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Por Marcus Pena, Letícia Damasceno e Bruno Ribeiro, TV Integração e Redação do ge — Juiz de Fora, MG


O Tupi e a Construtora Rezende Roriz informaram que o Estádio Salles Oliveira, em Santa Terezinha, não irá a leilão. Clube e empresa, que têm acordo desde 2020 para a construção de um Centro de Treinamento, divulgaram uma nota conjunta e afirmaram que irão negociar e quitar as dívidas trabalhistas. A penhora está marcada para 1º de dezembro de 2023.

Estádio do Tupi é penhorado para pagar dívidas, clube tenta reverter situação

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De acordo com nota conjunta, enviada para a TV Integração, clube e construtora informam que os departamentos jurídicos de ambos trabalham para compor os processos trabalhistas e que o terreno de Santa Terezinha, avaliado pela Justiça em R$ 11 milhões, não será leiloado (veja nota na íntegra abaixo).

Clube e construtora afirmam que clube irá quitar o passivo trabalhista para evitar que estádio seja leiloado — Foto: Leandro Colares

O clube responde a, pelo menos, 20 processos trabalhistas que correm no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) . Com valores que variam entre R$ 9 mil e R$ 175 mil, a soma total dos pedidos feitos pelos jogadores chega a mais de R$ 800 mil.

Entenda o acordo

O acordo original entre clube e construtora previa que a Rezende Roriz construísse um novo Centro de Treinamento para o clube, que cederia o Salles Oliveira, em Santa Terezinha, à empresa.

No entanto, como o Tupi tem dívidas trabalhistas, a Justiça não permitirá que o clube se desfaça do patrimônio, que é uma garantia para os credores como objeto de penhora. Assim, para que o acordo seja sacramentado, a empresa precisa pagar as dívidas para que o estádio do Tupi possa ser repassado a ela.

Outros processos de penhora

O Salles Oliveira já tinha entrado em processo de penhora em fevereiro de 2022. Na época, o clube tentava concluir uma permuta do local. A parceria, que foi aprovada em 2020, também foi prejudicada por um pedido de tombamento do local no mesmo ano que, posteriormente, foi negado.

No entanto, estes não foram os primeiros capítulos da novela entre clube e construtora. Ainda em 2021, após a criação da parceira, a construtora fez acordos com os credores para quitar as dívidas trabalhistas em nome do clube, mas suspendeu os pagamentos por causa de problemas de documentação que atrapalharam o andamento e conclusão dos projetos.

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Dívidas tributárias

O Tupi também precisa arcar com dívidas tributárias, que foram agravadas durante a pandemia. O clube parou de pagar as parcelas do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) e perdeu o financiamento dos débitos fiscais.

Segundo apuração feita pelo ge, a dívida bruta, somando os passivos trabalhistas e tributários do Carijó, disparou e está estimada em R$ 14 milhões.

Confira a íntegra da nota enviada por Tupi e Rezende Roriz

O Clube Tupi e a Empresa Rezende Roriz estão por meio de seus jurídicos trabalhando para compor todos os processos trabalhistas. Declaram que vão alinhar tudo e não ocorrerá realização do leilão pois irão cumprir todas as obrigações. As negociações do Clube com os advogados dos Reclamantes já estão avançadas.

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