritivamente. Por ela não se
transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Art. 1.028. Se a transação recair sobre direitos contestados em juízo, far-se-á: I
– por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz; II –
por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou particular, nas em
que ela o admite.
Art. 1.029. Não havendo ainda litígio, a transação realizar-se-á por aquele dos
modos indicados no artigo antecedente, n. II, que no caso couber.
Art. 1.030. A transação produz entre as partes o efeito de coisa julgada, e só
se rescinde por dolo, violência, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa
controversa.
Art. 1.031. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela
intervieram, ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§ 1º. Se for concluída entre o credor e o devedor principal, desobrigará o fiador.
§ 2º. Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste
para com os outros credores.
§ 3º. Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em
relação aos co-devedores.
Art. 1.032. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou
por ele transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação;
mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos.
Parágrafo único. Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo
direito sobre a coisa renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de
exercê-lo.
Art. 1.033. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não
perime a ação penal da justiça pública.
Art. 1.034. É admissível, na transação, a pena convencional.
Art. 1.035. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a
transação.
Art. 1.036. É nula a transação a respeito do litígio decidido por sentença
passada em julgado, se dela não tinha ciência algum dos transatores, ou quando,
por título ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito
sobre o objeto da transação”.
[1125]
“Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio
mediante concessões mútuas.
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a
transação.
Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a
lei o exige, ou por instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre
direitos contestados em juízo, será feita por escritura pública, ou por termo nos
autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se
transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela
intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§1º. Se for concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador.
§2º. Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste
para com os outros credores.
§3º. Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em
relação aos co-devedores.
Art. 845. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por
ele transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação; mas
ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos.
Parágrafo único. Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo
direito sobre a coisa renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de
exercê-lo.
Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não
extingue a ação penal pública.
Art. 847. É admissível, na transação, a pena convencional.
Art. 848. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados,
independentes entre si, o fato de não prevalecer em relação a um não prejudicará
os demais.
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à
pessoa ou coisa controversa.
Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das
questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.
Art. 850. É nula a transação a respeito do litígio decidido por sentença
passada em julgado, se dela não tinha ciência algum dos transatores, ou quando,
por título ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito
sobre o objeto da transação”.
[1126]
“Art. 851. É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver
litígios entre pessoas que podem contratar.
Art. 852. É vedado compromisso para solução de questões de estado, de
direito pessoal de família e de outras que não tenham caráter estritamente
patrimonial.
Art. 853. Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver
divergências mediante juízo arbitral, na forma estabelecida em lei especial”.
[1127]
Op.cit., p. 55.
[1128]
Defesa dos Interesses Difusos... cit., p. 343.
[1129]
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I- promover,
privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II- zelar pelo efetivo respeito
dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
garantia; III- promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos; IV- promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins
de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V- defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI-
expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
requisitando informações e documentos para instrui-los, na forma da lei
complementar respectiva; VII- exercer o controle externo da atividade policial, na
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII- requisitar
diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX- exercer outras
funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas.
§1º. A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta
Constituição e na lei.
§2º. As funções de Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação.
§3º. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e
observada, nas nomeações, a ordem de classificação.
§4º. Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93, II e VI”.
[1130]
Isabella Franco Guerra, op.cit., p. 44.
[1131]
TJSP – 7.ª Câm. – Ap. Civ. 248.901-1/5 – j. 1996 – v.u. – apud Wanderley
Rebello Filho e Christianne Bernardo, op.cit., p. 73.
[1132]
TJPR – 3.ª Câm. Civ. – Ap. Civ. 34.055 – rel. Des. Nunes do Nascimento –
v.u. – DJ 04.02.1991 – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 9, 3.º trim. 1996.
[1133]
TJPR – 1.ª Câm. Civ. – AgIn 40.065 – rel. Des. Osíris Fontoura – v.u. – DJ
20.05.1992 – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 9, 3.º trim. 1997.
[1134]
TJSP – MS 201.205-1 – rel. Des. Rebouças de Carvalho – j. 27.10.1993 –
v.u. – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 5, 3.º trim. 1996.
[1135]
TRF 2.ª R. – MS 0214455 – rel. Des. federal Silvério Cabral – j. 05.04.1994 –
v.u. – DJ 14.02.1995 – Jurisprudência Informatizada dos Tribunais Regionais
Federais, 9. ed.
[1136]
STJ – 1.ª T. – REsp 1.523 – rel. Min. José Delgado – j. 02.09.1996 – v.u. –
DJ 14.10.1996, p. 38.930 – Jurisprudência Informatizada Saraiva, n. 8, 2.º trim.
1997.