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Conheça mais sobre a "Cattleya amethystoglossa"
HISTÓRIA
Em 1856, Lindley comprou em Bruxelas um carregamento de plantas do Brasil. Ao florescer algumas plantas dessa nova espécie, Lindley notou tratar-se de uma nova epécie e enviou a flor para Reichenbach, que era professor em Viena, mas a flor chegou em sua mãos em péssimas condições de estudo e identificação, onde Reichenbach a identificou como Cattleya porphyroglossa.
Entretanto, ao enviar a resposta a Lindley, Reichenbach trocou o prefixo latin amethysto, ao invés do grego porphyro, enviando assim a identificação de Cattleya amethystoglossa para Lindley, que adotou esse nome.
Então trata-se de uma espécie brasileira, classificada por Lindley e Reichenbach.
HÁBITAT
Seu principal hábitat é o litoral sul do estado da Bahia, vegetando em uma altitude entre os 300 e 1.200 metros acima do nível do mar.
Vegeta em matas altas e claras, bem expostas ao sol, geralmente em árvores de médio e grande porte como as palmeiras nos pastos do Parque Nacional do Pau-Brasil. Também podem ser encontradas como rupícolas, vegetando sobre pedras com bastante detrito vegetal, nas margens de alguns rios próximos à Serra do Sincorá, região essa paupérrima em vegetação e com longa duração de violenta seca.
Também pode ser encontrada em menor quantidade ao nordeste do Estado de Minas Gerais e ao norte do Espírito Santo.
PLANTA
Quando encontrada na forma epífita possui pseudobulbos mais robustos, pouco sulcados e em alguns casos podendo ultrapassar um metro de altura. Quando encontrada na forma rupícola, os pseudobulbos serão mais sulcadas e em sua maioria não atingem os 70 centímetros de altura.
Possuem sempre duas ou três folhas coriáceas, de colorido sempre verde-oliva, de mais ou menos 15 centímetros de comprimento e 8 de largura, elíptico-lanceoladas.
FLOR
Normalmente florescem entre agosto e outubro.
As hastes saem de espatas simples em meio as folhas no ápice do pseudobulbo. Hastes com mais ou menos 20 centímetros de altura, podendo portar até 20 flores em determinadas florações.
Flores com bastante substância, de mais ou menos 8 centímetros de diâmetro, com pétalas e sépalas podendo variar do colorido branco-puro ao rosa claro, densamente salpicados com máculas púrpuraras ou não. Labelo em forma de istmo e de colorido amethysta bem vivo e lóbulos laterais recobrindo a coluna.
Existe também nessa espécie uma variedade que produz flores de colorido amarelo-ouro, com ou sem máculas amthystas e labelo também em tom amethysta, variedade essa chamada de áurea.
As flores dessa espécie têm uma duração média de 15 dias, podendo em alguns casos chegar aos 30 dias floridas.
Abaixo algumas das variedades já classificadas e conhecidas dentro da espécie:
alba: pétalas, sépalas e labelo de colorido totalmente branco-puro.
albescens: pétalas e sépalas de colorido branco com pouquíssimas máculas de colorido lilás bem pálido, quase imperceptíveis. O labelo tem colorido branco-puro.
aurea: pétalas e sépalas podendo ir do colorido creme bem pálido ao amarelo-ouro, com ou sem máculas de colorido ametista e quantidade e intensidade variável, e labelo também na tonalidade ametista bem escuro.
coerulea: pétalas e sépalas variando entre no branco-puro até o lilás-azulado mais pálido, com ou sem máculas de colorido lilás-azulado e quantidade e intensidade variável, e labelo com o mesmo colorido lilás-azulado bem escuro.
salmonea: pétalas e sépalas de colorido róseo salmão, dando aspecto de um colorido laranja em meio ao róseo, com ou sem máculas de colorido ametista e labelo também de colorido ametista.
semi-alba: pétalas e sépalas de colorido totalmente branco-puro e labelo de colorido amtista bem escuro.
tipo: pétalas e sépalas com variação na intensidade do colorido róseo, com ou sem máculas ametistas e quantidade e intensidade variável, e labelo de colorido ametista geralmente bem escuro.
CULTIVO
Como toda Cattleya bifoliada, a Cattleya amethystoglossa necessita de um grande índice de umidade relativa no ar, boa ventilação e condições de luminosidade favoráveis para sua vegetação, principalmente na época da brotação de novos bulbos e o período que antecede a floração.
O plantio em xaxim desfibrado ou mesmo placas ou cubos de xaxim em vasos cerâmicos ou cestinhos de madeira, sempre pendurados a mais ou menos um metro do telado de 70%. Plantada dessa maneira, a Cattleya amethystoglossa terá um maior poder de enraizamento e principalmente, não desidrata, desde que se forneça a ela todas as regas necessárias.
Na época da floração, deve-se regar com menor freqüência.
Deve-se também tomar bastante cuidado com a água acumulada no ápice das folhas, pois esse acúmulo de água quando exposta ao sol, poderá ocasionar o apodrecimento das mesmas, causando assim a queda destas.