Cattleya schilleriana

 

 

Hoje vou falar sobre uma das mais lindas orquídeas que conheço. Uma orquídea de flores grandes com pétalas e sépalas de bordas onduladas e cores deslumbrantes. Uma orquídea cujo labelo encanta por suas cores fortes e pelo fenomenal desenho estriado caprichosamente estampado em sua superfície. Uma orquídea cujo perfume está entre os mais adoráveis e embriagantes que já tive a oportunidade de apreciar. Uma orquídea endêmica de nossa Mata Atlântica e que é um orgulho para o Brasil. Enfim, uma planta incrível que recomendo a todos os amigos que acompanham este blog. Estou falando da Cattleya schilleriana…

 

 

… uma joia do Rio Jucu

 

 

Cattleya (abreviatura: C.), é um gênero pertencente à família Orchidaceae, proposto em 1821 pelo botânico inglês John Lindley (1799 – 1865).

 

Cattleya schilleriana - Lindley JPG

John Lindley

Imagem retirada da internet – Site:
https://www.britannica.com/biography/John-Lindley

 

 

Como já citado inúmeras vezes, Lindley provavelmente foi o mais renomado de todos orquidólogos. Descreveu centenas de gêneros e espécies, publicou muitos artigos e livros científicos, participou na fundação da revista Gardener’s Chronicle, e em 1857 foi agraciado com a Medalha Real, homenagem da Real Sociedade de Londres para pessoas com importantes contribuições para o avanço do conhecimento da Natureza.

Entre suas obras destacam-se os seguintes trabalhos:

  • An Outline of the First Principle of Horticulture – 1832,
  • An Outline of the Structure and Physiology of Plants – 1832,
  • Nixus Plantarum – 1833,
  • A Natural System Botany – 1836,
  • Flora Medica – 1838,
  • Theory oh Horticulture – 1840,
  • The Vegetable Kingdom – 1846,
  • Folia Orchidaceae – 1852 e
  • Descriptive Botany – 1858.

 

E aqui cabe uma interessante história. O nome deste gênero é uma homenagem de Lindley a Sir William Cattley (1788 – 1835), horticultor e comerciante inglês. Abaixo conto rápida e resumidamente como isto aconteceu.

 

Cattleya schilleriana - Cattley JPG

William Cattley

Imagem retirada da internet – Site:
https://alchetron.com/William-Cattley

 

 

Em certa ocasião Cattley estava ajudando seu primo John Prescott, renomado colecionador de plantas, a desembalar um carregamento que ele tinha recebido do Brasil. No meio de milhares de plantas Cattley encontrou uma pequena muda de uma planta de formato até então desconhecido. Cultivou-a e, após alguns anos, quando florida, ficou encantado com sua beleza e a encaminhou para seu colega John Lindley analisar. Em 1824 essa planta maravilhosa foi batizada por Lindley como Cattleya, em homenagem ao seu amigo. A flor da ocasião era uma Cattleya labiata, uma das flores mais desejadas de todo o planeta e que passou a ser a planta “tipo” do gênero. Ilustro o tema com uma das mais belas das tantas variedades desta orquídea:

 

Cattleya schilleriana - Cattleya labiata JPG

Cattleya labiata var. roxo-bispo “Urbano”

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Josélio Durigan (Curitiba – PR)

 

Este magnífico gênero é composto por aproximadamente 120 espécies originárias da ampla área que se estende desde o hemisfério norte (México), passando pela América Central até chegar a América do Sul, onde ocorre em maior número de espécies. O Brasil é o principal reduto da maior parte destas plantas, ocorrendo em todos os estados.

 

Cattleya schilleriana - ocorrencia genero JPG

Cattleya  –  Ocorrência

Imagem retirada da internet – Site:
http://www.imagui.com/a/imagenes-de-el-mapa-de-las-3-americas-cyEao8Exo

 

 

Com certeza Cattleya é um dos gêneros mais cultivados por orquidófilos do mundo inteiro. E existem razões para isto:

  • O tamanho avantajado das flores;
  • As fantásticas combinações de cores de suas flores;
  • Os desenhos variados e incríveis de suas flores (flameadas, pintalgadas, aquinadas, estriadas, venosas, etc);
  • O formato arredondado de suas flores;
  • O encantador perfume da maioria das espécies;
  • O tempo de duração das flores, que normalmente supera os 30 dias;
  • A facilidade de cultivo.

 

 

Os fatos acima expostos explicam porque Cattleya é um dos gêneros mais empregados na geração de híbridos. Abaixo mostro apenas alguns dos tantos híbridos intergenéricos envolvendo orquídeas deste gênero. Para facilitar a formatação separei o conteúdo em três tabelas:

 

Cattleya schilleriana - hibridos 1

 

Cattleya schilleriana - hibridos 2

 

Cattleya schilleriana - hibridos 3

 

 

Exemplifico o tema com fotos de três plantas que são muito conhecidas no meio da orquidofilia, e que fazem muito sucesso no mercado de flores em geral. Todas elas possuem Cattleya em sua composição:

 

 1 – Slc. Vallezac Magic Fire:  orquídea oriunda de cruzamentos envolvendo plantas dos gêneros Cattleya, Laelia e Sophronitis:

 

Cattleya schilleriana - Slc Vallezac Magic Fire JPG

Slc. Vallezac Magic Fire

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

2 – Rlc. Mirian Suzuki:  orquídea oriunda de cruzamentos envolvendo plantas dos gêneros Cattleya, Laelia e Rhyncholaelia:

 

Cattleya schilleriana - Rlc Mirian Suzuki JPG

Rlc. Mirian Suzuki

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

3 – Jackfowlieara Appleblossom:  orquídea oriunda de cruzamentos envolvendo plantas dos gêneros Brassavola, Cattleya,  Diacrium e Laelia:

 

Cattleya schilleriana - Jackfowlieara Appleblossom JPG

Jackfowlieara Appleblossom

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

E, para aqueles que desejam se aventurar na arte da hibridação, informo abaixo alguns dos tantos gêneros pertencentes à subtribo Laeliinae, à qual pertence Cattleya: Acrorchis, Alamania, Anacheilium,  Arpophyllum, Artorima, Aulizia, Barkeria, Brassavola, Broughtonia, Caularthron, Coilostylis,  Dimerandra, Dinema, Domingoa, Dungsia, Encyclia, Epidendrum, Euchile, Guarianthe, Hagsatera, Hexisea, Hoffmannseggella, Homalopetalum, Hormidium, Isabelia, Jacquiniella, Laelia, Lanium, Leptotes, Loefgrenianthus, Meiracyllium, Myrmecophila, Nageliella, Nanodes, Neocogniauxia, Nidema, Oerstedella, Oestlundia, Orleanesia, Panarica, Pinelia, Platyglottis, Prosthechea, Pseudolaelia, Psychilus, Pygmaeorchis, Quisqueya, Renata, Rhyncholaelia, Scaphyglottis, Schomburgkia, Sophronitis, Tetramicra e seus híbridos.

 

 

As diversas espécies do gênero Cattleya estão divididas em subgêneros, obedecendo a determinadas características distintivas tais como formato ou tamanho dos pseudobulbos. Dentro destes subgêneros as espécies ainda são divididas em seções, mas não vou chegar a este nível de detalhamento.

Abaixo mostro uma tabela resumida que preparei informando o subgênero correspondente de algumas espécies bem conhecidas:

 

Cattleya schilleriana - subgeneros JPG

 

 

Uma outra forma de classificar as orquídeas do gênero Cattleya, muito mais usual e prática, é pelo número de folhas suportadas pelos pseudobulbos. Assim, estas plantas podem ser divididas em dois grupos, as uni e as bifoliadas.

 

1 – Unifoliadas ou monofoliadas:

Geralmente apresentam folhas bem maiores, além de possuírem menos flores do que as bifoliadas, porém de tamanho bem superior. Quanto ao formato da planta, normalmente os bulbos das unifoliadas são fusiformes e achatados lateralmente.

 

Cattleya schilleriana - monofoliada JPG

Cattleya labiata

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

2 – Bifoliadas:

Geralmente apresentam folhas menores, e suas flores são de tamanho inferior ao das monofoliadas, porem se apresentam em grande quantidade por inflorescência. Quanto ao formato da planta, normalmente os bulbos das bifoliadas são cilíndricos (em forma de cana), podendo em alguns casos passar de um metro de comprimento.

 

Cattleya schilleriana - bifoliada JPG

Cattleya intermedia

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

E agora a orquídea do dia, a fabulosa Cattleya schilleriana, descrita em 1857 pelo renomado botânico e orquidólogo alemão Heinrich Gustav  Reichenbach (1823 – 1889).

 

Cattleya schilleriana - Reichenbach JPG

Heinrich Gustav Reichenbach

Imagem retirada da internet – Site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Gustav_Reichenbach

 

 

Muitos acreditam ser Reichenbach o botânico mais importante para a orquidologia, atrás apenas de John Lindley.

Reichenbach identificou, descreveu e classificou mais de mil espécies de orquídeas e, durante sua brilhante carreira, chegou a ser diretor do Jardim Botânico da Universidade de Hamburgo, na Alemanha.

 

Cattleya schilleriana - Jardim Botânico de Hamburgo JPG

Jardim Botânico de Hamburgo

Foto retirada da internet – Site:
https://en.wikipedia.org/wiki/Alter_Botanischer_Garten_Hamburg

 

 

É comum confundir seu trabalho com o de seu pai, que também foi um renomado botânico. Para facilitar a correta interpretação, em taxonomia geralmente aparece referenciado como Rchb. f., onde f = filius (filho), enquanto que os trabalhos de seu pai aparecem abreviados como Rchb.

 

Sinonímia: Cattleya aclandiae var. shilleriana; Cattleya regnellii; Cattleya schilleriana var. amaliana; Cattleya schilleriana var. concolor; Cattleya schilleriana var. regnellii e Epidendrum schillerianum.

 

 

Entrando na área de taxonomia, mostro a seguir a classificação completa da orquídea do dia:

 

Cattleya schilleriana - classificação JPG

 

 

A Cattleya schilleriana é uma planta originária da diminuta área que se estende desde a região sul da Bahia até a região norte do Rio de Janeiro, sendo a bacia do Rio Jucu, no Espírito Santo, seu principal centro de dispersão.

 

Cattleya schilleriana - ocorrencia especie JPG

Cattleya schilleriana  –  Ocorrência

Imagem retirada da internet – Site:
https://multarte.com.br/mapa-do-brasil-com-estados-capitais-e-regioes/mapa-do-brasil-regioes/

 

 

 

Cattleya schilleriana - Rio Jucu JPG

Bacia do Rio Jucu – ES

Imagem retirada da internet – Site:
http://riojucu1c-up.blogspot.com/p/bacia-hidrografica-do-rio-jucu.html

 

 

Em seu habitat esta linda orquídea vegeta de forma epífita em florestas úmidas do bioma Mata Atlântica, principalmente nas florestas de galeria localizadas em altitudes inferiores a 1000 metros.

 

(1*) Floresta de galeria: também conhecida como mata de galeria, são florestas que formam corredores seguindo o percurso dos rios.

 

 

O nome da espécie, schilleriana, é uma homenagem de Reichenbach ao fato da planta utilizada na descrição da espécie ser oriunda da coleção do cônsul de Schiller, localizada na cidade em Hamburgo, na Alemanha, onde ele residiu por muitos anos.

 

Aliás, aqui cabe um comentário que julgo oportuno: fora os “7 x 1” não tenho absolutamente nada contra os alemães. Inclusive, sou descendente de alemães, fato que muito me orgulha. Porém, uma planta tão linda e endêmica de nosso país merecia ter um nome que a relacionasse com o Brasil ou com alguma personalidade daqui. Fica a dica para os taxonomistas pensarem em futuras revisões do gênero.

 

Cattleya schilleriana - Brasil JPG

 

 

 

Muitos são os híbridos existentes que tem Cattleya schilleriana em sua composição. E esta lista não para de crescer. Ilustro o tema com uma planta fantástica que adquiri recentemente do meu amigo Oraci, proprietário do Orquidário Reinheimer, na Estrada Bonita (Joinville – Santa Catarina), com certeza um dos melhores que país:

 

Cattleya schilleriana - C schilleriana x C leopoldii JPG

Cattleya schilleriana X Cattleya leopoldii

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

Além dos inúmeros híbridos artificiais intra e intergenéricos envolvendo a planta do dia, quatro híbridos naturais muito conhecidos no meio da orquidofilia, e muito bonitos por sinal, merecem destaque. São eles:

 

1 – Cattleya x frankeana = C. schilleriana x C. velutina

2 – Cattleya x pittiae = C. schilleriana x C. harrissoniana

3 – Cattleya x resplendens = C. schilleriana x C. guttata

4 – Cattleya x whitei = C. schilleriana x C. warneri

 

Na foto abaixo fica muito clara a influência dos genitores no último híbrido natural acima citado. A pintura do labelo é uma herança típica da Cattleya schilleriana:

 

Cattleya schilleriana - Cattleya Whitei JPG

Cattleya x whitei

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

E mais um exemplo no qual o labelo é característico da Cattleya schilleriana:

 

Cattleya schilleriana - Brassavola flagellaris X Cattleya schilleriana JPG

Brassavola flagellaris X Cattleya schilleriana

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

A Cattleya schilleriana é uma planta de médio porte e que apresenta forma de crescimento simpodial, assim como todas as orquídeas do gênero. Possui rizoma robusto com grossas raízes cobertas com tecido velame.

Seus pseudobulbos são bifoliados, apresentam formato fusiforme e levemente achatado lateralmente. Em termos dimensionais podem passar de 16cm de comprimento por 1,5cm de largura.

As folhas são apicais, grossas, de aparência aveludada e possuem, em média, 10cm de comprimento por 5cm de largura,.

Da mesma forma, as espatas simples com as inflorescências desta planta também se originam no ápice dos pseudobulbos. Curtas hastes florais suportando normalmente entre 2 e 5 (podendo chegar a 10) magníficas flores, de diâmetro aproximado de 11cm.

 

Cattleya schilleriana - planta JPG

Cattleya schilleriana – Estruturas da planta

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

As flores desta orquídea são simplesmente fenomenais, com suas formas encantadoras, suas cores deslumbrantes e sua aparência cerosa. Possuem o típico formato estrelado, com pétalas um pouco menores do que as sépalas, todas com borda ondulada e com uma incrível coloração difícil de descrever, algo como marrom-esverdeado, densamente pintalgado de bordô. Para completar esta obra-prima, um harmonioso e grande labelo trilobado (2*), com lindas e delicadas estrias de cor rosa sobre um fundo branco ou amarelo.

Na figura abaixo mostro estas estruturas:

 

Cattleya schilleriana - flor JPG

Cattleya schilleriana – Estruturas florais

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

(2*) Labelo trilobado: termo botânico que indica que o labelo é dividido em três lobos, sendo dois laterais, que no caso da Cattleya schilleriana cobrem parcialmente a coluna do labelo, e um terceiro chamado lobo frontal ou lobo central, que é a parte mais vistosa do mesmo. Ilustro com foto da planta tema desta aula:

 

Cattleya schilleriana - labelo JPG

Cattleya schilleriana – Detalhes do labelo

Planta de minha coleção

Créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

As cores acima informadas são da planta “tipo” da espécie. Existe um grande número de variedades, todas com flores lindas e encantadoras. Exemplifico com foto de uma deslumbrante Cattleya schilleriana var. coerulea de um casal de grandes amigos, a Neida e o Paulo.

 

Cattleya schilleriana - Cattleya schilleriana coerulea JPG

Cattleya schilleriana var. coerulea

Propriedade e créditos fotográficos: Neida T. K. de Oliveira e Paulo Gilberto de Oliveira (Curitiba – PR)

 

 

E para fechar o descritivo da planta do dia, não posso deixar de falar sobre o fantástico perfume que as flores desta orquídea emanam. Um dos mais deliciosos que conheço. Um cheiro adocicado, forte e embriagante, com enorme poder de sedução. Enfim, com flores tão grandes, lindas e perfumadas, Cattleya schilleriana é destino certo para agentes polinizadores.

 

 

Infelizmente a Cattleya schilleriana corre grandes riscos de extinção. Por possuir uma reduzida  área de ocorrência, e principalmente pela ação predatória do homem, esta planta atualmente é classificada pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), como EN (Endangered), cuja tradução é “em perigo”. Este grupo inclui plantas com espécies que enfrentam um risco muito elevado de extinção na natureza.

 

Cattleya schilleriana - CNCFlora JPG

 

A CNCFlora é uma referência nacional em geração, coordenação e difusão de informação sobre biodiversidade e conservação da flora brasileira ameaçada de extinção. Abaixo mostro a Lista Vermelha desta entidade, com a categorização das espécies quanto ao risco de extinção (Dados obtidos no link – http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/listavermelha):

 

 

A seguir relaciono algumas orientações para quem tiver ou quiser adquirir esta planta:

 

  • A maior parte dos orquidófilos cultiva esta orquídea em vasos de barro. Muito bom porque este material retém umidade e não deixa o substrato encharcado. Porém, eu não recomendo o uso destes vasos, porque os mesmos filtram a água e retém os sais que, com o tempo, prejudicam a planta e dificultam novas floradas.
  • Minha recomendação é para cultivo em cascas ou troncos de árvores, ou ainda em vasos de plástico ou caixetas de madeira. Para os dois últimos casos sugiro que sejam preferencialmente rasos.
  • Em termos de substrato recomendo uma mistura de partes iguais de carvão vegetal e pedra brita. Esta composição, além de propícia para esta Cattleya, tem longa durabilidade.
  • A periodicidade das regas vai depender de vários fatores, tais como do substrato utilizado, temperatura, umidade ambiente, vento, etc. Porém, se você utilizar o substrato que sugeri no parágrafo acima, que retém a umidade por pouco tempo, então recomendo regas diárias em períodos quentes, e a cada dois dias em períodos frios.
  • Diminua um pouco o volume das regas quando começarem a aparecer as inflorescências para evitar o apodrecimento dos botões florais.
  • Procure cultivar esta orquídea em local com boa ventilação e com sombreamento em torno de 50%.
  • Ainda falando sobre ventilação, que é fundamental para o sucesso no cultivo, enfatizo que é muito importante uma boa circulação de ar. Ambientes fechados e abafados representam um irrecusável convite para pragas como ácaros, cochonilhas, pulgões e percevejos, que perfuram as diversas estruturas da planta abrindo passagem para a entrada de fungos, bactérias e vírus.
  • Esta planta gosta de temperaturas altas. Sugiro cultivo com temperaturas entre 20 e 35 graus. Proteja esta planta nos dias mais rigorosos do inverno e da incidência de raios solares diretos.
  • Pelo porte desta orquídea, e por possuir flores grandes e pesadas, é importante tutorar a mesma.
  • Pode ser dividida como quase todas as orquídeas de crescimento simpodial, cortando o rizoma e deixando pelo menos 3 ou 4 bulbos em cada parte da divisão.
  • Uma boa adubação também é indispensável. Faça isto periodicamente respeitando as orientações dos fabricantes.

 

Aqui na região sul do Brasil floresce normalmente no início da primavera, e cada floração dura em média 45 dias. Se bem cultivada pode brindar seu dono com uma segunda floração no ano.

 

 

E agora, para finalizar, algumas fotos ilustrativas do exemplar de minha coleção, e da variável coerulea dos meus queridos amigos Neida e Paulo, dois brilhantes orquidófilos que residem aqui em Curitiba, aos quais agradeço por permitir o uso das mesmas no intuito de ilustrar esta aula :

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (3)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (13)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (6)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (4)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (1)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (5)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana Alberto Basile - out2019 (11)

Cattleya schilleriana

Propriedade e créditos fotográficos:  Juan Pablo Heller (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana var coerulea - Neida e Paulo - out2019 (1)

Cattleya schilleriana var. coerulea

Propriedade e créditos fotográficos: Neida T. K. de Oliveira e Paulo Gilberto de Oliveira (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana var coerulea - Neida e Paulo - out2019 (2)

Cattleya schilleriana var. coerulea

Propriedade e créditos fotográficos: Neida T. K. de Oliveira e Paulo Gilberto de Oliveira (Curitiba – PR)

 

 

 

 

Cattleya schilleriana var coerulea - Neida e Paulo - out2019 (3)

Cattleya schilleriana var. coerulea

Propriedade e créditos fotográficos: Neida T. K. de Oliveira e Paulo Gilberto de Oliveira (Curitiba – PR)

 

 

 

 

IMAGENS: fonte pesquisa GOOGLE

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IMAGES: GOOGLE search

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8 pensamentos sobre “Cattleya schilleriana

  1. Obrigado por mais esta excelente aula.
    Adquiri, no início deste ano, um exemplar da Cattleya Schilleriana “Alberto Basile”, porém não obtive sucesso, quando percebi que ela não estava se desenvolvendo já era tarde. Porém tenho outro exemplar de Cattleya Schilleriana (creio que seja tipo e não a “Alberto Basile”), que está se adaptando bem ao meu cultivo, apesar de meus erros.

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