Dendrobium alexandrae

 

 

Hoje vou falar sobre uma planta pouco conhecida no Brasil. Uma planta de médio porte que conquista e encanta ao primeiro olhar. Uma planta realmente fenomenal cujas flores seduzem por sua beleza e por seu exotismo. Pétalas e sépalas retorcidas, combinações incríveis de cores e desenhos espetaculares, brindam o observador com uma imagem simplesmente deslumbrante. Enfim, uma planta realmente fenomenal… estou falando do Dendrobium alexandrae

 

 

… uma joia de Papuá-Nova Guiné

 

 

Dendrobium (abreviatura: Den.), é um gênero pertencente à família Orchidaceae composto por espécies originárias do sudeste asiático e da Oceania.

 

Dendrobium alexandrae - ocorrencia genero JPG

Dendrobium –  Ocorrência

Imagem retirada da internet – Site:
https://www.mapasmundi.com.br/mapa-mundi-nome/

 

 

As orquídeas deste gênero vegetam normalmente de forma epífita, raramente rupícula ou terrestre, em florestas primárias, florestas pantanosas e florestas de mangues, em regiões onde existe uma estação de seca bem definida. A Nova Guiné é o principal centro de dispersão das espécies deste gênero.

 

Dendrobium alexandrae - Nova Guine JPG

Nova Guiné  –  Paisagem típica

Imagem retirada da internet – Site:
https://www.costacruzeiros.com/paises/papua-nova-guine.html

 

 

Com certeza trata-se de um dos gêneros mais difundidos, cultivados e comercializados, sendo um dos campeões de vendas em todo o mundo, perdendo apenas para o gênero Phalaenopsis. E existem razões para isto:

  • O porte altivo e elegante das plantas;
  • As inflorescências carregadas de lindas flores;
  • As fantásticas combinações de cores de suas flores;
  • O simpático e cativante formato de suas flores;
  • O encantador perfume da maioria de suas espécies;
  • O tempo de duração das flores, que normalmente gira em torno de 30 dias;
  • A resistência e a facilidade de cultivo.
  • A fácil adaptação a diversas condições climáticas.

 

 

Aqui no Brasil a espécie mais difundida deste gênero é o Dendrobium nobile, conhecido popularmente como “olho-de-boneca”, que na passagem do inverno para a primavera adorna com maestria os jardins de muitas casas aqui na região sul.

 

Dendrobium alexandrae - Dendrobium nobile JPG

Dendrobium nobile

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

O nome deste gênero  deriva da união de duas palavras gregas: dendron, que significa “árvore”, e bios, que significa “vida”; numa referência à maneira como vivem a maioria das espécies deste gênero, ou seja, a sua natureza epífita.

 

O primeiro nome utilizado para as espécies deste gênero foi Callista, proposto em 1790 pelo jesuíta, missionário, paleontologista, médico e botânico português João de Loureiro (1710 – 1791).

 

Padre João de Loureiro foi um personagem notável. Desenvolveu boa parte de seu brilhante trabalho na Cochinchina, atual região sul do Vietnã, para onde foi enviado em missão jesuítica com o objetivo de evangelizar o povo local, e onde residiu por 36 anos.

 

Loureiro descreveu uma quantidade imensa de plantas, e escreveu muitos livros e textos técnicos de grande valor científico. “Flora Cochinchinensis” foi um de seus principais trabalhos, que ainda hoje é considerado um estupendo legado para a botânica.

 

Dendrobium alexandrae - Flora Cochinchinensis JPG

Capa do livro  “Flora Cochinchinensis

Imagem retirada da internet - Site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Loureiro

 

 

Nove anos depois, em 1799, o botânico sueco Olof Peter Swartz (1760 – 1818), sugeriu o nome Dendrobium

 

Swartz foi o primeiro botânico dedicado exclusivamente às orquídeas, e é considerado o segundo maior botânico sueco, atrás apenas do imbatível Linnaeus, já citado em postagens anteriores. Swartz foi um taxonomista brilhante e descreveu vários gêneros, como Oncidium, Stelis, Lephante, Malaxis, Cranichis e Vanilla.

 

Dendrobium alexandrae - Swartz JPG

Olof Peter Swartz

Imagem retirada da internet - Site:
https://www.huntbotanical.org/OrderFromChaos/OFC-Pages/03The%20Linnaean%20inheritance/students/Swartz.shtml

 

 

A planta considerada “tipo” para o gênero é o Dendrobium moniliforme, uma linda orquídea originária do sudeste asiático, e que originalmente foi descrita em 1753 pelo pai da taxonomia moderna, o sueco Carl Nilsson Linnaeus (1707 – 1778), na ocasião como Epidendrum moniliforme.

 

Dendrobium alexandrae - Dendrobium moniliforme JPG

Dendrobium moniliforme

Imagem retirada da internet - Site:
https://lista.mercadolivre.com.br/casa-moveis-decoracao/jardim/jardinagem/sementes/?#redirectedFromVip=https%3A%2F%2Fproduto.mercadolivre.com.br%2FMLB-1079903207-linda-orquidea-dendrobium-moniliforme-variegatum-_JM

 

 

Dendrobium já foi um dos maiores gêneros da família Orchidaceae, com mais de mil espécies que, por sua complexidade e quantidade de componentes, foi dividido em aproximadamente 40 seções.  Na tabela abaixo mostro as diversas seções de Dendrobium, informando o nome de dois exemplares de cada uma. Visando facilitar a formatação, dividi a tabela em 4 partes:

 

Dendrobium alexandrae - seções parte 1

 

Dendrobium alexandrae - seções parte 2

 

Dendrobium alexandrae - seções parte 3

 

Dendrobium alexandrae - seções parte 4

 

 

Porém, em 2002 os botânicos australianos Mark A. Clements e David Lloyd Jones publicaram uma revisão completa deste gênero. Assim, apenas 450 espécies permaneceram em Dendrobium.

 

E assim acontece com quase todos os gêneros. Constantes revisões e reformulações alteram dados e nomes de orquídeas. Gêneros são criados, outros extintos, espécies mudam de nome, outras de gênero, seções são elevadas ao status de gênero, outras são excluídas, e assim por diante. Acompanhar este processo é realmente uma tarefa complexa e praticamente insana.  Dentro do possível tento transmitir informações atualizadas, embora na maior parte dos casos isto também seja difícil, pois são raros os casos onde existe consenso. Normalmente ocorrem muitas divergências e cada orquidólogo segue uma determinada direção.

 

Dendrobium alexandrae - emoji JPG

 

 

Dendrobium é composto por uma grande variedade de orquídeas, com plantas que vão desde as rastejantes, com poucos centímetros de altura, até as gigantes, com bulbos em forma de cana que podem passar de dois metros de altura. Suas flores também apresentam uma grande diversidade de tamanhos, formas e cores. Realmente um gênero espetacular e que não pode faltar em nenhuma coleção.

 

E para aqueles que desejam se aventurar na arte da hibridação, informo abaixo alguns dos tantos gêneros pertencentes à subtribo Dendrobiinae, à qual pertence Dendrobium: Bulbophyllum, Cadetia, Cirrhopetalum, Chaseella, Dactylorhynchus, Diplocaulobium, Dockrillia, Drymoda, Epigeneium, Flickingeria, Genyorchis, Jejosephia, Monomeria, Monosepalum, Pedilochilus, Saccoglossum, Sunipia, Trias e seus híbridos. Assim nasceram novos gêneros como os três mostrados na tabela abaixo:

 

Dendrobium alexandrae - hibridos JPG

 

 

Aproveito o momento, em que estou falando sobre híbridos de Dendrobium, para responder a uma pergunta que recebo com certa frequência: o Denphal, como o da foto abaixo enviada por minha querida amiga Clorinda, simpática e competente orquidófila aqui de Curitiba, é um híbrido entre plantas dos gêneros Dendrobium e Phalaenopsis?

 

Dendrobium alexandrae - Denphal JPG

Denphal

Propriedade e créditos fotográficos:  Clorinda valentini (Curitiba – PR)

 

 

A resposta é NÃO !!! Trata-se apenas de um híbrido entre plantas do gênero Dendrobium, com uma forte participação do Dendrobium bigibbum, orquídea oriunda da Nova Guiné e do estado australiano de Queensland.

 

É impossível cruzar uma planta do gênero Dendrobium com uma do gênero Phalaenopsis.

 

O infeliz apelido surgiu porque esta orquídea tem porte vegetativo de um Dendrobium típico, com os pseudobulbos em forma de cana, e por suas flores possuírem formato que lembra bastante o da orquídea Phalaenopsis.

 

Dendrobium alexandrae - cruzamento impossivel JPG

Planta da esquerda: Dendrobium densiflorum

Planta da direita: Phalaenopsis

Ambas de minha coleção

Créditos fotográficos: Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

E finalmente vamos ao estudo da orquídea do dia, o Dendrobium alexandrae, descrito em 1912 pelo botânico e taxonomista alemão Friedrich Richard Rudolf Schlechter (1872 – 1925).

 

Dendrobium alexandrae - Schlechter JPG

Friedrich Richard Rudolf Schlechter

Imagem  retirada da internet – Site:
http://www.quazoo.com/q/Rudolf_Schlechter?alt=Rudolf_schlechter

 

 

Schlechter (abrev.: Schltr. ) foi um dos mais renomados botânicos da história da orquidologia. Pouco antes do início da Primeira Grande Guerra Mundial, Schlechter tornou-se curador do Jardim Botânico de Berlim, um dos maiores da Europa com mais de 40 hectares de superfície e mais de 20 mil espécies de plantas. Este jardim botânico fica no bairro de Dahlem, uma localidade do bairro Steglitz-Zehlendorf, no sudoeste de Berlim, e é famoso por sua espetacular Estufa Tropical.

 

Dendrobium alexandrae - Jardim Botânico de Berlim JPG

Jardim Botânico de Berlim – Estufa tropical

Imagem  retirada da internet – Site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Livre_de_Berlim

 

 

Schlechter (abrev.: Schltr. ) foi responsável pela proposição de cerca de mil espécies da família Orchidaceae. Publicou inúmeros trabalhos de grande valor científico para a orquidofilia, entre os quais se destacam:

 

  • Die Orchideen von Deutsch-Neu-Guinea – 1914,
  • Die Orchideen, ihre Beschreibung, Kultur und Züchtung – 1915,
  • Orchideologiae sino-japonicae prodromus – 1919,
  • Orchidaceae Powellianae Panamenses – 1922,
  • Die Orchideenflora der südamerikanischen Kordillerenstaaten (com Rudolf Mansfeld) – 1919 e
  • Monographie und Iconographie der Orchideen Europas und des Mittelmeergebietes (com G. Keller) – 1925.

 

 

O nome da espécie, alexandrae, é uma linda homenagem de Schlechter a sua esposa  Alexandra Sobennikoff, com quem teve duas filhas.

Na ocasião Schlechter descreveu toda sua admiração à Alexandra com a dedicatória abaixo traduzida:

 

Dendrobium alexandrae - carta JPG

 

 

Entrando na área de taxonomia, a planta dia está inserida na seção Latouria de Dendrobium. Abaixo apresento tabela que preparei mostrando a classificação completa desta orquídea:

 

Dendrobium alexandrae - classificação JPG

 

 

Sinonímia: Latourea alexandrae; Latourorchis alexandre e Sayeria alexandrae.

 

 

As 52 espécies que compõem a seção Latouria de Dendrobium apresentam como principais características o grande porte de suas plantas, com longos pseudobulbos e lindas inflorescências apicais com flores de labelo trilobado e com destacado calo proeminente levantado. A planta considerada “tipo” para esta seção é o Dendrobium spectabile, descrito em 1859 pelo botânico teuto-neerlandês Carl Ludwig Blume (1789 – 1862).

 

Além da planta do dia, Latouria inclui espécies bem conhecidas, tais como Dendrobium aberrans, Dendrobium convolutum, Dendrobium crassilabium, Dendrobium eximium, Dendrobium pachystele, Dendrobium polysema, Dendrobium tapiniense e Dendrobium spectabile. Ilustro com foto de um Dendrobium polysema de minha coleção:

 

Dendrobium alexandrae - Dendrobium polysema JPG

Dendrobium polysema

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

Esta magnífica planta é originária da Oceania, mais especificamente de Papuá-Nova Guiné, país que ocupa a metade oriental da ilha de Nova Guiné, além de diversas pequenas ilhas, todas localizadas na Melanésia (1*). Normalmente pode ser vista em altitudes próximas a mil metros, em florestas onde a neblina é intensa, e em locais bem iluminados.

 

Dendrobium alexandrae - ocorrencia especie JPG

Dendrobium alexandrae  –  Ocorrência

Imagem retirada da internet – Site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceania

 

 

(1*) Melanésia: região pertencente à Oceania e que engloba a região oeste do Oceano Pacífico, incluindo a Ilha de Nova Guiné além das Ilhas Salomão, Ilhas Molucas, Vanuatu, Nova Caledônia e Fiji.

 

 

O principal centro de dispersão desta maravilhosa orquídea é Morobe, na região nordeste de Papuá-Nova Guiné, uma das 19 províncias que, junto com o Distrito da Capital Nacional, compõem o país.

 

Dendrobium alexandrae - principal reduto JPG

Dendrobium alexandrae  –  Principal reduto

Imagem retirada da internet – Site:
pt.wikipedia.org/wiki/Fronteira_Indonésia-Papua-Nova_Guiné#/media/Ficheiro:New_guinea_named.PNG

 

 

Não conheço nenhum híbrido intergenérico (2*) envolvendo a planta do dia. Porém, a lista de híbridos intragenéricos (3*) é bem extensa. Abaixo mostro planilha que preparei com apenas algumas destas plantas:

 

(2*) Híbrido intergenérico: planta oriunda de cruzamento entre espécies de gêneros distintos.

(3*) Híbrido Intragenérico: planta oriunda de cruzamento entre espécies pertencentes ao mesmo gênero.

 

Dendrobium alexandrae - hibridos com alexandrae JPG

 

 

Dendrobium alexandrae  é uma planta de crescimento simpodial e médio porte, que forma lindas touceiras. Seu rizoma é curto e grosso, com raízes cobertas por tecido velame. Possui longos e finos pseudobulbos com o formato típico de cana (cilíndricos), que podem passar de meio metro de comprimento e com diâmetro aproximado de 2,0cm.

 

Do ápice dos pseudobulbos se originam entre 2 e 4 folhas finas, conduplicadas e de formato elíptico, que apresentam uma tonalidade escura de verde. Em termos dimensionais possuem entre 8,0 e 20,0cm de comprimento por 2,0 a 4,5cm de largura.

 

Dendrobium alexandrae - folhas JPG

Dendrobium alexandrae – Detalhe das folhas

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

As inflorescências são do tipo racemosa. Finas e eretas hastes florais que brotam de nós próximos ao ápice dos pseudobulbos maduros, e que possuem entre 8,0 e 20,0cm de comprimento, suportando entre 2 e 7 flores de diâmetro variando entre 6,0 e 9,0cm.

Na figura abaixo mostro as citadas estruturas da planta:

 

Dendrobium alexandrae - planta JPG

Dendrobium alexandrae – Estruturas da planta

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

As flores são maravilhosas, um verdadeiro espetáculo de formas e cores. Sépalas e pétalas de formato e tamanho  similar, lanceoladas e retorcidas. Em termos de cores uma total predominância de tonalidade pálida de amarelo com um lindo pintalgado roxo na parte externa destas estruturas. O grande destaque desta flor sem dúvida nenhuma é o labelo pontiagudo e trilobado. Uma obra prima da natureza com desenhos e cores difíceis de definir. Diversos tons de branco, verde e amarelo se misturam servindo de base para lindos desenhos formados por listras e pintas roxas.

 

Dendrobium alexandrae - flor JPG

Dendrobium alexandrae – Estruturas florais

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

Na figura abaixo, bem ampliada em relação ao tamanho original, destaco os deslumbrantes desenhos do labelo. Um show.

 

Dendrobium alexandrae - labelo JPG

Dendrobium alexandrae – Detalhes do labelo

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

Infelizmente a orquídea tema desta aula corre sérios riscos de extinção. Atualmente esta planta está classificada pela IUCN (International Union for Conservation of Nature) como NT (Near Threatened), cuja tradução é “Perto de estar ameaçada”. Este grupo inclui plantas que lamentavelmente estarão classificadas em uma categoria de ameaça num futuro próximo.

Apenas como curiosidade segue litas completa das classificações da IUCN:

 

Dendrobium alexandrae - IUCN JPG

 

Onde:

  • LC (Least Concern) – pouco preocupante
  • NT (Near Threatened) – Perto de estar ameaçada
  • VU (Vulnerable) – Vulnerável
  • EN (Endangered) – Em perigo
  • CR (Critically Endangered) – Criticamente em Perigo
  • EW (Extinct in the Wild) – Extinta na natureza
  • EX (Extinct ) – Extinta

 

Dados retirados da internet – Site:

https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-lista-vermelha-da-iucn/

 

 

A seguir relaciono algumas dicas básicas para o sucesso no cultivo desta orquídea:

 

  • A melhor forma de cultivo é fixada em árvores, ou então em cascas, troncos ou galhos, e com muitas raízes expostas.
  • Porém, se sua opção for por cultivo em vaso ou caixeta, então utilize um substrato confeccionado com partes iguais de casca de pinus, carvão vegetal e pedra brita.
  • A planta do dia não suporta raízes encharcadas. Portanto, se você optou por cultivo em vasos, utilize recipientes baixos, com pouco substrato e rápida drenagem.
  • A periodicidade das regas vai depender de vários fatores, tais como do substrato utilizado, temperatura, umidade ambiente, vento, etc. Porém, se você cultivar a planta fixada em placa de madeira ou tronco, como sugeri na primeira dica, que retém a umidade por pouco tempo, então recomendo regas diárias em períodos quentes, e a cada dois dias em períodos frios. Para cultivo em vaso ou caixeta o intervalo entre as regas deve ser maior.
  • Ainda falando sobre regas, é muito importante diminuir sensivelmente o volume e a periodicidade das regas durante o outono e principalmente durante o inverno.
  • Evite ao máximo molhar botões florais. Isto pode abortar a floração ou manchar seriamente a flor.
  • Em termos de luminosidade esta planta gosta de ambientes claros. Recomendo cultivo com sombreamento entre 40 e 50%.
  • Em termos de temperaturas o Dendrobium alexandrae gosta de calor, mas prefere locais onde exista uma boa variação de temperatura entre o dia e a noite. Sugiro cultivo entre 15 e 35 graus. Proteja a planta nos dias mais rigorosos do inverno.
  • Outra questão muito importante é a circulação de ar. Ambientes fechados e abafados representam um irrecusável convite para pragas como cochonilhas, pulgões e percevejos, que perfuram as diversas estruturas da planta abrindo passagem para a entrada de fungos, bactérias e vírus. Manter a planta em local ventilado é fundamental para o sucesso no seu cultivo.
  • Pode ser dividida como quase todas as orquídeas de crescimento simpodial, cortando o rizoma e deixando pelo menos 3 ou 4 bulbos em cada parte da divisão.
  • Ainda, pelo formato de seus bulbos é possível fazer a reprodução de Dendrobium alexandrae pelo processo de estaquia (4*).
  • Não esqueça de adubar periodicamente seguindo fielmente às recomendações do fabricante.

 

 

(4*) Estaquia: processo utilizado para reprodução de orquídeas, muito empregado principalmente em plantas dos gêneros Epidendrum e Dendrobium. Para tanto basta retirar bulbos velhos da planta e cortá-los entre os nós, em pequenos pedaços que, acomodados sobre uma “cama de esfagno” ou similar, rapidamente começarão a produzir novas plantas. Exemplifico com processo realizado em curso prático que ministrei recentemente, com detalhes fotografados por meu querido amigo Cristiano:

 

Dendrobium alexandrae - Estaquia FOTOS 1

Reprodução de Dendrobium nobile  pelo processo de estaquia.

Créditos fotográficos: Cristiano de Andrade Nogueira (Curitiba – PR)

 

 

Dendrobium alexandrae - Estaquia FOTOS 2

Reprodução de Dendrobium nobile  pelo processo de estaquia.

Créditos fotográficos: Cristiano de Andrade Nogueira (Curitiba – PR)

 

Aqui no sul do Brasil floresce normalmente em pleno inverno, e sua floração dura em média 20 dias.

 

 

A seguir relaciono algumas imagens ilustrativas do exemplar de minha coleção.

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (4) 

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (5)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (12)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (9)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (8)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (2)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (1)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (11)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (10)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (3)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (14)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (13)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (15)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (6)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

Dendrobium alexandrae - jul 2020 (7)

Dendrobium alexandrae

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

IMAGENS: fonte pesquisa GOOGLE

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