ORQUÍDEAS: COLETA ILEGAL

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TRECHO DA PALESTRA DE LOU MENEZES NO FestOquídeas DE 2015

“As associações orquidófilas devem implantar programas de educação ambiental, alertando os amantes de orquídeas a não contribuírem com o comércio ilegal, comprando plantas retiradas das matas”. O alerta é dado pela engenheira florestal Lou Menezes, do IBAMA, em entrevista à TV Senado.

Grande pesquisadora das orquídeas brasileiras e autora de diversos livros sobre esse tema, Lou Menezes já participou, em várias ocasiões, das exposições anuais promovidas pela Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO). Nesses eventos, que atraem milhares de pessoas, a ACEO proibe, terminantemente, a comercialização de orquídeas retiradas do ambiente natural. A venda é feita, unicamente, por orquidários comerciais, que trabalham com plantas reproduzidas (legalmente) em laboratório.

Lou considera “um grande absurdo” o comércio ilegal. Segundo ela, o próprio colecionador orquidófilo é, potencialmente, um depredador. “Ele fica tão fascinado, que perde a noção do que é correto. Não se deve, em hipótese alguma, adquirir plantas de mateiros”, salienta a pesquisadora, admitindo que “isso é um processo lento de educação ambiental, mas que tem que ser implantado pelas comunidades orquidófilas”.

Lou destaca que as orquídeas terrestres são ainda mais ameaçadas que as epífitas. Ela sugere que os orquidófilos procurem, cada vez mais, reproduzir suas plantas, como meio de salvar as inúmeras espécies ameaçadas de extinção.

O vídeo com a matéria completa da TV Senado está no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=dJH2aOpGySc

O post Lou Menezes propõe educação ambiental para salvar as orquídeas apareceu primeiro em Orquidofilos.com.

FONTE: ORQUIDÓFILOS.COM

RAINHA DAS ORQUÍDEAS

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Uma das histórias mais fascinantes do mundo orquidófilo é a da Cattleya labiata, que foi a primeira Cattleya com flores grandes descrita pelo homem.

No ano de 1818, William Swaison, um coletor de plantas britânico, enviou um lote de plantas ornamentais do nordeste do Brasil para a Inglaterra.

Junto com elas e sem muito destaque vieram bulbos de orquídeas que quando floriram nas estufas de William Cattley causaram enorme sensação entre os amantes das plantas daquela época. Cattley chamou um botânico para descrevê-la e deram-lhe o nome de Cattleya labiata.

 

Swaison, após enviar estas plantas foi até a Região do Rio de Janeiro de onde enviou mais um lote com outras plantas e depois foi para a Nova Zelândia para outra viagem de coletas e desapareceu, levando junto a informação de onde havia encontrado a Cattleya labiata.

 

Especulações na época levaram os colecionadores a acreditar que ela teria sido encontrada perto do Rio de Janeiro e mandaram inúmeras expedições para encontrar o habitat natural desta planta, obviamente sem sucesso pois a mesma havia sido coletada em Pernambuco.

Por mais de 70 anos ela foi tida como “a orquídea perdida” até que em 1889 foi redescoberta por uma pessoa que procurava insetos no interior de Pernambuco e resolveu mandar algumas orquídeas de flores grandes e rosadas para o senhor Moreau de Paris, que estava pagando sua viagem. Haviam localizado o paradeiro da orquídea que tanto havia intrigado os colecionadores europeus!

A CATTLEYA LABIATA É A PERNAMBUCANA RAINHA DAS ORQUÍDEAS

 

Fontehttp://www.orquidariosorchis.com.br/

Crédito da imagem: http://i0.wp.com/www.assope.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Cattleya-labiata1.jpg

Brassocattleya (Bc) Pastoral innocence

 

A Bc Pastoral Innocence, floresceu no Orquidário dos Oliveira. Pode-se perceber pelo sorriso a felicidade de José Oliveira. Vejamos alguns dados a respeito desta orquídea. Ela resultou de um cruzamento feito por Rolf Altenburg em 1960 em seu orquidário, o Florália Orquidários Reunidos em Niteroi Rio de Janeiro.

Rolf foi o pioneiro na hibridização de orquídeas no Brasil. Os híbridos mais famosos são Brassocattleya Pastoral Innocence, Cattleya Sonia Altemburg e Laeliocattleya (Lc) José dias Castro. A Bc Pastoral Innocence foi uma homenagem ao compositor Beethoven, a segunda homenageou sua filha e a terceira, homenagem a um grande amigo

O laboratório da Indústria Farmacêutica Panquímica S.A. em Niterói onde Rolf trabalhava e onde iniciou sua produção de híbridos, fechou mas o orquidário Florália continua há mais de 50 anos, produzindo, principalmente pela técnica de sementeira “in vitro”, agora sob a direção e coordenação de sua neta Sandra ao lado do marido Stephen Chaplin. Seus híbridos continuam conhecidos e cultivados internacionalmente através de seus clones, há mais de 35 anos.

Crédito das fotos: Orquidário dos Oliveira

PERDOEM MINHA APARÊNCIA!

Esta é a orquídea chamada Cycnoches cooperii  que entre as orquídeas não é lá uma das mais bonitas porque nem todas as orquídeas são lindas, maravilhosas, encantadoras. Todavia,  o conceito de beleza é totalmente subjetivo e quem ama o feio bonito lhe parece. Dito isto,  estou  oferecendo a visão virtual desta surpresa do reino das orquídeas que em sua notável evolução faz de tudo para estar sempre inovando e surpreendendo com suas formas. Boa semana para todos os leitores.

CRÉDITO DAS IMAGENS:

http://www.rv-orchidworks.com/orchidtalk/orchids-other-genera-bloom/16654-cycnoches-cooperi.html

NAS ESTUFAS DO WISLEY GARDENS TEM UMA BELA COLEÇÃO DE ORQUÍDEAS, APRECIEM.

 Este post já existe neste blogue, repostei para aproveitar as novas tecnologias da atualidade do wordpress, estou testando e aprendendo, depois que passei seis meses sem movimentar o blogue.
Wisley foi fundada por um empresário Victorian  e membro do RHS , George Ferguson Wilson , que comprou uma área de 60 acres (243.000 m²) em 1878.  Ele estabeleceu o “Oakwood Experimental Garden”  na parte do lugar, onde ele tentou “tornar as plantas difíceis de crescer em um sucesso”. Wilson morreu em 1902 e Oakwood (que também era conhecido como Glebe Farm ) foi comprado por Sir Thomas Hanbury ,  o criador do jardim célebre La Mortola na Riviera italiana. Ele deu dois terrenos para o RHS no ano seguinte.

Wisley é agora um jardim grande e diversificado cobrindo 240 acres (971.000 m²). Além de numerosos jardins decorativos formais e informais, várias estufas e um extenso jardim botânico , que inclui em pequena escala, “jardins modelo” que se destinam a mostrar aos visitantes o que eles podem conseguir em seus próprios jardins e um campo de ensaios em que novas cultivares são avaliados.

O laboratório, tanto para a investigação científica como para a formação, foi originalmente aberto em 1907, mas mostrou-se inadequado. Foi ampliado e seu exterior foi reconstruído durante a I Guerra Mundial . 

O número de visitantes aumentou significativamente de 5.250 em 1905, para 11.000 em 1908, 48.000 no final de 1920 e 170.000 em 1957, e passou de 400.000 em 1978, 500.000 em 1985 e 600.000 em 1987. 

Em abril de 2005 Alan Titchmarsh limpou um espaço para marcar o início da construção do Bicentenário da estufa.  Esta grande novidade cobre três quartos de um acre (3.000 m²) e tem vista para um novo lago construído ao mesmo tempo. Ela é dividida em três principais zonas de plantação, representam deserto, climas tropicais e temperadas. Ele foi orçado em £ 7,7 milhões e abriu 26 de junho de 2007.

 

Wisley é um bonito jardim com 240 hectares de extensão, com românticos edifícios no estilo Tudor. O solo é arenoso, principalmente ácido que é pobre em nutrientes e tem drenagem rápida. No jardim tem um canal desenhado por Sir Geoffrey Jellicoe. Um jardim de rochas e paredes, fronteiras mistas, jardim de rosas, jardim selvagem, estufas, um pomar e um viveiro de plantas nativas do país projetado por Penelope Hobhouse.
Fonte : https://en.wikipedia.org/wiki/RHS_Garden,_Wisley
Crédito das imagens:
*By Patche99z – Own work, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5194694
*By Berit Watkin from Redhill/Surrey, UK – Wisley GardenUploaded by PDTillman, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=28187648
*By Berit Watkin from Redhill/Surrey, UK – OrchidUploaded by PDTillman, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=28187642
*By Berit Watkin from Redhill/Surrey, UK – OrchidUploaded by PDTillman, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=28187642
*By Patche99z – Own work, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=6273015
*http://sbhortsoc.btck.co.uk/WisleyVisit30June2012

Os números de 2015

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2015 deste blog.

Aqui está um resumo:

A sala de concertos em Sydney, Opera House tem lugar para 2.700 pessoas. Este blog foi visto por cerca de 9.200 vezes em 2015. Se fosse um show na Opera House, levaria cerca de 3 shows lotados para que muitas pessoas pudessem vê-lo.

Clique aqui para ver o relatório completo

EXPOSIÇÕES NACIONAIS

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No mês de janeiro próximo passado ocorreu a VI MOSTRA DE VERÃO DE ORQUÍDEAS DE SÃO ROQUE.

PARA AS PESSOAS QUE ESTÃO SE INICIANDO NA ORQUIDOFILIA.

 

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Dendrobium thyrsiflorum
By I, KENPEI, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=6624272

OS TIPOS DE ORQUÍDEA

No total são 50 mil espécies desta flor tão estimada ao redor do mundo, sendo que 20 mil são plantas naturais, ou seja, podem ser encontradas na natureza e as restantes foram produzidas em laboratório através do cruzamento de diversas espécies.

Nosso país é um dos mais ricos em orquídeas, com cerca de 3,5 mil espécies naturais. No entanto, especialistas estimam que muitas outras espécies ainda não foram descobertas, principalmente na região Amazônica, ainda pouco explorada. A característica mais admirada nessas flores é a variedade de cores que apresenta, e que é sua principal arma para se reproduzir: o intenso colorido faz com que mais pássaros e insetos, inclusive beija-flores, polinizem a planta.

UTILIDADES DA ORQUÍDEA

A orquídea é usada principalmente como flor ornamental, enfeitando grandes orquidários ou então solitária ou em arranjos florais para ornamentar eventos ou recintos. Mas não é o único uso da flor, que também é empregada como condimento. Um exemplo é a Vanilla, gênero que contempla várias espécies da onde se retira a baunilha. Outros gêneros podem ser utilizados como essência para a fabricação de perfumes e até de remédios naturais – a espécie Cyrtopodium é usada para fabricação de um cicatrizante natural.

 

OS QUATRO PRINCIPAIS GÊNEROS

O gênero Dendrobium é um dos maiores da família Orquidácea, só perdendo para o gênero Bulbophyllum
O número de espécies que ele contém não é muito preciso. Muitos botânicos dizem que é de, pelo menos, 1000, enquanto outros acham que é de mais de 1400. 

O gênero é tão grande que se pensa em dividi-lo em gêneros menores, mas os taxonomistas não deram sua aprovação. Em vez disso, ele é dividido em seções. 
Originalmente do Sudeste da Ásia, o Dendrobium tem uma vasta distribuição: das ilhas do Pacífico ao Himalaia, incluindo Burma, Malásia, Sul da China, Tailândia, Japão, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia. Em especial está a Papua Nova Guiné, onde há uma grande quantidade de Dendrobium diferentes.
A grande maioria dos Dendrobium é de plantas epífitas. Umas poucas foram encontradas em rochas e outras, em ainda menor número, são terrestres, por isso Olaf Swartz, que estabeleceu o gênero em 1799, deu-lhe o nome “Dendrobium”, do grego“dendros” = árvore e “bios” = vida ou, em outras palavras, “planta vivendo nas árvores”. 
Adaptado a um vasto número de diferentes “habitats”, os Dendrobium variam consideravelmente em sua estrutura. As folhas variam em tamanho, de minúsculas a muito grandes, cilíndricas, suculentas, persistentes ou decíduas, longas, estreitas ou largas, com formas curiosas e numa grande variedade de tons de verde. Umas poucas têm pelos. Os pseudobulbos podem ser ovoides, fusiformes, lisos ou com nós salientes, na forma de canas longas, macias ou duras, pendentes ou eretas. Há plantas com pseudobulbos mínimos, com cerca de 1 cm (Den. delicatum, Den. awesii) e outros que chegam a 5 metros. 
Dendrobium é planta simpodial, geralmente com um rizoma do qual novos pseudobulbos ou novas raízes se desenvolvem cada ano. 
As flores são muito variáveis em forma, textura, duração e em grande parte são grandes e coloridas. Quase todas as cores podem ser encontradas nesse gênero, exceto, talvez, o azul, sendo que algumas cores contrastantes numa única flor, o que a torna espetacular. 
Há flores que duram menos que um dia e outras que duram muitos meses, como é o caso do Dendrobium cuthbertsonii, que chegam a durar 9 meses. A maioria tem flores que duram de 2 a 3 semanas. Em poucas plantas as flores são solitárias, mas na maioria elas são em cachos. 
Os Dendrobium são as orquídeas mais floríferas na natureza e também em cultivos com boas condições, o que os fazem mais atrativos e dos mais populares mundialmente. Cada ano mais pessoas se tornam conhecedoras da beleza dos Dendrobium. É natural, então, que muitos hibridadores tenham se concentrado grandemente nesse gênero. 

Em muitos casos os híbridos são um melhoramento das espécies e os híbridos modernos são mais fáceis de cultivar do que as espécies colhidas nos seus habitats. 
Há Dendrobium em todos os tipos de climas: frio, temperado, quente úmido e quente seco e embora sejam extremamente diferentes, na maioria dos Dendrobium, as necessidades são as mesmas. 

Sobre o cultivo dos DendrobiumLUZ: 
Quase todos gostam de luz natural intensa para que desenvolvam pseudobulbos saudáveis, mas deve ser evitado o sol forte direto, que pode queimar suas folhas. Esse tipo de luz, entretanto, não é necessário o ano todo, mas sim no período de crescimento ativo. Por causa disso é difícil criar Dendrobium dentro de casa ou sob luz artificial. 

TEMPERATURA:
Conforme foi dito, há Dendrobium para quase todas as condições de temperatura e por causa de suas necessidades especiais, em termos de água e calor, é possível dividir o gênero em seis grupos de cultivo, que serão considerados mais adiante. 

UMIDADE E REGA:
Durante seu período de crescimento, o Dendrobium necessita de regas abundantes, particularmente no verão. Entre uma rega e outra é importante deixar o substrato secar quase completamente. Boa ventilação e a boa secagem das raízes entre as regas são absolutamente essenciais, senão a função respiratória da planta, da qual as raízes são responsáveis, fica seriamente comprometida. 

No verão a freqüência das regas é de uma vez a cada dois ou três dias. No outono e no inverno, há duas situações a considerar: 
Dendrobium com folhas persistentes: deve ser dada uma quantidade de água que evite os pseudobulbos murchar (+/- uma vez por semana). 
Já plantas com folhas decíduas: não deve ser regado, a não ser muito espaçadamente, para evitar que ele seque demais. 
O nível de umidade deve ser 60-70% durante o crescimento e ele pode ser reduzido grandemente no período de repouso. ADUBAÇÃO:
Dendrobium em geral necessita de muita adubação e isso deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração. Exceção a essa regra geral são as espécies de grande altitude da Nova Guiné, que necessitam bem pouca adubação. 
Nunca se deve esquecer-se de molhar o substrato antes de aplicar o fertilizante. Os livros aconselham que durante o período de repouso não se deve adubar os Dendrobium, mas há orquidófilos que usam adubo nessa época, porém em menos quantidade. 

REPLANTIO E SUBSTRATO:
Replantar é um aspecto importante no cultivo dos Dendrobium
Eles devem ficar firmes no vaso, com algum suporte. Plantas frouxas nunca se desenvolvem. O vaso deve ser tão pequeno quanto possível, proporcional ao tamanho das raízes. 

Um vaso pequeno garante uma melhor drenagem e a secagem das raízes entre as regas. Sob essas condições o substrato se decompõe muito mais devagar e o replante, que é um evento dramático para o Dendrobium, somente será feito a cada três ou quatro anos. Esse intervalo ajuda a produzir raízes vigorosas, o que não seria o caso se replantado anualmente. 
O problema do equilíbrio que surge com plantas longas num vaso pequeno, pode ser resolvido colocando o vaso pequeno dentro de um maior e entre eles pedras ou então dependurando o vaso. 
O vaso dependurado é ideal para cultivar Dendrobium pendentes e mais, essa solução beneficia a planta com mais calor e luz, melhora a drenagem e concorre para seu melhor crescimento. Vasos com aberturas no fundo e na lateral arejam o substrato e o seca mais rapidamente. 
Muitos orquidófilos usam casca de árvores ou troncos para amarrar os Dendrobium, criando condições parecidas com as do habitat. 
O momento ideal para o replantio é quando as raízes começam a crescer, o que acontece com os Dendrobium na primavera. É um erro grande replantar quando a orquídea está em repouso, o que pode ocasionar a sua morte. 
Algumas precauções a serem a serem observadas: 
Não regar por uma ou duas semanas, mantendo a planta na sombra, onde não seja muito quente. 
Deve-se usar um spray na folhagem para evitar ressecamento. 
O tipo de substrato varia consideravelmente: coco, pedaços de casca de pinho, etc. 
Não se deve usar asfágno ou outro substrato que retenha muita água. PROPAGAÇÃO:
As espécies de Dendrobium são facilmente reproduzidas através das sementes. Também através de meristema ou outras técnicas de cultura de tecidos. 
Um método extremamente fácil e bem popular de propagação é através dos keikis, pequenas plantas que se desenvolvem em pseudobulbos, tipo canas antigas, que devem ser destacados quando tiverem dois ou três pseudobulbos e raízes de 5 a 10 cm. Essas mudas são idênticas à planta mãe. 

A divisão das plantas, ao replantar, não é um bom método de reprodução. Se a divisão é feita com um rizoma muito curto, o choque da planta pode ser muito grande. A tendência moderna é replantar e deixar um intervalo de umas três semanas antes de fazer a divisão no próprio vaso e não regar dentro de uma semana. 
Como em todas as orquídeas simpodiais, a regra dos três pseudobulbos deve ser seguida. Isto produz um melhor efeito estético e as flores serão de melhor qualidade. 
O corte de pseudobulbos é outro método de reprodução. É possível cortar um pseudobulbo velho em 10 ou mais peças, cada uma possuindo entrenós. Coloque-os num meio úmido e morno como em areia ou asfágno. Em poucas semanas algumas plantinhas aparecem, tipo keikis, que podem ser plantados mais tarde. GRUPOS DE CULTIVO: 
Levando em conta suas necessidades em termos de rega e temperatura, os Dendrobium podem ser divididos em seis grupos de cultivo: 

Grupo I: 
É o dos Dendrobium de folhas decíduas, que devem ser mantidos numa temperatura intermediária ou quente na primavera e verão e fria no inverno. Enquanto em crescimento as plantas devem ser regadas e adubadas generosamente e ter bastante luz, enquanto no inverno a rega deve ser totalmente suspensa e a adubação interrompida, mantendo bastante luz. Se não tiverem esse tratamento no inverno, eles não vão florir propriamente e, no lugar de flores, eles produzirão keikis. As principais espécies nesse grupo são: Den. nobile, Den. chrysanthum e Den. wardianum. 

Grupo II: 
É o dos Dendrobium de folhas decíduas e que devem ser mantidos numa temperatura quente o ano todo e mantido seco no período de repouso no inverno, apenas tendo alguma rega leve para os pseudobulbos não murcharem. 
Rega e adubação devem ser abundantes no verão e interrompidas no inverno. 
Apesar de sua necessidade de luz, esses são os únicos Dendrobiumque tem alguma chance de se adaptar dentro de casa. 
As principais espécies desse grupo são: Den. anosmum ousuperbumDen. findlayanum, Den. heterocarpum ou aureum,Den. parishiiDen. pierardi e Den. aggregatum (incluído neste grupo apesar de ter folhas persistentes).

Grupo III: 
É o dos Dendrobium de folhas persistentes e que devem ser cultivados como os do Grupo I, mantidos na temperatura intermediária ou quente no verão e fria no inverno. Entretanto, devido ao fato de terem folhas persistentes, eles não precisam de um período seco no inverno, somente regas menos freqüentes neste período, por causa da evaporação mínima e da diminuição do metabolismo da planta. Rega e adubação devem ser abundantes no verão. 
As principais espécies são: Den. densiflorum, Den. farmeri, Den. fimbriatum, Den. moschatum Den. thyrsiflorum

Grupo IV: 
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas, na maioria, plantas de altitude alta que devem ser cultivadas o ano todo em temperatura fria, com boa luminosidade. A temperatura noturna não deve cair abaixo de 12 graus centígrados no inverno e 15 graus no verão. 
A rega deve ser suspensa por um breve período de cerca de três semanas após a fase de crescimento, isto é, no começo do outono. 
Incluídos neste grupo estão os Dendrobium da seção formosae, que são os que têm pelos negros. São eles: Den. dearei, Den. formosum, Den. lyonii, Den. infundibulum, Den. macrophylum, Den. sanderae e Den. schwetzei e outros da seção Pycnostachya: Den. secundum, Den. pseudoagylome, Den. victoriae-reginae, Den. bracteosum e Den. smillieae

Grupo V: 
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, tendo necessidades semelhantes às do grupo IV, mas são cultivados em temperaturas mais altas, isto é, em temperatura intermediária, nunca abaixo de 15 graus centígrados. 
Muito orquidófilos não proporcionam período de repouso a este grupo, mas as opiniões variam e outros dão cerca de três semanas após o período de crescimento, com bons resultados aparentemente. 
Este grupo inclui os conhecidos como Dendrobium antílope, em referência às pétalas laterais torcidas. As principais espécies são:Den. taurinum, Den. undulatum, Den. veratrifolium, Den. gouldii eDen. stratiotes

Grupo VI: 
É o dos Dendrobium de folhas persistentes, mas que devem ser mantidos em temperatura quente. A temperatura noturna, nunca abaixo de 15 graus centígrados no inverno e abaixo de 17 no verão. Gostam de luz intensa, mas os híbridos de Dendrobium phalaenopsis crescem em condições de pouca luz. 
A redução de regas após o período de crescimento é necessária para a boa formação da inflorescência. A água deve ser abundante quando a floração começa e diminuída outra vez até o aparecimento de novos brotos. É essencial usar a água em spray durante esses períodos de racionamento de água. 
Estão incluídos neste grupo: Den. phalaenopsis (também híbridos),Den. bigibbum e Den. superbiens (híbrido natural entre Den. bigibbum e Den. discolor). 

Fontes:

http://www.delfinadearaujo.com
“Copyright © 1996-1999 Sergio Araujo Fotografia S/C Ltda. Todos os direitos reservados. Protegido pela lei de direito autoral do Brasil e por tratados internacionais.”


http://meioambiente.culturamix.com/natureza/os-principais-tipos-de-orquideas

DendrobiumParishii.jpg
By Chhe (talk) – Own work (Original text: I created this work entirely by myself.), Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=8929307
 Dendrobium secundum var. album

                                   Dendrobium secundum var. album. Smithsonian Gardens Orchid Collection, photo by James Osen.

Dendrobium secundum

 
 
 

Dendrobium gouldii

           http://orchids.wikia.com/wiki/Dendrobium_gouldii?file=Dendrobium_gouldii.jpg

iDendrobium x Phalaenopsis, Dendrobium Stripe Thailand

Dendrobium phalaenopsis

  Link to image: https://toptropicals.com/pics/garden/04/4500/4332.jpg

Ícone de esboço

Dendrobiim phalaenopolis

Por Arad – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2184627

Paphiopedilum

É o gênero mais caro por ser o mais apreciado pelos especialistas da planta, denominados “orquidófilos”. Uma planta dessas pode chegar a até 40 mil reais durante os concursos internacionais promovidos por orquidófilos. O mais interessante é que a maioria das espécies que compõe esse gênero (são 80 no total) não produz flores tão belas quanto os outros gêneros, sendo comumente admiradas apenas por quem entende da classificação, cuidados e outros detalhes da flor.

As espécies do género Paphiopedilum caracterizam-se por um labelo que se assemelha a uma taça ou saco, com uma sépala dorsal proeminente. São principalmente terrestres, no entanto algumas são epífitas ou litófitas. Têm tamanho moderado, com folhas rígidas, cerosas ou coriáceas, de verde brilhante ou em mosaico.

As folhas alongadas saem da base da planta e formam um leque, também conhecido como fascículo. As flores apresentam forma característica: as sépalas laterais estão fundidas formando estrutura oculta por detrás do labelo em forma de saco. A sépala dorsal é normalmente grande. As pétalas laterais podem ser curtas arredondadas ou largas e contorcionadas, por vezes decoradas com pelos ou verrugas.

A característica mais distintiva deste género é o estaminódio em forma de placa, no centro da flor

O género Paphiopedilum está dividido em vários subgéneros e estes em secções e subsecções.

    • Subgénero: Parvisepalum
    • Subgénero: Brachypetalum
    • Subgénero: Polyantha
      • secção: Mastigopetalum
      • secção: Polyantha
      • secção: Mystropetalum
      • secção: Stictopetalum
      • secção: Paphiopedilum
      • secção: Seratopetalum
      • secção: Cymatopetalum
      • secção: Thiopetalum
    • Subgénero: Sigmatopetalum
      • secção: Spathopetalum
        • subsecção: Macronidium
        • subsecção: Spathopetalum
      • secção: Blepharopetalum
      • secção: Mastersianum
      • secção: Punctatum
      • secção: Barbata
        • subsecção: Lorapetalum
        • subsecção: Chloroneura
      • secção: Planipetalum
      • secção: Venustum
    • Subgénero: Cochlopetalum
    • Híbridos naturais

      • Paphiopedilum × affine ( P. appletonianum × P. villosum)
      • Paphiopedilum × areeanum(P. barbigerum × P. villosum var. annamense)
      • Paphiopedilum × burbidgei (P. dayanum × P. javanicum var. virens)
      • Paphiopedilum × dalatense (P. callosum × P. villosum var. annamense)
      • Paphiopedilum × dixlerianum (P. callosum × P. wardii)
      • Paphiopedilum × expansum ( P. hennisianum × P. philippinense)
      • Paphiopedilum × fanaticum (P. malipoense × P. micranthum)
      • Paphiopedilum × frankeanum (P. superbiens × P. tonsum)
      • Paphiopedilum × grussianum (P. dianthum × P. hirsutissimum var. esquirolei)
      • Paphiopedilum × herrmannii (P. helenae × P. hirsutissimum var. esquirolei)
      • Paphiopedilum × kimballianum (P. dayanum × P. rothschildianum)
      • Paphiopedilum × littleanum (P. dayanum × P. lawrenceanum)
      • Paphiopedilum × mattesii (P. barbatum × P. bullenianum)
      • Paphiopedilum × Pereirae (P. exul × P. niveum)
      • Paphiopedilum × Petchleungianum (P. dianthum × P. villosum)
      • Paphiopedilum × Powellii (P. callosum × P. exul)
      • Paphiopedilum × Pradhanii (P. fairrieanum × P. venustum)
      • Paphiopedilum × shipwayae (P. dayanum × P. hookerae)
      • Paphiopedilum × siamense (P. appletonianum × P. callosum)
      • Paphiopedilum × spicerovenustum (P. spiceranum × P. venustum)
      • Paphiopedilum × venustoinsigne (P. insigne × P. venustum)
      • Paphiopedilum × vietenryanum (P. gratrixianum × P. henryanu
      •  Paphiopedilum concolor
      • Por Orchi – Fotografia própria, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=194366
http://perfildaplanta.blogspot.com.br/2010/06/paphiopedilum-x-leeanum-veitch-1884.html
    •                        Paphiopedilum barbatum x callosum ‘Jac’

Paphiopedilum concolor

Cattleya

As plantas que representam este gênero possuem flores grandes, que podem chegar a até 20 centímetros de diâmetro. As cores mais abundantes em suas pétalas são o branco, o rosa e o amarelo. Embora só floresça uma vez ao ano (como a maioria das orquídeas) a flor costuma durar cerca de 15 dias, o que é um tempo considerado longo pelos especialistas.
Ver mais informações no link: http://orquidario-dos-oliveira.blogspot.com.br/2012/11/genero-cattleya.html

 Cattleya labiata, sua espécie-tipo

Por Dalton Holland Baptista – http://en.citizendium.org/wiki/Image:Cattleya_labiata_rubra_schuller.jpg, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7218513

Cattleya walkeriana

Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=168937

Vanilla

É o gênero que compreende as orquídeas da onde se extrai a baunilha. Este fruto é retirado de vagens, e o natural é bem mais suave do que o vendido nos mercados que costuma ser artificial. O Brasil possui vários exemplares deste tipo, que originalmente é da América Central.

Grande parte das pessoas conhece a baunilha e gosta de seu aroma e sabor, mas muitos desconhecem que a essência natural da baunilha é extraída de uma orquídea. É comum o hábito de preparar chocolates, sorvetes e sobremesas usando a baunilha para dar o sabor e perfume.

Para se obter a vanilina, o princípio ativo da baunilha, suas vagens precisam passar por um processo bastante longo, primeiro devem ficar amadurecendo durante muitos meses antes de serem colhidas. O processo propriamente dito para ressaltar o seu perfume envolve muitas manipulações: calor inicial, secagem ao sol, ser curada na sombra, seleção e empacotamento.

Atualmente são descritas mais de 50 espécies (alguns livros citam entre 65 e 100) e as espécies mais usadas para fins comerciais são as espécies americanas (Vanilla planifolia e V. pompona) e a espécie taitiana (V. tahitensis). Vanilla planifolia é a principal fonte natural de baunilha. Já a Vanilla pompona é considerada uma fonte de qualidade inferior. Segundo Hoehne, a Vanilla trigonocarpa é também uma das melhores produtoras de baunilha.

Existem referências a ela na descoberta da América, mas já fazia parte do dia-a-dia da civilização pré-colombiana. Ela é, na verdade, uma das plantas usadas desde os tempos imemoriais pelas civilizações Maia e Azteca, mas era especialmente utilizada pelos aztecas mexicanos para dar sabor e aroma a bebidas feitas a partir do cacau, uma outra de suas descobertas.

Durante a conquista do México, quando Cortez visitou a corte de Montezuma, em 1520 ou 1540, ele tomou conhecimento de que o imperador azteca só tomava uma bebida chamada “chocolatl” que lhe era servida em taças douradas com colheres de ouro ou de tartaruga. Dizia-se também que ele tomava esta bebida antes de visitar suas esposas. 

O sabor era acentuado pela baunilha que os astecas chamavam de tlilxochitl, que significava “flor negra”, mais apropriadamente aplicável ao fruto (vagem madura). A essência usada era obtida através da fermentação dos frutos da orquídea posteriormente chamada Vanilla. Sua reputação afrodisíaca acompanhou-a nos diversos países onde ela foi introduzida. No início do século XVIII, na Europa, era costume aconselhar os jovens maridos a tomarem bebidas feitas com a Vanilla. Na corte do Rei Luiz XV adotou-se o costume de ressaltar o sabor do chocolate acrescentando a baunilha e o âmbar.

No final do século XIX, o princípio ativo da baunilha foi identificado e produzido artificialmente e a extração natural do princípio ativo foi substituída em muitos casos pela produção artificial. No entanto, sendo o produto natural o resultado de uma combinação complexa de muitas substâncias, tem uma qualidade nitidamente superior e, por esta razão, estas plantas continuam a ser cultivadas em alguns países tropicais.

A maior parte da produção comercializada vem do México e das Ilhas de Madagascar e Comore e na falta de seus polinizadores naturais (insetos existentes em seu habitat de origem), a Vanilla precisa ser polinizada manualmente.

As espécies mais longas atingem 30 metros ou mais de comprimento. São plantas terrestres ou humícolas e facilmente reconhecidas pelo seu hábito monopodial de trepadeira com raízes adventícias e flores relativamente grandes. Com exceção de uma espécie, todas são escandentes. Devido a este tipo de crescimento, todas as espécies precisam de um suporte onde seu caule possa se agarrar, como elas fazem na natureza ao aderir suas raízes às árvores. Quando elevadas, elas deixam seus ramos pendentes e assim florescem.

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Vanillas não possuem pseudobulbo e suas folhas são coriáceas, verde-escuros, alternadas, algumas vezes reduzida simplesmente a vestígios e ocasionalmente ausentes. Opostas às folhas, em cada nó, nascem uma ou mais raízes aéreas, razoavelmente grossas. As flores, com bastante substância e razoavelmente grandes, são produzidas a partir das axilas das folhas ou dos vestígios delas. Elas podem ser muitas ou poucas, nascendo de rácimos muito pequenos que por sua vez produzem poucas flores. São flores vistosas mas, em quase todas as espécies, são de curta duração e produzidas em sucessão.

Uma grande dificuldade no seu cultivo destinado à obtenção da vanilina é justamente a necessidade de se fazer a polinização manual principalmente por causa da curta duração de suas flores fazendo com que esta polinização tenha que ser feita dentro de um período muito curto, até mesmo de horas.

Ainda hoje seu cultivo é considerado difícil. São plantas que precisam de luminosidade intensa, umidade constante e freqüentes doses de fertilizantes. A rega deve ser regularmente mantida durante o ano todo, não havendo período de repouso muito marcado. Ao seu substrato (do tipo terrestre) pode-se acrescentar terra arenosa e detritos vegetais.

http://historiaecozinha.blogspot.com.br/
Flores da Vanilla
Extrato de baunilha

Vagens da vanilla

FONTES: 

http://meioambiente.culturamix.com/natureza/os-principais-tipos-de-orquideas

http://www.delfinadearaujo.com
“Copyright © 1996-1999 Sergio Araujo Fotografia S/C Ltda. Todos os direitos reservados. Protegido pela lei de direito autoral do Brasil e por tratados internacionais.”

http://www.orquideana.com.br/vanilla.html

http://meioambiente.culturamix.com/natureza/os-principais-tipos-de-orquideas

Já conheciam esta orquídea ? (Megaclinium purpureorhachis.)

Megacliniumpurpureorhachisg

Quando vi a foto desta orquídea, mais uma vez me surpreendi com a diversidade de espécies das orquidáceas e esta é uma das orquídeas mais exóticas. A Megaclinium purpureorhachis é nativa do centro-oeste africano.

Nome correntemente utilizado: Megaclinium purpureorhachis.

Autor: de Wild..

Data da publicação: 1903.

Sinônimos: Bulbophyllum purpureorhachis.

Origem: Congo, Camarões, Gabão, Costa do Marfim e Zaire.

Habitat: epífita em florestas quentes, em locais bem iluminados e bem ventilados.

Altitude: 200 a 1.200 metros.

Quantidade de espécies neste gênero: cerca de 60.


 fonte : http://www.colibriorquideas.com